O Gene Egoísta (no original em inglês The Selfish Gene - 1976) é o primeiro livro de Richard Dawkins, em que ele apresenta uma teoria que procura explicar a evolução das espécies na perspectiva do gene e não do organismo, ou da espécie.[2]

The Selfish Gene
O Gene Egoísta
Autor(es) Richard Dawkins
País  Reino Unido
Assunto Biologia evolutiva
Editora Oxford University Press
Lançamento 1976
Páginas 224
ISBN 0-19-857519-X
Edição portuguesa
Tradução António Bracinha Vieira
Editora Gradiva
Lançamento 1989
Páginas 317
ISBN 972-662-127-5
Edição brasileira
Tradução Rejane Rubino
Arte de capa Fabio Uehara
Editora Companhia das Letras[1]
Lançamento 16 de novembro de 2007
Páginas 544
ISBN 9788535911299
Cronologia
O Fenótipo Estendido

Contexto

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Segundo Dawkins, o organismo é apenas uma "máquina de sobrevivência" do gene, cujo objetivo é a sua auto-replicação, a espécie na qual ele existe é a "máquina" mais adequada a essa perpetuação. Analisando o comportamento de algumas espécies animais, Dawkins explica que o altruísmo que se observa em muitas espécies não é contraditório com o egoísmo do gene, mas contribui para a sua sobrevivência.

Segundo alguns, a teoria lançada por Dawkins pode ser interpretada como uma afirmação do liberalismo (do egoísmo como característica fundamental dos seres vivos, onde o altruísmo, quando existe, é apenas uma forma de perpetuar o indivíduo).[3]

Neste livro, Dawkins reformula igualmente o conceito de meme, ou seja, o equivalente cultural do gene, a unidade básica da memória ou do conhecimento, que o ser humano transfere conscientemente para os seus descendentes.

Dawkins afirma no prefácio da primeira edição que os conceitos elaborados neste livro não são de sua autoria, uma vez que já tinham sido formulados por George C. Williams, J. Maynard Smith, W. D. Hamilton e R. L. Trivers.[4]

Crítica

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Steven Rose afirma no livro "Not in Our Genes" que essa visão é reducionista, e também critica a psicologia evolutiva e o determinismo biológico contido nas ideias de Dawkins.[carece de fontes?] Steven Pinker considera que o livro deturpa as ideias de Dawkins e Edward O. Wilson, falsamente atribuindo crenças ridículas a eles.[5]

Prêmios e reconhecimentos

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Em abril de 2016, Robert McCrum posicionou O Gene Egoísta em décimo lugar na lista dos 100 melhores livros de não-ficção.[6]

Em julho de 2017, O Gene Egoísta figurou como o livro científico mais influente de todos os tempos em uma pesquisa comemorando o trigésimo aniversário do concurso de premiação de livros da Royal Society, a frente da Origem das Espécies de Charles Darwin e Principia Mathematica de Isaac Newton.[7]

Referências

  1. Companhia das Letras. «O GENE EGOÍSTA - Richard Dawkins». Consultado em 4 de dezembro de 2012 
  2. "O Gene Egoísta" apresentação do livro de Richard Dawkins no site da editora Gradiva - Colecção Ciência Aberta (Portugal) acessado a 30 de setembro de 2009
  3. Borges, Julio Daio (2008) "O Gene Egoísta, de Richard Dawkins " opiniões sobre o livro no site DigestivoCultural.com (da Livraria Cultura, Brasil) acessado a 30 de setembro de 2009
  4. "O Gene Egoísta, de Richard Dawkins" Prefácio da edição de 1976, no site da editora Gradiva - Colecção Ciência Aberta (Portugal) Arquivado em 9 de julho de 2007, no Wayback Machine. acessado a 30 de setembro de 2009
  5. Pinker, Steven (2003). The Blank Slate: The Modern Denial of Human Nature. London: Penguin Books. pp. 112–113. ISBN 0-140-27605-X 
  6. McCrum, Robert (4 de abril de 2016). «The 100 best nonfiction books: No 10 – The Selfish Gene by Richard Dawkins». The Guardian. Consultado em 26 de agosto de 2017 
  7. Armitstead, Claire (20 de julho de 2017). «Dawkins sees off Darwin in vote for most influential science book». The Guardian. Consultado em 26 de agosto de 2017 

Ligações externas

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