Manuel do Nascimento Vargas
Manuel do Nascimento Vargas | |
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Retrato de Manuel Vargas publicado na revista O Cruzeiro | |
Prefeito de São Borja | |
Período | 1907 a 1911 |
Antecessor(a) | Aparicio Mariense da Silva |
Sucessor(a) | Antônio Ferreira Sarmanho |
Dados pessoais | |
Alcunha(s) | Herói da guerra do Paraguai[1][2] |
Nascimento | 25 de novembro de 1844 Passo Fundo, Brasil |
Morte | 21 de outubro de 1943 (98 anos) Rio de Janeiro, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Cônjuge | Cândida Dornelles |
Partido | Partido Republicano Riograndense |
Serviço militar | |
Serviço/ramo | Exército Brasileiro |
Graduação | general de brigada |
Conflitos | Guerra do Paraguai Revolução Federalista |
Manuel do Nascimento Vargas (25 de novembro de 1844 – 21 de outubro de 1943) foi um militar e político brasileiro, mais conhecido como pai de Getúlio Vargas. Foi prefeito de São Borja entre 1907 e 1911.
Biografia
Vargas nasceu em 25 de Novembro de 1844 em Passo Fundo, na província do Rio Grande do Sul, Império do Brasil, filho de Luísa Maria Teresa Vargas, natural de Rio Pardo, e Evaristo José Vargas, de Encruzilhada.[3] Seu pai participou na Revolução Farroupilha como soldado voluntário da República Riograndense. Evaristo e Luísa tiveram 14 filhos.[4]
Durante a Guerra do Paraguai alistou-se no Exército Imperial, entrando com a patente de cabo, e ao fim do conflito, por ter servido com distinção, havia sido promovido à coronel e ganho reconhecimento como "herói". Após a guerra deixou o exército e estabeleceu-se como estancieiro em São Borja, e em 1872 casou-se com Cândida Dornelles, oriunda de uma família proeminente da região, com quem teve cinco filhos: Viriato, Protásio, Getúlio, Espártaco e Benjamim.[3][4] Por volta de 1884, Vargas já liderava o clube republicano de São Borja, sendo também o príncipal lider da campanha abolicionista na cidade.[5]
Com a proclamação da República em 1889, Manuel Vargas tornou-se líder do Partido Republicano Riograndense (PRR) em São Borja. Poucos anos depois, em 1893, teve início a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, uma guerra civil promovida por rebeldes federalistas ("maragatos") contra o governador do estado, Júlio de Castilhos.[4] Sendo partidário do governador do estado e do governo da República, Vargas participou na repressão da revolta.[4] Foi ferido na Batalha de Passo Fundo em julho de 1894.[6] Nesse período foi promovido à coronel pelo então presidente Floriano Peixoto, e por fim à general de brigada pelo sucessor Prudente de Moraes.[4]
Vargas adquiriu notoriedade militar e política com a vitória do PRR sobre a revolução, encerrada em 1895.[3] Foi nomeado intendente municipal (equivalente ao atual prefeito) de São Borja em 1907 pelo governador Borges de Medeiros, cargo que ocupou até 1911.[7]
Faleceu em 21 de outubro de 1943 no Palácio Guanabara, então residência oficial de seu filho Getúlio como presidente do Brasil, no Rio de Janeiro. Sua causa de óbito foi atribuída à broncopneumonia. No momento de sua morte, pouco mais de um mês antes de completar 99 anos, sofria de cegueira mas preservava a lucidez. Foi sepultado ao lado de sua esposa Cândida, em São Borja.[8]
Referências
- ↑ SILVA, Hélio (1964). O ciclo de Vargas. 2. [S.l.]: Civilização Brasileira. p. 113
- ↑ RIBEIRO, José Augusto (2001). A era Vargas. 1. [S.l.: s.n.] p. 25
- ↑ a b c SÊGA, Rafael Augustus (2016). «Getúlio Vargas e o Caudilhismo». Fronteiras: Revista de História. p. 313-315
- ↑ a b c d e Fundação Getúlio Vargas. VARGAS, Getúlio (PDF). [S.l.: s.n.] p. 1-2. Consultado em 28 Julho 2021
- ↑ MENDES, Fernanda Leite (2019). O mito da protetividade no Direito do Trabalho : a atuação das práticas neoliberais nas relações laborais (Tese). Universidade Federal do Paraná
- ↑ BARBOSA, Fidélis Dalcin (2013). História do Rio Grande do Sul. [S.l.: s.n.] p. 205
- ↑ DE SOUZA, A.; SIMONE SOUZA PIRES, L.; CRISTIANA PIMENTEL, T.; BERNARDINO COLVERO, R.; ROMÁRIO MONTEIRO PANIAGUA, E. (2020). PARENTELA, ELITISMO, CORONELISMO EM SÃO BORJA-RS: UMA PROSOPOGRAFIA DOS LÍDERES DO PRR (PARTIDO REPUBLICANO RIO GRANDENSE). Col: Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão. [S.l.]: Unipampa
- ↑ NETO, Lira (2013). Getúlio (1930-1945): Do governo provisório à ditadura do Estado Novo. [S.l.]: Editora Companhia das Letras