João Roberto Marinho
João Roberto Marinho ComMM (Rio de Janeiro, 16 de setembro de 1953) é o terceiro de quatro filhos de Roberto Marinho.[3][4] Ele acumula funções sendo[5] presidente do Grupo Globo,[6] presidente do Conselho Administrativo, presidente do Conselho Editorial[7] e do Comitê Institucional do Grupo Globo e vice-presidente da Associação Nacional de Jornais e de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).[8][9][10][11]
João Roberto Marinho | |
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Nascimento | 16 de setembro de 1953 (71 anos) Rio de Janeiro, DF |
Nacionalidade | brasileiro |
Fortuna | R$ 17,46 bilhões (2016)[1] |
Progenitores | Pai: Roberto Marinho |
Parentesco | Roberto Irineu Marinho (irmão) José Roberto Marinho (irmão) |
Ocupação | Empresário Proprietário de Mídia |
Prêmios | Ordem do Mérito Militar[2] |
Cargo | Presidente do Grupo Globo |
Carreira
editarJoão Roberto começou sua carreira em 1973 como jornalista na editoria Geral do jornal O Globo, e depois migrou para o Segundo Caderno, como diagramador, adquirindo aprendizado no processo de produção do Jornal.[9][10][12] Ainda no jornal O Globo, João Roberto foi repórter e subeditor na editoria de Esportes e depois assumiu a subeditoria de Economia.[13]
Em meados dos anos 1990, o Grupo Globo iniciou a transição do seu comando para os três filhos de Roberto Marinho.[14]
Em 1997, João Marinho foi admitido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.[2]
João Roberto é casado com Gisela Marinho e pai de 3 filhos.[10][15]
Hipismo
editarJoão Roberto é cavaleiro amador. Foi campeão brasileiro por equipes em 2010 (série 1,20 m), montando Haria.[16]
Grupo Globo
editarO Grupo Globo, do qual João Roberto é presidente[6], é o maior conglomerado de mídia e comunicação do Brasil e América Latina, formado pelas empresas Globo (que desde janeiro de 2020, com o projeto unificou as empresas TV Globo, Globosat e Globo.com); Editora Globo, Sistema Globo de Rádio e Globo Ventures; além de ser mantenedor da Fundação Roberto Marinho. [17][18]
Controvérsias
editarDenúncia de ACM
editarHistoricamente vinculadas ao regime militar brasileiro e posteriormente ao poderoso político baiano Antônio Carlos Magalhães (ACM), um dos próceres da ditadura,[19] em meados dos anos 1990 o Grupo Globo começou um processo gradual de afastamento do seu passado sob o comando dos três filhos de Roberto Marinho.[14][20] Isto tornou-se evidente em março de 2000, quando denúncias de corrupção contra ACM foram veiculadas em horário nobre e rede nacional pela TV Globo. A iniciativa pegou de surpresa e enfureceu o político - ele mesmo proprietário de uma afiliada da Rede Globo em Salvador, a TV Bahia. ACM enviou um fax de protesto aos Marinho, e João Roberto declarou que considerava a reclamação "natural" e que o relacionamento com o senador continuava "ótimo".[20]
Censura da revista Época
editarO jornalista Paulo Nogueira, ex-diretor da Editora Globo, recorda que em certa ocasião propôs uma pauta a ser publicada pela revista Época (do Grupo Globo), sobre denúncias na internet contra a grande mídia brasileira, apontada como um seleto clube fechado (a "Hípica") cujos membros odiavam-se, mas não se criticavam. João Roberto teria determinado que a matéria não fosse feita. Nogueira acusa ainda João Roberto de o ter proibido de defender-se contra uma "agressão desonesta" promovida por Diogo Mainardi, um dos expoentes do pensamento neoconservador brasileiro.[21]
Referências
- ↑ «70 maiores bilionários do Brasil em 2016». Forbes. Consultado em 29 de agosto de 2016
- ↑ a b BRASIL, Decreto de 31 de março de 1997.
- ↑ «João Roberto Marinho e irmãos Civita em láurea». Caras. 3 de outubro de 2013. Consultado em 15 de Maio de 2015
- ↑ «João Roberto Marinho». Terceiro tempo. Consultado em 15 de Maio de 2015
- ↑ «João Roberto Marinho será o novo presidente do Grupo Globo». Folha de S.Paulo. 14 de outubro de 2021. Consultado em 9 de fevereiro de 2022
- ↑ a b «João Roberto Marinho assume a presidência do Conselho de Administração do Grupo Globo». O Globo. 28 de abril de 2021. Consultado em 4 de outubro de 2021
- ↑ «Conselho de Administração do Grupo Globo tem nova composição, com eleição de seu primeiro membro independente». Valor Econômico. Consultado em 3 de agosto de 2022
- ↑ «João Roberto Marinho». Forbes. Consultado em 15 de Maio de 2015
- ↑ a b «João Roberto Marinho vice presidente do grupo globo». Bilionários do Brasil. 17 de fevereiro de 2015. Consultado em 15 de Maio de 2015. Arquivado do original em 26 de maio de 2015
- ↑ a b c «"JOÃO ROBERTO MARINHO"». O Globo. Consultado em 7 de Outubro de 2016[ligação inativa]
- ↑ «Estrutura Corporativa». Grupo Globo. Consultado em 12 de Dezembro de 2018
- ↑ «Familia Marinho». MOM. Consultado em 12 de Dezembro de 2018
- ↑ «Joao Roberto Marinho». Suno Research. Consultado em 12 de Dezembro de 2018
- ↑ a b Alex Cuadros (13 de novembro de 2012). Bloomberg, ed. «Brazil Families Richer Than Batista With Soaps and Cement» (em inglês). Consultado em 10 de fevereiro de 2013
- ↑ «Familiares prestigiam o lançamento de livro em memória a Irineu Marinho». Quem. 29 de novembro de 2012. Consultado em 17 de Novembro de 2015
- ↑ «Equipe carioca de salto é nova campeã brasileira». CBH. 26 de novembro de 2010. Consultado em 15 de Maio de 2015 [ligação inativa]
- ↑ «Organizações Globo mudam de nome para Grupo Globo». Folha de S.Paulo. 25 de agosto de 2014. Consultado em 14 de Maio de 2015
- ↑ Arthur William (20 de dezembro de 2014). «Organizações Globo saiba quais empresas do Grupo Globo». Arturoilha. Consultado em 15 de Maio de 2015
- ↑ Leandro Narloch (junho de 2005). Superinteressante, ed. «A voz do Brasil». Consultado em 10 de novembro de 2013.
Um estudo da pesquisadora Susy dos Santos, da Universidade Federal da Bahia, mostrou que pelo menos 40 afiliadas da Globo pertencem a políticos locais, todos ex-aliados dos militares. Os Magalhães, na Bahia, os Sarney, no Maranhão, os Collor, em Alagoas. O clima de paz e amor com o governo era tanto que, em 1972, o presidente Médici chegou a dizer: “Fico feliz todas as noites quando assisto ao noticiário. Porque, no noticiário da Globo, o mundo está um caos, mas o Brasil está em paz”.
- ↑ a b Andrei Meireles, Isabela Abdala e Sônia Filgueiras (22 de março de 2000). ISTOÉ, ed. «A nova ordem - Globo e FHC se afastam de ACM e esvaziam senador baiano, que ameaça criar a CPI das Teles». Consultado em 10 de fevereiro de 2013
- ↑ Paulo Nogueira (12 de agosto de 2012). Diário do Centro do Mundo, ed. «O triunfo de Alberto Dines». Consultado em 10 de fevereiro de 2013