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Pictorialismo: diferenças entre revisões

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== O impacto das câmeras Kodak ==
== O impacto das câmeras Kodak ==
Durante os primeiros quarenta anos após a invenção de um processo prático de captura e reprodução de imagens, a fotografia permaneceu como domínio de um grupo altamente dedicado de indivíduos que tinham conhecimento especializado e habilidades em ciência, mecânica e arte. Para fazer uma fotografia, uma pessoa tinha que aprender muito sobre química, óptica, luz, a mecânica das câmeras e como esses fatores se combinam para renderizar adequadamente uma cena. Não era algo que se aprendia facilmente ou se envolvia levianamente e, como tal, era limitado a um grupo relativamente pequeno de acadêmicos, cientistas e fotógrafos profissionais.<ref>Hirsch, Robert. Seizing the Light: A History of Photography. McGraw-Hill, 2000</ref>
Durante os primeiros quarenta anos após a invenção de um processo prático de captura e reprodução de imagens, a fotografia permaneceu como domínio de um grupo altamente dedicado de indivíduos que tinham conhecimento especializado e habilidades em ciência, mecânica e arte. Para fazer uma fotografia, uma pessoa tinha que aprender muito sobre química, óptica, luz, a mecânica das câmeras e como esses fatores se combinam para renderizar adequadamente uma cena. Não era algo que se aprendia facilmente ou se envolvia levianamente e, como tal, era limitado a um grupo relativamente pequeno de acadêmicos, cientistas e fotógrafos profissionais.<ref>Hirsch, Robert. Seizing the Light: A History of Photography. McGraw-Hill, 2000</ref>
[[Image:Kodak ad 1888.GIF|thumb|left|Anúncio da câmera [[Kodak]], 1888 – "Qualquer um pode usar isto. Nenhum conhecimento de fotografia é necessário."]]

Tudo isso mudou em um período de poucos anos. Em 1888, [[George Eastman]] introduziu a primeira câmera amadora portátil, a câmera [[Kodak]].<ref>Ackerman, Carl W. George Eastman: Founder of Kodak and the Photography Business. Beard Books, 2000</ref> Ela foi comercializada com o slogan "Você aperta o botão, nós fazemos o resto."<ref>Wilson, Michael Gregg; Reed, Dennis (1994). Pictorialism in California: Photographs, 1900-1940. Malibu, CA, US: J. Paul Getty Museum. ISBN 978-0-89236-313-1. OCLC 30109023</ref> A câmera era pré-carregada com um rolo de filme que produzia cerca de 100 exposições de fotos redondas de 2,5", e podia ser facilmente transportada e segurada na mão durante sua operação. Depois que todas as fotos no filme eram expostas, a câmera inteira era devolvida à empresa Kodak em [[Rochester (Nova Iorque)]], onde o filme era revelado, as cópias eram feitas e um novo filme fotográfico era colocado dentro. Então a câmera e as cópias eram devolvidas ao cliente, que estava pronto para tirar mais fotos.<ref>Wilson, Michael Gregg; Reed, Dennis (1994). Pictorialism in California: Photographs, 1900-1940. Malibu, CA, US: J. Paul Getty Museum. ISBN 978-0-89236-313-1. OCLC 30109023</ref><ref>Hirsch, Robert. Seizing the Light: A History of Photography. McGraw-Hill, 2000</ref><ref>Kodak Historical Collection. Kodak and the Lens of Nostalgia. University of Virginia Press, 2000</ref>
Tudo isso mudou em um período de poucos anos. Em 1888, [[George Eastman]] introduziu a primeira câmera amadora portátil, a câmera [[Kodak]].<ref>Ackerman, Carl W. George Eastman: Founder of Kodak and the Photography Business. Beard Books, 2000</ref> Ela foi comercializada com o slogan "Você aperta o botão, nós fazemos o resto."<ref>Wilson, Michael Gregg; Reed, Dennis (1994). Pictorialism in California: Photographs, 1900-1940. Malibu, CA, US: J. Paul Getty Museum. ISBN 978-0-89236-313-1. OCLC 30109023</ref> A câmera era pré-carregada com um rolo de filme que produzia cerca de 100 exposições de fotos redondas de 2,5", e podia ser facilmente transportada e segurada na mão durante sua operação. Depois que todas as fotos no filme eram expostas, a câmera inteira era devolvida à empresa Kodak em [[Rochester (Nova Iorque)]], onde o filme era revelado, as cópias eram feitas e um novo filme fotográfico era colocado dentro. Então a câmera e as cópias eram devolvidas ao cliente, que estava pronto para tirar mais fotos.<ref>Wilson, Michael Gregg; Reed, Dennis (1994). Pictorialism in California: Photographs, 1900-1940. Malibu, CA, US: J. Paul Getty Museum. ISBN 978-0-89236-313-1. OCLC 30109023</ref><ref>Hirsch, Robert. Seizing the Light: A History of Photography. McGraw-Hill, 2000</ref><ref>Kodak Historical Collection. Kodak and the Lens of Nostalgia. University of Virginia Press, 2000</ref>

O impacto dessa mudança foi enorme. De repente, quase qualquer um podia tirar uma fotografia, e em poucos anos a fotografia se tornou uma das maiores modas do mundo. O colecionador de fotografia Michael G. Wilson observou "Milhares de fotógrafos comerciais e cem vezes mais amadores estavam produzindo milhões de fotografias anualmente... O declínio na qualidade do trabalho profissional e o dilúvio de instantâneos (um termo emprestado da caça, que significa tirar uma foto rápida sem perder tempo mirando) resultou em um mundo inundado de fotografias tecnicamente boas, mas esteticamente indiferentes."<ref>Wilson, Michael Gregg; Reed, Dennis (1994). Pictorialism in California: Photographs, 1900-1940. Malibu, CA, US: J. Paul Getty Museum. ISBN 978-0-89236-313-1. OCLC 30109023. pg 1</ref>

Simultaneamente a essa mudança, houve o desenvolvimento de empresas comerciais nacionais e internacionais para atender à nova demanda por câmeras, filmes e impressões. Na [[Exposição Universal de 1893]] em [[Chicago]], que atraiu mais de 27 milhões de pessoas, a fotografia para amadores foi comercializada em uma escala sem precedentes. Havia várias grandes exibições exibindo fotografias de todo o mundo, muitos fabricantes de equipamentos de câmeras e câmaras escuras exibindo e vendendo seus produtos mais recentes, dezenas de estúdios de retratos e até mesmo documentação no local da própria Exposição. De repente, a fotografia e os fotógrafos eram mercadorias domésticas.<ref>Brown, Julie K. (1994). Contesting Images: Photography and the World's Columbian Exposition. Tucson: University of Arizona Press. ISBN 978-0-8165-1382-6. OCLC 28147712. pg 24</ref>


== Características Estéticas ==
== Características Estéticas ==

Edição atual tal como às 02h55min de 4 de novembro de 2024

George Seeley - The Black Bowl - publicado em Camera Work No 20 (1907)

O Pictorialismo foi um movimento artístico na fotografia, ativo entre o final do século XIX e o início do século XX, que defendia a fotografia como forma de arte, valorizando o trabalho criativo do fotógrafo e aproximando a fotografia das artes visuais tradicionais, como a pintura e a gravura. Surgindo em uma época em que a fotografia era vista principalmente como uma ferramenta documental e científica, o pictorialismo foi uma resposta à crítica de que a fotografia não poderia alcançar o status de arte por sua suposta natureza mecânica. Ao explorar técnicas experimentais, o movimento foi um marco na elevação da fotografia à categoria de arte expressiva.[1][2][3][4]

Em contraste com o registro documental e a objetividade que até então caracterizavam a fotografia, o Pictorialismo valorizava a manipulação das imagens e técnicas que conferissem à fotografia um caráter mais próximo da pintura e do desenho. Esse movimento insere-se num contexto em que artistas e fotógrafos buscavam legitimar a prática fotográfica como um meio de expressão artística e não apenas um instrumento de reprodução objetiva da realidade.[5]

Origens e Contexto Histórico

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O pictorialismo emergiu em um contexto de transformações tecnológicas e sociais. No final do século XIX, o avanço das técnicas de impressão e o desenvolvimento de câmeras portáteis popularizaram a fotografia, democratizando o acesso a essa tecnologia e permitindo que a fotografia se tornasse um meio de expressão pessoal. Paralelamente, os artistas começaram a explorar o potencial estético da fotografia, vendo-a como um meio capaz de expressar emoções e ideias, semelhante à pintura ou à escultura. Este período também foi marcado pela ascensão de movimentos artísticos como o Simbolismo, o Impressionismo e a Art Nouveau, que influenciaram a estética dos fotógrafos pictorialistas.[6][7]

O surgimento do pictorialismo foi diretamente influenciado pelo debate sobre a legitimidade da fotografia como forma de arte, em contraste com sua crescente aplicação como meio científico e documental.[8][9] Desde sua invenção em 1839, a fotografia rapidamente se tornou uma ferramenta técnica, utilizada para documentar, catalogar e capturar detalhes com precisão mecânica. Embora a capacidade de replicar imagens do mundo com fidelidade fosse revolucionária, o status artístico da fotografia era questionado pela crítica, que a considerava um produto puramente mecânico e desprovido da intervenção criativa necessária à arte. Foi nesse contexto que o pictorialismo emergiu como uma resposta direta, valorizando a intervenção pessoal do fotógrafo, o que permitia à fotografia transcender sua função documental.[10][11][12]

O pictorialismo como movimento prosperou de 1885 a 1915, embora ainda fosse promovido por alguns até a década de 1940 e gradualmente declinou em popularidade após 1920, embora não tenha perdido a popularidade até o fim da Segunda Guerra Mundial. Durante esse período, o novo estilo de modernismo fotográfico entrou em voga, e o interesse do público mudou para imagens mais nitidamente focadas, como as vistas no trabalho de Ansel Adams.[13] Vários fotógrafos importantes do século XX começaram suas carreiras em um estilo pictorialista, mas fizeram a transição para a fotografia nitidamente focada na década de 1930.[14]

A fotografia como um processo técnico envolvendo o desenvolvimento de filmes e impressões em uma câmara escura se originou no início do século XIX, com os precursores das impressões fotográficas tradicionais ganhando destaque por volta de 1838 a 1840. Pouco depois que o novo meio foi estabelecido, fotógrafos, pintores e outros começaram a discutir sobre a relação entre os aspectos científicos e artísticos do meio. Já em 1853, o pintor inglês William John Newton propôs que a câmera poderia produzir resultados artísticos se o fotógrafo mantivesse uma imagem ligeiramente fora de foco.[15] Outros acreditavam veementemente que uma fotografia era equivalente ao registro visual de um experimento químico. A historiadora da fotografia Naomi Rosenblum aponta que "o caráter dual do meio — sua capacidade de produzir arte e documento — [foi] demonstrado logo após sua descoberta ... No entanto, boa parte do século XIX foi gasta debatendo qual dessas direções era a verdadeira função do meio."[16]

Esses debates atingiram seu pico durante o final do século XIX e início do século XX, culminando na criação de um movimento que geralmente é caracterizado como um estilo particular de fotografia: o pictorialismo. Esse estilo é definido primeiro por uma expressão distintamente pessoal que enfatiza a capacidade da fotografia de criar beleza visual em vez de simplesmente registrar fatos.[17] No entanto, recentemente os historiadores reconheceram que o pictorialismo é mais do que apenas um estilo visual. Ele evoluiu em contexto direto com as atitudes sociais e culturais em mudança da época e, como tal, não deve ser caracterizado simplesmente como uma tendência visual. Um escritor observou que o pictorialismo era "simultaneamente um movimento, uma filosofia, uma estética e um estilo."[18]

Ao contrário do que algumas histórias da fotografia retratam, o pictorialismo não surgiu como resultado de uma evolução linear de sensibilidades artísticas; em vez disso, foi formado por meio de "uma intrincada, divergente e muitas vezes apaixonadamente conflitante barragem de estratégias".[19] Enquanto fotógrafos e outros debatiam se a fotografia poderia ser arte, o advento da fotografia afetou diretamente os papéis e meios de subsistência de muitos artistas tradicionais. Antes do desenvolvimento da fotografia, um retrato em miniatura pintado era o meio mais comum de registrar a semelhança de uma pessoa. Milhares de pintores estavam envolvidos nessa forma de arte. Mas a fotografia rapidamente negou a necessidade e o interesse em retratos em miniatura. Um exemplo desse efeito foi visto na exposição anual da Royal Academy em Londres; em 1830, mais de 300 pinturas em miniatura foram exibidas, mas em 1870 apenas 33 estavam em exibição.[20] A fotografia havia assumido o lugar de um tipo de forma de arte, mas a questão de se a fotografia em si poderia ser artística não havia sido resolvida.

Alguns pintores logo adotaram a fotografia como uma ferramenta para ajudá-los a registrar a pose de uma modelo, uma cena de paisagem ou outros elementos para incluir em sua arte. Sabe-se que muitos dos grandes pintores do século XIX, incluindo Delacroix, Courbet, Manet, Degas, Cézanne e Gauguin, tiraram fotos eles mesmos, usaram fotos de outros e incorporaram imagens de fotos em seus trabalhos. Enquanto debates acalorados sobre a relação entre fotografia e arte continuavam na imprensa e em salas de aula, a distinção entre uma imagem fotográfica e uma pintura tornou-se cada vez mais difícil de discernir. À medida que a fotografia continuou a se desenvolver, as interações entre pintura e fotografia tornaram-se cada vez mais recíprocas. Mais do que alguns fotógrafos pictóricos, incluindo Alvin Langdon Coburn, Edward Steichen, Gertrude Käsebier, Oscar Gustave Rejlander e Sarah Choate Sears, foram originalmente treinados como pintores ou começaram a pintar além de suas habilidades fotográficas.[21][22]

Foi durante esse mesmo período que culturas e sociedades ao redor do mundo estavam sendo afetadas por um rápido aumento nas viagens e comércio intercontinentais. Livros e revistas publicados em um continente podiam ser exportados e vendidos em outro com facilidade crescente, e o desenvolvimento de serviços de correio confiáveis ​​facilitou trocas individuais de ideias, técnicas e, mais importante para a fotografia, impressões reais. Esses desenvolvimentos levaram o pictorialismo a ser "um movimento mais internacional na fotografia do que quase qualquer outro gênero fotográfico". Clubes de fotografia nos EUA, Inglaterra, França, Alemanha, Áustria, Japão e outros países emprestavam regularmente obras para as exposições uns dos outros, trocavam informações técnicas e publicavam ensaios e comentários críticos nos diários uns dos outros. Liderados pelo The Linked Ring na Inglaterra, o Photo-Secession nos EUA e o Photo-Club de Paris na França, primeiro centenas e depois milhares de fotógrafos perseguiram apaixonadamente interesses comuns neste movimento multidimensional. No espaço de pouco mais de uma década, fotógrafos pictóricos notáveis ​​foram encontrados na Europa Ocidental e Oriental, América do Norte, Ásia e Austrália.[23][24][25][26][27][28][29][30]

O impacto das câmeras Kodak

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Durante os primeiros quarenta anos após a invenção de um processo prático de captura e reprodução de imagens, a fotografia permaneceu como domínio de um grupo altamente dedicado de indivíduos que tinham conhecimento especializado e habilidades em ciência, mecânica e arte. Para fazer uma fotografia, uma pessoa tinha que aprender muito sobre química, óptica, luz, a mecânica das câmeras e como esses fatores se combinam para renderizar adequadamente uma cena. Não era algo que se aprendia facilmente ou se envolvia levianamente e, como tal, era limitado a um grupo relativamente pequeno de acadêmicos, cientistas e fotógrafos profissionais.[31]

Anúncio da câmera Kodak, 1888 – "Qualquer um pode usar isto. Nenhum conhecimento de fotografia é necessário."

Tudo isso mudou em um período de poucos anos. Em 1888, George Eastman introduziu a primeira câmera amadora portátil, a câmera Kodak.[32] Ela foi comercializada com o slogan "Você aperta o botão, nós fazemos o resto."[33] A câmera era pré-carregada com um rolo de filme que produzia cerca de 100 exposições de fotos redondas de 2,5", e podia ser facilmente transportada e segurada na mão durante sua operação. Depois que todas as fotos no filme eram expostas, a câmera inteira era devolvida à empresa Kodak em Rochester (Nova Iorque), onde o filme era revelado, as cópias eram feitas e um novo filme fotográfico era colocado dentro. Então a câmera e as cópias eram devolvidas ao cliente, que estava pronto para tirar mais fotos.[34][35][36]

O impacto dessa mudança foi enorme. De repente, quase qualquer um podia tirar uma fotografia, e em poucos anos a fotografia se tornou uma das maiores modas do mundo. O colecionador de fotografia Michael G. Wilson observou "Milhares de fotógrafos comerciais e cem vezes mais amadores estavam produzindo milhões de fotografias anualmente... O declínio na qualidade do trabalho profissional e o dilúvio de instantâneos (um termo emprestado da caça, que significa tirar uma foto rápida sem perder tempo mirando) resultou em um mundo inundado de fotografias tecnicamente boas, mas esteticamente indiferentes."[37]

Simultaneamente a essa mudança, houve o desenvolvimento de empresas comerciais nacionais e internacionais para atender à nova demanda por câmeras, filmes e impressões. Na Exposição Universal de 1893 em Chicago, que atraiu mais de 27 milhões de pessoas, a fotografia para amadores foi comercializada em uma escala sem precedentes. Havia várias grandes exibições exibindo fotografias de todo o mundo, muitos fabricantes de equipamentos de câmeras e câmaras escuras exibindo e vendendo seus produtos mais recentes, dezenas de estúdios de retratos e até mesmo documentação no local da própria Exposição. De repente, a fotografia e os fotógrafos eram mercadorias domésticas.[38]

Características Estéticas

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As fotografias pictorialistas eram marcadas por efeitos suaves, desfoques, texturas e manipulação dos tons. Essas imagens geralmente evitavam o foco nítido e direto e usavam técnicas como a impressão em papel de platina, processos de impressão manual e o uso de lentes especiais para criar uma aparência etérea. As cenas retratadas frequentemente incluíam temas simbólicos e subjetivos, como paisagens tranquilas, figuras femininas em poses clássicas, cenas bucólicas e referências mitológicas ou poéticas.[39][40]

Os pictorialistas também experimentavam com processos como a goma bicromatada, o fotogravado e o carvão, que permitiam manipular a textura e a cor das imagens. Esses processos davam à fotografia uma qualidade artesanal, subvertendo a ideia de que a fotografia era puramente mecânica. Com isso, os pictorialistas buscavam criar obras únicas, conferindo a cada imagem uma característica pessoal e intransferível, que aproximava a fotografia da tradição da pintura.[41][42][43][44][45]


Referências

  1. Newhall, Beaumont. The History of Photography: From 1839 to the Present. Nova York: Museum of Modern Art, 1982
  2. Pictorialismo. Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 03 de novembro de 2024
  3. Scharf, Aaron. Art and Photography. Baltimore: Penguin Books, 1968
  4. Gauss, Ulrich Keller. The Story of Photography: From the Daguerreotype to the Age of Digital. Nova York: Abbeville Press, 2001
  5. Scharf, Aaron. Art and Photography. New York: Penguin Books, 1974
  6. Rosenblum, Naomi. A World History of Photography. Nova York: Abbeville Press, 2007
  7. Newhall, Beaumont. The History of Photography: From 1839 to the Present. Nova York: Museum of Modern Art, 1982
  8. Dixon, Sarah. Photography as Fine Art: The Pictorialist Movement. In: Journal of Photographic Arts, vol. 28, no. 2, 2005, pp. 65-83
  9. Scharf, Aaron. Art and Photography. Baltimore: Penguin Books, 1968
  10. Gauss, Ulrich Keller. The Story of Photography: From the Daguerreotype to the Age of Digital. Nova York: Abbeville Press, 2001
  11. Rosenblum, Naomi. A World History of Photography. Nova York: Abbeville Press, 2007
  12. Jeffrey, Ian. The Photography Book. Londres: Phaidon, 1997
  13. Alinder, Mary Street (1996). Ansel Adams: A Biography. Nova York: Henry Holt and Company. ISBN 978-0-8050-4116-3
  14. Newhall, Beaumont. The History of Photography: From 1839 to the Present. Nova York: Museum of Modern Art, 1982
  15. Doty, Robert M.; Newhall, Beaumont (1960). Photo-Secession: Photography as a Fine Art. George Eastman House Monograph. New York: The George Eastman House. OCLC 471770670. pg 11
  16. Johnson, Drew Heath (2001). Capturing Light: Masterpieces of California Photography, 1850-2000. Oakland: Oakland Museum of California. ISBN 978-0-393-04993-0. OCLC 44446663. pg 121
  17. McCarroll, Stacey; Sichel, Kim (2004). California Dreamin': Camera Clubs and the Pictorial Photography Tradition. Boston, Seattle: Boston University Art Gallery; Distributed by University of Washington Press. ISBN 978-1-881450-21-4. OCLC 54859732. pg. 17
  18. Nordström, Alison Devine; Wooters, David. "Crafting the Art of the Photograph". in Nordström & Padon 2008. p. 33
  19. Sternberger, Paul Spencer (2001). Between Amateur and Aesthete: The Legitimization of Photography as Art in America, 1880-1900. Albuquerque: University of New Mexico Press. ISBN 978-0-8263-2151-0. OCLC 44454549. pg XI
  20. Harker, Margaret F. (1979). The Linked Ring: The Secession Movement in Photography in Britain, 1892-1910. London: Heinemann. ISBN 978-0-434-31360-0. OCLC 6252833. pg 16
  21. Scharf, Aaron (1986). Art and Photography. New York: Penguin Books. ISBN 978-0-14-013132-1. OCLC 40383581
  22. Harker, Margaret F. (1979). The Linked Ring: The Secession Movement in Photography in Britain, 1892-1910. London: Heinemann. ISBN 978-0-434-31360-0. OCLC 6252833
  23. McCarroll, Stacey; Sichel, Kim (2004). California Dreamin': Camera Clubs and the Pictorial Photography Tradition. Boston, Seattle: Boston University Art Gallery; Distributed by University of Washington Press. ISBN 978-1-881450-21-4. OCLC 54859732
  24. Newhall, Beaumont. The History of Photography: From 1839 to the Present. New York: Museum of Modern Art, 1982
  25. Rosenblum, Naomi. A World History of Photography. New York: Abbeville Press, 2008
  26. Stieglitz, Alfred. Camera Work: A Photographic Quarterly. New York: Dover Publications, 1973
  27. Mora, Gilles. Photo Secession: The Golden Age of Pictorial Photography in America. New York: Aperture Foundation, 2002
  28. Gernsheim, Helmut, and Alison Gernsheim. The History of Photography from the Camera Obscura to the Beginning of the Modern Era. London: Thames & Hudson, 1986
  29. Marien, Mary Warner. Photography: A Cultural History. London: Laurence King Publishing, 2010
  30. Puyo, Constant, et al.. Le pictorialisme en photographie: Autour du Photo-Club de Paris. Paris: Musée d’Orsay, 1997
  31. Hirsch, Robert. Seizing the Light: A History of Photography. McGraw-Hill, 2000
  32. Ackerman, Carl W. George Eastman: Founder of Kodak and the Photography Business. Beard Books, 2000
  33. Wilson, Michael Gregg; Reed, Dennis (1994). Pictorialism in California: Photographs, 1900-1940. Malibu, CA, US: J. Paul Getty Museum. ISBN 978-0-89236-313-1. OCLC 30109023
  34. Wilson, Michael Gregg; Reed, Dennis (1994). Pictorialism in California: Photographs, 1900-1940. Malibu, CA, US: J. Paul Getty Museum. ISBN 978-0-89236-313-1. OCLC 30109023
  35. Hirsch, Robert. Seizing the Light: A History of Photography. McGraw-Hill, 2000
  36. Kodak Historical Collection. Kodak and the Lens of Nostalgia. University of Virginia Press, 2000
  37. Wilson, Michael Gregg; Reed, Dennis (1994). Pictorialism in California: Photographs, 1900-1940. Malibu, CA, US: J. Paul Getty Museum. ISBN 978-0-89236-313-1. OCLC 30109023. pg 1
  38. Brown, Julie K. (1994). Contesting Images: Photography and the World's Columbian Exposition. Tucson: University of Arizona Press. ISBN 978-0-8165-1382-6. OCLC 28147712. pg 24
  39. Newhall, Beaumont. The History of Photography: From 1839 to the Present. Nova York: Museum of Modern Art, 1982
  40. Rosenblum, Naomi. A World History of Photography. Nova York: Abbeville Press, 2007
  41. Pritchard, Michael. A History of Photography in 50 Cameras. Nova York: Bloomsbury Publishing, 2014
  42. Trachtenberg, Alan (org.). Classic Essays on Photography. New Haven: Leete’s Island Books, 1980
  43. Newhall, Beaumont. The History of Photography: From 1839 to the Present. Nova York: Museum of Modern Art, 1982
  44. Baldwin, Gordon. Looking at Photographs: A Guide to Technical Terms. Los Angeles: Getty Museum, 1991
  45. Hambourg, Maria Morris. The Waking Dream: Photography's First Century, Selections from the Gilman Paper Company Collection. New York: Metropolitan Museum of Art, 1993