Sooglossus sechellensis

espécie de anfíbio

Sooglossus sechellensis é uma espécie de anfíbio anuro da família Sooglossidae que é endêmica das Ilhas Seychelles, podendo ser encontrada nas ilhas Mahé, Silhouette e Praslin, numa altitude entre 150 e 991 metros do nível do mar. Habita a serrapilheira de florestas úmidas, que podem ser preservadas ou não, e nas suas áreas de entorno.[1]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaSooglossus sechellensis
Estado de conservação
Espécie em perigo
Em perigo (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Ordem: Anura
Família: Sooglossidae
Gênero: Sooglossus
Espécie: S. sechellensis
Nome binomial
Sooglossus sechellensis
(Boettger, 1896)
Sinónimos
Arthroleptis sechellensis

Descrição e comportamento

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Os machos medem aproximadamente quinze milímetros e as fêmeas vinte milímetros, mas podem atingir 19 e 25 milímetros respectivamente. As regiões dorsais e laterais são dourado-amarronzados com barras e manchas pretas e o seu ventre é branco com pequenas pintas marrom-claras na região do queixo e do tórax. Sua cabeça é larga, geralmente triangular e possui uma mancha preta na parte superior entre os olhos, e sua membrana supratimpânica é oblíqua.[2]

Durante o período chuvoso, os machos vocalizam durante o dia e a noite para atrair as fêmeas, enquanto durante o período das secas, os machos tendem a coaxar durante o dia. Sua vocalização é complexa, consistindo em uma única nota primária, com frequência de 2 660 hertz, seguida por outras quatro notas secundárias.[3] Após a realização do amplexo, a fêmea deposita os ovos em ninhos no chão da floresta e ambos os pais tomam conta deles até a eclosão, que faz com que os filhotes recém-nascidos saiam no ninho e se adiram no dorso dos pais, que tomam conta deles até que possam se alimentar e estejam desenvolvidos. Esse é um caso de desenvolvimento direto, isto é, não sofrem metamorfose, e de cuidado parental.[4]

Se alimentam de pequenos invertebrados que vivem na serrapilheira, como insetos e ácaros.[4]

Taxonomia e conservação

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A espécie foi descrita pela primeira vez em 1896, pelo zoólogo alemão Oskar Boettger, recebendo o nome de Arthroleptis sechellensis. Porém, em 1906, o zoólogo belga George Albert Boulenger considerou que essa espécie, assim como outras, deveriam estar em um gênero a parte, o Sooglossus. Desde 2008, diversos pesquisadores ao realizar análises genéticas das populações das três ilhas, repararam que elas possuíam diferenças significativas, que indicam que a espécie pode se tratar de um complexo específico e ser dividida em outras espécies.[5]

A espécie é considerada como em perigo pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), devido a perda de habitat, causada pela fragmentação das florestas e por incêndios florestais, introdução de espécies exóticas, como a formiga Anoplolepis gracilipes e a árvore Cinnamomum verum, e o aquecimento global, que está causando mudança no regimes de chuvas. Está apresentando queda populacional e é recomendado pela IUCN que sejam feitos monitoramentos das populações e criados programas de reprodução em cativeiro.[1]

Referências

  1. a b c «Seychelles Frog» (em inglês). IUCN Red List. Consultado em 12 de março de 2020 
  2. Nussbaum, Ronald A.; Wu, Sheng-Hai (21 de dezembro de 2006). «Morphological assessments and phylogenetic relationships of the Seychellean frogs of the family Sooglossidae (Amphibia : Anura)». Zoological Studies (em inglês). Consultado em 12 de março de 2020 
  3. «Sooglossus sechellensis» (em inglês). AmphibiaWeb. Consultado em 12 de março de 2020 
  4. a b «Seychelles Frog» (em inglês). Edge of Existence. Consultado em 12 de março de 2020 
  5. «Sooglossus sechellensis (Boettger, 1896)» (em inglês). AMNH. Consultado em 12 de março de 2020