Mostrar código-fonte de Guiné

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{{Não confunda|Guiné-Bissau|Guiné Equatorial}}
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{{Info/País
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 |gentílico                   = Guineano(a), guineense<ref>{{Citar web |url=http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=gentilicos&id=539 |título=Portal da Língua Portuguesa, Dicionário de Gentílicos e Topónimos da Guiné |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>
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 |título_líder1               = [[Lista de chefes de Estado da Guiné|Presidente do Comitê Nacional de Reconciliação e Desenvolvimento]]
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}}
A '''Guiné''' ({{lang-fr|''Guinée''}}; em [[Língua fula|fula]]: 𞤘𞤭𞤲𞤫, ''Gine''; em [[Língua mandinga|mandinga]]: ߖߌ߬ߣߍ߫, ''Gine''), oficialmente '''República da Guiné''' ({{lang-fr|''République de Guinée''}}; em [[Língua fula|fula]]: 𞤈𞤫𞤨𞤵𞤦𞤤𞤭𞤳 𞤦𞤵 𞤘𞤭𞤲𞤫, ''Republik bu Gine''; também chamada '''Guiné-Conacri''' para a distinguir da vizinha [[Guiné-Bissau]] e da [[Guiné Equatorial]]) é um país da [[África Ocidental]] limitado a norte pela Guiné-Bissau e pelo [[Senegal]], a norte e leste pelo [[Mali]], a leste pela [[Costa do Marfim]], a sul pela [[Libéria]] e pela [[Serra Leoa]] e a oeste pelo [[oceano Atlântico]]. Com {{fmtn|246000}} km<sup>2</sup> e dez milhões de habitantes, a Guiné é uma [[república]] e a capital, sede do governo e maior cidade é [[Conacri]].

=== Topônimo ===
São duas as hipóteses para o nome do atual território da Guiné. Na primeira hipótese, o nome derivaria de um império que existiu nessa região da África durante o {{séc|VIII}}, compreendido como <nowiki>''</nowiki>Djinne<nowiki>''</nowiki>, <nowiki>''</nowiki>Ghinea<nowiki>''</nowiki>.<ref>{{citar livro|título=Encyclopædia Britannica do Brasil|ultimo=|primeiro=|editora=Melhoramentos|ano=1986|local=Rio de Janeiro - São Paulo|páginas=|acessodata=}}</ref> Na segunda, "Guiné" seria uma referência a "Gana", que era o nome pelo qual os nativos chamavam a área anteriormente ocupada pelo [[Império do Mali]].<ref>BUENO, E. ''A viagem do descobrimento: a verdadeira história da expedição de Cabral.'' Rio de Janeiro. Objetiva. 1998. p. 75.</ref>

== História ==
{{AP|História da Guiné}}

A área ocupada hoje pela Guiné fez parte do território de diversos povos africanos, incluindo o [[Império Songai]], no período que se compreende século X e XV, quando a região tomou contato pela primeira vez com os comerciantes europeus. A descoberta da Guiné pelos portugueses ocorreu em meados de 1460 pelos navegadores [[Pedro de Sintra]] e&nbsp;[[Alvise Cadamosto]].

=== Origem da Civilização: Impérios Peúles e Mandinga Islamizados na Guiné ===
<ref>{{citar livro|título=Encyclopædia Britannica do Brasil|editora=Melhoramentos|ano=1986|local=Rio de Janeiro - São Paulo}}</ref> A povoação inicial da atual Guiné, surgiu através de migrações de povos vindos do [[Sudão Francês|Sudão]] (Atual Mali), Níger e [[Senegal]]. A primeira povoação com habitação talvez tenha sido a dos pigmeus, eles foram obrigados a fugir da região ante a invasão de povos vindos do norte. Os Bagas, um povo que ali surgiu, chegaram a se instalar na região de Conacri, mas foram expulsos para as regiões da baixa Guiné, os Sussu de etnia mandinga fizeram a expulsão. Na região florestal, os [[quissis]] tomaram esse lugar e, mais tarde, os tendas refugiaram-se na parte inferior do [[Futa Jalom]]. Os Malinqués, um povo que viria a fazer parte da história étnica da Guiné, chegaram na parte da Alta Guiné no {{séc|XVI}}, isso após a expansão do Império do Mali. Os [[Peúles]] emigraram da região do Futa Toro (Senegal) para o Futa Jalom quase no mesmo tempo.

Um reino Peúle passou a surgir após os pastoreamentos feitos na localidade do Mali. Na [[África Ocidental]], os peúles se converteram ao islamismo no {{séc|XVIII}}, isso passou a marcar o modo característico daqueles habitantes e da política, pois as diretrizes islâmicas já possuíam virtudes ligadas ao conhecimento e aos valores de seguidor. Fato esse proporcionou uma organização maior dos peúles, eles se organizaram em exército e passaram a jugar autoridade sobre os povos regionais. A data certa de ocupação dos peúles é 1725, eles vieram do Senegal e chegaram á Guiné para proclamar um Imanato no Futa Jalom, que foi idealizado por Alfa Ba, esse convocou uma [[jiade]] (guerra santa) para dominar aquela parte, Ba morreu antes do início (1726-1727), seu filho Karamoko Alpha teve que fazer a conquista com tal propósito. Karamoko Alfa que morreu em 1751, passou a líder do Imanato que durou de 1725, até a ocupação de [[Timbo]] pelos franceses em 3 de Novembro de 1896. O Imanato era divido em 9 estados. Na fase de sucessão após 1751, foi [[Ibrahim Sori]] o responsável pela administração do Imanato, ele expandiu grande parte do Futa Jalom para a confederação peúle. Com a morte de Sori em 1784, administração do reino passou a ser feita por um almani, um líder de base muçulmana.<ref>{{citar livro|título=Encyclopædia Britannica do Brasil|editora=Melhoramentos|ano=1986}}</ref> Em meio da população havia pessoas das duas famílias peúles aristocráticas: os Alfaya (de Karamoko), e os Soria (de Ibraim). Além de tudo, eram as duas famílias que elegiam o [[almani]] governante, também eles possuíam autoridade e dominavam os agricultores [[dialonquês]], porém foi a disputa da hegemonia que gerou situação de calamidade popular, isso que ocasionou a ocupação francesa de Timbo e o fim do Imanato (1896).<ref>{{citar web|url=https://www.britannica.com/place/Guinea|titulo=Guinea|data=2011|publicado=Britannica}}</ref>

====== O Império Mandinga de Uassulu ======
{{AP|Império de Uassulu}}

Em 1878 foi fundado por [[Samori Turé]] um império, o de [[Império de Uassulu|Uassulu]], logo após ter fugido do cárcere de 7 anos. Possuía um território considerável e abrangia partes dos territórios do atual [[Níger]] (norte), [[Mali]] e [[Libéria]]. Fazia fronteira com a atual Serra Leoa e Gana (na época popularmente [[Costa do ouro|Costa do Ouro]]).

Os franceses haviam vencido os ingleses no litoral da África Ocidental e conseguiram o controle da região. Um avanço francês ocorreu adentro do território do atual Mali em 1881, eles estavam com interesses comerciais no local. Isso proporcionou o primeiro defrontamento de Samori Turé com os franceses.

=== A Presença da França no Território ===
O período [[Colonialismo|colonial]] da Guiné se iniciou quando tropas [[França|francesas]] penetraram na região em meados do {{séc|XIX}}. A dominação francesa foi assegurada ao derrotarem as tropas de Samori Turé (1898), guerreiro de [[etnia]] malinquê, o que deu, aos franceses, o controle do que é, hoje, a Guiné, e de regiões adjacentes.

A França definiu, em fins do {{séc|XIX}} e início do XX, as fronteiras da atual Guiné com os territórios [[Grã-Bretanha|britânico]] e [[Portugal|português]] que hoje formam, respectivamente, [[Serra Leoa]] e [[Guiné-Bissau]]. Negociou, ainda, a fronteira com a [[Libéria]]. Sob domínio francês, a região passou a ser o "Território da Guiné" dentro da [[África Ocidental Francesa]], administrada por um governador-geral residente em [[Dakar]] (atualmente, capital do [[Senegal]]). Tenentes-governadores administravam as colônias individuais, incluindo a Guiné.

Liderados por [[Ahmed Sékou Touré]], líder do Partido Democrático da Guiné (PDG), que ganhou 56 das 60 cadeiras nas eleições territoriais de 1957, o povo da Guiné decidiu, em [[plebiscito]], por esmagadora maioria, rejeitar a proposta de pertencer a uma Comunidade Francesa. Os franceses se retiraram rapidamente e, em 2 de outubro de 1958, a Guiné se tornou um país independente, com Sékou Touré como presidente.

Maurice Robert, chefe do sector africano do Serviço de Documentação Externa e Contra-Inteligência (SDECE) de 1958 a 1968, explica que: "Tivemos de desestabilizar Sekou Touré, torná-lo vulnerável, impopular e facilitar a tomada de controlo pela oposição. Uma operação desta envergadura envolve várias fases: a recolha e análise de informação, a elaboração de um plano de acção baseado nesta informação, o estudo e implementação de meios logísticos e a adopção de medidas de execução do plano. Com a ajuda dos refugiados guineenses exilados no Senegal, organizámos também maquis da oposição em Fouta-Djalon. A supervisão foi assegurada por peritos franceses em operações clandestinas. Armámos e treinámos estes opositores guineenses para desenvolver um clima de insegurança na Guiné e, se possível, para derrubar Sékou Touré. Entre essas ações desestabilizadoras, posso citar a operação "Persil", por exemplo, que consistiu em introduzir no país uma grande quantidade de notas falsificadas guineenses para desequilibrar a economia. »<ref>Maurice Robert, « Ministre » de l’Afrique. Entretiens avec Alain Renault, Seuil, Paris, 2004</ref>

Alegando tentativas de [[Golpe de Estado|golpe]] oriundas do exterior e do próprio país, o regime de Touré visou a inimigos reais e imaginários, aprisionando milhares em prisões. Sob o governo de Touré, a Guiné se tornou uma [[ditadura]] de [[partido único]], com uma economia fechada de caráter [[socialismo|socialista]], e intolerante a [[direitos humanos]], [[liberdade de expressão]] ou [[oposição política]], a qual foi brutalmente suprimida. Antes acreditado por sua defesa de um [[nacionalismo]] sem barreiras étnicas,

=== Governos seguintes ao de Sékou Touré ===
Sékou Touré morreu a 26 de março de 1984, e uma [[junta militar]] encabeçada pelo coronel [[Lansana Conté]] tomou o poder a 3 de abril de 1984. O país continuou sem eleições democráticas até 1993, quando foram realizadas eleições e Lansana Conté ganhou-as numa disputa apertada. O presidente foi reeleito em 1998. O presidente foi, em 1999, severamente criticado ao prender [[Alpha Condé]], um importante líder de oposição. As tensões com a vizinha Serra Leoa ainda persistem.

Em 22 de dezembro de 2008, o presidente Conté morreu, tendo sido substituído por uma junta militar que, aproveitando-se da vacância no poder, anunciou, através do capitão [[Moussa Dadis Camara|Musa Dadis Camara]], um golpe de estado, que suspendeu a [[constituição]] e as [[instituição|instituições]] [[república|republicanas]] do país.

Em 2010, Alpha Condé foi eleito presidente no [[segundo turno]] daquelas que foram consideradas as primeiras eleições livres e democráticas da história do país, não obstante os casos de violência.<ref>[http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/11/08/guine-realiza-primeira-eleicao-livre-em-mais-de-50-anos-338953.asp Guiné realiza primeira eleição livre em mais de 50 anos], por [[Ricardo Noblat]], 8 de novembro de 2010.</ref><ref>[http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,violencia-diminui-na-guine-apos-eleicao-polemica,640723,0.htm Violência diminui na Guiné após eleição polêmica]. ''[[Estadão]]'', 16 de novembro de 2010.</ref> Condé foi reeleito em 2015, vencendo ainda, para um terceiro mandato em 2020, após mudança constitucional.<ref>{{Citar web |ultimo=Naranjo |primeiro=José |url=https://brasil.elpais.com/internacional/2021-09-05/grupo-de-militares-protagoniza-golpe-de-estado-na-guine.html |titulo=Grupo de militares protagoniza golpe de Estado na Guiné e detém o presidente |data=2021-09-05 |acessodata=2021-09-06 |website=EL PAÍS |lingua=pt-br}}</ref>

Em setembro de 2021, o presidente Alpha Condé foi derrubado em [[Golpe de Estado na Guiné em 2021|um golpe de estado]].<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/09/05/golpe-de-estado-em-guine-soldados-afirmam-que-governo-e-constituicao-estao-destituidos-mas-ministerio-da-defesa-nega.ghtml|título=Golpe de Estado em Guiné: soldados afirmam que governo e Constituição estão destituídos, mas Ministério da Defesa nega|publicado=[[G1]]|acessodata=8 de setembro de 2021}}</ref>

== Geografia ==
{{Artigo principal|[[Geografia da Guiné]]}}

[[Imagem:Guinea_sat.png|thumb|[[Imagem de satélite]] do país.]]

A Guiné situa-se na costa atlântica da [[África ocidental]] e tem [[fronteira]]s com a [[Guiné-Bissau]], o [[Senegal]], o [[Mali]], a [[Costa do Marfim]], a [[Libéria]] e a [[Serra Leoa]]. O país divide-se em quatro regiões geográficas: uma faixa costeira estreita (a [[Baixa Guiné]]); as terras altas cobertas de pastagens de [[Futa Jalom]] (a [[Média Guiné]]); a [[savana]] do norte (a [[Alta Guiné]]); e uma região de [[floresta húmida]] no sueste (a [[Guiné Florestal]]). Os rios [[rio Níger|Níger]], [[rio Gâmbia|Gâmbia]] e [[rio Senegal|Senegal]] pertencem ao grupo dos 22 rios da África Ocidental que têm as suas [[nascente (hidrografia)|nascentes]] na Guiné.

A região costeira da Guiné e grande parte do interior têm um [[clima tropical]], com uma estação das chuvas entre abril e novembro, temperaturas relativamente elevadas e uniformes, e [[humidade]] elevada. A média anual das temperaturas máximas em [[Conacri]] é de 29&nbsp;°C e das mínimas é de 23&nbsp;°C; a [[Precipitação (meteorologia)|precipitação]] média anual é de 4 300 mm. A Alta Guiné, que pertence ao [[Sahel]], tem uma estação das chuvas mais curta e maior [[amplitude térmica]] diária.

== Demografia ==
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{{Artigo principal|[[Demografia da Guiné]]}}
-->
=== Cidades mais populosas ===
{{Cidades mais populosas da Guiné}}

== Religião<ref name="britannica.com">{{Citar web|titulo=Encyclopedia Britannica|url=https://www.britannica.com/|obra=Encyclopedia Britannica|acessodata=2019-07-27|lingua=en|primeiro=Harold|ultimo=Macmillan}}</ref>==
O atual território da Guiné, historicamente esteve a ser influenciado por impérios que continham suas posteriores etnias. Assim como vários atuais países da [[África Ocidental]], a '''Guiné''' foi um território fronteiriço de grandes impérios; especificamente foi adjacente ao do [[Império do Mali|Mali]]. Para a constatação do contexto religioso desse país, é necessário compreender que foram através das migrações que as primeiras religiões e crenças atingiram seus pontos de prática.

As religiões existentes atualmente são provenientes das colonizações, de expedições e das crenças tribais locais. Exemplo disso: o islamismo (islamização na África) e o cristianismo (colonização francesa do século XIX).

=== Islamismo ===
O Islã representa uma maioria expressiva em adeptos no contexto religião nacional: 86,2% da população da Guiné seguiam as diretrizes maometanas em 2012. Uma extensa parte dos seguidores do islamismo na Guiné pertencem a corrente [[Sunismo|sunita]] da religião, o sufismo ligado ao mesmo possui fundamento na [[escola de Maliki]], as ordens sufis de Qadiri e Tijani são existentes na linha do Sufismo. Uma minoria de seguidores da corrente [[Xiismo|xiita]] é comentada e existem nessas proporções; minoritariamente. O islã foi introduzido na Guiné através dos peúles islamizados que fizeram uma incursão do Futa Toro (Senegal) para o [[Futa Jalom]] no século XVII — o islã vigorou efetivamente a partir do estabelecimento do [[Imanato do Futa Jalom]] em 1725, isso após uma jihad declarada pelo pai de [[Karamoko Alfa]] (peúle), Alpha Ba. Há seguidores pertencentes á comunidade [[Comunidade Ahmadi|Ahmadiyya]] que surgiram primeiramente no [[Paquistão]] no século XIX, foi ao século XX que os primeiros adeptos começaram as atividades na Guiné.<ref>{{citar livro|título=Encyclopædia Britannica do Brasil|ultimo=|primeiro=|editora=Melhoramentos|ano=1986|local=Rio de Janeiro – São Paulo|páginas=|acessodata=}}</ref>

Desde a época da introdução do islamismo na Guiné no século XVIII, as religiões animistas (minoria e em tribos) passaram a entrar em declínio contínuo — foram evacuadas para regiões mais ao sul e para dentro de aldeias. A altura em que o [[império Francês]] fez o primeiro contanto com o norte do [[Império de Uassulu|império mandinga de Uassulu]] no Níger (1881), as forças do império originariamente pertenciam a Guiné, a cidade guineense de [[Bissandugu|Bissandougou]] (capital) — [[Samori Turé|seu líder]] era muçulmano e teve que lutar contra a ocupação francesa, acabou sendo derrotado após 13 anos de resistência (1885-1898).<ref name="britannica.com"/>

O ditador e libertador da Guiné [[Ahmed Sékou Touré|Sékou Touré]], possuía um modo de governo marxista. Durante o seu governo que durou 26 anos, esse procurou reduzir a esfera de influência do Islã e fazer vigorar os preceitos da ditadura. Sob forte contestação e desaprovação popular, o governo ditatorial passou a lidar de modo mais liberal com o islã nos anos 70, a religião passou a ser uma <nowiki>''base influenciadora''</nowiki> no país. Durante o governo de Sékou, foi construída a [[Grande Mesquita de Conacri|grande mesquita de Conacri]]; 1982 — foi financiada juntamente com o rei da [[Casa de Saud|Monarquia Saudita]], na época o [[Fahd da Arábia Saudita|rei Fahd]].<ref>{{citar livro|título=Encyclopædia Britannica|ultimo=|primeiro=|editora=Britannica|ano=2001|local=Londres -: Inglaterra|páginas=|acessodata=}}</ref>

O ensino primário e secundário não insere de forma obrigatória o ensino religioso no currículo dos estudantes. Porém há em vários estados da Guiné, em grande parte no [[Futa Jalom]], os [[Madraçal|madraçais]] (kuttab), que em grande maioria são financiadas para construção através de ajuda de países como a [[Arábia Saudita]], outros países do golfo pérsico oferecem sustento financeiro para as edificações e reformas das escolas corânicas.{{carece de fontes|data=maio de 2018}}

=== Cristianismo ===
{{Principal|Igreja Católica na Guiné}}
Os cristãos guineenses compõem 9,7% da população total do país, dados de 2012. 3% da camada cristã guineense é católica romana, essa desde os tempos de colonização e domínio francês perdura por lá. A partir do ano 1965, só foi permitido que padres guineenses fizessem exerção de seus cargos, foi uma medida auspiciosa do governo guineano que desde 1960 sofria com conspirações de pessoas do estrangeiro. Em 1979 a ditadura soltou o arcebispo de [[Conacri|Conacry]] [[Raymond-Marie Tchidimbo]], preso havia 8 anos por tramar contra o governo ditatorial de [[Ahmed Sékou Touré]].

Há outros grupos cristãos no país, dentre esses: Anglicanos, Batistas, Adventistas do Sétimo Dia e outros grupos de fundação evangélica; os [[testemunhas de Jeová]] obtiveram reconhecimento do governo.<ref>{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/gv.html|titulo=The CIA World Factbook|data=2012|acessodata=|publicado=CIA|ultimo=|primeiro=}}</ref>

=== Minorias ===
Há em um pequeno número de representação grupos de hindus, budistas e algumas outras da série proveniente de outros países asiáticos — os expatriados que residem na Guiné comum e maioritariamente são desses grupos que, juntamente com os animistas tribais não ultrapassam 4,1% da população (os dados são de 2012).<ref>{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/gv.html|titulo=The Cia World Factbook|data=2012|acessodata=29/01/2018|publicado=CIA|ultimo=|primeiro=}}</ref>

== Política ==
{{Artigo principal|[[Política da Guiné]]}}
A independência da Guiné foi declarada por [[Ahmed Sékou Touré]] em 2 de outubro de 1958, mas a primeira constituição do país foi aprovada a 12 de novembro de 1958.<ref name="britannica.com"/>

O resultado da independência da Guiné na ONU não foi admitida pela França, essa que em estado de inconformidade acabou retirando todo o seu efetivo de doutores, técnicos e especialistas da nova nação, a região ficou com um certo déficit de logística. O país teve que adaptar-se com o novo cenário temporal.

== Subdivisões ==
[[Imagem:Guiné regiões.png|thumbnail|direita|250px|Regiões da Guiné.]]
{{Artigo principal|[[Subdivisões da Guiné]]}}
A Guiné está dividida em 8 [[Regiões da Guiné|regiões]]:
# [[Boké (região)|Boké]]
# [[Quindia (região)|Quindia]]
# [[Conacri (região)|Conacri]]
# [[Mamou (região)|Mamou]]
# [[Labé (região)|Labé]]
# [[Faranah (região)|Faranah]]
# [[Kankan (região)|Kankan]]
# [[Nzérékoré (região)|Nzérékoré]]

As regiões da Guiné estão divididas em 33 [[Prefeituras da Guiné|prefeituras]] e uma zona especial ([[Conacri]], a capital nacional), [[capital|capitais]] entre parênteses:
{{Dividir em colunas}}
* [[Beyla (prefeitura)|Beyla]] ([[Beyla (Guiné)|Beyla]])
* [[Boffa (prefeitura)|Boffa]] ([[Boffa]])
* [[Boké (prefeitura)|Boké]] ([[Boké]])
* [[Conacri]] <sup>(1)</sup>
* [[Coyah (prefeitura)|Coyah]] ([[Coyah]])
* [[Dabola (prefeitura)|Dabola]] ([[Dabola]])
* [[Dalaba (prefeitura)|Dalaba]] ([[Dalaba]])
* [[Dinguiraye (prefeitura)|Dinguiraye]] ([[Dinguiraye]])
* [[Dubréka (prefeitura)|Dubréka]] ([[Dubréka]])
* [[Faranah (prefeitura)|Faranah]] ([[Faranah]])
* [[Forécariah (prefeitura)|Forécariah]] ([[Forécariah]])
* [[Fria (prefeitura)|Fria]] ([[Fria]])
* [[Gaoual (prefeitura)|Gaoual]] ([[Gaoual]])
* [[Guéckédougou (prefeitura)|Guéckédougou]] ([[Guéckédougou]])
* [[Kankan (prefeitura)|Kankan]] ([[Kankan]])
* [[Kérouané (prefeitura)|Kérouané]] ([[Kérouané]])
* [[Quindia (prefeitura)|Quindia]] ([[Quindia (cidade)|Quindia]])
* [[Kissidougou (prefeitura)|Kissidougou]] ([[Kissidougou]])
* [[Koubia (prefeitura)|Koubia]] ([[Koubia]])
* [[Koundara (prefeitura)|Koundara]] ([[Koundara]])
* [[Kouroussa (prefeitura)|Kouroussa]] ([[Kouroussa]])
* [[Labé (prefeitura)|Labé]] ([[Labé]])
* [[Lélouma (prefeitura)|Lélouma]] ([[Lélouma]])
* [[Lola (prefeitura)|Lola]] ([[Lola]])
* [[Macenta (prefeitura)|Macenta]] ([[Macenta]])
* [[Mali (prefeitura)|Mali]] ([[Mali (Guiné)|Mali]])
* [[Mamou (prefeitura)|Mamou]] ([[Mamou]])
* [[Mandiana (prefeitura)|Mandiana]] ([[Mandiana]])
* [[Nzérékoré (prefeitura)|Nzérékoré]] ([[Nzérékoré]])
* [[Pita (prefeitura)|Pita]] ([[Pita (Guiné)|Pita]])
* [[Siguiri (prefeitura)|Siguiri]] ([[Siguiri]])
* [[Télimélé (prefeitura)|Télimélé]] ([[Télimélé]])
* [[Tougué (prefeitura)|Tougué]] ([[Tougué]])
* [[Yomou (prefeitura)|Yomou]] ([[Yomou]])
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<sup>(1)</sup> Zona especial

== Economia ==
{{Artigo principal|[[Economia da Guiné]]}}
A moeda oficial da República da Guiné é o [[Franco da Guiné|franco guineense]], foi introduzido no lugar do [[franco CFA]] em 1959, isso após [[Ahmed Sékou Touré|Sekóu Touré]] não conseguir um acordo de permanência com a França para permanecer na zona do Franco.<ref>{{citar livro|título=Encyclopædia Britannica|ultimo=|primeiro=|editora=Britannica|ano=1979|local=Londres|páginas=|acessodata=}}</ref>

A economia da Guiné é diretamente beneficiada pela grande quantidade de [[mineral|minerais]] presentes em seu território. Em 2019, o país era o 3º maior produtor mundial de [[bauxita]]. Além disso, o país, neste ano, tinha cerca de 25% das reservas mundiais de bauxita em seu território.<ref>[https://pubs.usgs.gov/periodicals/mcs2021/mcs2021-bauxite-alumina.pdf USGS Bauxite Production Statistics]</ref> O país também tem uma produção de [[ouro]] que gira entre 14 a 17 toneladas anuais, o que não coloca o país entre os maiores produtores do mundo, mas devido ao pequeno tamanho e população da Guiné, gera uma renda considerável.<ref>[https://www.ceicdata.com/en/indicator/guinea/gold-production Guinea Gold Production]</ref> Em 2009, o país era o 9º maior produtor de [[diamante]] do mundo.<ref>[http://www.indexmundi.com/en/commodities/minerals/diamond_(industrial)/diamond_(industrial)_t5.html IndexMundi Diamond]</ref> O país também tem depósitos de bilhões de [[tonelada]]s métricas de [[minério de ferro]] e quantidades ainda indeterminadas de [[urânio]].

A Guiné tem também um potencial de crescimento considerável para setores como agricultura e pesca. A terra, a água e as condições climáticas favorecem a agricultura e a [[agroindústria]] em grande escala. Na [[agricultura]], em 2019, o país tinha como principais produções, em termos de volume: [[arroz]], [[mandioca]], [[amendoim]], [[milho]], [[óleo de palma]], [[banana]], [[fonio]] e [[cana de açúcar]].<ref>[http://www.fao.org/faostat/en/#data/QC/ Agricultura da Guiné, pela FAO]</ref> O país tinha, nesta época, exportações agriculturais muito baixas. As exportações de produtos agropecuários processados do país, por ordem de valor, em 2019, foram: [[castanha de caju]], [[cacau]], [[borracha natural]], [[pêssego]], [[café]], [[pera]], [[algodão]] e [[gergelim]].<ref>[http://www.fao.org/faostat/en/#data/TP/ Exportações da Guiné, pela FAO]</ref>

A [[indústria]] do país é bastante pequena. Em 2018, o país foi o 7º maior produtor mundial de [[óleo de amendoim]] (110 mil toneladas).<ref>[https://www.fao.org/faostat/en/#data/QD Oil,Cottonseed production by FAO]</ref>

== Infraestrutura ==
=== Educação ===

A taxa de alfabetização da Guiné é uma das mais baixas do mundo: em 2010 estimava-se que apenas 41% dos adultos eram alfabetizados (52% dos homens e 30% das mulheres).<ref name="Educação na Guiné 1">{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2103.html|titulo = The World Factbook |acessodata = 21 de maio de 2021 |arquivourl = https://web.archive.org/web/20161124171442/https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2103.html |arquivodata = 24 de novembro de 2016 |lingua = inglês }}</ref> A educação primária é obrigatória por lei e compreende 6 anos de estudos, mas o índice de evasão escolar é alto e muitas crianças não vão à escola.<ref name="Educação na Guiné 2">{{citar web|url = https://2009-2017.state.gov/j/drl/rls/hrrpt/humanrightsreport/index.htm?year=2015&dlid=252689 |titulo = Country Reports on Human Rights Practices for 2015: Guinea |acessodata = 19 de novembro de 2016 |autor = Bureau of Democracy, Human Rights and Labor |publicado = United States Department of State }}</ref> Em 1999, a frequência à escola primária era de 40%. Boa parte das crianças são mantidas fora da escola para ajudar os pais no trabalho doméstico ou na agricultura, sendo que muitas meninas não frequentam a escola devido ao casamento, eis que a Guiné tem uma das taxas mais altas de casamento infantil do mundo.<ref name="Educação na Guiné 3">{{citar web | url = http://www.dol.gov/ilab/media/reports/iclp/tda2001/guinea.htm | publicado = Bureau of International Labor Affairs (ILAB) | autor =  U.S. Department of Labor | arquivourl = https://web.archive.org/web/20081205042438/http://www.dol.gov/ilab/media/reports/iclp/tda2001/guinea.htm |data = 5 de dezembro de 2008 | arquivodata = 5 de dezembro de 2008 | titulo = Government Policies and Programs to Eliminate the Worst Forms of Child Labor }}</ref><ref name="Educação na Guiné 4">{{citar web | url = https://www.who.int/mediacentre/news/releases/2013/child_marriage_20130307/en/ | arquivourl = https://web.archive.org/web/20150424050514/http://www.who.int/mediacentre/news/releases/2013/child_marriage_20130307/en/ |arquivodata = 24 de abril de 2015 | lingua = inglês | publicado = Organização Mundial da Saúde (OMS) | titulo = Child marriages: 39 000 every day }}</ref>

== Cultura ==
{{Artigo principal|[[Cultura da Guiné]]}}
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{| border="1" align="center" cellpadding="2" cellspacing="0"
|+<font size="+1">'''Feriados'''</font>
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{{Referências|col=2}}

== Ver também ==
* [[Lista de países]]
* [[Missões diplomáticas da Guiné]]

== Ligações externas ==
* {{Commonscat em linha|Guinea}}
* {{Link|fr|2=http://www.gouvernement.gov.gn/ |3=Site do Governo da República da Guiné}}
* {{Link|fr|2=http://www.boubah.com/ |3=Guinée News - Dernières nouvelles de la Guinée |4=Notícias sobre o país}}

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