Deinococcus radiodurans: diferenças entre revisões
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{{Mais notas|data=março de 2020}}
{{Info/Taxonomia
| nome = ''Deinococcus radiodurans''
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| imagem =Deinococcus_radiodurans.jpg
| imagem_legenda = ''Deinococcus radiodurans''
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| filo = [[Deinococcus-Thermus]]
| classe = [[Deinococci]]
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{{wikispecies|Deinococcus radiodurans}}
A '''''Deinococcus radiodurans''''' é uma [[bactéria]] que consegue sobreviver muito bem à radiação [[ultravioleta]] do espaço, em ambientes extremamente frios e oxidativos, assim como severamente ionizados e a [[vácuo]]
É conhecida como uma poliextremófila e está listada no Guinness Book como a bactéria mais resistente conhecida.<ref>{{citar web|url=http://www.genomenewsnetwork.org/articles/07_02/deinococcus.shtml|titulo=The World's Toughest Bacterium (A Bactéria mais Resistente do Mundo)|ultimo=DeWeerdt|primeiro=Sarah}}</ref> Ela foi ainda exposta a testes contendo concentrações bastante altas de [[sulfato de magnésio]] e [[ácido sulfúrico]], condições que são esperadas em [[Europa (satélite)|Europa]], satélite natural do [[planeta]] [[Júpiter (planeta)|Júpiter]], que faz parte do nosso [[sistema solar]].
{{ref-section|Notas e referências}}▼
== Nome e classificação ==
[[Categoria:Deinococcus]]▼
O nome ''Deinococcus radiodurans'' tem deriva do Grego Antigo: δεινός (''deinos'') e κόκκος (''kokkos'') significa "grão terrível" e os termos em Latim, ''radius'' e ''durare,'' "sobrevivente à radiação".
Inicialmente, foi classificada como do gênero Micrococcus. No entanto, depois de estudos com seu DNA ribossômico, foi alocada no gênero atual, Deinococcus,<ref name=":0">{{citar periódico|ultimo=Makarova|primeiro=K S|coautores=L Aravind; Y I Wolf; R L Tatusov; K W Minton; E V Koonin; M J Daly|data=Março 2001|titulo=Genome of the extremely radiation-resistant bacterium ''Deinococcus radiodurans'' viewed from the perspective of comparative genomics|jornal=Microbiology and molecular biology reviews : MMBR|volume=65|numero=1|paginas=44–79|pmid=11238985|doi=10.1128/MMBR.65.1.44-79.2001|url=http://mmbr.asm.org/cgi/content/full/65/1/44}}</ref> cujos membros conhecidos (''D. proteolyticus'', ''D. radiopugnans'', ''D. radiophilus'', ''D. grandis'', ''D. indicus'', ''D. frigens'', ''D. saxicola'', ''D. marmoris'', ''D. deserti'', ''D. geothermalis'' e ''D. murrayi)'' são radiorresistentes..
== História ==
A ''D. radiodurans'' foi descoberta em 1956 por Arthur W. Anderson em Corvallis, Oregon. Eram realizados experimentos para determinar se comida enlatada podia ser esterilizada usando altas doses de radiação gama, que consistiam em expor um pedaço de carne a uma dose de radiação capaz de matar qualquer forma de vida então conhecida. No entanto, mesmo assim a carne estragou, o que possibilitou aos cientistas isolar a ''D. radiodurans.''
A sequência completa do DNA da ''D. radiodurans'' foi publicada em 1999 pelo TIGR(The Institute for Genomic Research).<ref name=":0" />
A bactéria ''Deinococcus radiodurans'' tem uma capacidade única de reparar suas fitas simples e duplas de DNA. Quando um dano nas fitas é aparente à célula, ela as transforma em uma estrutura anelar, na qual o DNA é reparado.
== Descrição ==
A ''D. radiodurans'' é uma bactéria relativamente grande e esférica, com [[diâmetro]] entre 1,5 e 3,5[[Micrômetro|µm]]. Geralmente, é encontrada em grupos de 4 células grudadas, é facilmente cultivável e não é patogênica.<ref name=":0" /> Suas colônias tem coloração de rosa a vermelho. As células coram como [[Técnica de Gram|Gram positivas]], apesar de que seu envelope celular é incomum e possui resquícios evolutivos da [[parede celular]] de bactérias Gram negativas.
As bactérias não formam endosporos e são imóveis. São aeróbias obrigatórias e alimentam-se de compostos orgânicos, isso é, usam oxigênio para retirar energia de compostos no meio em que estão. Por isso, são frequentemente encontradas em habitats ricos em materiais orgânicos, como solo, fezes, carne e instrumentos médicos.<ref>{{citar periódico|ultimo=Battista|primeiro=J R|ano=1997|titulo=Against all odds: the survival strategies of Deinococcus radiodurans|jornal=Annual Review of Microbiology|volume=51|paginas=203-24|doi=10.1146/annurev.micro.51.1.203|url=http://www.biology.lsu.edu/webfac/jbattista/publications/downloads/Against_All_Odds.pdf|acessadoem=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20111105223023/http://www.biology.lsu.edu/webfac/jbattista/publications/downloads/Against_All_Odds.pdf|arquivodata=2011-11-05|urlmorta=yes}}</ref>
São extremamente resistentes a radiações ionizantes, luz ultravioleta, [[dessecação]], oxidação e a agentes eletrófilos.<ref>{{citar periódico|ultimo=Radman|primeiro=M|coautores=Slade D.;|ano=2011|titulo=Oxidative stress resistance in Deinococcus radiodurans|jornal=Microbiol Mol Biol Rev|volume=75|numero=1|paginas=133-91|pmid=21372322|doi=10.1128/MMBR.00015-10}}</ref>
O genoma da D. ''radiodurans'' é composto por dois cromossomos circulares, com 2,65 milhões e 412 mil pares de pases, assim como um megapasmídeo e um plasmídeo com 177 mil e 46 mil pares de bases respectivamente. Há por volta de 3.195 genes. Na fase estacionária, cada célula bacteriana contém quatro cópias do genoma; quando estão na se multiplicando rapidamente, cada bactéria contém de 8 a 10 cópias do genoma.
== Ver também ==
* [[Radiação gama]]
* [[Extremófilo|Extremófilas]]
* ''[[Thermus thermophilus]]''
{{Extremófilos}}
{{Esboço-biologia celular}}
{{taxabar}}
[[Categoria:Espécies descritas em 1981]]
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