Índias Orientais Neerlandesas

colónia fundada por neerlandeses que abrangia todo o território da atual Indonésia
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As Índias Orientais Neerlandesas (conhecidas popularmente por Índias Orientais Holandesas) foram a colónia fundada por neerlandeses da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais (ou VOC) e que abrangia todo o território da atual Indonésia.

Nederlands-Indië
Hindia-Belanda

Índias Orientais Neerlandesas
1800 – 1949
 

 

 

Bandeira de Índias Orientais Holandesas

Bandeira
Localização de Índias Orientais Holandesas
Localização de Índias Orientais Holandesas
No território sob ocupação efetiva mostra-se em vermelho. Em laranja a Nova Guiné Neerlandesa.
Continente Ásia
País Indonésia
Capital Batávia
Língua oficial neerlandês (oficial), malaio (língua franca)
Governo Colônia
Período histórico Idade Contemporânea
 • 1800 Nacionalização da Companhia Holandesa das Índias Orientais
 • 1942 Ocupação japonesa das Índias Orientais Neerlandesas
 • 1945 Guerra da independência da Indonésia
 • 27 de dezembro de 1949 Criação do estado da Indonésia
População
 • 1930 est. 60 727 233 
Atualmente parte de Indonésia
Malásia

Durante o século XIX, a hegemonia e as possessões neerlandesas foram expandidas, alcançando sua maior extensão territorial no início do século XX. Esta colônia que mais tarde formou-se a Indonésia moderna foi uma das colônias mais valiosas do Império Colonial Neerlandês,[1] e contribuiu para o destaque mundial dos Países Baixos na história e a colheita de dinheiro para o comércio do século XIX e XX.[2] A ordem social colonial foi baseada em rígidas estruturas raciais e sociais com a vida independente da elite neerlandesa, mas ligado a seus súditos nativos.[3] O termo "Indonésia" entrou em uso para a localização geográfica a partir de 1880. No início do século XX, intelectuais locais começaram a desenvolver o conceito da Indonésia como um Estado-nação, e definir o cenário para um movimento de independência.[4]

História

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No final do século XVI, exploradores (J. H. Van Linschoten em 1582 e as viagens de Cornelis de Houtman em 1592) prepararam o caminho para a viagem de Houtman a Bantam, o principal porto da Ilha de Java, em (1595-97), onde conseguiu uns pequenos lucros. A penetração neerlandesa nas Índias Orientais, que nessa época eram territórios de Portugal foi lenta e discreta.

A Companhia Neerlandesa das Índias Orientais, criada em 1602, concentrou os esforços comerciais neerlandeses sob um só comando e uma só política. Em 1605 barcos mercantes neerlandeses capturaram o forte português de Amboyna nas Molucas, que constituiu a primeira base da VOC, nome que deram os neerlandeses a sua companhia. A Trégua dos Doze Anos firmada em Antuérpia em 1609 deu início a um cessar-fogo entre Espanha (que controlava Portugal e seus territórios nessa época) e as Províncias Unidas. Nas Índias, a fundação de Batávia formou o centro de onde as empresas neerlandesas, mais mercantis que coloniais, pudessem ser coordenadas.

Pouco a pouco, os neerlandeses tomaram o controle dos portos das Índias Orientais: Malaca em 1641; Achem (Aceh) no antigo reino da Sumatra, 1667; Macassar, 1669 e por último Batam em 1682. Ao mesmo tempo, as conexões nos portos da Índia proporcionou aos neerlandeses o algodão que se trocava por pimenta negra.

A grande fonte de riqueza nas Índias Orientais, foi o comércio dentro do arquipélago onde as especiarias adquiriam-se com prata originária da América, mais desejável no Oriente do que na Europa. Concentrando os monopólios nas especiarias, a política neerlandesa fortaleceu o monocultivo. Amboina dedicou-se ao cravo-da-índia, Timor ao sândalo, as ilhas da Banda à noz moscada e à pimenta. Esta política de monocultivo conectou as economias das ilhas a um sistema em que todas necessitavam das outras para satisfazer suas necessidades.

Em 1700 um modelo colonial estabeleceu-se; a VOC cresceu até tornar-se em um estado dentro de um estado e ter um poder dominante dentro do arquipélago. Com o fim da companhia em 1799, e após o interregno britânico durante as Guerras Napoleônicas, o governo dos Países Baixos retomou a administração até a independência da Indonésia em 1949 após a Revolução Nacional da Indonésia.

A capital das Índias Orientais Neerlandesas era a cidade de Batávia, agora conhecida como Jacarta.

Após a capitulação do Japão em agosto de 1945, nacionalistas indonésios declararam a independência. Com o fim da Guerra da independência da Indonésia em 1949, os Países Baixos reconheceram a independência indonésia.

Ver também

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Referências

  1. Hart, Jonathan Locke (2008). Empires and Colonies (em inglês). Malden, EUA: Polity Press. ISBN 978-07456-2613-0. Consultado em 11 de janeiro de 2013 
  2. Booth, Anne; O'Malley, William J.; Weidemann, Anna, eds. (1990). «8». Indonesian Economic History in the Dutch Colonial Era (em inglês). [S.l.]: Yale University Southeast Asia Studies. 369 páginas. ISBN 0938692429 
  3. Cribb, Robert B.; Kahin, Audrey (2004). Historical dictionary of Indonesia. Col: Historical Dictionaries of Asia, Oceania, and the Middle East (em inglês). 51. [S.l.]: Scarecrow Press. 664 páginas. ASIN 0810849356. ISBN 9780810849358 
  4. Elson, Robert E. (2008). The Idea of Indonesia: A History (em inglês). Cambridge, Reino Unido: Cambridge University Press. pp. 1–2. 394 páginas. ISBN 0521876486 
 
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