Quarentinha

futebolista brasileiro
 Nota: ""Quarentinha"" redireciona para este artigo. Para outro ex-jogador do Paysandu da década de 1950 e futebolista mais vezes campeão estadual no Brasil, veja Paulo Benedito dos Santos Braga.

Waldir Cardoso Lebrêgo, o Quarentinha (Belém, 15 de setembro de 1933Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 1996), foi um futebolista brasileiro que atuou como centroavante.[1]

Quarentinha
Quarentinha
Quarentinha no Botafogo
Informações pessoais
Nome completo Waldir Cardoso Lebrêgo
Data de nascimento 15 de setembro de 1933
Local de nascimento Belém, Pará, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Data da morte 11 de fevereiro de 1996 (62 anos)
Local da morte Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
canhoto
Apelido Quarentinha
Informações profissionais
Posição centroavante
Clubes de juventude
0000–1950 Paysandu
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1950–1952
1953
1954–1964
1956
1965–1966
1966
1967
1967
1967–1968
Paysandu
Vitória
Botafogo
Bonsucesso (emp.)
Unión Magdalena
Deportivo Cali
Junior Barranquilla
América de Cali
Almirante Barroso
000? 000(9)
000? 00(15)
0442 0(313)
000? 00(18)
000? 00(38)
000? 00(11)
000? 00(12)

Seleção nacional
1958–1966 Brasil 0013 00(14)

Até hoje, é o maior artilheiro da história do Botafogo, com 313 gols em 442 jogos.[2][3]

Tem a segunda melhor média de gols da história da Seleção Brasileira: 1 gol por jogo (17 jogos e 17 gols).[4]

Carreira

editar

Filho do também jogador do Paysandu, Luís Gonzaga Lebrego, o Quarenta, Quarentinha iniciou a carreira no clube do pai e com 16 anos já era titular do time. Se transferiu para o Vitória em 1953, onde foi campeão do Campeonato Baiano.

No ano seguinte, foi contratado pelo Botafogo. Lá tornou-se o maior artilheiro da história do clube, com 313 gols em 442 jogos.[2]

Jogando ao lado de Didi e Garrincha, fez história e foi o artilheiro do Campeonato Carioca por três edições seguidas: 1958, 1959 e 1960. Pela seleção brasileira marcou 17 gols em 17 jogos.[4] Morreu de insuficiência cardíaca aos 62 anos.

Jogou também em outros clubes do Rio de Janeiro, da Colômbia e no Clube Náutico Almirante Barroso, de Santa Catarina, antes de encerrar a carreira.

É o maior artilheiro do Botafogo no clássico contra o Vasco.

Gols sem sorrisos

editar

O ponta-de-lança, com potente perna esquerda, nunca fazia festa para seus gols, o que irritava a torcida botafoguense. Dizia que não havia razão para comemorações, pois estava apenas cumprindo a obrigação ao qual era pago.[5]

Armando Nogueira assim o definiu: "Quarentinha, eu o vi jogar muitas e muitas vezes. Era um chutador temível, um atacante de respeito, que fazia tremer os goleiros, fossem quem fossem. Tinha na canhota o que, então, se chamava um canhão. Chutava muito forte, principalmente, bola parada. Era de meter medo. Nos jogos Botafogo-Santos, era ele, de um lado, o Pepe, do outro. Ai de quem ficasse na barreira. Quarentinha nasceu no Pará, filho de um atacante que lhe herdou, intactos, o chute poderoso e o apelido. Não sei se o pai era tão tímido quanto o filho. Quarentinha jamais celebrou um gol, fosse dele ou de quem fosse. Disparava um morteiro, via a rede estufar, dava as costas e tornava ao centro do campo, desanimado como se tivesse perdido o gol."[6]

Títulos

editar
Vitória
Botafogo
Seleção Brasileira

Outras conquistas

editar
Botafogo

Artilharias

editar

Bibliografia

editar
  • Quarentinha: o Artilheiro que não Sorria (Rafael Casé, Editora Livros de Futebol, 2008)

Referências

  1. Quarentinha Jornal de Santa Catarina
  2. a b Lucas, Ricardo. «Os maiores artilheiros do Botafogo na história | Goal.com». www.goal.com. Consultado em 20 de novembro de 2022 
  3. «Quarentinha». Ludopédio. Consultado em 20 de novembro de 2022 
  4. a b «Que fim levou? QUARENTINHA... Ex-atacante do Botafogo e Seleção Brasileira». Terceiro Tempo. Consultado em 21 de fevereiro de 2023 
  5. «QUARENTINHA». www.botafogo.com.br. Consultado em 31 de março de 2023 
  6. «Quarentinha: o cara que não comemorava gol». Confederação Brasileira de Futebol. Consultado em 29 de novembro de 2021 
  7. Assaf, Clóvis Martins e Roberto (7 de dezembro de 2023). História dos Campeonatos Cariocas de Futebol 1906-2023. [S.l.]: Mauad Editora Ltda