Fronda

Série de guerras civis na França entre 1648 e 1653

A Fronda, ou as Frondas, foi uma guerra civil ocorrida na França entre 1648 e 1653, em plena Guerra Franco-Espanhola de 1653-9, e alguns anos após a Guerra dos Trinta Anos. Manifestação palpável da decomposição do Estado e da sociedade francesa, no seio de uma conjuntura econômica deprimida, e com graves problemas de organização política e coesão social sem solução tinha por objetivos iniciais limitar o poder real e discutir abusos.

A Guerra Civil

Toda uma série de acontecimento, muitas vezes com grande violência, se sucederam de forma emaranhada e caótica durante o século XVII, no Estado francês. Delas participaram ativamente contra o poder central, representado pelo Cardeal Jules Mazarin, os parlamentares, os príncipes reais, a nobreza, algumas vezes unidos outras separados, contando sempre com a movimentação das classes humildes, desejosas de trocarem as circunstâncias sociais em que viviam.

Aspirações políticas coletivas, ambições pessoais, afã de protagonismo de figuras públicas, insatisfações estamentares, e desejo de dominar o governo da nação, se mesclaram e motivaram os protestos, agitações, revoltas e golpes de Estado, que se repetiram insistentemente durante esses anos conflituosos, enquanto que na outra parte, se produziam as idas e vindas de Mazarin e da família real, algumas vezes fugindo da verdadeira ameaça que mostravam os conjurados e agitadores, outras simplesmente utilizando seus movimentos como manobra de dissuasão, ou como tática política para produzir a desunião entre os frondistas.

Ao final de tudo isso, pouquíssima coisa mudou realmente. Em um clima de cansaço generalizado, de esgotamento pelas lutas internas, de frustrações pelos objetivos não alcançados na prática, com maior ou menor entusiasmo dos distintos grupos políticos e setores sociais que haviam manifestado o seu descontentamento e protesto, foi admitida a volta ao poder do governo de Mazarin, e o triunfo do absolutismo que ele representava.

Nos últimos anos de seu mandato, o cardeal de origem italiana voltou a dominar a vida política francesa, sentindo-se mais forte do que nunca, e com capacidade de manobra que antes não havia tido, o que lhe permitiu continuar com seus planejamentos centralizadores, seguir aplicando a dura política financeira e impositiva, para a consecução de seus objetivos externos, e preparar adequadamente o futuro político da França em função da educação que estava sendo dada ao jovem rei, já próximo de ocupar o trono por decisão própria.

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