Abelha africanizada
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Abelha-africanizada | |||||||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||||||
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Nome trinomial | |||||||||||||||||||||
A. m. scutellata x A. m. ligustica x A. m. mellifera x A. m. carnica |
As abelhas africanizadas são poliíbridos resultantes dos cruzamentos entre as abelhas-africanas Apis mellifera scutellata , anteriormente classificadas como Apis mellifera adansonii (Latreille, 1804), e as raças européias Apis mellifera mellifera (Linnaeus, 1758), Apis mellifera ligustica (Spinola, 1806), Apis mellifera carnica (Pollmann, 1879), Apis mellifera caucasica (Gorbachev, 1916)], que foram introduzidas na América antes da chegada das africanas em 1956, predominando, nestes poliíbridos, as características morfológicas e comportamentais das africanas[1].
Manejo
Atualmente muitos apicultores preferem as abelhas africanas por serem consideradas mais resistentes às pragas, pois sua morfologia dificultaria a fixação da praga da varroa por exemplo. Alguns estudos apontam para a resistência das africanas a certas doenças mas não são conclusivos, e não está comprovado que esta resistência justifique a agressividade do plantel.
As africanizadas são indicadas para a produção de mel e própolis, por serem mais propolizadoras: o que antes era visto como desvantagem passou a interessar, pelo aumento do mercado da própolis. Porém, as melhores produtoras de própolis ainda são as abelhas caucasianas, que têm melhor desempenho na coleta de matéria prima de muito melhor qualidade.
A abelha africana ou africanizada em si não impede os trabalhos apícolas, mas os coloca em um patamar de manejo mais difícil e proibitivo para o pequeno investidor ou para aquele que não dispõe de mão de obra especializada. A apicultura com africanas, dada a agressividade dessas abelhas, não pode subsistir como atividade não profissional, pois os riscos e dificuldades de manejo são incompatíveis com a apicultura de lazer.
Alguns argumentam que todas as espécies de abelhas - africanas, africanizadas ou europeias - são igualmente afetadas pelas mesmas enfermidades, e que, quando os estudos e observações de pesquisadores afirmam resistência das africanas o fazem porque, em geral, observam apenas a existência (ou não) de atividade nas colmeias, pois não é possível fazer uma inspeção minuciosa em todo o apiário. Quando o apicultor de europeias relata um caso de alguma doença nas abelhas, é porque ele pode vistoriar minuciosamente a totalidade de suas colônias e antecipar os tratamentos. Alguns apicultores mantêm suas abelhas "europeizadas", já que a relação custo-beneficio é compensadora, principalmente pela mansidão das mesmas.[2]
Outros, consideram que a abelha africanizada se adapta melhor ao ambiente tropical do que a europeia, além de ser melhor produtora de mel e também relativamente resistente a pragas e doenças.[3] Atualmente, qualquer rainha europeia importada , já fecundada por zangões europeus, virá a ser substituída por uma de suas filhas, que, em 90% dos casos, será fecundada por zangões africanizados.
Alarmismo
Nos anos 1970 houve um alarmismo diante da proliferação das abelhas africanas. As africanas ficaram conhecidas como "abelhas assassinas" e protagonizaram filmes sensacionalistas de Hollywood. Até hoje o termo killer-bee é usado neste sentido.[carece de fontes]
O alarmismo tem sua razão de ser, pela agressividade apresentada pelas abelhas-africanas puras, e mesmo os seus cruzamentos, hoje rotulados de africanizados, também apresentam certo grau de agressividade, o que reduz drasticamente as capacidades humanas nas tarefas de manejo, exigindo mão de obra especializada e equipamento de segurança individual. Todo apiário composto por raças de abelhas africanas ou africanizadas deve ter suas instalações sinalizadas e afastadas de qualquer residência, bem como de transeuntes, estradas ou alojamentos de animais.[carece de fontes]
Os esforços empreendidos desde 1980, por algumas entidades, no sentido de restabelecer a apicultura, sem as abelhas africanas, ainda não tiveram êxito, uma vez que as africanizadas são mais produtivas.[carece de fontes]
Ligações externas
- «Abelhas Africanizadas - UFV»
- «Embrapa Meio-Norte Sistema de Produção, 3 ISSN 1678-8818 Versão Eletrônica Jul/2003»
- «Criadero Apícola Los Alamos (página em espanhol)»
Referências
- ↑ Abelhas Africanizadas - UFV
- ↑ Suspected African Honeybee Colonies in Florida Tested for Identifying DNA Markers, por H. Glenn Hall. The Florida Entomologist, vol. 75, n° 2, junho de 1992, pp. 257-266. Florida Entomological Society.
- ↑ Embrapa Meio-Norte Sistema de Produção, 3 ISSN 1678-8818 Versão Eletrônica Jul/2003