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Anfioxo lanceolado: diferenças entre revisões

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A [[Pangeia]], nos seus primórdios, era um [[supercontinente]] implantado no [[hemisfério sul]]. Começou a quebrar-se há 170 Ma, pouco a pouco, em cima da camada de [[basalto]] que cobre tanto a superfície da [[Planeta telúrico|Terra]] como a de qualquer outro planeta ou lua do [[sistema solar]]. Quebrou-se múltiplas vezes, dando origem a novos oceanos e novos continentes. <ref>[https://www.britannica.com/place/Pangea Pangea, ancient supercontinent], Enciclopédia Britânica</ref> No final do [[Jurássico]], há oitenta milhões de anos, começou a abrir uma brecha a noroeste, dando origem à América e à Europa e ligando o [[Atlântico]] ao [[Pacífico]]. <ref>[http://www.seafriends.org.nz/oceano/oceans.htm Oceanography: Oceans continental drift and the origins oceans] in [http://www.seafriends.org.nz/ Seafriends]</ref> É quando, ainda nessa época, há volta de 60,5 Ma, a fragmentação continental começa a aproximar-se da configuração que hoje tem. <ref>[http://www.rci The Breakup of Pangea: The North America – Africa]</ref> <ref>[http://www.rci.rutgers.edu/~schlisch/103web/Pangeabreakup/breakupframe.html The Breakup of Pangea: The North America - Africa Connection] – artigo de [https://eps.rutgers.edu/people-directory/19-faculty/247-roy-w-schlische Roy W. Schlische], Department of Geological Sciences Rutgers University</ref> (Ver [https://www.britannica.com/place/Pangea/media/441211/182539 video] na Enciclopédia Britânica)
A [[Pangeia]], nos seus primórdios, era um [[supercontinente]] implantado no [[hemisfério sul]]. Começou a quebrar-se há 170 Ma, pouco a pouco, em cima da camada de [[basalto]] que cobre tanto a superfície da [[Planeta telúrico|Terra]] como a de qualquer outro planeta ou lua do [[sistema solar]]. Quebrou-se múltiplas vezes, dando origem a novos oceanos e novos continentes. <ref>[https://www.britannica.com/place/Pangea Pangea, ancient supercontinent], Enciclopédia Britânica</ref> No final do [[Jurássico]], há oitenta milhões de anos, começou a abrir uma brecha a noroeste, dando origem à América e à Europa e ligando o [[Atlântico]] ao [[Pacífico]]. <ref>[http://www.seafriends.org.nz/oceano/oceans.htm Oceanography: Oceans continental drift and the origins oceans] in [http://www.seafriends.org.nz/ Seafriends]</ref> É quando, ainda nessa época, há volta de 60,5 Ma, a fragmentação continental começa a aproximar-se da configuração que hoje tem. <ref>[http://www.rci The Breakup of Pangea: The North America – Africa]</ref> <ref>[http://www.rci.rutgers.edu/~schlisch/103web/Pangeabreakup/breakupframe.html The Breakup of Pangea: The North America - Africa Connection] – artigo de [https://eps.rutgers.edu/people-directory/19-faculty/247-roy-w-schlische Roy W. Schlische], Department of Geological Sciences Rutgers University</ref> (Ver [https://www.britannica.com/place/Pangea/media/441211/182539 '''video'''] na Enciclopédia Britânica)


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Revisão das 15h46min de 13 de março de 2019

Como ler uma infocaixa de taxonomiaBranchiostoma lanceolatum
Branchiostoma lanceolatum
Branchiostoma lanceolatum
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Cephalochordata
Classe: Leptocardii
Subclasse: Amphioxiformes
Família: Branchiostomatidae
Género: Branchiostoma
Espécie: B. lanceolatum
Nome binomial
Branchiostoma lanceolatum (Peixe-lanceta)
(Pallas, 1774)

Branchiostoma lanceolatum ou anfioxo lanceolado, é a espécie mais conhecida do grupo dos cefalocordados. Também é chamado lanceta ou peixe-lanceta, apesar de não ser bem um peixe.

O peixe-lanceta, nome que em português do Brasil é maioritariamente usado para designar diversos peixes, é um termo praticamente desconhecido em Portugal, ao ponto de ser incerta a sua existência nas águas portuguesas, embora existam tanto no Oceano Atlântico como em todos os outros mares. Na Ásia os lancetas são um alimento tradicional, criado em aquacultura e explorado comercialmente. No Japão, onde começaram a escassear no seu meio-ambiente natural, o mar, foram listados como animais em perigo de extinção. [1]

Os lancetas são os actuais representantes dos cefalocordados. [2]. São de certo modo fósseis vivos que estão na origem dos vertebrados, portadores de genomas, recentemente sequenciados, que revelam dados decisivos para o entendimento da evolução. [3] [4] [5] [6]

Raríssimos são os fósseis dos lancetas visto serem corpos moles que rapidamente desaparecem quando morrem. Foi descoberto um fóssil de PiKaia numa encosta das Montanhas Rochosas Canadianas (Burguess Shale), da época do cambriano, que data de há cerca de 542 e 488 milhões de anos [7] e alguns fósseis de cordados na jazida de Chengjiang, na China. [8]. Em 2017 foi localizado um fóssil intacto de lanceta, além de outros em idêntico estado que o procederam na evolução dos cordados, nas arribas da costa norte da Península de Peniche, entre a Ponta do Trovão [9] [10] e o Portinho de Areia da praia de Peniche de Cima.

A invulgar concentração de fósseis de corpo mole de sucessivas épocas neste lugar, em raro estado de conservação, é uma mais-valia que inquestionavelmente reforça o seu valor geológico enquanto património universal único. [11]

Bilaterian body plan (Plano de corpo bilateral)

É ponto assente entre os entendidos que o genoma dos vertebrados foi sujeito a duplicações. No processo evolutivo, cada um dos seus genes deu origem a outros dois. Cada um deles, como numa brincadeira de crianças (tu e eu, eu e tu), terá servido lindamente a tendência de inovação própria dos cordados. Pertencem os cordados ao reino animal e caracterizam-se pela bilateria, duas rodadas determinantes no inefável jogo da vida.

Crianças brincando às escondidas numa floresta Século XIX

Consiste a ideia [12] em instigar a novidade, como por exemplo a criação de cabeças e membros. [13] Quer isto dizer que o comportamento social, a cultura, de algum modo interfere na constituição genética de um indivíduo, pelo seu ADN.

Por influência dos espíritos do lugar, caprichosos com são, aqui e em qualquer outra parte, a gruta da Furninha, situada na encosta sul da Península de Peniche, brinda-nos com mais alguns ensinamentos. Na gruta foram descobertos importantes vestígios pré-históricos, cerâmica em particular (Nery Delgado). Vem isto a propósito de uma experiência feita com 113 indivíduos testados na observação de cerâmica datada de há 4.000 A.C. até à nossa época. " Mostram os resultados que o comportamento visual segue as mesmas tendências que as que orientam a evolução das sociedades complexas que construíram esses utensílios " [14], isto é, forçando o observador moderno a dirigir espontaneamente a linha do seu olhar para o traçado desses vasos, dessas estatuetas ou, no caso da pintura rupestre, a dar-lhe a ver aquilo que eles viam, aquilo que para eles era essencial, nas encostas rochosas onde caçavam (ver Sítios de arte rupestre do Vale do Coa) ou nas grutas em que se recolhiam. [15]

Humanos: macho e fêmea. Ilustração em placa de ouro de Linda Salzman Sagan, peça transportada pelas naves Pioneer 10 e 11

De entre os cordados, o Homem é o animal mais evoluído. Cérebro muito desenvolvido, raciocínio abstrato, uso desenvolto da linguagem, capacidade de introspecção, de resolução de problemas complexos, aprendizagem fácil que lhe permite, apesar da sua típica dualidade, alterar tendências inatas são os seus traços distintivos.

Permitem os genes do Homem que ele seja um ser versátil por um lado e, por outro, dificilmente mutável, tendo em vista a preservação da espécie. Uma história que ilustra a dificuldade de mutação do ser humano é a dos gémeos James Springer e James Lewis, que foram separados com um mês de idade e adoptados por diferentes famílias, só voltando a estar juntos com trinta e nove anos, em 1979. Só então o psicólogo Thomas Bouchard, da Universidade de Minesota estudou o seu caso. [16] Estando eles separados e nada sabendo um do outro, casaram-se e divorciaram-se ambos de mulheres com o nome de Linda e voltaram a casar com outras com o nome de Betty. Interessavam-se por desenho mecânico e carpintaria, na escola davam-se bem com matemática e eram fracos na escrita. Fumavam. Comiam e bebiam bem, um e outro. Tinham dores de cabeça todos os dias, à mesma hora. [17]

Entendem alguns filósofos e cientistas que se dedicam ao estudo da genética do comportamento que a livre vontade pode ser restringida ou anulada por intervenção genética. Não falta quem conteste a hipótese de tal coisa acontecer. [18] Certo é que cada um de nós é único, apesar de podermos ter parecenças flagrantes com outros. Certo é ainda que, mau grado possamos confundir um com o outro, dispomos de meios eficazes, inatos ou culturais, de identificar quem é ou não é : como o cão que nos identifica pelo cheiro ou como a gaivota que nos topa por termos destruído o ninho que abusivamente fez no nosso telhado e nos ameaça com voos rasantes por cima da cabeça. Que fazer perante um cão que não gosta de nós ou de uma gaivota que nos pica? Qual a norma ética que devemos utilizar?

Era uma vez uma crosta tectónica constituída por rochedos volcânicos gigantescos que se encaixavam uns nos outros como num quebra-cabeças. Esta história durou muito tempo, uns bons 160 Ma (Ma = milhões de anos), tempo esse situado entre há cerca de 200 e 500 Ma. À volta dessa crosta tudo era mar. Havia então um só continente, a que um homem esclarecido do século XX deu o nome de Pangeia. Chamava-se ele Alfred Wegener. O nosso planeta era já habitado por cordados, no cambriano inferior, compreendido mais ou menos entre há 542 e 513 Ma. Os cordados primitivos surgiram na época anterior, no Ediacarano (entre há 630 e 542 Ma). [19]

Da direita para a esquerda : Mercúrio, Vénus, Terra e Marte
O supercontinente PANGEIA em três fases da sua expansão (ver de baixo para cima)

A Pangeia, nos seus primórdios, era um supercontinente implantado no hemisfério sul. Começou a quebrar-se há 170 Ma, pouco a pouco, em cima da camada de basalto que cobre tanto a superfície da Terra como a de qualquer outro planeta ou lua do sistema solar. Quebrou-se múltiplas vezes, dando origem a novos oceanos e novos continentes. [20] No final do Jurássico, há oitenta milhões de anos, começou a abrir uma brecha a noroeste, dando origem à América e à Europa e ligando o Atlântico ao Pacífico. [21] É quando, ainda nessa época, há volta de 60,5 Ma, a fragmentação continental começa a aproximar-se da configuração que hoje tem. [22] [23] (Ver video na Enciclopédia Britânica)

Referências

  1. Tomiyama, Minoru; Azuma, Nobuyuki; Kubokawa, Kaoru (1998). "A New Population of the Amphioxus (Branchiostoma belcheri) in the Enshu-Nada Sea in Japan". Zoological Science. 15 (5): 799–803. doi:10.2108/zsj.15.799. ISSN 0289-0003
  2. Introduction to the Cephalochordata – nota no Museu de Paleontologia de Berkley
  3. Referência breve (slideshow)
  4. Anfioxos – definição em Look for Medical
  5. Cientistas conseguem mapear genoma do 'elo perdido' dos vertebrados – notícia no jornal O Globo, 18/06/2008
  6. FILO CHORDATA - dos PROTOCHORDATA até a Superclasse PISCES – artigo de Andrade Fonseca, novembro de 2014
  7. The Burgess Shale
  8. Chengjiang Fossil Site, UNESCO
  9. Peniche, o paraíso geológico de Portugal!
  10. Peniche: Ponta do Trovão tem valor geológico mundial – notícia no jornal Público, 17 de Novembro de 2006
  11. Classificação da PONTA DO TROVÃO como GSSP, 13/07/2016
  12. Os olhos da ideia
  13. What makes vertebrates special? We can learn from lancelets – Okinawa Institute of Science and Technology (OIST), novembro de 2018
  14. Proofs of parallel evolution between cognition, tool development, and social complexity – SPANISH NATIONAL RESEARCH COUNCIL (CSIC), 8 de março 2019
  15. Investigação de uma equipa que incluiu João Zilhão, investigador do Centro de Arqueologia da ULisboa, em destaque na prestigiada revista "Science" – notícia, 23 fevereiro 2018
  16. Sources of Human Psychological Differences: The Minnesota Study of Twins Reared Apart, revista Science, New Series, Vol. 250, Nº 497 (Oct.12, 1990), 233-228
  17. Do your genes determine your entire life? – artigo de Julian Baggini no jornal The Guardian, 19 de março 2015
  18. Free Will and Genetics – referências várias
  19. ORIGINS OF PLATE TECTONIC THEORY – artigo de Anne E. Egger, Vision Learning
  20. Pangea, ancient supercontinent, Enciclopédia Britânica
  21. Oceanography: Oceans continental drift and the origins oceans in Seafriends
  22. The Breakup of Pangea: The North America – Africa
  23. The Breakup of Pangea: The North America - Africa Connection – artigo de Roy W. Schlische, Department of Geological Sciences Rutgers University

Ver também

Ligações externas

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