Patrie (couraçado): diferenças entre revisões
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O ''Patrie'' foi [[Batimento de quilha|batido]] no [[Forges et chantiers de la Méditerranée|estaleiro La Seyne]] em 1 de abril de 1902, [[Lançamento ao mar|lançado]] em 17 de dezembro de 1903 e concluído em 1 de julho de 1907,{{Sfn|Jordan & Caresse|p=88}} vários meses após o encouraçado britânico {{HMS|Dreadnought|1906|6}} entrar em serviço, o que tornou os [[Pré-dreadnought|pré-dreadnoughts]] como ''Patrie'' desatualizados.{{Sfn|Preston|p=21}} Enquanto o ''Patrie'' ainda estava sendo equipado, o encouraçado ''[[Iéna (couraçado)|Iéna]]'' sofreu uma explosão catastrófica do carregador que destruiu a embarcação. Seu comandante tentou inundar o cais que segurava o ''Iéna'' para apagar o incêndio, disparando um dos canhões secundários do ''Patrie'' no portão do cais, mas o projétil ricocheteou e não o penetrou. O cais foi finalmente inundado quando o alferes de Vaisseau Roux (que foi morto pouco depois por fragmentos do navio) conseguiu abrir as comportas.{{Sfn|Caresse|p=130}}{{Sfn|Jordan & Caresse|p=231}} Em maio, o navio realizou testes de mar e, em 29 de maio, um tubo condensador de uma de suas caldeiras estourou. Vários foguistas foram escaldados e o navio teve que retornar a [[Toulon]] para substituir o tubo do condensador.<ref>{{Citar jornal|url=https://timesmachine.nytimes.com/timesmachine/1907/05/30/104986333.pdf|titulo=French warship damaged|data=30 de maio de 1907|acessodata=28 de janeiro de 2024|website=The New York Times}}</ref>
[[Ficheiro:FMIB_37085_Cuirasse_d'Escadre_Republique,_en_rade_de_Toulon.jpeg|esquerda|miniaturadaimagem|''Patrie'' saindo de [[Toulon]]]]
Após entrar em serviço, ele foi designado para a 1.ª Divisão da Esquadra do Mediterrâneo, junto com seu irmão ''[[République (couraçado)|République]]'' e ''Suffren'', a [[Navio-almirante|nau capitânia]] tanto da divisão quanto da esquadra.{{Sfn|Jordan & Caresse|p=223}} A partir de então, a frota iniciou as manobras anuais de verão, que duraram até 31 de julho. O Esquadrão Mediterrâneo juntou-se ao Esquadrão Norte para exercícios no Mediterrâneo Ocidental. Em 5 de novembro, o ''Patrie'' substituiu ''Suffren'' como capitânia do esquadrão, hasteando a bandeira do ''[[Vice-almirante|Vice-amiral]]'' (''VA''—Vice-almirante) Germinet. Em 13 de janeiro de 1908, o ''Patrie'' e os couraçados ''République'', ''[[Charlemagne (couraçado)|Charlemagne]]'', ''[[Gaulois (couraçado)|Gaulois]]'', ''[[Saint Louis (couraçado)|Saint Louis]]'', ''[[Masséna (couraçado)|Masséna]]'' e ''[[Jauréguiberry (couraçado)|Jauréguiberry]]'' navegaram para Golfe-Juan e depois para [[Villefranche-sur-Mer]], onde permaneceram por mais de um mês. Durante este período de treinamento, no dia 17 de março, o ''Patrie'', ''République'', ''[[Justice (couraçado)|Justice]]'' e ''[[Liberté (couraçado)|Liberté]]'' realizaram treinamento de tiro, utilizando como alvo o velho [[ironclad]] ''Tempête''. Em junho e julho, as Esquadras do Mediterrâneo e do Norte realizaram as suas manobras anuais, desta vez ao largo de [[Bizerta]]. Em outubro, os navios da 1.ª Divisão, que então consistia em ''Patrie'' e ''République,'' partiram para [[Barcelona]], na Espanha. Os navios foram inspecionados pelo [[Afonso XIII de Espanha|rei Alfonso XIII]], que embarcou em ''Patrie'' durante a visita.{{Sfn|Jordan & Caresse|pp=225–226, 231–232}}
Em 5 de janeiro de 1909, Germinet foi substituído pelo ''VA'' Fauque de Jonquières, após a publicação de uma carta na qual Germinet criticava o fornecimento de munições da frota. Enquanto estava em Villefranche, ''Patrie'' recebeu [[Alberto I de Mônaco|Albert I, Príncipe de Mônaco,]] durante sua visita ao porto de 18 a 24 de fevereiro. Após a sua partida, a Esquadra do Mediterrâneo conduziu exercícios de treino ao largo da [[Córsega]], seguidos de uma revisão naval em Villefranche para o presidente [[Armand Fallières]] em 26 de abril. ''Patrie'', ''Démocratie'', ''Liberté'' e o cruzador blindado ''Ernest Renan'' navegaram para o Atlântico para exercícios de treinamento em 2 de junho; enquanto estavam no mar, dez dias depois, eles se encontraram com ''République'', ''Justice'' e o [[cruzador protegido]] ''Galilée'' em [[Cádis|Cádiz]], Espanha. O treinamento incluiu servir como alvo para os [[Submarino|submarinos]] da frota no estreito de Pertuis d'Antioche. Os navios então seguiram para o norte, para [[La Pallice]], onde realizaram testes com seus aparelhos de telegrafia sem fio e treinamento de tiro na baía de Quiberon. De 8 a 15 de julho, os navios pararam em [[Brest (França)|Brest]] e no dia seguinte partiram para [[Le Havre]]. Lá, eles encontraram o Esquadrão Norte para outra revisão da frota de Fallières em 17 de julho. Dez dias depois, a frota combinada navegou para Cherbourg, onde realizou outra revisão da frota, desta vez durante a visita do czar [[Nicolau II da Rússia]]. ''Patrie'', ''République'' e ''Démocratie'' partiram para Toulon em 17 de agosto e chegaram em 6 de setembro.{{Sfn|Jordan & Caresse|pp=225–226, 231–232}}
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O ''Patrie'' juntou-se à ''République'', ''Justice'', ''Vérité'', ''Démocratie'' e ''Suffren'' para um ataque simulado ao porto de [[Nice]] em 18 de fevereiro.{{Sfn|Jordan & Caresse|p=232}} Durante as manobras, o ''Patrie'' lançou um [[torpedo]] que atingiu acidentalmente o ''République'', danificando seu casco e obrigando-o a embarcar em Toulon para reparos.<ref>{{Citar jornal|url=https://timesmachine.nytimes.com/timesmachine/1910/02/17/104921618.pdf|titulo=Torpedoing report|data=17 de fevereiro de 1910|acessodata=28 de janeiro de 2024|website=The New York Times}}</ref> Ele então viajou para [[Mónaco|Mônaco]] para a inauguração do [[Museu Oceanográfico do Mónaco|Museu Oceanográfico de Mônaco]] na companhia dos [[Contratorpedeiro|destróieres]] ''Coutelas'' e ''Cognée'' em 29 de março. Ele então retornou para manobras ao largo da [[Sardenha]] e da Argélia de 21 de maio a 4 de junho, na companhia da ''République'' e ''da Démocratie''. Os exercícios com o resto da Esquadra do Mediterrâneo ocorreram de 7 a 18 de junho. Um surto de [[Febre tifoide|febre tifóide]] entre as tripulações dos couraçados no início de dezembro obrigou a Marinha a confiná-los no Golfe-Juan para conter a febre. Em 15 de dezembro, o surto havia diminuído.{{Sfn|Jordan & Caresse|pp=232–233}}
O ''VA'' Bellue substituiu Fauque de Jonquières em 5 de janeiro de 1911. Em 16 de abril, o ''Patrie'' e o resto da frota escoltaram o ''Vérité'', que tinha a bordo Fallières, o Ministro da Marinha [[Théophile Delcassé]], e Charles Dumont, o Ministro das Obras Públicas, Correios e Telégrafos, até Bizerta. Eles chegaram dois dias depois e realizaram uma revisão da frota que incluiu dois couraçados britânicos, dois couraçdos italianos e um cruzador espanhol em 19 de abril. A frota regressou a Toulon no dia 29 de abril, onde Fallières duplicou as rações das tripulações e suspendeu quaisquer punições para agradecer aos homens pelo seu desempenho. O ''Patrie'' e o resto do 1.º Esquadrão e os cruzadores blindados ''Ernest Renan'' e ''Léon Gambetta'' fizeram um cruzeiro no Mediterrâneo ocidental em maio e junho, visitando vários portos, incluindo [[Cagliari]], Bizerta, [[Annaba|Bône]], [[Skikda|Philippeville]], [[Argel]] e [[Bugia (Argélia)|Bugia]]. Em 1.º de agosto, os couraçados da [[Classe Danton|classe ''Danton'']] começaram a entrar em serviço e foram designados para o 1.º Esquadrão, deslocando ''Patrie'', ''République'' e os navios da [[Classe Liberté|classe ''Liberté'']] para o 2.º Esquadrão.{{Sfn|Jordan & Caresse|p=233}}
A frota realizou outra revisão da frota fora de Toulon em 4 de setembro. O almirante Jauréguiberry levou a frota ao mar no dia 11 de setembro para manobras e visitas ao Golfe-Juan e [[Marselha]], regressando ao porto cinco dias depois. Em 25 de setembro, o ''Liberté'' explodiu enquanto estava em Toulon, outro couraçado francês reivindicado pelo instável propelente [[Poudre B|Poudre B.]] Vários navios no porto foram danificados, mas ''Patrie'' saiu ileso. Apesar do acidente, a frota continuou com sua rotina normal de exercícios de treinamento e cruzeiros durante o resto do ano. O 2.º Esquadrão conduziu manobras em abril de 1912 e, em 25 de abril, o ''Patrie'' e o ''Vérité'' navegaram para o ancoradouro de [[Hyères]] para treinamento de artilharia. Os dois navios, acompanhados pelo ''Justice'', partiram de Toulon em 21 de maio para uma série de exercícios realizados entre Marselha e Villefranche; enquanto estavam no mar, o encouraçado ''[[Danton (couraçado)|Danton]]'' juntou-se a eles, que tinha a bordo o almirante Augustin Boué de Lapeyrère e o [[Eduardo VIII do Reino Unido|príncipe britânico de Gales]]. Boué de Lapeyrère inspecionou ambos os esquadrões de couraçados em Golfe-Juan de 2 a 12 de julho, após o que os navios navegaram primeiro para a Córsega e depois para a Argélia.{{Sfn|Jordan & Caresse|pp=233–234, 239}}
O ''VA'' de Marolles assumiu o comando do 2.º Esquadrão, hasteando sua bandeira a bordo do ''Patrie'' em 6 de janeiro de 1913. Os navios participaram então de exercícios de treinamento ao largo de [[Le Lavandou]]. A frota francesa, que então incluía dezasseis couraçados, realizou manobras em grande escala entre Toulon e a Sardenha a partir de 19 de maio. Os exercícios foram concluídos com uma revisão da frota para o presidente [[Raymond Poincaré]]. A prática de artilharia ocorreu de 1 a 4 de julho. O 2.º Esquadrão partiu de Toulon em 23 de agosto com os cruzadores blindados ''Jules Ferry'' e ''Edgar Quinet'' e duas [[Flotilha|flotilhas]] de contratorpedeiros para realizar exercícios de treinamento no Atlântico. Durante a rota para Brest, os navios pararam em [[Tânger]], [[Royan]], Le Verdon, La Pallice, Baía de Quiberon e Cherbourg. Chegaram a Brest em 20 de setembro, onde encontraram uma esquadra russa de quatro couraçados e cinco cruzadores. Os navios então voltaram para o sul, parando em Cádiz, Tânger, [[Mers El Kébir]], Argel e Bizerte antes de finalmente chegarem de volta a Toulon em 1.º de novembro. Os navios do 2.º Esquadrão realizaram treinamento com torpedos em 19 de janeiro de 1914 e, no final daquele mês, partiram para Bizerte, retornando a Toulon em 6 de fevereiro. A esquadra visitou vários portos em junho, mas após o [[Atentado de Sarajevo|assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando]] e a [[Crise de Julho|crise de julho]] que se seguiu, levou a frota a permanecer perto do porto, fazendo apenas curtas surtidas de treinamento à medida que as tensões internacionais aumentavam.{{Sfn|Jordan & Caresse|pp=234–238}}
=== Primeira Guerra Mundial ===
==== 1914–1915 ====
Após a eclosão da Primeira Guerra Mundial em julho de 1914, a França anunciou a [[mobilização]] geral em 1.º de agosto. No dia seguinte, Boué de Lapeyrère ordenou que toda a frota francesa começasse a aumentar o vapor às 22h15 para que os navios pudessem fazer uma surtida mais cedo no dia seguinte. Confrontada com a perspectiva de que a Divisão Alemã do Mediterrâneo - centrada no [[cruzador de batalha]] {{SMS|Goeben||2}} - pudesse atacar os navios de tropas que transportavam o exército francês no Norte de África para a [[França metropolitana]], a frota francesa foi encarregada de fornecer escolta pesada aos comboios. Assim, o ''Patrie'' e o restante do 2.º Esquadrão foram enviados para Argel, onde se juntaram a um grupo de sete navios de passageiros que contava com um contingente de sete mil soldados do XIX Corpo de exército. No mar, os novos [[Dreadnought|couraçados]] ''[[Courbet (couraçado de 1911)|Courbet]]'' e ''[[Jean Bart (couraçado de 1911)|Jean Bart]]'' e os couraçados da classe ''Danton'' ''[[Condorcet (couraçado)|Condorcet]]'' e ''[[Vergniaud (couraçado)|Verginiaud]]'', que assumiram a escolta do comboio. Em vez de atacar os comboios, ''Goeben'' bombardeou Bône e Philippeville e depois fugiu para o leste, para o [[Império Otomano]].{{Sfn|Jordan & Caresse|pp=252, 254}}{{Sfn|Halpern 1995|pp=55–56}}
[[Ficheiro:SMS_ZENTA_und_SMS_ULAN_im_Gefecht_vor_Castellastual._Adria,_am_16._August_1914.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Os navios austro-húngaros {{SMS|Zenta||2}} e ''Ulan'' sob o fogo da frota francesa na [[Batalha de Antivari]]]]
Em 12 de agosto, a França e a Grã-Bretanha declararam guerra ao [[Áustria-Hungria|Império Austro-Húngaro]] à medida que o conflito continuava a aumentar. Os 1.º e 2.º Esquadrões foram, portanto, enviados ao sul do [[Mar Adriático]] para conter a [[Marinha Austro-Húngara]]. Em 15 de agosto, os dois esquadrões chegaram ao [[Estreito de Otranto]], onde encontraram os cruzadores britânicos patrulhadores HMS ''Defence'' e HMS ''Weymouth'' ao norte de Othonoi. Boué de Lapeyrère então levou a frota para o Adriático na tentativa de forçar uma batalha com a frota austro-húngara; na manhã seguinte, os cruzadores britânicos e franceses avistaram ao longe navios que, ao aproximarem-se deles, revelaram ser o cruzador protegido {{SMS|Zenta}} e o torpedeiro ''Ulan'', que tentavam bloquear a costa de Montenegro. Na [[Batalha de Antivari]] que se seguiu, Boué de Lapeyrère inicialmente ordenou que seus couraçados disparassem tiros de advertência, mas isso causou confusão entre os artilheiros da frota que permitiu que ''Ulan'' escapasse. O ''Zenta'' tentou fugir, mas rapidamente recebeu vários golpes que desativaram seus motores e a incendiaram. Ele afundou logo depois e a frota anglo-francesa retirou-se.{{Sfn|Jordan & Caresse|pp=254–256}}
A frota francesa patrulhou o extremo sul do Adriático durante os três dias seguintes com a expectativa de que os austro-húngaros contra-atacassem, mas o seu adversário nunca chegou. Em 20 de agosto, o 1.º Esquadrão foi enviado para reabastecer o combustível em [[Ilha de Malta|Malta]] enquanto o ''Patrie'' e o ''Vérité'' permaneceram no posto; ''Justice'', ''Démocratie'' e ''République'' também tiveram que se retirar, os dois primeiros navios colidiram e o ''République'' rebocou o ''Démocratie''. Os couraçados franceses bombardearam então as fortificações austríacas em [[Kotor|Cattaro]], no dia 1 de Setembro, numa tentativa de atrair a frota austro-húngara, que mais uma vez se recusou a morder a isca. A essa altura, o ''République'' e o ''Justice'' já haviam retornado. De 18 a 19 de setembro, a frota fez outra incursão no Adriático, navegando até o norte até a ilha de [[Vis|Lissa]]; no retorno para o sul, vários cruzadores franceses inadvertidamente ficaram ao alcance dos canhões em Cattaro, então o ''Patrie'' e o ''Démocratie'' abriram fogo contra os canhões para suprimi-los enquanto os cruzadores se retiravam.{{Sfn|Jordan & Caresse|p=257}}{{Sfn|Halpern 2004|p=4}}{{Sfn|Sondhaus|pp=258–259}}
As patrulhas continuaram até dezembro, quando um [[U-boot|submarino]] austro-húngaro torpedeou ''Jean Bart'', levando à decisão do comando naval francês de retirar a principal frota de batalha das operações diretas no Adriático. Durante este período, os franceses fizeram de Corfu a sua principal base naval na área, com Malta servindo como base de apoio onde a manutenção poderia ser efectuada. Em 21 de janeiro de 1915, o ''Patrie'' foi a Prováti para resgatar a tripulação de um navio a vapor grego que ali encalhou. Em 18 de maio, o ''VA'' Nicol embarcou no ''Patrie'', fazendo dele sua nau capitânia; ele então deixou o 2.º Esquadrão para servir na Divisão de Dardanelos como parte da [[Campanha de Galípoli|Campanha de Gallipoli]]. Ele navegou para o Mediterrâneo oriental com o cruzador blindado ''Kléber'' e juntou-se ao que se tornou a 3ª Divisão de Batalha, que também incluía os couraçados ''Suffren'', ''Saint Louis'', ''Charlemagne'', ''Jauréguiberry'' e ''Henri IV'' . Em 12 de julho, o ''Patrie'' apoiou um ataque aos fortes otomanos em Achi Baba, disparando várias salvas com sua bateria secundária antes de retornar a [[Mudros]] para passar a noite. Em 2 de agosto, ele navegou para o sul para bombardear Seferihisar. Durante esta ação, um projétil detonou em um de seus canhões secundários, ferindo sete homens.{{Sfn|Jordan & Caresse|pp=257–258, 267–268}}{{Sfn|Halpern 2004|pp=3–4, 16}}
==== 1916–1918 ====
Após a retirada de Galípoli, os franceses transferiram os navios da antiga Divisão dos Dardanelos para [[Salonica|Salônica]], na Grécia. Lá, em 5 de maio de 1916, ''Patrie'' e ''Vérité'' abateram um [[zepelim]] alemão que fazia reconhecimento na área. Em junho, os franceses e britânicos estavam cansados com a recusa do rei grego [[Constantino I da Grécia|Constantino I]] em entrar na guerra ao lado dos [[Aliados da Primeira Guerra Mundial|Aliados]], então os franceses formaram o 3.º Esquadrão, composto pelos cinco navios de guerra das classes ''République'' e ''Liberté'' e enviaram transportá-los para Salónica para exercer pressão sobre o governo grego. Ao longo de junho e julho, os navios alternaram entre Salônica e Mudros e, em 9 de julho, ''Patrie'' foi destacado para uma revisão em Toulon. Enquanto ele estava fora, o grosso da frota francesa foi transferido para [[Cefalônia]]. Chegando lá após concluir os reparos em 1.º de setembro, o navio juntou-se ao 3.º Esquadrão em patrulha até Keratsini. De lá, ''Patrie'', ''Démocratie'' e ''Suffren'' seguiram para o ancoradouro perto de [[Elêusis]], nos arredores de [[Atenas]], em 7 de outubro. Lá, os navios participariam de um ataque à frota grega, com o ''Patrie'' programado para enfrentar o encouraçado ''[[Lemnos (couraçado)|Lemnos]]''. Mas o plano foi arquivado e os franceses acabaram por apreender os navios gregos em 19 de outubro.{{Sfn|Jordan & Caresse|pp=269–270, 274}}
Entretanto, em agosto, um grupo pró-Aliado lançou um golpe de Estado contra a monarquia na ''[[Noemvriana]]'', que os Aliados procuraram apoiar. O ''Patrie'' contribuiu com homens para um grupo de desembarque que desembarcou em [[Atenas]] em 1.º de dezembro para apoiar o golpe. As tropas britânicas e francesas foram derrotadas pelo exército grego e por civis armados e foram forçadas a retirar-se para os seus navios, após o que a frota britânica e francesa impôs um bloqueio às partes do país controladas pelos monarquistas. Em junho de 1917, Constantino foi forçado a abdicar e o 3.º Esquadrão foi dissolvido; ''Patrie'' e ''République'' tornaram-se a Divisão Naval Oriental e foram enviadas para o Mediterrâneo oriental. Em dezembro, ambos os navios tiveram seus canhões casamatados centrais e traseiros removidos. Os navios passaram 1917 praticamente ociosos, pois os homens foram retirados dos couraçados da frota para uso em navios de guerra anti-submarinos. Em 20 de janeiro de 1918, os franceses receberam a notícia de que o cruzador de batalha ''Goeben'' (agora sob a bandeira otomana como ''Yavuz Sultan Selim'') faria uma surtida, então ''Patrie'' e ''République'' se prepararam para a ação. O cruzador de batalha atingiu várias [[Mina naval|minas navais]], entretanto, e interrompeu o ataque.{{Sfn|Hamilton & Herwig|p=181}}{{Sfn|Jordan & Caresse|pp=274, 276–277}}{{Sfn|Gille|pp=112–113}}
No dia 4 de julho, o ''Patrie'' foi a Malta para manutenção periódica, que foi concluída quatro dias depois. Ele então retornou a Mudros, época em que um surto de [[gripe]] matou onze homens e deixou outros 475 gravemente doentes, 150 dos quais tiveram de ser mandados para casa para se recuperarem. O ''Patrie'' foi posteriormente designado para a Divisão de Salônica, baseada em Mudros. O navio não viu mais nenhuma ação durante o restante da guerra, que terminou com os armistícios assinados com a Alemanha, a Áustria-Hungria e o Império Otomano em novembro.{{Sfn|Jordan & Caresse|pp=277, 279}}
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