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Anfioxo lanceolado: diferenças entre revisões

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Os lancetas são os actuais representantes dos [[cefalocordados]]. <ref>[https://ucmp.berkeley.edu/chordata/cephalo.html Introduction to the Cephalochordata] – nota no [https://ucmp.berkeley.edu/ Museu de Paleontologia de Berkley]</ref>. São de certo modo fósseis vivos que estão na origem dos [[vertebrados]], portadores de [[genoma]]s, recentemente sequenciados, que revelam dados decisivos para o entendimento da [[evolução]]. <ref>[https://www.emaze.com/@AZCRFLRZ Referência breve] (slideshow)</ref> <ref>[https://lookformedical.com/search.php?q=anfioxos&lang=3 Anfioxos] – definição em [https://lookformedical.com/ Look for Medical]</ref> <ref>[https://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/cientistas-conseguem-mapear-genoma-do-elo-perdido-dos-vertebrados-3613069 Cientistas conseguem mapear genoma do 'elo perdido' dos vertebrados] – notícia no jornal [https://oglobo.globo.com/ O Globo], 18/06/2008</ref> <ref>[https://paulasarraino.wordpress.com/ FILO CHORDATA - dos PROTOCHORDATA até a Superclasse PISCES] – artigo de Andrade Fonseca, novembro de 2014</ref>
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Raríssimos são os fósseis dos lancetas visto serem corpos moles que rapidamente desaparecem quando morrem. Foi descoberto um fóssil de [[Pikaia gracilens|PiKaia]] numa encosta das [[Montanhas Rochosas Canadianas]] (Burguess Shale), da época do [[cambriano]], que data de há cerca de 542 e 488 milhões de anos <ref>[https://ucmp.berkeley.edu/cambrian/burgess.html The Burgess Shale]</ref> e alguns fósseis de cordados na jazida de [[Chengjiang]], na [[China]]. <ref>[https://whc.unesco.org/en/list/1388 Chengjiang Fossil Site], [[UNESCO]]</ref>. Em 2017 foi localizado um fóssil intacto de lanceta, além de outros em idêntico estado que o procederam na evolução dos cordados, nas arribas da costa norte da [[Península de Peniche]], entre a [http://www.cm-peniche.pt/Municipio-de-Peniche-assinala-a-classificacao-da-Ponta-do-Trovao-como-GSSP-do-andar-Toarciano-Jurassico-Inferior Ponta do Trovão] e o [https://mapcarta.com/pt/33030624 Portinho de Areia da praia de Peniche de Cima].
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A invulgar concentração de fósseis de corpo mole de sucessivas épocas neste lugar, em raro estado de conservação, é uma mais-valia que inquestionavelmente reforça o seu valor [[geológico]] enquanto património universal único. <ref>[http://www.cm-peniche.pt/Municipio-de-Peniche-assinala-a-classificacao-da-Ponta-do-Trovao-como-GSSP-do-andar-Toarciano-Jurassico-Inferior Classificação da PONTA DO TROVÃO como GSSP], 13/07/2016</ref>

Revisão das 23h05min de 11 de março de 2019

Como ler uma infocaixa de taxonomiaBranchiostoma lanceolatum
Branchiostoma lanceolatum
Branchiostoma lanceolatum
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Cephalochordata
Classe: Leptocardii
Subclasse: Amphioxiformes
Família: Branchiostomatidae
Género: Branchiostoma
Espécie: B. lanceolatum
Nome binomial
Branchiostoma lanceolatum (Peixe-lanceta)
(Pallas, 1774)

Branchiostoma lanceolatum ou anfioxo lanceolado, é a espécie mais conhecida do grupo dos cefalocordados. Também é chamado de peixe-lanceta, apesar de não ser bem um peixe.

O peixe-lanceta, nome que em português do Brasil é maioritariamente usado para designar diversos peixes, é um termo praticamente desconhecido em Portugal, ao ponto de ser incerta a sua existência nas águas portuguesas, embora existam tanto no Oceano Atlântico como em todos os outros mares. Na Ásia os lancetas são um alimento tradicional, criado em aquacultura e explorado comercialmente. No Japão, onde começaram a escassear no seu meio-ambiente natural, o mar, foram listados como animais em perigo de extinção. [1]

Os lancetas são os actuais representantes dos cefalocordados. [2]. São de certo modo fósseis vivos que estão na origem dos vertebrados, portadores de genomas, recentemente sequenciados, que revelam dados decisivos para o entendimento da evolução. [3] [4] [5] [6]

Raríssimos são os fósseis dos lancetas visto serem corpos moles que rapidamente desaparecem quando morrem. Foi descoberto um fóssil de PiKaia numa encosta das Montanhas Rochosas Canadianas (Burguess Shale), da época do cambriano, que data de há cerca de 542 e 488 milhões de anos [7] e alguns fósseis de cordados na jazida de Chengjiang, na China. [8]. Em 2017 foi localizado um fóssil intacto de lanceta, além de outros em idêntico estado que o procederam na evolução dos cordados, nas arribas da costa norte da Península de Peniche, entre a Ponta do Trovão [9] e o Portinho de Areia da praia de Peniche de Cima.

A invulgar concentração de fósseis de corpo mole de sucessivas épocas neste lugar, em raro estado de conservação, é uma mais-valia que inquestionavelmente reforça o seu valor geológico enquanto património universal único. [10]

Genética

Bilaterian body plan (Plano de corpo bilateral)

É ponto assente entre os entendidos que o genoma dos vertebrados foi sujeito a duplicações. No processo evolutivo, cada um dos seus genes deu origem a outros dois. Cada um deles, como numa brincadeira de crianças (tu e eu, eu e tu), terá servido lindamente a tendência de inovação própria dos cordados. Pertencem os cordados ao reino animal e caracterizam-se pela bilateria, duas rodadas determinantes no inefável jogo da vida.

Crianças brincando às escondidas numa floresta Século XIX

Consiste a ideia [11] em instigar a novidade, como por exemplo a criação de cabeças e membros. [12] Quer isto dizer que o comportamento social, a cultura, de algum modo interfere na constituição genética de um indivíduo, pelo seu ADN.

Por influência dos espíritos do lugar, caprichosos com são, aqui e em qualquer outra parte, a gruta da Furninha, situada na encosta sul da Península de Peniche, brinda-nos com mais alguns ensinamentos. Na gruta foram descobertos importantes vestígios pré-históricos, cerâmica em particular (Nery Delgado). Vem isto a propósito de uma experiência feita com 113 indivíduos testados na observação de cerâmica datada de há 4.000 A.C. até à nossa época. " Mostram os resultados que o comportamento visual segue as mesmas tendências que as que orientam a evolução das sociedades complexas que construíram esses utensílios " [13], isto é, forçando o observador moderno a dirigir espontaneamente a linha do seu olhar para o traçado desses vasos, dessas estatuetas ou, no caso da pintura rupestre, a dar-lhe a ver aquilo que eles viam, aquilo que para eles era essencial, nas grutas em que se recolhiam. [14]

Referências

  1. Tomiyama, Minoru; Azuma, Nobuyuki; Kubokawa, Kaoru (1998). "A New Population of the Amphioxus (Branchiostoma belcheri) in the Enshu-Nada Sea in Japan". Zoological Science. 15 (5): 799–803. doi:10.2108/zsj.15.799. ISSN 0289-0003
  2. Introduction to the Cephalochordata – nota no Museu de Paleontologia de Berkley
  3. Referência breve (slideshow)
  4. Anfioxos – definição em Look for Medical
  5. Cientistas conseguem mapear genoma do 'elo perdido' dos vertebrados – notícia no jornal O Globo, 18/06/2008
  6. FILO CHORDATA - dos PROTOCHORDATA até a Superclasse PISCES – artigo de Andrade Fonseca, novembro de 2014
  7. The Burgess Shale
  8. Chengjiang Fossil Site, UNESCO
  9. Peniche: Ponta do Trovão tem valor geológico mundial – notícia no jornal Público, 17 de Novembro de 2006
  10. Classificação da PONTA DO TROVÃO como GSSP, 13/07/2016
  11. Os olhos da ideia
  12. What makes vertebrates special? We can learn from lancelets – Okinawa Institute of Science and Technology (OIST), novembro de 2018
  13. Proofs of parallel evolution between cognition, tool development, and social complexity – SPANISH NATIONAL RESEARCH COUNCIL (CSIC), 8 de março 2019
  14. Investigação de uma equipa que incluiu João Zilhão, investigador do Centro de Arqueologia da ULisboa, em destaque na prestigiada revista "Science" – notícia, 23 fevereiro 2018

Ver também

Ligações externas

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