Conde de Torres Vedras
Conde de Torres Vedras | |
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Primeira Criação | |
Criação | |
Ordem | Grande do Reino |
Tipo | juro e herdade |
1º Titular | Manuel da Silva Coutinho |
Linhagem | Coutinho |
Actual Titular | Extinto (1583) |
Segunda Criação | |
Criação | |
Ordem | Grande do Reino |
Tipo | em vida |
1º Titular | D. Martim Soares de Alarcão |
Linhagem | Alarcão |
Actual Titular | Extinto (1618) |
Conde de Torres Vedras foi um título nobiliárquico português que teve duas criações.
Foi criado em 1580 pelo Rei D. António I de Portugal em favor de Manuel da Silva Coutinho, seu principal valido.
Em 1589 o título foi novamente criado por Filipe I de Portugal, II de Espanha, em favor de D. Martim Soares de Alarcão, alcaide-mor de Torres Vedras.
História
[editar | editar código-fonte]Título concedido por D. António I de Portugal a Manuel da Silva Coutinho, quando o alcaide-mor de Torres Vedras, D. Martim Soares de Alarcão, se mostrou hostil à sua causa e se juntou aos apoiantes de Filipe II de Espanha. Juntamente com o título, o Prior do Crato deu-lhe a casa do fidalgo rebelde, posse de que Manuel da Silva nunca chegou a fruir. Foi já feito conde que Manuel da Silva acompanhou o Prior do Crato na sua retirada para França. Foi como conde de Torres Vedras que Manuel da Silva Coutinho passou à História, tendo sido decapitado em Angra como conde Manuel da Silva.[1][2]
Por duas vezes, em 1580 e 1589, o alcaide-mor de Torres Vedras se opôs com sucesso às tropas do Prior do Crato. Por esses feitos foi criado Conde de Torres Vedras em 1589 por Filipe I de Portugal, II de Espanha.[3]
Após a aclamação de D. João IV de Portugal, o filho do 2.º conde e seu homónimo, D. João Soares de Alarcão, alistou-se no exército espanhol e, a 17 de Outubro de 1642, tendo a patente de capitão-general de cavalaria, entrou pela Província da Beira defrontando o exército português. O acto valeu-lhe, nesse mesmo ano de 1642, os títulos de 1.º Marquês de Turcifal e de 3.º Conde de Torres Vedras, concedidos por Filipe IV de Espanha já destronado da Coroa Portuguesa. Estes títulos nunca foram reconhecidos em Portugal, considerando-se o título condal extinto no Pariato Português com a morte do 2.º Conde em 1618.[4]
Conde de Torres Vedras, 1.ª criação (1580)
[editar | editar código-fonte]Titulares
[editar | editar código-fonte]- Manuel da Silva Coutinho, 1.º Conde de Torres Vedras
Armas
[editar | editar código-fonte]As dos Coutinhos.
Condes de Torres Vedras, 2.ª criação (1589)
[editar | editar código-fonte]Titulares
[editar | editar código-fonte]- D. Martim Soares de Alarcão, 1.º Conde de Torres Vedras
- D. João Soares de Alarcão, 2.º Conde de Torres Vedras
Armas
[editar | editar código-fonte]As de Alarcão.
Notas
- ↑ José Silvestre Ribeiro, "O Senhor D. António, Prior do Crato, na ilha Terceira" in Revista Universal Lisbonense, n.º 6, pp. 199-201.
- ↑ Jean-Frédéric Schaub, L'île aux mariés: Les Açores entre deux empires (1583-1642). Ed. Velázquez, Lisboa, 2014 (ISBN: 978-8415636571).
- ↑ António Caetano de Sousa, Historia genealogica da casa real portuguesa : desde a sua origem ..., livro VIII, pp. 328-329.
- ↑ David Martín Marcos, José María Iñurriteguie Pedro Cardim (2015). «Repensar a Identidade, página 57» (PDF)