Solness, o Construtor

Solness, o Construtor (Bygmester Solness) é uma peça teatral escrita e publicada pelo dramaturgo norueguês Henrik Ibsen em 1892, e encenada em 19 de janeiro de 1893, no Lessinger Theater,[2] em Berlim. A peça foi apresentada pela primeira vez em 19 de Janeiro 1893, no Lessing Theatre, Berlim, com Emanuel Reicher como Solness. Abriu no Trafalgar Theatre, em Londres no dia 20 do mês seguinte, com Herbert H. Waring e Elizabeth Robins como Hilda. Produções em Oslo e Copenhage foram coordenados para abrir em 08 de março de 1893. No ano seguinte, o trabalho foi retomado por Théâtre de l'Oeuvre, a empresa internacional com sede em Paris, e foram montadas produções em Paris, Londres e outras capitais europeias. Nos EUA, a primeira montagem foi no Carnegie Lyceum, em Nova York, em 16 de janeiro de 1900, com William Pascoe e Kahn Florence.[3]

Solness, o construtor
Solness, o construtor
'Bygmester Solness'
O Construtor Solness [PT]
Solness, o Construtor
Manuscrito de Bygmester Solness
Autor(es) Henrik Ibsen
Idioma norueguês
País  Noruega
Gênero teatro
Localização espacial Noruega
Editora Copenhage: Gyldendalske Boghandels Forlag
Lançamento 12 de dezembro de 1892
Edição portuguesa
Tradução Pedro Fernandes
Editora Livros Cotovia
Lançamento 2006
Edição brasileira
Tradução Vidal de Oliveira, na obra "Seis Dramas"[1]
Editora Editora Globo
Lançamento 1944
Cronologia
Hedda Gabler
O Pequeno Eyolf

A peça apresenta um drama em três atos, onde Ibsen utiliza nas palavras dos diálogos realistas a simbologia que traduz a dramaticidade da vida humana.

Características

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Lessinger Theater, em Berlim, onde foi representada pela primeira vez a peça “Solness, o Construtor”, em 1893
 
Carnegie Liceum, onde a peça “Solness, o Construtor” foi representada nos Estados Unidos da América pela primeira vez, em 1900.

Foi a primeira peça que Ibsen escreveu depois de sua volta definitiva à Noruega, em julho de 1891. É considerada uma obra simbolista, mediante a utilização de imagens representativas da vida humana e dos próprios questionamentos do autor, instigando a necessidade da interpretação simbólica da estrutura e do desenvolvimento da trama. Há alguns críticos que vêem na peça "várias camadas de símbolos superpostas[4]". Assim é que Mestre Solness é o próprio Ibsen; a Sra. Solness é o passado; Hilda Wangel é a mocidade, a perigosa imaginação; o velho Brovik é a rotina; o jovem Brovik é o utilitarismo moderno, e a casa que pretende construir, com uma torre em cima, é o edifício utópico de uma nova sociedade.[4] Uma das personagens, Hilda Wangel, teve sua primeira aparição na peça A Dama do Mar, de 1888, como a filha adolescente do Dr. Wangel.

Geralmente agrupada com as três outras obras escritas durante este período final da vida de Ibsen — O Pequeno Eyolf, John Gabriel Borkman, e When We Dead Awaken - como "peças simbólicas" em que falta a clareza temática dos trabalhos anteriores, tais como Hedda Gabler, as primeiras reações da crítica foram confusas, provavelmente devido a sua simbologia exacerbada, muitas vezes não clara o suficiente.

Hilda, por exemplo, parece se alternar entre uma força inspiradora, pedindo Solness para temperar sua ambição desenfreada e buscar a felicidade real, e uma mulher sedutora, empurrando Solness a compromissos que ele não pode assumir. O crítico inglês William Archer, no entanto, sugeriu que a peça não é tão completamente simbólica, como alguns têm defendido, interpretando-a como "uma história de uma consciência doentia, trabalhada em termos de psicologia pura". Ele observa que, neste aspecto a peça é semelhante às anteriores, em que Ibsen lida principalmente com um olhar retrospectivo a psique de um personagem.[5]

Sumário

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Solness é um homem preso a uma esposa doente, e tentado por uma jovem, Hilda Wangel. Arquiteto que construiu muitas casas para os outros, agora, perto da velhice, incentivado e tentado por Hilda, resolve construir a maior de todas elas, encimada por uma imensa torre. Em muitos momentos da trama, os dois personagens, Hilda e Solness, parecem formar um único elemento, com o mesmo objetivo: a ambição da construção da torre que o levará para a apoteose da existência.

Personagens

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  • Halvard Solness, arquiteto.
  • Senhora Solness.
  • Dr. Herdal.
  • Kaia Fosli.
  • Hilda Wangel.
  • Knut Brovik, empregado de Solness.
  • Ragnar Brovik, empregado de Solness, filho de Knut.
  • A multidão.

Traduções em língua portuguesa

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Peças no Brasil

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Adaptações para televisão

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Henrik Ibsen fotografado por Gustav Borgen.
  • Nome: Solness, o construtor
  • Local: São Paulo
  • Produção: TV Cultura, programa “Teatro 2”, reexibição pela TV Cultura, São Paulo, em 2006, no programa ”Antunes em Preto e Branco”
  • Direção: Antunes Filho
  • Adaptação: Antunes Filho
  • Elenco: Cláudio Correa e Castro, Ângela Valério, Jonas Bloch, Ângela Rodrigues, David Neto, Cazarré, Marly de Fátima.

Referências bibliográficas

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Referências

  1. SILVA, Jane Pessoa da. Ibsen no Brasil. Historiografia, Seleção de textos Críticos e Catálogo Bibliográfico. São Paulo: USP, 2007. Tese. p. 439
  2. Wikipédia
  3. Gosse, Edmund; Archer, William (1893). The Master Builder, a play in three acts. London: William Heinemann. In Master Builder
  4. a b PROZOR, Conde. Prefácio (1893). In: Solness, o construtor (1984). Rio de Janeiro: Editora Globo
  5. Gosse, Edmund; Archer, William (1893). The Master Builder, a play in three acts. London: William Heinemann. OCLC 8666013 
  6. SILVA, Jane Pessoa da. Ibsen no Brasil. Historiografia, Seleção de textos Críticos e Catálogo Bibliográfico. São Paulo: USP, 2007. Tese.
  7. Aramis Millarch
  8. Prêmio Shell[ligação inativa]
  9. Prêmio Moliére[ligação inativa]
  10. a b Prêmio APCA[ligação inativa]
  11. IMDB

Ligações externas

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