Eduardo Guardia

economista brasileiro

Eduardo Refinetti Guardia (São Paulo, 19 de janeiro de 1966 – São Paulo, 11 de abril de 2022)[1] foi um economista brasileiro. Foi ministro da Fazenda do Brasil em 2018; secretário executivo do Ministério da Fazenda entre 2016 e 2018 e secretário do Tesouro Nacional no início da década de 2000.[2] Além da carreira política, entre 2010 e 2016, dirigiu a BM&FBovespa (atual B3) e, desde fevereiro de 2019, era sócio e presidente-executivo da gestora de investimentos BTG Pactual Asset Management.[3][4][5]

Eduardo Guardia
Eduardo Guardia
Eduardo Guardia na cerimônia de transmissão do cargo para Paulo Guedes em 2019.
153.º Ministro da Fazenda
Período 6 de abril de 2018
até 1 de janeiro de 2019
Presidente Michel Temer
Antecessor(a) Henrique Meirelles
Sucessor(a) Paulo Guedes
(Como Ministro da Economia)
Secretário-executivo do Ministério da Fazenda do Brasil
Período 3 de junho de 2016
até 6 de abril de 2018
Presidente Michel Temer
Antecessor(a) Tarcísio Godoy
Sucessor(a) Ana Paula Vescovi
Secretário da Fazenda de São Paulo
Período 2003
até 2006
Governador Geraldo Alckmin
Secretário do Tesouro Nacional do Brasil
Período 12 de maio de 2002
até 15 de dezembro de 2002
Presidente Fernando Henrique Cardoso
Antecessor(a) Fabio de Oliveira Barbosa
Sucessor(a) Joaquim Vieira Ferreira Levy
Dados pessoais
Nascimento 19 de janeiro de 1966
São Paulo, SP, Brasil
Morte 11 de abril de 2022 (56 anos)
São Paulo, SP, Brasil
Nacionalidade Brasileiro
Alma mater Universidade de São Paulo (USP)
Profissão Economista
Ocupação Presidente-Executivo do BTG Pactual Asset Management
Assinatura Assinatura de Eduardo Guardia

Formação e trajetória profissional

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Nascido em São Paulo, formou-se em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).[6] Obteve seu mestrado pelo Instituto de Economia (IE) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) defendida no ano de 1992, com o título de "Orçamento publico e política fiscal : aspectos institucionais e a experiência recente - 1985/1991".[7][8]

Posteriormente, obteve seu doutorado em Economia pelo Instituto de Pesquisas Econômicas da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FIPE/USP).[9][10][11] Iniciou sua carreira como docente, atuando no Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da PUC-SP.[9]

Entre os anos 1990 e 2000, o economista foi secretário da Fazenda do Governo do Estado de São Paulo. Também atuou como chefe da Assessoria Econômica do Secretário-Adjunto da Secretaria da Fazenda, Assessor do Secretário do Planejamento e Pesquisador da Área Fiscal do Instituto de Economia do Setor Público da Fundação para o Desenvolvimento Administrativo (IESP/FUNDAP) de São Paulo.[12]

No inicio de 2002, foi nomeado secretário adjunto do Tesouro Nacional e, em maio daquele ano, foi nomeado secretário do mesmo órgão. Paralelamente, atuou como secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Secretário-Adjunto da Secretaria de Política Econômica e Assessor do Ministro do Planejamento.[9][12]

Foi diretor-executivo de Produtos da B3, entre 2010 e 2016,[9] quando foi indicado para assumir cargo no Ministério da Fazenda.[13] Em junho de 2016, o então ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nomeou Eduardo Guardia para o cargo de secretário-executivo da Fazenda.[9] No mesmo período, assumiu a presidência do conselho do Banco do Brasil,[14] onde permaneceu até abril de 2017.[15][16]

O economista é conhecido no meio político por sua rigidez quanto ao controle das despesas e nas políticas de ajuste fiscal. O que levou a ser reconhecido pelo perfil técnico e por sua conduta séria. Ao longo de sua experiência no governo federal, Eduardo Guardia recebeu a reputação de austero e, durante o governo Michel Temer, a alcunha de "Sr. Não", por atuar em prol da redução de gastos para possibilitar futuras reformas.[3][17][18][19]

Com a saída de Guardia do cargo de secretário-executivo, em seu lugar assumiu Ana Paula Vescovi, que anteriormente havia sido secretária do Tesouro Nacional.[20][21]

Ministério da Fazenda

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Em abril de 2018, após Meirelles deixar do cargo de ministro da Fazenda para disputar as eleições presidenciais, Guardia foi nomeado como o seu substituto. O novo ministro da Fazenda teve o desafio de comandar a pasta num cenário econômico adverso, em que o país se recuperava da crise econômica de 2014 e em que vigorava uma situação de restrição fiscal em virtude do teto de gastos públicos.[9]

BTG Pactual

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Em fevereiro de 2019, o banco BTG Pactual anunciou que o ex-ministro da Fazenda Eduardo Guardia havia se tornado sócio e presidente executivo de sua gestora de investimentos BTG Pactual Asset Management. Guardia foi nomeado e assumiu o cargo em julho do mesmo ano.[22][4]

Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, disse, em nota, que Eduardo Guardia possui uma trajetória de muito sucesso nos setores público e privado e reconhecida liderança com experiência única em áreas como economia, investimentos e gestão.[23]

Referências

  1. «Eduardo Guardia, ex-ministro da Fazenda e CEO do BTG Pactual Asset, morre aos 56 anos». CNN Brasil. 11 de abril de 2022. Consultado em 11 de abril de 2022 
  2. Ellos, Lucas. «Eduardo Guardia: o futuro presidente-executivo do BTG Pactual». Suno Research. Consultado em 29 de janeiro de 2020 
  3. a b «Quem é Eduardo Guardia, o novo chefe da Fazenda». ISTOÉ DINHEIRO. 13 de abril de 2018. Consultado em 29 de janeiro de 2020 
  4. a b «Eduardo Guardia, ex-ministro da Fazenda, será sócio de gestora do BTG Pactual». Folha de S.Paulo. 16 de fevereiro de 2019. Consultado em 29 de janeiro de 2020 
  5. «Quem é Eduardo Guardia, o novo chefe da Fazenda». ISTOÉ DINHEIRO. 13 de abril de 2018. Consultado em 29 de janeiro de 2020 
  6. «Eduardo Guardia assume diretoria financeira da BM & FBovespa». G1. 22 de junho de 2010. Consultado em 6 de outubro de 2021 
  7. Guardia, Eduardo (1992). «Orçamento publico e política fiscal : aspectos institucionais e a experiência recente - 1985/1991» (PDF). Universidade Estadual de Campinas. Consultado em 6 de outubro de 2021 
  8. «Quem é o novo ministro que vai gerir economia por 9 meses após saída de Meirelles». G1. 9 de abril de 2018. Consultado em 6 de outubro de 2021 
  9. a b c d e f «Meirelles deixa a Fazenda e anuncia Eduardo Guardia como novo ministro». g1.globo.com. 6 de abril de 2018. Consultado em 15 de abril de 2018 
  10. «Relatório de Atividade - demais diretores da entidade» (PDF). institutobmfbovespa.org.br. p. 17. Consultado em 15 de abril de 2018. Arquivado do original (PDF) em 29 de abril de 2016 
  11. «Quem é quem: Secretário Executivo – Ministério da Fazenda». Consultado em 15 de abril de 2018 
  12. a b «Galeria dos secretários». tesouro.fazenda.gov.br. Consultado em 15 de abril de 2018 
  13. «Eduardo Guardia deixa BM&FBovespa para assumir cargo na Fazenda». Valor Econômico. Consultado em 29 de janeiro de 2020 
  14. «Eduardo Guardia é novo presidente do conselho de administração do BB». Valor Econômico. Consultado em 13 de fevereiro de 2020 
  15. «Eduardo Guardia é o novo Secretário-executo da Fazenda». brasil.gov.br. 6 de junho de 2016 
  16. «Tarcísio Gordoy é o novo secretário-executivo da Fazenda». brasil.gov.br. 12 de janeiro de 2015 
  17. «Eduardo Guardia é cotado para vaga de Henrique Meirelles». otempo.com.br. 27 de fevereiro de 2018 
  18. «"Não adianta inflação baixa se não tem emprego" diz novo titular da Fazenda». folha.uol.com.br. 13 de abril de 2018 
  19. «De perfil técnico, novo ministro da Fazenda é negociador duro conhecido por dizer 'não'». Folha de S.Paulo. 31 de março de 2018 
  20. Martello, Alexandre (6 de abril de 2018). «Meirelles deixa a Fazenda e anuncia Eduardo Guardia como novo ministro». G1. Consultado em 6 de outubro de 2021 
  21. «Eduardo Guardia anuncia Ana Paula Vescovi como secretária-executiva». Secretaria Especial de Tesouro e Orçamento. 11 de abril de 2018. Consultado em 6 de outubro de 2021 
  22. «Ex-ministro Eduardo Guardia será sócio do BTG a partir de julho». O Globo. 15 de fevereiro de 2019. Consultado em 29 de janeiro de 2020 
  23. «BTG Pactual terá ex-ministro da Fazenda de Temer como sócio e CEO da Asset». EXAME. Consultado em 29 de janeiro de 2020 

Ligações externas

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