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Fight Club

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Este artigo é sobre o filme. Para o livro que lhe deu origem, veja Fight Club (romance). Para o videogame, veja Fight Club (jogo eletrônico).
Fight Club
Clube de Combate[1] (PRT)
Clube da Luta[2] (BRA)
Fight Club
Pôster promocional
 Estados Unidos
1999 •  cor •  139 min 
Direção David Fincher
Produção Art Linson
Ceán Chaffin
Ross Grayson Bell
Produção executiva Arnon Milchan
Roteiro Jim Uhls
Baseado em Fight Club, de Chuck Palahniuk
Elenco Brad Pitt
Edward Norton
Helena Bonham Carter
Meat Loaf
Jared Leto
Música Dust Brothers
Diretor de fotografia Jeff Cronenweth
Direção de arte Chris Gorak
Figurino Michael Kaplan
Edição James Haygood
Companhia(s) produtora(s) Regency Enterprises
Distribuição 20th Century Fox
Lançamento Estados Unidos 15 de outubro de 1999[3]
Brasil 29 de outubro de 1999[2]
Idioma inglês
Orçamento US$ 63 milhões[4]
Receita US$ 101 milhões[4]

Fight Club (bra: Clube da Luta; prt: Clube de Combate) é um filme norte-americano de 1999 dirigido por David Fincher. É baseado no romance homônimo de Chuck Palahniuk, publicado em 1996. O filme é protagonizado por Brad Pitt, Edward Norton e Helena Bonham Carter. Norton representa o protagonista anônimo, um "homem comum" que está descontente com o seu trabalho de classe média na sociedade americana. Ele forma um "clube de combate" com o vendedor de sabonetes Tyler Durden, representado por Brad Pitt, e se envolve com uma mulher dissoluta, Marla Singer, representada por Helena Bonham Carter.[5]

Os direitos do romance de Palahniuk foram adquiridos pela produtora da 20th Century Fox Laura Ziskin, que contratou Jim Uhls para escrever a adaptação do filme. Fincher foi um de quatro directores considerados; foi eventualmente contratado devido ao seu entusiasmo pelo filme. Fincher desenvolveu o roteiro com Uhls e procurou conselhos de escrita do elenco de outros na indústria cinematográfica. O director e o elenco o compararam aos filmes Rebel Without a Cause e The Graduate. A intenção de Fincher com a violência de Fight Club foi a de servir como metáfora ao conflito entre uma geração de pessoas jovens e o sistema de valores da publicidade. O realizador copiou o tom homoerótico do romance de Palahniuk para manter a audiência desconfortável e desviar a atenção da surpresa do final do enredo.

Executivos do estúdio de cinema não gostaram do filme, e reestruturaram a campanha de marketing intencionada por Fincher para reduzir as perdas antecipadas. Fight Club não atingiu as expectativas do estúdio nas bilheteiras, e recebeu reacções polarizadas dos críticos, que elogiaram suas atuações, direção, temas e ambiguidade moral, mas criticaram sua violência. O jornal The Guardian viu-o como um prenúncio de mudança da vida política americana, e descreveu o seu estilo visual como inovador. O filme tornou-se mais tarde um sucesso comercial com o lançamento do DVD, que estabeleceu Fight Club como um filme cult e é considerado um dos maiores e mais influentes filmes de todos os tempos.

Em 2013, Chuck Palahniuk anunciou, durante a edição da ComicCon de São Diego, uma continuação em Graphic Novel de seu romance, a continuação em Graphic Novel, foi lançada em maio de 2015, intitulada Fight Club 2. Contudo, até o momento, não há nenhum rumor acerca de uma versão cinematográfica.

Enredo

O narrador (Edward Norton) é um empregado de uma companhia de seguros, e sofre de insônia. O médico recusa-se a dar-lhe medicação e aconselha-o a visitar um grupo de apoio para testemunhar sofrimentos mais graves. O narrador assiste às sessões de um grupo de apoio para vítimas de cancro testicular e, fazendo-se passar por vítima de cancro, encontra uma libertação emocional que alivia a sua insônia. Ele torna-se viciado em ir a grupos de apoio e em fingir ser uma vítima, mas a presença de outro impostor, Marla Singer (Helena Bonham Carter), perturba-o, e então ele negocia com ela para evitar o encontro com os mesmos grupos.

Depois de voar para casa após uma viagem de negócios, o narrador encontra o seu apartamento destruído por uma explosão. Ele liga a Tyler Durden (Brad Pitt), um vendedor de sabão que conheceu no voo, e eles encontram-se num bar. Uma conversa sobre consumismo acaba com Tyler a convidar o narrador para ficar em sua casa e, depois disso, ele pede ao narrador para lhe dar um soco. Os dois envolvem-se numa luta fora do bar, com o narrador, posteriormente, a mudar-se para a casa em ruínas de Tyler. Eles têm outras lutas fora do bar, e estas atraem uma multidão de homens. Os combates mudam-se para a cave do bar, onde os homens formam um clube de combate.

Marla tem uma overdose de pílulas e telefona ao narrador para ele a ajudar. E ele ignora-a, mas Tyler responde à chamada e salva-a. Tyler e Marla envolvem-se sexualmente, e Tyler avisa para o narrador nunca falar com Marla sobre ele. Mais clubes da luta formam-se em todo o país, e eles tornam-se numa organização anti-materialista e anti-capitalista denominada "Project Mayhem", sob a liderança de Tyler. O narrador queixa-se a Tyler querendo estar mais envolvido na organização, mas Tyler desaparece repentinamente. Quando um membro do Project Mayhem morre, o narrador tenta encerrar o projecto, e segue pistas das viagens pelo país que Tyler fez para localizá-lo. Numa cidade, um membro do projecto cumprimenta o narrador como Tyler Durden. O narrador chama Marla do seu quarto de hotel e descobre que Marla também acha que ele é Tyler. De repente, ele vê Tyler Durden em seu quarto, e Tyler explica que eles são personalidades dissociadas dentro do mesmo corpo. Tyler controla o corpo do narrador quando o narrador está a dormir.

O narrador desmaia depois da conversa. Quando acorda, descobre pelos registos do seu telefone que Tyler fez chamadas enquanto ele estava "desmaiado". Ele descobre os planos de Tyler para apagar a dívida com a destruição de edifícios que contêm registos de empresas de cartão de crédito. O narrador tenta entrar em contacto com a polícia, mas descobre que os polícias fazem parte do projeto. Ele tenta desarmar os explosivos em um dos prédios, mas Tyler subjuga-o e muda-se para um prédio seguro para assistir à destruição. O narrador, mantido por Tyler sob a mira de uma arma, percebe que uma vez que partilha o mesmo corpo com Tyler, ele é que está na verdade a segurar a arma. Ele dispara para dentro da sua boca, acertando através do rosto, sem se matar. Tyler cai com um ferimento de saída para a parte traseira de sua cabeça, e o narrador deixa de o projetar mentalmente. Depois disso, os membros do Project Mayhem trazem a Marla que entretanto tinha sido raptada a ele, acreditando ser ele Tyler, e deixam-nos sozinhos. Os explosivos detonam, desmoronando os edifícios, e o narrador e Marla assistem à cena, de mãos dadas.

Elenco

Temas

"Nós estamos destinados a ser os caçadores e nós estamos em uma sociedade de compras. Não há nada mais para matar, não há nada para lutar, nada para vencer, nada para explorar. Nesse emasculação social deste homem comum [o narrador] é criado ."

David Fincher[7]

Fincher chama a Fight Club um filme sobre emancipação, tal como o filme de 1967 A primeira noite mas para pessoas nos seus 30 anos. Fincher descreveu o narrador como um "homem comum"[7]; a personagem é identificada no guião como "Jack", mas permanece sem nome durante o filme.[8] Fincher delineou a história passada do narrador: "Ele tentou fazer tudo o que lhe ensinaram, tentou adaptar-se ao mundo tornando-se no que não é."[nota 1] O narrador não consegue encontrar a felicidade, por isso percorre o caminho da iluminação pelo qual ele tem de "matar" os seus pais, o seu deus e o seu professor. No início do filme, ele já tinha matado os seus pais. Com Tyler Durden, ele mata o seu deus ao fazer coisas que não era suposto fazer. Para completar o processo de amadurecimento, o narrador tem de matar o seu professor, Tyler Durden[9]

A personagem é uma inversão da década de 1990 do arquétipo de A primeira noite: "alguém que não tem um mundo de escolhas à sua frente, que não tem nenhuma escolha possível, literalmente não imagina nenhuma maneira de mudar a sua vida". Eles está confuso e enraivecido, por isso responde ao seu ambiente criando Tyler Durden, Übermensch(Além do homem), Nietzschiano, na sua mente. Enquanto que Tyler é a pessoa que o narrador gostaria de ser, ele não tem empatia e não ajuda o narrador a enfrentar decisões na sua vida que "sejam complicadas ou que tenham implicações morais e éticas". Fincher explicou que "[Tyler] pode lidar com os conceitos das nossas vidas num modo idealista, mas não tem nada a ver com os compromissos da vida real tal como o homem moderno os conhece. O que se traduz em: Você não é necessário para grande parte das coisas que se passam. Está construído, só precisa de funcionar agora."[nota 2][7] Enquanto que o estúdio estava preocupado que o Clube da Luta fosse "sinistro e sedicioso", Fincher procurou tornar o filme "divertido e sedicioso" incorporando humor para temperar o elemento sinistro.[8]

Uhls descreveu o filme como uma "comédia romântica", explicando, "Tem a ver com as atitudes das personagens para com uma relação saudável, que consiste em muito comportamento que parece pouco saudável e brusco um com o outro, mas de facto funciona com eles-porque ambas as personagens estão no limite psicologicamente."[10] O narrador procura intimidade, mas evita Marla Singer, vendo demasiado dele nela.[11] Enquanto que Marla é sedutora para o narrador, ele prefere abraçar a novidade e excitamento que advém da sua amizade com Tyler Durdan. O narrador está confortável por estar pessoalmente ligado a Tyler Durden, mas fica ciumento quando Tyler se torna sexualmente envolvido com Marla. Quando o narrador discute com Tyler acerca da sua amizade, Tyler diz-lhe que serem amigos é secundário à perseguição da filosofia que estavam a explorar.[12] Tyler também sugere fazer algo em relação a Marla, implicando que ela é um risco a ser removido. Quando Tyler diz isto, o narrador percebe que os seus desejos deviam ter estado focados em Marla e começa a divergir do caminho de Tyler.[11]

"Decidimos bem cedo que eu começaria a passar fome à medida que o filme corria, enquanto que [o Brad Pitt] levantaria [pesos] e iria para salões de bronzeamento; ele tornaria-se cada vez mais idealizado enquanto eu me desmoronaria."

Edward Norton[13]

O narrador não-confiável não se apercebe imediatamente que Tyler Durden originou-se nele mesmo e que é projectado mentalmente.[14] Ele também promove por erroneamente o clube de combate como uma forma de se sentir poderoso,[15] apesar da condição física do narrador piorar enquanto a aparência física de Tyler Durdan melhora. Enquanto que Tyler deseja "experiências reais" de lutar a sério como o narrador a princípio,[16] ele manifesta uma atitude niilista de rejeitar e destruir instituições e sistema de valores.[17] A sua natureza impulsiva, representando o id,[11] transmite uma atitude que é sedutora e liberadora para o narrador e para os membros do Project Mayhem. As iniciativas e métodos de Tyler tornam-se desumanizantes;[17] ele manda nos membros do Project Mayhem com um megafone semelhante a um director de campo de reedcação chinês.[11] O narrador distancia-se de Tyler e, no fim, chega a uma posição de compromisso entre os seu dois "eu".[12]

Edward Norton disse, "Sinto que Fight Club na verdade, em certa forma... sondou o desespero e parálise que as pessoas sentiam em face a terem herdado este sistema de valores da publicidade[16] Brad Pitt disse, "Fight Club é uma metáfora para a necessidade de abater as muralhas que colocamos à nossa volta e simplesmente arriscar, para que pela primeira vez possamos experimentar dor. [nota 3][18] Fight Club também tem paralelo no filme de 1955 Fúria de viver; ambos lidam com as frustrações de pessoas que vivem no sistema.[16] As personagens, tendo passado por uma emasculação social, são reduzidos a "uma geração de espectadores".[19] A cultura da publicidade define os "sinais exteriores de felicidade" da sociedade, causando uma busca desnecessária por bens materiais que substituam a procura mais essencial pela felicidade espiritual. O filme referencia Calvin Klein, IKEA e o Volkswagen New Beetle. Norton disse do Beetle, "Nós destruímo-lo... porque parecia um exemplo clássico de um plano de marketing da geração Baby Boomer que vendia-nos cultura"[nota 4][20] A sua personagem também anda pelo seu apartamento enquanto que efeitos visuais identificam as suas muitas possessões do IKEA. Fincher descreve a imersão do narrador, "Era apenas a ideia de viver nesta ideia fraudulenta de felicidade."[nota 5][21] Pitt explicou a dissonância, "Penso que há um mecanismo de auto-defesa que afasta a minha geração de ter qualquer conexão ou compromisso honesto e real com os nossos sentimentos verdadeiros. Estamos a torcer por equipas da bola, mas não estamos a entrar em campo para jogar. Estamos tão preocupados com falhanços e sucessos - como se estas duas coisas fossem tudo o que te irão resumir no final"[nota 6][18]

A violência dos clubes de combate serve não para promover ou glorificar o combate físico, mas para os participantes experimentarem sentimentos numa sociedade que está de outra forma dormente.[22] As lutas representam a resistência ao impulso de estar "encapsulado" na sociedade[19] Norton acreditava que a luta entre os homens retirava o "medo da dor" e "a necessidade de contar com significadores físicos do seu próprio valor", permitindo que eles experimentassem algo valioso.[16] Quando as lutas evoluem para violência revolucionária, o filme aceita apenas por metade a dialética revolutionária de Tyler Durden; o narrador retira-se e rejeita as ideias de Durden[12] Fight Club propositadamente forma uma mensagem ambígua, a interpretação da qual é deixada ao público.[17] Fincher elaborou, "Adoro esta ideia que podemos ter fascismo sem oferecer nenhuma direcção ou solução. Não é o objectivo do fascismo dizer, 'É por aqui que devíamos ir'? Mas este filme não podia estar mais longe de oferecer qualquer tipo de solução."[nota 7][8]

Recepção

Fight Club tem aclamação por parte da crítica especializada. Com o Tomatometer de 81% em base de 159 críticas, o Rotten Tomatoes chegou ao consenso: "Atuação sólida, direção incrível e desenho de produção elaborada faz de Fight Club um passeio selvagem". Por parte da audiência do site tem 96% de aprovação.[23]

Prémios e nomeações

Ver também

Notas

  1. "He's tried to do everything he was taught to do, tried to fit into the world by becoming the thing he isn't."
  2. "[Tyler] can deal with the concepts of our lives in an idealistic fashion, but it doesn't have anything to do with the compromises of real life as modern man knows it. Which is: You're not really necessary to a lot of what's going on. It's built, it just needs to run now."
  3. "Fight Club is a metaphor for the need to push through the walls we put around ourselves and just go for it, so for the first time we can experience the pain."
  4. "We smash it ... because it seemed like the classic example of a Baby Boomer generation marketing plan that sold culture back to us."
  5. "It was just the idea of living in this fraudulent idea of happiness."
  6. "I think there's a self-defense mechanism that keeps my generation from having any real honest connection or commitment with our true feelings. We're rooting for ball teams, but we're not getting in there to play. We're so concerned with failure and success—like these two things are all that's going to sum you up at the end."
  7. "I love this idea that you can have fascism without offering any direction or solution. Isn't the point of fascism to say, 'This is the way we should be going'? But this movie couldn't be further from offering any kind of solution."

Referências

  1. «Clube de Combate». no CineCartaz (Portugal) 
  2. a b MENEZES, Thales de (29 de outubro de 1999). «"Clube da Luta" bate forte e acerta na alma». São Paulo: Folha de S.Paulo, caderno Ilustrada. Consultado em 4 de março de 2018 
  3. «FILM REVIEW; Such a Very Long Way From Duvets to Danger». The New York Times. 15 de outubro de 1999. Consultado em 4 de março de 2018 
  4. a b «Fight Club». Box Office Mojo. Consultado em 27 de maio de 2013 
  5. «Confira 10 curiosidades de bastidores e gravações de filmes clássicos». BOL Listas. 12 de setembro de 2018 
  6. «Clube da Luta (Fight Club) - 1999 - InterFilmes.com». Consultado em 11 de janeiro de 2014 
  7. a b c Smith 1999, p. 64
  8. a b c «100 DVDs You Must Own». Empire. 31 páginas. 2003 
  9. Smith 1999, p. 60
  10. Sragow, Michael (14 de outubro de 1999). «Testosterama». Salon.com. Consultado em 2 de dezembro de 2007 
  11. a b c d Fight Club DVD commentary featuring David Fincher, Brad Pitt, Edward Norton and Helena Bonham Carter, [2000], 20th Century Fox.
  12. a b c Teasdall, Barbara (1999). «Edward Norton Fights His Way to the Top». Reel.com. Movie Gallery. Consultado em 24 de março de 2007. Cópia arquivada em 11 de outubro de 2007 
  13. Said, S.F. (19 de abril de 2003). «It's the thought that counts». The Daily Telegraph. Consultado em 30 de abril de 2008 
  14. Smith 1999, pp. 65
  15. O'Connor, Robby (8 de outubro de 1999). «Interview with Edward Norton». Yale Herald 
  16. a b c d Schaefer, Stephen (1999). «Brad Pitt & Edward Norton». MrShowbiz.com. ABC News Internet Ventures. Consultado em 26 de março de 2007. Cópia arquivada em 17 de abril de 2001 
  17. a b c Fuller, Graham; Eidelman, D; Thomson, JG (1999). «Fighting Talk». Interview. 24 (5): 1071–7. PMID 10509287. doi:10.1053/jhsu.1999.1281 
  18. a b «'Club' fighting for a respectful place in life». Post-Tribune. 15 de março de 2001 
  19. a b Hobson, Louis B. (10 de outubro de 1999). «Get ready to rumble». Calgary Sun 
  20. Slotek, Jim (10 de outubro de 1999). «Cruisin' for a bruisin'». Toronto Sun 
  21. Smith 1999, p. 67
  22. Moses, Michael (1999). «Fighting Words: An interview with Fight Club director David Fincher». DrDrew.com. Dr. Drew. Consultado em 13 de maio de 2009. Arquivado do original em 11 de dezembro de 2007 
  23. «Fight Club - Rotten Tomatoes» (em inglês). Consultado em 11 de janeiro de 2014 

Ligações externas

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