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Rolfing

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Rolfing é uma forma de medicina alternativa criada por Ida Rolf (1896–1979) com a denominação Integração Estrutural.[1][2] Consiste geralmente numa série de dez sessões de manipulação física com as mãos denominada de "receita". Baseia-se nas ideias de Rolf sobre os benefícios do alinhamento do campo gravitacional da Terra com um suposto "campo de energia" do corpo humano.[3][4] Os praticantes combinam terapia manual superficial e profunda e estímulos de movimento.[5] O processo é por vezes doloroso.[6]

Rolfing – Integração Estrutural é um método que auxilia na fluência de movimento e equilíbrio por meio da liberação da fáscia pelo toque somado ao estímulo da percepção corporal e da coordenação do movimento. Fáscia é a estrutura em rede que permeia todos os ossos, músculos, nervos e órgãos, como se fosse uma grande teia dando unidade à estrutura corporal. Sua principal função é lubrificar os espaços internos, diminuindo a fricção entre as partes e facilitando nossos movimentos.[7]

O rolfista realiza toques com pressão específica capaz de abrir espaços entre a fáscia e outros tecidos conjuntivos. Assim, libera-se a rigidez existente entre segmentos corporais, o que gera maior flexibilidade, equilíbrio e bem-estar para o corpo. Aliado ao toque, é realizada uma reeducação funcional – Rolf Movimento – que permite a pessoa melhorar a consciência de seu alinhamento corporal e a eficiência de seus movimentos relacionando-os a um significado.

Há indícios científicos de que o Rolfing tem impactos positivos sobre pacientes que sofrem com fibromialgia. O estudo, que também investigou os efeitos da acupuntura, concluiu que "Houve melhora estatisticamente significativa nos pacientes dos três grupos em relação a todos os quesitos avaliados. [...] As duas técnicas foram benéficas tanto individual quanto associadamente, durante os três meses de acompanhamento." [8]

Referências

  1. Myers TW (2004). «Structural integration—developments in Ida Rolf's 'Recipe'—I». Journal of Bodywork and Movement Therapies. 8 (2): 131–142. ISSN 1360-8592. doi:10.1016/S1360-8592(03)00088-3 
  2. Sherman KJ, Dixon MW, Thompson D, Cherkin DC (2006). «Development of a taxonomy to describe massage treatments for musculoskeletal pain». BMC Complement Altern Med (Review). 6. 24 páginas. PMC 1544351Acessível livremente. PMID 16796753. doi:10.1186/1472-6882-6-24. Some massage styles with different names may be essentially the same (e.g., Structural Integration and Rolfing®) 
  3. Ida P. Rolf, Ph.D. (1 de novembro de 1990) [1978]. Rolfing and Physical Reality. [S.l.]: Inner Traditions / Bear & Co. p. 31. ISBN 978-1-62055-338-1. This is the gospel of Rolfing: When the body gets working appropriately, the force of gravity can flow through. Then, spontaneously, the body heals itself. 
  4. Carroll, Robert Todd (22 de janeiro de 2014). «Rolfing». The Skeptic's Dictionary Online ed. [S.l.: s.n.] ISBN 9780471272427. Consultado em 3 de março de 2014 
  5. Deutsch, Judith E. (2008). «The Ida Rolf Method of Structural Integration». In: Deutsch, Judith E. Complementary Therapies for Physical Therapy: A Clinical Decision-Making Approach. [S.l.]: Saunders. pp. 266–7. ISBN 0721601111 
  6. Russell J, Rovere A, eds. (2009). «Bodywork». American Cancer Society Complete Guide to Complementary and Alternative Cancer Therapies 2nd ed. [S.l.]: American Cancer Society. p. 170. ISBN 9780944235713 
  7. «O que é». Rolfing® Integração Estrutural - ABR - Associação Brasileira de Rolfing®. Consultado em 17 de junho de 2024 
  8. Stall, Paula; Hosomi, Jorge Kioshi; Faelli, Célia Yunes Portiolli; Pai, Hong Jin; Teixeira, Manoel Jacobsen; Marchiori, Paulo Eurípedes (2015-Jan-Mar). «Efeitos do método Rolfing® de integração estrutural e da acupuntura na fibromialgia». Revista Dor: 96–101. ISSN 1806-0013. doi:10.5935/1806-0013.20150019. Consultado em 17 de junho de 2024  Verifique data em: |data= (ajuda)