Língua butanesa

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O butanês ou dzonga[1] (རྫོང་ཁ་, transl. dzongkha[2]) é a língua nacional e oficial do Reino do Butão. A palavra dzonga significa a língua (kha) falada nas dzong ou jong, fortalezas monásticas estabelecidas fora do Butão pelo líder Shabdrung Ngawang Namgyel no século XVII.

Butanês

རྫོང་ཁ་

Outros nomes:Dzonga
Falado(a) em:  Butão
Região: Himalaia
Total de falantes: 640 mil falantes totais
~ 171 mil nativos
Família: Sino-tibetana
 Tibeto-birmanesa
  Himalaia
   Butanês
Escrita: Alfabeto tibetano
Estatuto oficial
Língua oficial de:  Butão
Regulado por: རྫོང་ཁ་གོང་འཕེལ་ལྷན་ཚོགས
(Comissão de Desenvolvimento da Língua Butanesa)
Códigos de língua
ISO 639-1: dz
ISO 639-2: dzo (B) dzo (T)
ISO 639-3: dzo

Relações

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O butanês possui uma relação com o tibetano, tal como o cantonês está relacionado ao mandarim. Apesar das variedades faladas não serem inteligíveis, elas partilham, de uma maneira extensa, uma língua literária comum, bem como também a preservam como língua clássica usadas em funções religiosas. No Butão essa língua sagrada preservada é chamada Chöke (ཆོས་སྐད་).

Lingüisticamente, o butanês é uma língua bodíchica meridional pertencente ao grupo proposto das línguas tibeto-burmesas, um ramo do grupo das línguas sino-tibetanas. A língua dzongkha é intimamente relacionada ao siquimês, a língua nacional do reino predecessor de Siquim; e a outras línguas butanesas como o cho-cha-na-ca (Wylie: khyod ca nga ca kha), brokpa (me rag sag steng 'brog skad), brokkat (dur gyi 'brog skad), e o laka (la ka). O tibetano moderno é uma língua bodíchica central e assim pertence a diferentes sub-grupos.

Distribuição geográfica

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A língua butanesa e seus dialetos são a língua nativa de oito distritos ocidentais do Butão (viz. Phodrang, Punakha, Thimphu, Gasa, Paro, Ha, Dagana, e Chukha). Há também alguns falantes encontrados próximo à cidade indiana de Kalimpong, que já foi parte do Butão e hoje pertence à província de Bengala Ocidental. O estudo do dzongkha é obrigatório em todas as escolas do Butão, tendo o papel de língua franca nos distritos do sul e do leste, onde não é língua nativa.

O butanês raramente é falado fora do Butão e arredores. No entanto, o filme butanês de 2003 Viajantes e Mágicos é inteiramente nesse idioma.

Alfabeto

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O dzonga é normalmente escrito com a variante butanesa do escrita tibetana, que por sua vez se origina no alfabeto Devanagari. É conhecida como joyi (mgyogs yig) e Joshum (mgyogs tshugs ma). Os livros no idioma são geralmente impressos com fontes ucan desenvolvidas para imprimir tipos gráficos do silabário tibetano.

O alfabeto é silábico com 30 consoantes com a vogal "a" associada a cada consoante. Quando a consoante for outra, há quatro sinais diacríticos a serem apostos à consoante para isso (sons - e, i, o, u).

Há 90 símbolos para conjuntos de consoantes (também com a vogal "a" associada). Usam também os diacríticos das vogais e, i, o, u.

As sílabas são separadas por pontos.

Vocabulário

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Estas são algumas das palavras do butanês[3]:

butanês
Butanês Transliteração (Wylie) Pronúncia (Roman Dzongkha) Significado
སྟག​་ stag tigre
སྟོན​​་ ston tön ensinar
སྤྱིན​་ spyin pcing cola
རྟིངམ​​་ rtingma tîm calcanhar
མིང​་ ming meng nome
སྨོ་ཤིག​་ smo shig 'mosh não é?

Microsoft

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Em outubro de 2005, uma decisão interna da Microsoft baniu o termo "dzongkha" (nome inglês do "dzonga") de todas as companhias de softwares e materiais promocionais, substituindo-o pelo termo "tibeto-butanês" em seu lugar. Isso foi feito a pedido do governo chinês, que alega que o nome "dzonga" implica uma associação com o Dalai Lama, e consequentemente, com o movimento pela independência do Tibete.[4][5] Os butaneses, que nunca estiveram sob as leis do Dalai Lama, mesmo que reverenciem o 14º Dalai Lama,[6] ficaram perplexos com a decisão.[7] Linguistas sustentam que a palavra "dzongkha" não possui nenhuma associação particular com o Dalai Lama.[4]

Referências

  1. Dicionário Aurélio: dzonga: 1. Gloss. Ver butanês
  2. "Guide to Official Dzongkha Romanization", G. van Driem
  3. George van Driem (1992). The Grammar of Dzongkha. Thimphu; Butão: Dzongkha Development Comission of the Royal Government of Bhutan 
  4. a b Microsoft Outlaws Dzongkha
  5. Microsoft Sensitive to Chinese Pressure on Bhutan Tibet Link
  6. 30,000 Bhutanese on pilgrimage in India
  7. Old story, new lessons

Bibliografia

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  • van Driem, George L, with the collaboration of Karma Tshering of Gaselô (1998). Dzongkha. Leiden: Research School CNWS, School of Asian, African, and Amerindian Studies. ISBN 90-5789-002-X  (CNWS publications Languages of the Greater Himalayan Region, 1566-1970 ; vol. 1) - A language textbook with three audio compact disks.
  • Dzongkha Development Commission (1999). The New Dzongkha Grammar (rdzong kha'i brda gzhung gsar pa). Thimphu: Dzongkha Development Commission 
  • Dzongkha Development Commission (1990). Dzongkha Rabsel Lamzang (rdzong kha rab gsal lam bzang). Thimphu: Dzongkha Development Commission 
  • Dzongkha Development Authority (2005). English-Dzongkha Dictionary (ཨིང་ལིཤ་རྫོང་ཁ་ཤན་སྦྱར་ཚིག་མཛོད།). Thimphu: Dzongkha Development Authority, Ministry of Education. ISBN 99966335 Verifique |isbn= (ajuda) 

Ligações externas

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