Mosteiro de Santo Tirso: diferenças entre revisões
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'''Mosteiro de Santo Tirso''' (ou também '''Mosteiro de São Bento'''<ref>{{citar web |url=http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/70416 |publicado=[[Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico]] |autor= |título= |data= |acessodata= }}</ref>) é um [[mosteiro]] localizado na freguesia de [[Santo Tirso, Couto (Santa Cristina e São Miguel) e Burgães]], [[Município#Portugal|município]] de [[Santo Tirso]], em [[Portugal]], que foi da [[Ordem beneditina]].<ref name=Sipa>[http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5145 Ficha na base de dados SIPA]</ref> |
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O Conjunto formado pela igreja do Mosteiro de São Bento, convento e respetiva cerca e cruzeiro processional está classificado como [[Monumento Nacional]] desde [[1982]].<ref name=Sipa/> |
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O mosteiro foi fundado por D. Unisco Godiniz e por [[Abu-Nazr Lovesendes|Abunazar Lovesendes]], primeiro senhor da Maia e ancestral desta família, em [[978]], conforme documento publicado por D. [[António Caetano de Sousa]]. |
O mosteiro foi fundado por D. Unisco Godiniz e por [[Abu-Nazr Lovesendes|Abunazar Lovesendes]], primeiro senhor da Maia e ancestral desta família, em [[978]], conforme documento publicado por D. [[António Caetano de Sousa]]. |
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O Couto do mosteiro foi instituído e doado em [[1097]] pelos condes [[Henrique de Borgonha, conde de Portucale|D. Henrique]] e [[Teresa de Leão|D. Teresa]] a [[Soeiro Mendes da Maia]], que, por sua vez, o doou em [[1098]] ao D. Abade do mosteiro, Gaudemiro, tornando o mosteiro num dos mais poderosos do país, tendo obtido, inclusive, Bulas de protecção dos Papas [[Papa Inocêncio III|Inocêncio III]] e [[Papa Honório III|Honório III]]. Em [[15 de Outubro]] de [[1385]], e em 6, 7, 8 de Agosto de [[1409]] o mosteiro recebe a visita de [[João I de Portugal|D. João I]]. |
O Couto do mosteiro foi instituído e doado em [[1097]] pelos condes [[Henrique de Borgonha, conde de Portucale|D. Henrique]] da Borgonha e sua esposa [[Teresa de Leão|D. Teresa]] a D. [[Soeiro Mendes da Maia]], que, por sua vez, o doou em [[1098]] ao D. Abade do mosteiro, Gaudemiro, tornando o mosteiro num dos mais poderosos do país, tendo obtido, inclusive, Bulas de protecção dos Papas [[Papa Inocêncio III|Inocêncio III]] e [[Papa Honório III|Honório III]]. Em [[15 de Outubro]] de [[1385]], e em 6, 7, 8 de Agosto de [[1409]] o mosteiro recebe a visita de [[João I de Portugal|D. João I]]. |
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No [[século XIV]] foi edificada a igreja monástica por benemerência de Martim Gil, conde de Barcelos. Desta igreja restam alguns vestígios arqueológicos. |
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A actual igreja matriz foi construída em [[1659]] |
A actual igreja matriz foi construída em [[1659]]–[[1979|79]], com projecto de Frei João Turriano, filho de um arquitecto milanês, Leonardo Turriano. Possui [[Planta (geometria descritiva)|planta]] de [[cruz latina]] e é de uma só [[nave (arquitectura)|nave]]. A [[fachada]] possui três [[nicho]]s em que estão alojadas as [[escultura]]s de [[Santo Tirso]] ao centro, ladeado por [[S. Bento]] e [[Santa Escolástica]]. No [[tímpano (arquitectura)|tímpano]] encontra-se inscrita a data de 1679 que, hipoteticamente, representa o termo da construção da igreja. |
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Ao mosteiro pertenceram as terras do couto até ao século XIX, quando se deu a expropriação dos bens das ordens religiosas em [[1834]]. Em [[11 de Maio]] desse ano, 46 dias após a retirada dos monges de S. Bento, toma posse a Comissão Municipal interina do futuro concelho de Santo Tirso, a qual ficaria sediada num dos edifícios do mosteiro. |
Ao mosteiro pertenceram as terras do couto até ao século XIX, quando se deu a expropriação dos bens das ordens religiosas em [[1834]]. Em [[11 de Maio]] desse ano, 46 dias após a retirada dos monges de S. Bento, toma posse a Comissão Municipal interina do futuro concelho de Santo Tirso, a qual ficaria sediada num dos edifícios do mosteiro. |
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Após a secularização o mosteiro é dividido; uma parte fica para um particular, outra para repartições públicas (Câmara Municipal - nas antigas hospedarias conventuais, Tribunal e Administração do concelho) e o Asilo Agrícola Conde S. Bento, e uma última parte para residência paroquial. |
Após a secularização o mosteiro é dividido; uma parte fica para um particular, outra para repartições públicas (Câmara Municipal - nas antigas hospedarias conventuais, Tribunal e Administração do concelho) e o Asilo Agrícola Conde S. Bento, e uma última parte para residência paroquial. |
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O mosteiro está classificado como [[Monumento Nacional]] desde [[1982]]. |
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== Bibliografia == |
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* {{Citar livro |sobrenome = Carvalho Correia| nome = Francisco| título = O Mosteiro de Santo Tirso, de 978 a 1588: A silhueta de uma entidade projectada no chao de uma história milenária| año = 2008| editora = Tese de doutoramento. Facultade de Xeografía e História. Universidade de Santiago de Compostela|local = Santiago de Compostela|isbn= 978-8498-8703-81 |url =http://dspace.usc.es/handle/10347/2416 |ref=harv}} |
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Edição atual tal como às 09h47min de 23 de julho de 2023
Tipo | |
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Religião | |
Ocupante |
Museu Municipal Abade Pedrosa (d) |
Estatuto patrimonial |
Monumento Nacional (d) |
Localização |
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Coordenadas |
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Mosteiro de Santo Tirso (ou também Mosteiro de São Bento[1]) é um mosteiro localizado na freguesia de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina e São Miguel) e Burgães, município de Santo Tirso, em Portugal, que foi da Ordem beneditina.[2]
O Conjunto formado pela igreja do Mosteiro de São Bento, convento e respetiva cerca e cruzeiro processional está classificado como Monumento Nacional desde 1982.[2]
História
[editar | editar código-fonte]O mosteiro foi fundado por D. Unisco Godiniz e por Abunazar Lovesendes, primeiro senhor da Maia e ancestral desta família, em 978, conforme documento publicado por D. António Caetano de Sousa.
O Couto do mosteiro foi instituído e doado em 1097 pelos condes D. Henrique da Borgonha e sua esposa D. Teresa a D. Soeiro Mendes da Maia, que, por sua vez, o doou em 1098 ao D. Abade do mosteiro, Gaudemiro, tornando o mosteiro num dos mais poderosos do país, tendo obtido, inclusive, Bulas de protecção dos Papas Inocêncio III e Honório III. Em 15 de Outubro de 1385, e em 6, 7, 8 de Agosto de 1409 o mosteiro recebe a visita de D. João I.
No século XIV foi edificada a igreja monástica por benemerência de Martim Gil, conde de Barcelos. Desta igreja restam alguns vestígios arqueológicos.
A actual igreja matriz foi construída em 1659–79, com projecto de Frei João Turriano, filho de um arquitecto milanês, Leonardo Turriano. Possui planta de cruz latina e é de uma só nave. A fachada possui três nichos em que estão alojadas as esculturas de Santo Tirso ao centro, ladeado por S. Bento e Santa Escolástica. No tímpano encontra-se inscrita a data de 1679 que, hipoteticamente, representa o termo da construção da igreja.
Ao mosteiro pertenceram as terras do couto até ao século XIX, quando se deu a expropriação dos bens das ordens religiosas em 1834. Em 11 de Maio desse ano, 46 dias após a retirada dos monges de S. Bento, toma posse a Comissão Municipal interina do futuro concelho de Santo Tirso, a qual ficaria sediada num dos edifícios do mosteiro.
Após a secularização o mosteiro é dividido; uma parte fica para um particular, outra para repartições públicas (Câmara Municipal - nas antigas hospedarias conventuais, Tribunal e Administração do concelho) e o Asilo Agrícola Conde S. Bento, e uma última parte para residência paroquial.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Carvalho Correia, Francisco (2008). O Mosteiro de Santo Tirso, de 978 a 1588: A silhueta de uma entidade projectada no chao de uma história milenária. Santiago de Compostela: Tese de doutoramento. Facultade de Xeografía e História. Universidade de Santiago de Compostela. ISBN 978-8498-8703-81
Referências
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Mosteiro de Santo Tirso na base de dados Ulysses da Direção-Geral do Património Cultural
- Mosteiro de Santo Tirso / Mosteiro de São Bento, Cerca e Cruzeiro Processional na base de dados SIPA da Direção-Geral do Património Cultural