Ribeirão Pires

município brasileiro do estado de São Paulo

Ribeirão Pires é um município do estado de São Paulo, na Região Metropolitana de São Paulo, integrando um grupo de municípios conhecidos como Região do Grande ABC, na Zona Sudeste da Grande São Paulo, em conformidade com a Lei Estadual nº 1.139, de 16 de junho de 2011[7] e, consequentemente, com o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI).[8] A população estimada em 2021 era de 125.238 habitantes e a área é de 99 km², o que resulta numa densidade demográfica de 1262,80 hab./km². O município é formado pela sede e pelos distritos de Jardim Santa Luzia e Ouro Fino Paulista.[9][10]

Ribeirão Pires

Município da Estância Turística de Ribeirão Pires

  Município do Brasil  
Vista do Centro de Exposições e História a partir da Avenida Prefeito Valdírio Prisco.
Vista do Centro de Exposições e História a partir da Avenida Prefeito Valdírio Prisco.
Vista do Centro de Exposições e História a partir da Avenida Prefeito Valdírio Prisco.
Símbolos
Bandeira de Ribeirão Pires
Bandeira
Brasão de armas de Ribeirão Pires
Brasão de armas
Hino
Gentílico ribeirão-pirense
Localização
Localização de Ribeirão Pires em São Paulo
Localização de Ribeirão Pires em São Paulo
Localização de Ribeirão Pires em São Paulo
Ribeirão Pires está localizado em: Brasil
Ribeirão Pires
Localização de Ribeirão Pires no Brasil
Mapa
Mapa de Ribeirão Pires
Coordenadas 23° 42′ 39″ S, 46° 24′ 46″ O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Região metropolitana São Paulo
Municípios limítrofes Ferraz de Vasconcelos; Suzano; Rio Grande da Serra; Santo André; Mauá
Distância até a capital 35 km[1]
História
Fundação 25 de março de 1714 (310 anos)
Emancipação 1 de janeiro de 1954 (70 anos)
Administração
Prefeito(a) Guto Volpi (PL, 2022– )
Características geográficas
Área total [2] 99,175 km²
População total (Estimativa IBGE/2021[3]) 125 238 hab.
Densidade 1 262,8 hab./km²
Clima subtropical
Altitude 800 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[4]) 0,784 alto
PIB (IBGE/2016[5]) R$ 3 021 838,84 mil
PIB per capita (IBGE/2019[6]) R$ 25 497,11
Sítio www.ribeiraopires.sp.gov.br (Prefeitura)
www.camararp.sp.gov.br (Câmara)

Seus municípios limítrofes são Suzano (a nordeste), Rio Grande da Serra (a sudeste e sul), Santo André (a sudoeste) e Mauá (a noroeste). Tornou-se município em 30 de dezembro de 1953,[11] quando foi desmembrada de Santo André. Sua data oficial de emancipação político administrativa foi instituída em 1º de janeiro de 1954 pela Lei Municipal 2.463/1983[12], sendo comemorado o seu aniversário no dia 19 de março, em homenagem a São José, Padroeiro da Cidade.

História

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A formação de Ribeirão Pires se dá nas últimas décadas do século XIX, embora o território, então conhecido como Caguaçú (ou "Mata Grande" em tupi), fosse mencionado em documentos do século XVIII como uma área de ocupação esparsa e rural, sem indícios de urbanização significativa. A Capela de Nossa Senhora do Pilar, preservada até hoje, é um dos poucos testemunhos edificados dessa época, ligada ao contexto das expedições bandeirantes no Ciclo da Mineração.

Etimologia

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Brasão de armas da Família Pires (detalhe do escudo)

As tentativas de associar o nome "Ribeirão Pires" a figuras históricas específicas como Salvador Pires ou Antônio Pires de Ávila geraram interpretações controversas ao longo dos anos.

O jornalista Roberto Bottacin, em suas pesquisas de 1962[13] e 1979[14], propôs que o nome "Ribeirão Pires" viria de Salvador Pires[15], acreditando que ele teria vivido no local. Bottacin também sugeriu que a Capela do Pilar (inicialmente chamada por ele de Ermida de Santo Antônio) teria sido erguida em 1549, o que indicaria a presença de um povoado relevante naquela época. Contudo, essa teoria é rejeitada por historiadores como Marcos Rogério Ribeiro de Carvalho[16], que mostrou que as terras de Salvador Pires se localizavam na Serra da Cantareira e não em Ribeirão Pires, invalidando assim a conexão entre Salvador Pires e o atual município.

Outro historiador, Wanderley dos Santos, apresentou em 1974 a chamada "Teoria da Família Pires", propondo que o nome da cidade teria vindo da família de Antônio Pires de Ávila, que teria se estabelecido no bairro de Caguaçú em 1716[17]. Em 1992, contudo, Santos revisou sua tese, esclarecendo que Antônio Pires de Ávila não se fixou em Ribeirão Pires, mas sim nas áreas dos atuais municípios de Santo André e Mauá[18]. Apesar dessa revisão, a ideia de que o nome da cidade se originou da família Pires permanece popular, e até foi oficializada no Hino Municipal de 1988.[19]

Em uma avaliação mais recente, o historiador Marcílio Duarte considera ambas as teorias como especulativas, influenciadas por limitações de pesquisa e desejo de legitimação histórica. Duarte sugere que o nome Ribeirão Pires poderia ter origem casual, dado que o sobrenome "Pires" era comum e poderia ser de qualquer família com esse nome, sem relação direta com figuras proeminentes. Para ele, o mistério do nome permanece sem solução definitiva, talvez para sempre envolto em conjecturas que refletem a complexidade e a multiplicidade das influências culturais e históricas sobre a região.[20]

Fundação

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A origem de Ribeirão Pires não se vincula a um fundador específico nem a um ato de fundação oficial, dado que as informações históricas sobre o local são imprecisas.[21] Acredita-se que o desenvolvimento urbano da região teve início com o Ciclo do Café e, mais decisivamente, com a chegada da ferrovia, que fomentou a formação de um núcleo urbano conhecido posteriormente como Ribeirão Pires, derivado da compra de terras chamadas "Sítio do Ribeirão Pires". Os nomes anteriores da área, como Geribatiba e Caguaçú, referem-se a territórios antigos que foram desmembrados ao longo do processo colonial de ocupação, sem relação direta com o nome atual.

Em busca de uma data histórica, as autoridades municipais definiram o dia 25 de março de 1714 como marco simbólico de fundação, conforme a Lei Municipal 2.446 de 1983[22]. Essa data, no entanto, representa apenas a provisão diocesana da Capela do Pilar e não se relaciona diretamente com a fundação ou nomeação de Ribeirão Pires, sendo, portanto, apenas um símbolo comemorativo.

A história de Ribeirão Pires pode ser dividida em três períodos principais: 1 - Período Colonial: caracterizado pela total inexistência de ocupação de terras, sendo apenas parte de sesmarias doadas pela Coroa; 2 - Ciclo do Café e Advento da Ferrovia: caracterizado pela expansão econômica e urbana impulsionado pela ferrovia, responsável por consolidar o núcleo urbano inicial; e 3 - Período Contemporâneo: caracterizado pelo desenvolvimento da cidade moderna, levando à emancipação como município. Esses períodos refletem o desenvolvimento histórico da cidade, cuja identidade atual se consolidou somente com a urbanização e infraestrutura ferroviária, e não por fundações ou assentamentos coloniais formais.

 
Capela de Nossa Senhora do Pilar, erguida em 1714, é o símbolo oficial da fundação de Caguaçú (atual Ribeirão Pires). A torre sineira é um acréscimo de 1809.

Período Colonial

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Século XVI

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O território de Ribeirão Pires, no século XVI, fazia parte da comunidade indígena tupiniquim denominada Geribatiba, liderada pelo cacique Caiubi, irmão de Tibiriçá, ambos aliados dos portugueses. Durante a Confederação dos Tamoios (1554), uma aliança indígena contra os colonizadores, ocorreu uma dissidência entre os irmãos, levando o cacique Piquerobi a se aliar aos tupinambás e combater os portugueses. Isso tornou a região que compreende Guarulhos, a Zona Leste e Mogi das Cruzes insegura para os colonos, que temiam ataques e capturas. O território sul de Ribeirão Pires, por onde passava a Trilha dos Tupiniquim, era evitado devido às características inóspitas da floresta densa e úmida, com cerração intensa, e pela proximidade de zonas de conflito, que aumentavam o risco de ataques dos tupinambás.[23]

As condições hostis do local, agravadas pelo temor da antropofagia tupinambá, mantiveram a área livre de assentamentos portugueses e indígenas após a extinção da vila de Santo André da Borda do Campo, em 1560, e o Cerco de Piratininga, em 1562. Para os colonos católicos, a possibilidade de ser capturado e morto pelos tupinambás, sem receber o sacramento da extrema-unção, era vista como uma das piores mortes possíveis, aumentando ainda mais o receio de ocupação na área.

Somente a partir do final do século XVII, com o enfraquecimento das ameaças dos Tamoios, é que a colonização da região se tornou viável. Foi então que se iniciou, de forma gradual, a ocupação do bairro de Caguaçú, marcando o início da ocupação territorial na área onde hoje está Ribeirão Pires.

Séculos XVII e XVIII

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Segundo o historiador Wanderley dos Santos, o território atual de Ribeirão Pires é documentado pela primeira vez no século XVIII, durante o Ciclo da Mineração e o período da Guerra dos Emboabas.[17] A criação do bairro de Caguaçú, que incluía o território de Ribeirão Pires e a Zona Leste de São Paulo, foi uma medida da elite paulistana para impedir a expansão territorial de Mogi das Cruzes sobre áreas com potencial aurífero, como Taiaçupeba, pois acreditavam haver muito ouro na região. Com o passar do tempo, as explorações revelaram que a bacia do Taiaçupeba não era tão rica como imaginavam.[24]

Em 1677, o capitão-mor Antônio Corrêa de Lemos foi nomeado para governar o bairro e, em 1714, ordenou a construção da Capela de Nossa Senhora do Pilar em Caguaçú como pagamento de uma promessa à Virgem Maria, após sobreviver a uma grave doença.[17] Com a descoberta de grandes jazidas de ouro em Minas Gerais e o declínio do interesse por São Paulo, a região foi gradualmente abandonada. Com a morte de Antônio Corrêa de Lemos, em 1735[23], e seus filhos partiram para Cuiabá, em busca de ouro de pepita, deixando a Capela do Pilar abandonada.

Em 1716, Antônio Pires de Ávila, conhecido pela fundação de Pitangui em Minas Gerais, construiu um sítio na região de Cassaquera, na divisa de Mauá com Santo André. O pouco que se sabe pelos documentos preservados é que ele queria aumentar este sítio para oeste (ou seja, adentrando em São Bernardo do Campo). A ideia do mestre de campo era adquirir terras férteis para assentar suas filhas e assim garantir o sustento da família ante a escassez de gêneros alimentícios que grassava em São Paulo nesta época. Porém, as terras de Cassaquera, como se revelou recentemente,[25] já pertenciam ao coronel Alexandre Barreto de Lima desde 1704. O fato gerou uma acirrada disputa judicial entre Antônio Pires de Ávila e Alexandre Barreto de Lima, mas a morte do mestre de campo em 1737 pôs fim à contenda.[23]

Como já apontado, o nome “Ribeirão Pires” foi incorretamente associado por Wanderley dos Santos ao de Antônio Pires de Ávila. Sabe-se hoje, com novas evidências, que sua moradia esteve circunscrita à Penha de França, reduto histórico dos Pires. Quanto ao sítio de Cassaquera, tudo indica ter sido um apossamento ilegal do mestre de campo sobre as terras de Alexandre Barreto de Lima.

Transformações territoriais

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Como aponta o historiador Wanderley dos Santos[26], a região passou por transformações em meados do século XVIII. Em 22 de abril de 1745, por determinação de Dom João V, a administração territorial da Capitania de São Paulo torna-se incumbência da Igreja, que institui o Bispado de São Paulo. Assim, o bairro de Caguaçú é anexado à Freguesia da Sé, que realiza, em 1748, o seu primeiro censo populacional. Em 1818, o bairro incorpora-se à Freguesia do Brás e passa a ser denominado de bairro do Pilar (abrangendo também a atual cidade de Mauá). Em 1831, passa à jurisdição da Freguesia de São Bernardo - embrião do atual Grande ABC. Em 1867, a região de Iupeba, hoje conhecida como Ouro Fino Paulista, é incorporada ao território da futura Ribeirão Pires.

Período moderno - Ciclo do Café e Ferrovia

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No século XIX, a área hoje conhecida como o centro de Ribeirão Pires era chamada de "Sítio do Ribeirão Pires". Composta por terras devolutas e ocupação esparsa, a área abrigava posseiros até 1861, quando a São Paulo Railway adquiriu essas terras. A compra foi feita para permitir a passagem da Estrada de Ferro Santos a Jundiaí, visando o escoamento do café produzido no Vale do Paraíba ao Porto de Santos.[27]

Neste contexto, a primeira estação de Ribeirão Pires foi inaugurada em 1º de março de 1885, embora fosse uma parada simples, demolida posteriormente e localizada a 170 metros a noroeste da atual estação.[17] A parada de trem abriu caminho para a criação do Núcleo Colonial em 1887, e, em 1888, chegaram os primeiros imigrantes italianos oriundos do Núcleo Colonial de São Bernardo, impulsionando o desenvolvimento da nascente vila.

As obras para a nova Estação Ribeirão Pires (cujo prédio está preservado até hoje) começaram em 1895 e foram concluídas em 1º de janeiro de 1900. Em 1896, Ribeirão Pires foi elevada a Distrito de Paz de São Bernardo, tornando-se o centro administrativo de uma microrregião que incluía o Alto da Serra (Paranapiacaba), Campo Grande, Pilar (Mauá), e Rio Grande (Rio Grande da Serra), e, assim, estabelecendo-se como um importante núcleo.[28]

Período contemporâneo - 1954 aos dias atuais

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A emancipação de Ribeirão Pires é resultado de transformações em toda a região de São Bernardo (hoje Grande ABC). Esse processo teve início em 1907, quando a cidade perdeu parte de seu território com a elevação do Alto da Serra (atual distrito de Paranapiacaba) a Distrito de Paz. Nas décadas seguintes, Ribeirão Pires cedeu mais territórios e estações, como Rio Grande (hoje Rio Grande da Serra) e Pilar (Mauá), até que, em 1939, deixou de ser distrito de São Bernardo e passou a compor o município de Santo André.

Em 1949, é fundada a SARP (Sociedade Amigos de Ribeirão Pires), que organiza o movimento de emancipação do então distrito. Em 1953, uma representação é entregue à Assembleia Legislativa, e, em 31 de dezembro desse ano é editada a lei estadual reconhecendo Ribeirão Pires como município a partir de 1º de janeiro de 1954.

Após a emancipação, a cidade começa a desenvolver sua infraestrutura pública com a criação do Ginásio Estadual Dr. Felício Laurito em 1957 e a elevação à Comarca em 1963, que permite à cidade ter seu próprio Judiciário, consolidado em 1967.

Geografia

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Gráfico climático para Ribeirão Pires
JFMAMJJASOND
 
 
278
 
27
17
 
 
252
 
27
17
 
 
228
 
27
17
 
 
155
 
25
15
 
 
114
 
22
12
 
 
85
 
21
11
 
 
87
 
20
11
 
 
65
 
22
12
 
 
143
 
24
13
 
 
151
 
25
15
 
 
159
 
26
16
 
 
234
 
26
17
Temperaturas em °CPrecipitações em mm

Fonte: Tempo Agora

Ribeirão Pires situa-se a uma altitude média de 800 metros. O clima do município, como em toda a Região Metropolitana de SP, é o subtropical. Verão pouco quente e chuvoso, e Inverno ameno e de poucas chuvas, embora a umidade do oceano muitas vezes forma a típica neblina nas tardes de inverno, deixando o ar úmido e provocando garoa. A média de temperatura anual gira em torno dos 18 °C, sendo o mês mais frio julho (Média de 15 °C) e o mais quente fevereiro (Média de 22 °C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1.400 mm.

Hidrografia

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O município é cortado pelo Ribeirão Grande, que nasce no Pilar Velho e desce pela atual Av. Prefeito Valdírio Prisco até fazer barra na Represa Billings. Além disso, a cidade possui uma grande quantidade de nascentes, que sustentam o comércio de água, uma das grandes atividades econômicas do município. A cidade é banhada pelos rios Guaió e Taiaçupeba e pela Represa Billings, além dos dois ribeirões citados.

Diferença entre o "Ribeirão Pires" e o "Ribeirão Grande"

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O uso do termo "Rio Ribeirão Pires" para se referir ao Ribeirão Grande parece ter se consolidado por influência política e do costume popular. A expressão, que surge pela primeira vez em 1957, é historicamente incorreta e tecnicamente inadequada, já que combina "rio" e "ribeirão".

Fontes históricas, como os mapas do final do século XIX preservados no Arquivo Público e no Museu da Imigração de São Paulo, indicam que o Ribeirão Grande tem sua nascente no Pilar Velho. Já o Ribeirão Pires aparece na planta do "Sítio do Ribeirão Pires" (1898) e é identificado como um curso d'água que banha o noroeste da cidade, atrás do Morro Santo Antônio, em paralelo ao traçado da atual Avenida Rotary.

A existência do Ribeirão Grande também é registrada no relatório de obras da São Paulo Railway de 1867, que menciona o revestimento em pedra dos taludes da ponte férrea sobre o Ribeirão Grande. Essa ponte, preservada até hoje, localiza-se próxima à Rua Capitão José Gallo[27], confirmando a identificação correta do curso d'água como Ribeirão Grande.

Ribeirão Pires Ribeirão Grande
 
Ribeirão Pires (aquífero), visto a partir da Avenida Rotary.
 
Foto do Ribeirão Grande (2004), banhando o Centro de Ribeirão Pires.
Ribeirão Pires: é um pequeno aquífero, porém é o que dá nome à cidade. Banha a região noroeste, com nascente próxima à divisa com Mauá, compreendendo a região das vilas Bocaina, Sueli e Belmiro. Corre em paralelo à Avenida Rotary e em transversal ao Rodoanel Governador Mario Covas Junior, passando por trás do Morro Santo Antônio e desaguando no Ribeirão Grande. Ribeirão Grande (antigo Iguaçu)[17]: é o maior e mais visível aquífero da cidade (por esta razão é confundido com o Ribeirão Pires). O Ribeirão Grande corta vários bairros, incluindo toda a região central (trecho canalizado) e a Avenida Pref. Valdírio Prisco (antiga Brasil). Tem nascente no Pilar Velho.
Nascente: Bocaina (Parque Aliança) Nascente: Pilar Velho
Foz: Ribeirão Grande (pela margem direita) Foz: Represa Billings (Braço Rio Grande/Jurubatuba)

Demografia

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População

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Crescimento populacional
Ano População Total
195819 744
196021 2057,4%
197029 04837,0%
198056 53094,6%
199185 08550,5%
2000104 50822,8%
2010113 0688,2%
2022115 5592,2%
Fontes:[29][30][31]
Censos Demográficos IBGE e Estimativas SEADE

Dados demográficos

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Censo 2000 Censo 2022
População total 104.508 População total 115.559
Área territorial 107Km2 Área territorial 98,972Km2
Densidade demográfica 1.053,51 Densidade demográfica 1.167,59
Mortalidade infantil 18,38 Mortalidade infantil 8,72
Expectativa de vida 69,93 Expectativa de vida
Taxa de fecundidade 2,00 Taxa de fecundidade
Taxa de alfabetização 94,55% Taxa de alfabetização 97,4%
IDH-M 0,784
IDH-M Renda 0,757 IDH-M Renda
IDM-M Longevidade 0,749 IDM-M Longevidade
IDM-M Educação 0,915 IDM-M Educação

Economia

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Turismo

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 Ver artigo principal: Estância turística (São Paulo)

Ribeirão Pires é um município turístico desde 1998. Sua luta para se tornar estância turística tem origem em 1959, quando a cidade se consolida como destino de veraneio de santistas e paulistanos. Em 1985, após vários investimentos e criação de pontos turísticos, tornou-se Município de Interesse Turístico (MIT), até que, em dezembro de 1998, alcança o sonhado título de Estância Turística. Rica em atrativos culturais, recursos hídricos e paisagens naturais, a cidade é hoje a única da Região Metropolitana de São Paulo a ostentar esse título e está entre os 29 municípios paulistas considerados Estâncias Turísticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual.[32] Tal status garante uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto ao seu nome o título de Estância Turística, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.

Pontos turísticos oficiais

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  • 1971 - Capela de Nossa Senhora do Pilar (ano em que foi decretada de utilidade pública)
  • 1974 - Mirante Santo Antônio
  • 1975 - Parque Municipal "Milton Marinho de Moraes" (hoje Parque Oriental)
  • 1976 - Mirante São José
  • 1981 - Pedra do Elefante (a pedra foi descoberta em 1968 por Valentino Redivo)
  • 1987 - Parque Pérola da Serra (hoje Parque Municipal "Prof. Luiz Carlos Grecco")
  • 1987 - Gruta da Quarta Divisão
  • 2008 - Vila do Doce (hoje Complexo Gastronômico Vila do Doce)
  • 2015 - Centro de Exposições e História Ricardo Nardelli (hoje CHL - Centro Histórico e Literário)

Cultura

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Patrimônio cultural

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Ribeirão Pires possui um importante acervo arquitetônico, do qual três são reconhecidos como patrimônio cultural do Estado de São Paulo, pelo Condephaat, e quatro (considerando o tombamento ex-officio da Capela do Pilar), como patrimônio cultural do Município:

Imagem Nome Nível
 
Tombada em 24 de abril de 1975
Capela de Nossa Senhora do Pilar: Tombada pelo Condephaat em 24 de abril de 1975. Mais informações no artigo Capela do Pilar.[33] Em 2018 foi tombada, em caráter de ofício, através do Decreto Municipal nº 6.827, de 05 de junho de 2018, pelo CONDEP - Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural e Natural, com estudos técnicos do CATP - Centro de Apoio Técnico ao Patrimônio de Ribeirão Pires.[34] Estadual/ Municipal
 
Tombada em 18 de outubro de 2011
Conjunto Ferroviário de Ribeirão Pires: Tombado pelo Condephaat em 18 de outubro de 2011, registrado no Livro do Tombo Histórico sob inscrição nº 389, p. 112/113, 11/10/2012.[35] Foi tombado pelo CONDEPHAAT, com estudos da UPPH - Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico. Estadual
 
Tombada em 26 de fevereiro de 2018
Moinho de Trigo Fratelli Maciotta (Fábrica de Sal): Tombado pelo Condephaat em 26 de fevereiro de 2018 (Resolução SC-15/2018).[36] Os irmãos compraram as terras do Major Claudino Pinto de Oliveira, o Major ‘Cardim’, e edificaram próximo à ferrovia o Molino Di Semole Fratelli Maciotta e C., que funcionava com a tecnologia de moagem por cilindros – a mais avançada na época. Estudos indicam que o ‘Moinho de Ribeirão Pires’ é mais antigo que o Moinho Central, da família Matarazzo (1900).[37] Foi tombada pelo CONDEPHAAT, com estudos preliminares do CATP - Centro de Apoio Técnico ao Patrimônio de Ribeirão Pires, datados de agosto de 2015. A instrução técnica foi complementada por estudos adicionais da UPPH - Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico. Estadual
Casa de Herbert Richers: Concluída em 1957 pelo produtor de cinema Herbert Richers, a casa foi inicialmente pensada para moradia de seus pais, Guilherme Richers e Maria Luísa Wulfes. Em 1968 e 1969, foram gravadas tomadas para dois filmes: Papai Trapalhão e Golias contra o homem das bolinhas, respectivamente. Foi tombada pelo CONDEP - Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural e Natural, com estudos técnicos do CATP - Centro de Apoio Técnico ao Patrimônio de Ribeirão Pires e homologada pelo Decreto Municipal 6.770, de 20 de outubro de 2017. Municipal
 
Tombado em 19 de janeiro de 2018
Bar da Estação: O Bar da Estação de Ribeirão Pires é um dos últimos exemplares arquitetônicos de "bar de gare" da antiga Estrada de Ferro Santos a Jundiaí (EFSJ). Elemento obrigatório nas estações de metrópole e subúrbio, foi construído no começo dos anos 1930 pelo italiano Jacyntho Gasperini, imigrante de Trento, que chegou a ter fábrica de cerveja no Brasil. Foi tombado pelo CONDEP - Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural e Natural, com estudos técnicos do CATP - Centro de Apoio Técnico ao Patrimônio de Ribeirão Pires e homologado pelo Decreto Municipal 6.796, de 19 de janeiro de 2018. Municipal
 
Tombado em 05 de agosto de 2019
Sítio Boa Sorte: O Sítio Boa Sorte foi o nome da casa de campo do poeta, escritor e idealizador do modernismo no Brasil, Oswald de Andrade. Adquirida por volta de 1949, o escritor morou nele durante sua última fase literária, ao lado de sua última esposa Maria Antonieta D'Alkmin e de seus filhos Marília de Andrade e Paulo Marcos de Andrade. O tombamento foi realizado pelo CONDEP - Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural e Natural, com estudos técnicos do CATP - Centro de Apoio Técnico ao Patrimônio de Ribeirão Pires e homologado pelo Decreto Municipal 6.929, de 05 de agosto de 2019.[38] Municipal

Espaços e equipamentos culturais

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  • 1972 - Biblioteca Municipal Olavo Bilac (em reforma desde 2021)
  • 1995 - Teatro Vereador João Netto (desativado em 2005)
  • 1996 - Centro Educacional, Cultural e de Esportes Ayrton Senna da Silva
  • 1996 - Anfiteatro Municipal Euclides Menato
  • 2004 - Centro Cultural e Educacional Ibrahim Alves Lima (desativado em 2009)
  • 2015 - Centro de Exposições e História Ricardo Nardelli (desativado em 2023)
  • 2016 - Anfiteatro Municipal Arquimedes Ribeiro
  • 2021 - Escola Municipal de Artes (EMARP)
  • 2023 - Centro Histórico e Literário Ricardo Nardelli

Museus e espaços de memória

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  • 1983 - Museu Histórico Municipal Família Pires
  • 1985 - Pinacoteca Municipal Guilherme de Carvalho Dias
  • 2015 - Museu Aberto de Arte Contemporânea (MAAC)
  • 2017 - Centro de Documentação Histórica Iracema Mathias Roca (CDH)

Principais festas oficiais

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  • Festa de Santo Antônio (desde 1976): Evento de cunho religioso, é realizado com apoio da Prefeitura desde junho de 1976 (quase três anos após a desapropriação do morro e da capela). É uma festa típica do período junino, em razão do dia 13 de junho, quando se celebra, no calendário católico, a devoção ao santo com a tradicional Missa do Pão Bento. A festa já teve quadrilhas juninas, mas perdeu essa característica e hoje é composta de eventos culturais, shows sertanejos, gastronomia junina e atividades litúrgicas. O ponto forte da festa é o aspecto religioso, além do inverno, do ambiente familiar e da vista da cidade do alto do morro.
  • Festa de Nossa Senhora do Pilar (desde 1978): Evento de cunho religioso criado em 1936 apenas como romaria em dedicação à Virgem do Pilar. Em 1978, a prefeitura oficializou a festa e passou a dar apoio nos preparativos, como luz, som, contratação de artistas para shows etc. O aspecto litúrgico (missa, missa campal, romaria etc) fica a encargo da Paróquia Santa Luzia, proprietária e administradora da capela. O apoio da prefeitura foi fundamental para o evento se tornar um dos mais tradicionais do Estado, realizando-se ininterruptamente a cada ano no final do mês de abril e começo de maio - coincidindo com as comemorações do 1º de Maio (Dia do Trabalho). Celebrada no adro da Capela do Pilar (a programação litúrgica realiza-se no interior da capela), a festa se assemelha a uma grande quermesse, com atrações folclóricas, música popular, gastronomia e exposição de artesanato.
  • Festival do Chocolate (desde 2005): Evento de caráter gastronômico realizado desde 2005, já foi considerado o quinto maior festival do gênero no estado de São Paulo. No festival, encontra-se uma grande variedade de chalés que comercializam chocolates e salgados. O atrativo principal são shows com cantores de apelo nacional. Em 2013[39] e 2016[40] não foram realizadas as respectivas edições, sob alegação oficial de falta de recursos financeiros.
  • Festival do Cambuci (desde 2014): Realizado desde 2014 com apoio da Prefeitura de Ribeirão Pires em parceria com a Rota do Cambuci (criada em 2009), o evento tem como foco principal a exploração gastronômico e cultural do cambuci, uma espécie nativa da Mata Atlântica. A edição de 2016 contou com 4 mil visitantes e parceria do Consórcio Intermunicipal Grande ABC e Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC.[41]
  • Festa de Corpus Christi (desde 2017): Evento de cunho religioso e católico, realizado após o domingo da Santíssima Trindade, onde relembra a quinta-feira santa em que Jesus criou a consagração da eucaristia. Consiste de uma procissão que remonta a jornada do povo de Deus até a Terra Prometida (Canaã). Após a procissão, os fiéis se alimentam do próprio corpo de Jesus Cristo, representado na hóstia. É realizado na cidade desde 1969, quando o fiel Maurício Martins Migliani decidiu decorar as ruas Major Cardim e Emma Mortari, tal como era feito na Vila de Santa Isabel, na capital. A partir daí, os tapetes se expandiram para outras ruas e a tradição se consolidou. Em 2017, tornou-se um evento oficial do calendário do município de Ribeirão Pires, conforme a Lei Municipal 6.212/2017.

Religião

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  • Catolicismo: A maior parte da população de Ribeirão Pires se declara católica, de acordo com o mais recente censo. A paróquia de São José, erigida em 1911, conhecida como Igreja da Matriz, situada no centro da cidade é a principal igreja do município, que conta também com outras paróquias, como a Paróquia de Sant'Anna, que coordena outras capelas, Capela Sagrado Coração de Jesus (uma das mais novas e maiores capelas da cidade), Capela São Francisco de Assis, Capela Santa Rita de Cássia e Capela São Judas Tadeu (capela particular da fábrica de móveis Bartira). Entre outras paróquias em destaque com festividades temos a Igreja de Santo Antônio e a Igreja do Pilar, onde todos os anos se realiza a mais importante festa oficial do município, a festa do Pilar.
  • Outras religiões: O município conta também com adeptos de muitas outras religiões como a anglicana, candomblé, espiritismo, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mórmon), pentecostal, neopentecostal, Testemunhas de Jeová e umbanda. É inclusive, sede de grandes encontros religiosos como o das Testemunhas de Jeová que construíram o primeiro Salão de Assembleias do Brasil na década de 70 no bairro da Vila Nova Suíça.

Desenvolvimento Urbano

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Transporte coletivo

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Como quase todas as cidades que fazem parte da Região Metropolitana de São Paulo, o município tem seus limites conturbados (formam uma área urbana contínua), o que faz com que a maioria de seus habitantes trabalhe em cidades vizinhas, especialmente as do ABC Paulista. Esta característica fez com que o município desenvolvesse um sistema de transportes coletivos diferenciado, com picos de utilização na parte da noite e do começo do dia, que indiretamente incorpora inclusive as redes (intermunicipais) de trens da CPTM e de ônibus da EMTU.

Sendo assim, podemos dizer que o sistema de transporte coletivo de Ribeirão Pires é formado por:

  • Ônibus Municipais (operados por uma empresa particular - Suzantur Ribeirão Pires) e com pontos centralizados no Terminal Rodoviário de Ribeirão Pires (TERRP). Esta centralização levou à implantação do sistema de integração no qual os usuários podem trocar de ônibus para seguir viagem. O TEERP também recebe ônibus intermunicipais e interestaduais que servem algumas regiões de São Paulo como os Litorais Norte e Sul e o Vale do Paraíba.
  • Ônibus Intermunicipais (operados por uma empresa particular - Next Mobilidade) - Gerenciadas pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), órgão do governo do estado de São Paulo e que ligam Ribeirão Pires a diversos municípios da Grande São Paulo e a várias regiões da capital paulista.

O TEERP também recebe ônibus interestaduais que servem algumas regiões de São Paulo como os Litorais Norte e Sul e o Vale do Paraíba

Transporte ferroviário de subúrbio

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Trem da série 2500 da CPTM

O município é atendido por trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que servem à Linha 10-Turquesa na Estação Ribeirão Pires - Antônio Bespalec, em que há integrações gratuitas com as seguintes linhas, todas na Estação Brás:

Ainda há possibilidade de integrações gratuitas com as seguintes linhas do Metrô de São Paulo:

Na Estação Prefeito Celso Daniel - Santo André é possível fazer a integração (tarifada) com o Corredor Metropolitano de trólebus São Mateus-Jabaquara da Next Mobilidade, com destino a Diadema, Ferrazópolis (São Bernardo do Campo) ou São Mateus (distrito de São Paulo).

Mobilidade

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Rodovias

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  • SP-31 - Rodovia Índio Tibiriçá
  • SP-43 - Estrada de Taiaçupeba/ Estrada da Quinta Divisão
  • SP-122 - Rodovia Dep. Antonio Adib Chammas
  •   Rodoanel Mário Covas (A rodovia atravessa Ribeirão Pires, porém, sem acesso direto ao município)

Saúde

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A Rede pública de sáude é composta pelas UBS - Unidades Básicas de Saúde, USF - Unidades de Saúde da Família, a UPA Santa Luzia - Unidade de Pronto Atendimento 24 horas que atende os casos de emergência como pronto atendimento e algumas especialidades médicas e o Hospital e Maternidade São Lucas que é mantido pela prefeitura, recebe os casos de internação e mantém suas atividades como maternidade. Quanto à rede particular de atendimento médico, além de várias clínicas, há o Hospital e Maternidade Ribeirão Pires, com diversas especialidades realiza exames complexos, com clínicas de especialidades, maternidade e pronto socorro.

Hospital Municipal Santa Luzia

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Em 20 de setembro de 2024, foi inaugurado o Hospital Municipal Santa Luzia. Segundo o jornal Diário do Grande ABC, "a obra ficou parada por 16 anos. As intervenções, iniciadas em 2008, foram retomadas em 2021, depois de uma paralisação que durou oito anos. A abertura colocará fim a uma longa espera e ocorre dez anos depois do prazo original, já que a previsão de finalização das obras no começo dos trabalhos era para 2014."[42] O atendimento ao público foi iniciado em 23 de setembro do mesmo ano.

Comunicações

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Telefonia

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A cidade foi atendida pela Companhia Telefônica da Borda do Campo (CTBC)[43] até 1998, quando esta empresa foi privatizada e vendida juntamente com a Telecomunicações de São Paulo (TELESP) para a Telefônica,[44] sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[45] para suas operações de telefonia fixa.

Imprensa

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Ribeirão Pires possui vários jornais que circulam localmente com notícias do município e, eventualmente, de Mauá e Rio Grande da Serra. Os principais veículos, em ordem cronológica de fundação, são:

Ano de fundação Veículo Editor Circulação
Jornais
1920 O Boatinho Oirevas Inafts Encerrada
1956 A Voz de Ribeirão Pires Geraldo Antão Piedade Encerrada
1984 A Voz de Ribeirão Pires Fausto Piedade Encerrada
1968 A Imprensa Noêmia Giachello Encerrada
1989 Folha Gemecê de Menezes Ativa
1993 A Cidade de Ribeirão Pires Frederico Lohmann Encerrada
2003 Mais Notícias Antonio Carlos Carvalho (Gazeta) Ativa
2008 A Voz de Ribeirão Pires Marcelo Marques Encerrada
2011 Acontece RP Thiago Quirino Encerrada
2013 Tribuna Acontece Marcio Prado / Thiago Quirino Encerrada
2013 A Voz de Ribeirão Pires Samuel Boss Encerrada
2014 Diário de Ribeirão Pires Rafael Ventura Ativa
Revistas
2007 Contemporânea Ricardo Silveira Encerrada
2010 Aqui! Marcio Marques Encerrada
2010 Mais Conteúdo Antonio Carlos Carvalho (Gazeta) Encerrada
2017 Pilares Caio Cesar Perez Encerrada
2018 Atual Cassiano Filho Ativa

Esportes

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Ribeirão Pires Futebol Clube (RPFC)

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Escudo oficial do Ribeirão Pires Futebol Clube, fundado em 1911

O Ribeirão Pires Futebol Clube foi fundado com uma diretoria composta por sete membros, incluindo o presidente José Laurito. As despesas iniciais do clube incluíam uma bola de futebol, caibros para as traves e 14 garrafas de cerveja. O primeiro uniforme do time era uma camisa branca com uma faixa preta, calções e gorros brancos. O clube cresceu ao longo dos anos, com a construção de sua primeira sede social própria em 1940 e a compra de uma área de 30 mil metros quadrados para a construção da praça de esportes em 1947. Na década de 50, foi iniciada a construção do Estádio Felício Laurito, inaugurado em 1956. A partir de 1960, várias outras obras foram iniciadas, incluindo a primeira piscina e a futura sede social. O RPFC é hoje o mais antigo clube em atividade no ABC.[46]


Clube Atlético Desportivo Ribeirão Pires

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Escudo oficial da equipe profissional Ribeirãopirense

Em 5 de Fevereiro de 2020, o Clube Atlético Desportivo Ribeirão Pires anunciou a mudança de sua sede, agora em Ribeirão Pires, [47] o clube recebeu a concessão do então chamado 'Centro Esportivo Vereador Valentino Redivo', a matéria foi encaminhada a câmara pelo próprio prefeito Guto Volpi e aprovada de forma unanime com apenas uma abstenção. O clube comemorou e anunciou o inicio das atividades para o ano de 2024 e alguns dos primeiros patrocinadores confirmados. Os contratempos em meio a pandemia de Covid-19 adiaram e impediram as peneiras do clube e causaram o cancelamento do já planejado campeonato paulista das categorias de base em 2020, por parte da Federação Paulista de Futebol [47]. Arregaçando as mangas na ocasião, o clube se ocupou em participar de ações junto a cidade, foram arrecadações para os moradores que se encontravam em condições de necessidades [48].

O 'CADRP' tem como meta participar do desenvolvimento e evolução da cidade em setores como o turismo e lazer, gerando empregos para a população local além do entretenimento dos munícipes. O Clube já investiu R$ 1 Milhão de reais na adequação do novo Estádio de Ribeirão Pires, com a construção de arquibancadas, banheiros, rampas e todo o necessário que um estádio necessita para sediar jogos oficiais[49][49][49]

Política Municipal

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Emancipada em 30 de dezembro de 1953 e instalada em 1º de janeiro de 1954, a cidade de Ribeirão Pires realizou a primeira eleição municipal em 03 de outubro do mesmo ano. Concorreram ao cargo Arthur Gonçalves de Souza Júnior (então vereador em Santo André) e Euclides Menato. Venceu o primeiro, com margem pequena de vantagem. Na época, o eleitor podia votar separadamente no prefeito e no vice-prefeito. Para este cargo, venceu Lucas Ângelo Arnoni. No dia 1º de janeiro de 1955, a cidade passou a ser efetivamente governada de forma autônoma.

Prefeitos de Ribeirão Pires

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Relações internacionais

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As cidades-irmãs de Ribeirão Pires estão regulamentadas por lei, conforme relação abaixo.

  •   Hissarayashi, Japão:[50] Lei Municipal nº 4.130, de 15 de dezembro de 1997
  •   Ikaruga, Japão:[51] Lei Municipal n.º 6.277, de 06 de agosto de 2018
  •   Chechelnyk, Ucrânia:[52] Lei Municipal n.º 6.906, de 26 de outubro de 2023

Ver também

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Referências

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  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 31 de julho de 2013 
  5. «Produto Interno Bruto dos Municípios 2016». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 5 de março de 2019 
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Ligações externas

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