Sionismo trabalhista

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O sionismo trabalhista ou socialista é a ala de esquerda tradicional da ideologia sionista.[1] Ao contrário da tendência do "sionismo político" fundada por Theodor Herzl e defendida por Chaim Weizmann, o sionismo trabalhista não acreditava que o Estado Judaico seria criado simplesmente pelo apelo à comunidade internacional ou a uma nação poderosa como o Reino Unido, a Alemanha ou o Império Otomano. Em vez disso, os sionistas trabalhistas acreditavam que o Estado Judaico apenas podia ser criado como parte da luta de classes,[2] através dos esforços da classe trabalhadora judaica estabelecendo-se na Palestina e construindo um estado através da criação de kibbutzim no campo e de um proletariado nas cidades.[3]

Símbolo do Movimento Jovem Sionista-Socialista (Romênia, 1945)

O sionismo trabalhista cresceu em tamanho e influência e obliterou o "sionismo político" nos anos 1930, tanto em nível internacional quanto dentro do Mandato Britânico da Palestina, onde os sionistas trabalhistas dominaram as instituições do Yixuv, particularmente a federação sindical conhecida como a Histadrut. A Haganá (mais tarde a Palmach) - a maior força paramilitar sionista - era uma instituição sionista trabalhista. Desempenhou um papel de liderança na guerra árabe-israelense de 1948 (a guerra de independência de Israel), e os seus antigos membros dominaram o exército israelense durante décadas após a formação do Estado de Israel em 1948.[4]

Alguns dos ideólogos do movimento do sionismo trabalhista foram por exemplo Moses Hess, Nachman Syrkin, Ber Borochov e Aaron David Gordon; líderes do movimento foram, entre outros, David Ben-Gurion,Golda Meir e Berl Katznelson. O principal veículo do sionismo trabalhista foi o partido Poale Zion que se dividiu em uma facção de esquerda e uma de direita. O partido Poale Zion de esquerda acabou por se coligar com o Hashomer Hatzair para se tornar o partido Mapam (mais tarde Meretz), enquanto o Poale Zion de direita se tornou o partido Mapai (mais tarde o Partido Trabalhista (Israel)). Esses dois partidos foram inicialmente os maiores partidos no Yixuv e na primeira Knesset israelense. O Mapai (Partido Trabalhista), em particular, dominou a política israelita, tanto no período pré-independência da Yixuv como nas primeiras três décadas da existência do Estado de Israel,[5] até que o sionismo revisionista (representado pelo partido Likud) se tornou uma força com crescente influência na política israelita.[6]

Referências

  1. SHIMONI, Gideon (1995). The Zionist Ideology. [S.l.]: University Press of New England. 506 páginas 
  2. «Impossible reconciliation: The contradictions of labor Zionism». libcom.org 
  3. «Zachary Lockman in "Labor Zionism and the Arab Working Class 1920-1929» (PDF). Swarthmore College. Consultado em 18 de março de 2013. Arquivado do original (PDF) em 14 de abril de 2011 
  4. World Zionist Organization: The National Institutions, Structure and Functions (1997). Year of Zionism. [S.l.]: Zionist General Council. 47 páginas 
  5. STERNHELL, Z (1998). The Founding Myths of Israel. [S.l.: s.n.] ISBN 0-691-01694-1 
  6. TZAHOR, Z. (1996). «The Histadrut». Essential papers on Zionism. [S.l.: s.n.] 505 páginas. ISBN 0-8147-7449-0 

Ver também

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