Arquipélago de Bismarck
O arquipélago de Bismarck é um grupo de ilhas situado ao largo da costa da Nova Guiné no Oceano Pacífico ocidental e sob soberania da Papua-Nova Guiné.
Geografia
[editar | editar código-fonte]O arquipélago de Bismarck é composto sobretudo por ilhas vulcânicas, dispersas por quatro províncias com uma área total de 49 700 km², sendo as ilhas maias importantes:
- Província de East Sepik (5)
- Província de Madang (8)
- Província de Manus (9)
- Ilhas do Almirantado, grupo de 18 ilhas, incluindo:
- Ilhas Ocidentais, com:
- Província de Morobe (11)
- Província da Nova Bretanha Ocidental (18)
- Nova Bretanha ou Niu Briten, ilha principal
- Ilhas Vitu
- Província da Nova Bretanha Oriental (4)
- Nova Bretanha ou Niu Briten, ilha principal
- Ilhas do Duque de Iorque
- Província da Nova Irlanda (12)
- Nova Irlanda ou Niu Ailan, ilha principal
- Ilha Dyaul
- Ilha Lihir
- Ilha Nova Hanôver ou Lavongai
- Ilhas de São Matias
- Ilhas Tabar
- Ilhas Feni
- Ilhas Tanga
História
[editar | editar código-fonte]A área foi baptizada em honra do chanceler alemão Otto von Bismarck.
Os primeiros habitantes do arquipélago terão chegado por mar, desde a actual Papua-Nova Guiné, há 33000 anos. Mais tarde chegaram outros povos como os lapitas.
O primeiro europeu a visitar estas ilhas terá sido o explorador neerlandês Willem Schouten em 1616.[1][2]
As ilhas permaneceram sem serem colonizadas por europeus até se terem tornado parte do protectorado alemão da Nova Guiné Alemã em 1884.
Em 13 de Março de 1888 ocorreu a erupção de um vulcão na ilha de Ritter, a qual produziu um grande tsunami. A quase totalidade do vulcão deslocou-se para o oceano restando uma pequena caldeira.
No início da manhã de 13 de Março de 1883, aproximadamente 5 km3 do vulcão da ilha de Ritter desmoronaram-se violentamente sobre o oceano a nordesre da Nova Guiné. Este evento, o maior colapso lateral de um vulcão registado em tempos históricos, originou um tsunami devastador com várias dezenas de metros de altura nas costas adjacentes. Colocados a várias centenas de quilómetros, observadores na Nova Guiné relataram ondas com períodos de três minutos e com alturas de até 8 metros, durante cerca de três horas. Estes relatos constituem a melhor informação em primeira disponível sobre tsunamis gerados por um grande colapso lateral de um vulcão.(...) Os detritos da ilha de Ritter caíram mais de 800 metros na vertical e moveram-se lentamente, em comparação com deslizamentos de terra que atingem águas mais profundas.(...)[3]
Após a eclosão da Primeira Guerra Mundial, as ilhas foram tomadas pelas forças armadas da Austrália em 1914, tendo sido atribuído a este país um mandato da Liga das Nações relativamente a estas ilhas. Permaneceram sob controlo australiano - interrompido apenas pela ocupação japonesa durante a Segunda Guerra Mundial - até à independência da Papua-Nova Guiné em 1975.
Referências
- ↑ Sigmond,J.P and Zuiderbann, L.H.(1976) Dutch Discoveries of Australia, Rigby, Australia. ISBN 07270 08005
- ↑ Spate, O.H.K. (1979) The Spanish Lake, Australian National University, Second Edition, 2004. ISBN 1920942 173
- ↑ Ward, Steven N.; Day, Simon (2003). «Ritter Island Volcano —lateral collapse and the tsunami of 1888». Oxford Academic. Geophysical Journal International. 154 (3): 891-902. doi:10.1046/j.1365-246X.2003.02016.x. Consultado em 17 de dezembro de 2007 [ligação inativa]
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- (em inglês) Sobre as províncias