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Axé (candomblé): diferenças entre revisões

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Candomblé
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O termo "'''axé'''" (de '''''àṣẹ''''', termo [[Língua iorubá|iorubá]] que significa "energia", "poder", "força") pode se referir tanto aos [[Ibá orixá|assentamentos]] de [[orixá]]s que ficam nos [[peji]]s ([[altar]]es de [[candomblé]]) quanto à força [[Magia|mágica]] que sustenta os [[Terreiro de candomblé|terreiros de candomblé]].<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 209.</ref><ref>[https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&id=8dB4AAAAMAAJ&dq=candombl%C3%A9+palavra+for%C3%A7a+sagrada+ampliada&focus=searchwithinvolume&q=palavra+for%C3%A7a+sagrada+ampliada Candomblé: a panela do segredo, Cido de Ọ̀ṣun Eyin (pai.) Editora Mandarim, 2000]</ref>
O termo "'''axé'''" (de '''''àṣẹ''''', termo [[Língua iorubá|iorubá]] que significa "energia", "poder", "força") pode se referir tanto aos [[Ibá orixá|assentamentos]] de [[orixá]]s que ficam nos [[peji]]s ([[altar]]es de [[candomblé]]) quanto à força [[Magia|mágica]] que sustenta os [[Terreiro de candomblé|terreiros de candomblé]].<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 209.</ref><ref>[https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&id=8dB4AAAAMAAJ&dq=candombl%C3%A9+palavra+for%C3%A7a+sagrada+ampliada&focus=searchwithinvolume&q=palavra+for%C3%A7a+sagrada+ampliada Candomblé: a panela do segredo, Cido de Ọ̀ṣun Eyin (pai.) Editora Mandarim, 2000]</ref>
[[Imagem:Assetamento sagrado de Obaluaye.JPG|thumb|Assentamento do orixá [[Obaluaiê]] em [[Terreiro (religião)|terreiro]] de [[Salvador (Bahia)|Salvador]]]]
[[Imagem:Assetamento sagrado de Obaluaye.JPG|thumb|Assentamento do orixá [[Obaluaiê]] em [[Terreiro (religião)|terreiro]] de [[Salvador (Bahia)|Salvador]]]]

Revisão das 00h00min de 19 de abril de 2023

 Nota: Para outros significados, veja Axé.

O termo "axé" (de àṣẹ, termo iorubá que significa "energia", "poder", "força") pode se referir tanto aos assentamentos de orixás que ficam nos pejis (altares de candomblé) quanto à força mágica que sustenta os terreiros de candomblé.[1][2]

Assentamento do orixá Obaluaiê em terreiro de Salvador

Uso do termo na capoeira

Na capoeira, "axé" representa força, ânimo e energia. Uma roda de capoeira cheia de axé é uma roda animada e alegre. Como a maior parte dos praticantes da capoeira da atualidade não é adepta do candomblé, a palavra, no contexto da capoeira, perdeu o âmbito sobrenatural e místico que tem no candomblé. Algumas vezes, a palavra "axé" pode ser utilizada como uma saudação, um cumprimento através do qual se desejam, ao próximo, coisas boas, força, ânimo e energia.[carece de fontes?]

O axé na ritualística do candomblé

No ritual original do candomblé, há duas partes: a preparação, que começa uma semana antes de cada festa, com muita gente na casa lavando, passando, cozinhando, limpando e enfeitando. Quando se entra no barracão e se veem as bandeirinhas no teto da cor do orixá que está sendo homenageado, é preciso lembrar que alguém teve que comprar, cortar e colar as bandeirinhas e colocá-las no lugar para que o barracão ficasse bonito. Durante a semana, diversas obrigações são feitas, de acordo com a determinação do jogo de búzios; animais são sacrificados a exus, eguns e aos orixás homenageados (revigorando o axé). Os animais têm que ser limpos e preparados por alguém, pois será servido uma parte (axé) para os orixás e outra parte para todos os presentes na festa.

Na parte pública da festa, os filhos de santo (iniciados) dançam e entram em transe com seu orixá. O babalorixá evoca cantigas que lembram os feitos do orixá e este executa uma dança simbólica recordando seus atributos. A cerimônia termina com um banquete onde será distribuído o axé em forma de alimento entre todos os presentes. A manutenção da oralidade em algumas religiões afro-brasileiras é fundamental.

Mesmo fazendo-se uso da escrita, a oralidade não poderá ser abandonada, uma vez que o axé também é transmitido através da palavra, do hálito e da saliva; portanto, o silêncio nas casas de candomblé e outras religiões afro-brasileiras é imprescindível. A palavra tem força dinâmica: dependendo do momento em que for pronunciada, a palavra pode ter a sua força sagrada ampliada.[carece de fontes?]

Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 209.
  2. Candomblé: a panela do segredo, Cido de Ọ̀ṣun Eyin (pai.) Editora Mandarim, 2000