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Esperanto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de História do esperanto)
 Nota: Para outros significados de esperanto, veja Esperanto (desambiguação).
Esperanto

Esperanto

Pronúncia:[espeˈranto]
Criado por: L. L. Zamenhof1887
Emprego e uso: Linguagem auxiliar internacional
Total de falantes: Nativos: 200 a 2 000 (1996)[1]
Falantes fluentes: est. 100 000 a 2 milhões
Falantes não fluentes: 10 milhões
Categoria (propósito): Língua artificial
 língua auxiliar
  Esperanto
Categoria (fontes): Línguas românicas e germânicas (vocabulário)
línguas eslavas (fonologia)
Escrita: Alfabeto latino (Alfabeto Esperanto)
Estatuto oficial
Língua oficial de: Língua oficial de determinadas organizações
Regulado por: Academia de Esperanto
Códigos de língua
ISO 639-1: eo
ISO 639-2: epo
ISO 639-3: epo
 
Número de membros de associações de Esperanto por País:
 
  1-49 membros
  50-99 membros
  100-499 membros
  500-1600 membros

O Esperanto é a língua planejada mais falada no mundo (Esperantujo, 120 países[2]). Ao contrário da maioria das outras línguas planejadas, o esperanto já saiu dos níveis de projeto (publicação de instruções) e semilíngua (uso em algumas poucas esferas da vida social).[3]

Seu iniciador, o médico Ludwik Lejzer Zamenhof, publicou a versão inicial do idioma em 1887 com a intenção de criar uma língua de mais fácil aprendizagem e que servisse como língua franca internacional para toda a população mundial (e não, como muitos supõem, para substituir todas as línguas existentes).

O esperanto é empregado em viagens, correspondência, intercâmbio cultural, convenções, literatura, ensino de línguas, televisão e transmissões de rádio e na atualidade principalmente na Internet. Alguns sistemas estatais de educação oferecem cursos opcionais de esperanto, e há evidências de que auxilia na aprendizagem dos demais idiomas.

Apesar da facilidade gramatical, o Esperanto enfrenta dificuldade de ser adotado como língua auxiliar universal.[4]

Esperanto flag
Esperanto flag
Tópico sobre Esperanto
Este artigo faz parte da série em desenvolvimento Esperanto
Gramática
Esperanto | Gramática | Alfabeto | Ortografia | Vocabulário | Correlativos | Preposições | Advérbios | Conjunções | Afixos | Pronomes | Signuno
História
História | Zamenhof | "Unua Libro" | Declaração de Boulogne | "Fundamento" | Manifesto de Praga
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Cultura | Esperantistas | Esperantujo | Cinema | Internacia Televido | La Espero | Bibliotecas | Literatura | Falantes nativos | Cultura pop | Publicações | Símbolos | Dia de Zamenhof
Organizações e serviços
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Críticas
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Wikimedia
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Origem do nome

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"Esperanto" é formado pela junção do radical esper (em Esperanto, com origem no latim sperare, "esperar"), da desinência ant (própria do particípio presente) e da desinência o (dos substantivos). Significa, portanto, " aquele que espera", "aquele que tem esperança".[5]

Tabela comparando o protoesperanto com o esperanto atual e apresentando uma tradução em português

Ludwik Lejzer Zamenhof vivia em Białystok na atual Polônia (na época Império Russo). Em Białystok, moravam povos com diversas línguas diferentes que, por esta causa, fazia com que dificultasse a comunicação no cotidiano da população da cidade. Estes motivos motivaram Zamenhof a criar uma língua neutra.[6]

Durante a adolescência, criou a primeira versão da lingwe universala, uma espécie de esperanto arcaico. O seu pai, entretanto, fê-lo prometer deixar de trabalhar no seu idioma para se dedicar aos estudos. Zamenhof então foi para Moscou estudar medicina. Em uma de suas visitas à terra natal, descobriu que seu pai queimara todos os manuscritos do seu idioma.[7]

Zamenhof pôs-se então a reescrever tudo, adicionando melhorias e fazendo a língua evoluir.

O primeiro livro sobre o esperanto foi lançado em 26 de julho de 1887, em russo, contendo as 16 regras gramaticais, a pronúncia, alguns exercícios e um pequeno vocabulário.[8] Logo depois, mais edições do Unua Libro foram lançadas em alemão, polaco e francês. O número de falantes cresceu rapidamente nas primeiras décadas, primordialmente no Império Russo e na Europa Oriental, depois na Europa Ocidental, nas Américas, na China e no Japão. Muitos desses primeiros falantes vinham de outro idioma planificado: volapük. As primeiras revistas e obras originais em esperanto começaram a ser publicadas.

Em 1905, aconteceu o primeiro Congresso Universal de Esperanto, em Bolonha-sobre-o-Mar, na França, juntando quase mil pessoas, de diversos povos. Em 1906, foi fundado, no Brasil, o primeiro grupo esperantista: o Suda Stelaro, em Campinas.

Todo o movimento esperantista avançava a passos largos e seguros, mas, com o advento das duas guerras mundiais, o movimento teve um recuo: as tropas comandadas por Hitler perseguiam e matavam os esperantistas na Alemanha e nos países dominados por esta; as tropas de Stalin faziam o mesmo na Rússia; a família de Zamenhof foi dizimada; no Japão e na China, a perseguição ao esperanto também ganhou proporções assustadoras.

Após a segunda guerra mundial, o esperanto reergueu-se. Em 1954, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura passou a reconhecer formalmente o valor do esperanto para a educação, a ciência e a cultura, e, em 1985, a mesma Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura recomendou, aos países-membros, a difusão do esperanto.

Após 1995, com a popularização e disseminação da internet, o movimento esperantista ganhou uma nova força propulsora. Uma evidência do maior interesse contemporâneo pelo esperanto é o considerável número de artigos na Wikipédia em esperanto: mais de 189 000, em dezembro de 2013, com índice de profundidade 18 — número maior que o de muitas línguas étnicas.[9]

Em 2022, a Wikipédia em Esperanto contava com 322.216 artigos. Em abril de 2024 já possuía 352.076 artigos.

Propriedades linguísticas

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Classificação

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O esperanto é uma língua aglutinante, sem gêneros gramaticais para entidades assexuais, sem conjugação de verbos variáveis por pessoa ou número e com três modosindicativo, imperativo e subjuntivo, além das formas nominais do verbo e seis particípios; tem apenas dois casos morfológicos: o acusativo e o nominativo.[10]

Como uma língua construída, o esperanto não é relacionado genealogicamente a nenhuma língua étnica; pode ser descrito como uma língua de léxico predominantemente românico e de morfologia aglutinante. A fonologia, a gramática, o vocabulário e a semântica são baseados em línguas indo-europeias ocidentais. Os fonemas são essencialmente eslavos, assim como muito da semântica, enquanto o vocabulário é derivado primordialmente de línguas românicas, com uma menor contribuição de línguas germânicas e algumas palavras de várias outras línguas (o dicionário etimológico de esperanto "Konciza Etimologia Vortaro", de André Cherpillod, faz referência a 110 línguas).

A pragmática e outros aspectos da língua não descritos especificamente nos documentos originais de Zamenhof foram influenciados pelas línguas nativas dos primeiros falantes, principalmente russo, polonês, alemão e francês. A relação entre grafemas e fonemas é biunívoca (uma letra para cada som e um som para cada letra) e a morfologia é extremamente regular e fácil de aprender.

Tipologicamente, a ordem sintática padrão do esperanto é sujeito-verbo-objeto e adjetivo-substantivo. Novas palavras podem ser formadas a partir de processos de construção com morfemas já existentes na língua, ou podem ser introduzidas como neologismos.

Primeira edição do Unua Libro, em russo

O esperanto tem cinco vogais e 23 consoantes, das quais duas são semivogais. Não há tons. A sílaba tônica é sempre a penúltima (paroxítona), a não ser que a palavra tenha apenas uma vogal ou que a vogal final tenha sido omitida (situação em que é tónica a última sílaba; neste caso, é graficamente substituída por um apóstrofo: kastelo = kastel) - recurso estilístico para a poesia.

Bilabial Labio-
dental
Alveolar Pós-
alveolar
Palatal Velar Glótico
Plosiva p b   t d     k g  
Nasal   m     n        
Vibrante       ɾ        
Fricativa   f v s z ʃ ʒ   x   h  
Africada     ʦ   ʧ ʤ      
Lateral       l        
Aproximante  u̯         j  
Anterior Posterior
Fechada i u
Média ɛ o
Aberta a
Ver artigo principal: Gramática do Esperanto

A gramática segue poucas regras simples, entre elas as chamadas 16 regras do esperanto, sendo porém necessário algum estudo para uma aprendizagem satisfatória.

As palavras são formadas pela junção regular de radicais (prefixos, sufixos e outros), de modo que "novas" palavras criadas ad hoc são compreendidas trivialmente através da sua análise morfológica (inconsciente, no caso de falantes fluentes).

As diferentes classes gramaticais são marcadas por desinências próprias: substantivos recebem a desinência -o, adjetivos recebem a desinência -a, advérbios derivados recebem a desinência -e e todos os verbos recebem uma de seis desinências de tempos e modos verbais.

A pluralidade é marcada nos substantivos e adjetivos concordantes pela desinência j, e o caso acusativo é marcado pela desinência n, cuja ausência indica o nominativo. Assim, bela birdo significa "bela ave", belaj birdoj, "belas aves", e belajn birdojn, como em mi vidas belajn birdojn ("eu vejo belas aves"), "belas aves" complementando diretamente uma ação (nesse caso, sendo vistas).

Substantivo Nominativo Acusativo
Singular -o -on
Plural -oj -ojn
Adjetivo Nominativo Acusativo
Singular -a -an
Plural -aj -ajn

As seis inflexões são três tempos e três modos verbais. O tempo presente é marcado por as, o futuro por os, e o passado por is; o modo infinitivo é marcado por i, o condicional por us, e o volitivo (imperativo + conjuntivo) por u. Assim: mi vidas, "vejo"; mi vidos, "verei"; mi vidis, "vi"; vidi, "ver"; mi vidus, "eu veria"; ni vidu, "vejamos". As desinências não variam de acordo com a pessoa.

Tempo verbal Desinência
Presente -as
Passado -is
Futuro -os
Modo verbal Desinência
Infinitivo -i
Volitivo -u
Condicional -us

Além dessas formas, o verbo pode se apresentar na forma de particípio. São os particípios do esperanto:

Desinência do Particípio
Tempo Ativo Passivo
Presente -anta -ata
Passado -inta -ita
Futuro -onta -ota

Terminados em -a, os particípios são usados com o verbo esti (ser/estar) para a formação de tempos compostos. A desinência -a pode também designar um adjetivo do particípio. Trocando-se o -a por -o, constrói-se um substantivo do particípio, e por -e, um advérbio do particípio.

Ver artigo principal: Vocabulário do Esperanto

O vocabulário original do esperanto foi definido em Lingvo internacia, publicado por Zamenhof em 1887. Trata-se de uma compilação de 900 radicais, passíveis de expansão para dezenas de milhares de palavras com prefixos, sufixos e composição. Em 1894, Zamenhof publicou o primeiro dicionário de esperanto, Universala Vortaro, com uma maior quantidade de radicais. As próprias regras da língua permitem a introdução de novos radicais de acordo com a necessidade, recomendando apenas que isso seja feito a partir das formas mais internacionais.

Desde então, muitas palavras têm sido "emprestadas", basicamente mas não apenas de línguas da Europa ocidental. Nem todas as novas palavras propostas entram em uso generalizado, mas muitas o fazem, especialmente termos técnicos e científicos. Termos para uso cotidiano, por sua vez, geralmente são feitos a partir de outros radicais — por exemplo, komputilo (computador) a partir de komputi (computar) com o uso do sufixo il (para indicar ferramentas). Há frequentes debates entre esperantófonos sobre a justificabilidade da introdução de uma palavra em particular e sobre as possibilidades de alcançar o sentido pretendido através da construção de palavras com elementos já existentes.

Sistema de escrita

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O esperanto é escrito através de uma versão modificada do alfabeto latino, ao qual foram incluídas seis letras com sinais diacríticos: ĉ, ĝ, ĥ, ĵ, ŝ e ŭ. A língua não inclui as letras q, w, x e y, que podem porém ser encontradas em textos no seio de palavras não assimiladas oriundas de outras línguas.

O alfabeto contém 28 letras:

a b c ĉ d e f g ĝ h ĥ i j ĵ k l m n o p r s ŝ t u ŭ v z

Todas as letras são pronunciadas como seus equivalentes minúsculos no Alfabeto Fonético Internacional, à exceção das seguintes:

Letra Pronúncia
c [ʦ]
ĉ [ʧ]
ĝ [ʤ]
ĥ [x]
ĵ [ʒ]
ŝ [ʃ]
ŭ [u̯]

A impossibilidade de se escrever as letras com sinais diacríticos em certos meios fez com que se adotassem convenções substitutivas. Zamenhof, ainda nos primeiros anos da língua, recomendou o uso de "h" após as letras "c", "g", "h", "j" e "s" para formar "ĉ", "ĝ", "ĥ", "ĵ" e "ŝ". Uma convenção semelhante, mas com o "x", usando-o também para o "ŭ" ("cx" = "ĉ", "ux" = "ŭ", etc.), foi criada originalmente para utilização em telegrafia,[11] evitando situações de ambiguidade entre o "h" ortográfico e este "h" substituto de diacrítico; muito usado nas últimas décadas, principalmente em meio eletrônico, com a popularização da internet.

Em setembro de 2006, a Seção de Pronúncia da Academia de esperanto propôs uma resolução sobre o uso de sistemas diferentes de escrita sob circunstâncias e necessidades especiais: a "substituição [das letras acentuadas por outros signos ou combinação de signos], quando for apenas um meio técnico que não objetive reformas da ortografia do esperanto, e quando ele não causar confusão alguma, não deve ser visto como contrária ao Fundamento".[12] Assim, o uso do esperanto em código Morse, braile, taquigrafia e com a letra x em substituição aos sinais diacríticos é considerado correto por esta Academia, sob circunstâncias específicas.

A (1) B (12) C (14) Ĉ (146) D (145) E (15) F (124)
G (1245) Ĝ (12456) H (125) Ĥ (1256) I (24) J (245) Ĵ (2456)
K (13) L (123) M (134) N (1345) O (135) P (1234) R (1235)
S (234) Ŝ (2346) T (2345) U (136) Ŭ (346) V (1236) Z (1356)

Razões alegadas para adesão ao esperanto

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Problema linguístico

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Muitos esperantófonos tomaram a iniciativa de aprender esperanto pelo chamado lingva problemo (literalmente, problema linguístico). Uma das maiores faces desse problema é o chamado imperialismo cultural, que encerra, em si, o favorecimento a poucos grupos linguísticos, e a pouca praticidade da estrutura vigente de comunicação entre sujeitos sociais de línguas diferentes. Vários estudiosos têm se debruçado sobre esses aspectos. Izabel Cristina Oliveira Santiago levanta várias ocasiões históricas em que o custo de traduções alcança níveis questionáveis: "Nova Délhi, 1968. A Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento custou mais de 2 milhões de dólares dos Estados Unidos, sendo que mais da metade disso foi gasto com o uso de apenas quatro línguas — tidas como predominantes. [...] só em 1976, por exemplo, em vez de serem investidos na alimentação das multidões de famintos, 700 mil dólares dos Estados Unidos foram gastos para traduzir, em seis línguas, os relatórios sobre a fome mundial."[13] O psicólogo e ex-tradutor das Organização das Nações Unidas, Claude Piron (Bélgica, 1931 - 22 de janeiro de 2008), dedicou-se à temática, abordando-a sob um ponto de vista psicológico a partir de vastíssimo material bibliográfico e documental, tratando a insistência no atual modelo de comunicação internacional como uma neurose.[14]

Comunidade esperantófona

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Geografia e demografia

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Esperantófonos são mais numerosos na Europa e Ásia Oriental do que nas Américas, África e Oceania, e mais numerosos em áreas urbanas do que em rurais.[15] Na Europa, é mais comum nos países do norte e do leste; na Ásia, na China, na Coreia, no Japão e no Irã; nas Américas, no Brasil, na Argentina e no México; na África, no Togo e em Madagascar.

Uma estimativa do número de esperantófonos foi feita por Sidney S. Culbert, um professor de psicologia aposentado da Universidade de Washington e esperantista de longa data que rastreou e avaliou esperantófonos em áreas de amostragem em dezenas de países por mais de vinte anos. Culbert concluiu que entre um e dois milhões de pessoas falam esperanto no nível 3 da escala ILR (competência linguística para trabalho profissional).[16] A estimativa de Culbert não foi feita apenas para o esperanto; incluía-se numa listagem de estimativas para todas as línguas com mais de um milhão de falantes, publicada anualmente no The World Almanac and Book of Facts. Uma vez que Culbert nunca publicou os resultados detalhados para países e regiões particulares, é difícil verificar a precisão de seus resultados.

O cantor de rock JoMo (Jean-Marc Leclercq) lançou seu primeiro disco solo com composições em esperanto em 2001.

Como uma língua planejada, o esperanto realmente não possuía a princípio uma cultura, mas os mais de 130 anos de história (desde 1887) e divulgação da língua geraram o que poderíamos chamar como uma cultura multinacional esperantista. Algumas pessoas acusam-no quanto a ser um "idioma universal" por não apresentar cultura, literatura, falantes nativos e por outras razões. Em contrapartida, já há elementos de cultura própria do esperanto, há um acervo considerável de músicas e obras literárias originais na língua (inclusive alguns escritores, como William Auld, que já foram indicados ao Nobel de Literatura por suas obras originais em esperanto), há pessoas que têm o esperanto como língua materna (na maioria dos casos, poliglotas) e a língua é usada em todos os continentes.

O esperanto não veio de uma cultura específica, mas formou uma. Esperantistas falam em esperanto e sobre esperanto, usando termos, gírias, sarcasmos e uma série de expressões próprias do meio esperantista, alguns aspectos comuns de todos os esperantistas podem definir tal cultura.

A literatura em esperanto, consistindo de obras traduzidas e escritas diretamente na língua é altamente universalista, pois são adicionadas à literatura esperantista as melhores obras de cada nação, juntamente com os aspectos particulares de cada uma, assim como as crenças e costumes típicos de cada povo. Nas obras escritas diretamente em esperanto, vemos a mesma universalidade presente em toda a cultura esperantista.

Devido à ideia inicial de fraternidade do esperanto, a tolerância e respeito aos costumes e crenças dos vários povos consiste em um dos componentes dessa cultura; o repúdio ao imperialismo cultural é comum entre os esperantistas, e o desejo de intercâmbio e contato com outros povos apresenta-se na absoluta maioria dos esperantistas, muitas vezes consistindo um dos motivos do aprendizado da língua. Isso é comprovado na leitura do Manifesto de Praga, documento que sintetiza os objetivos comuns a todos os falantes do esperanto.

49º Internacia Seminario (2005-2006), em Xanten (Alemanha), encontro jovem internacional organizado pela Juventude Esperantista Alemã.

Além do desenvolvimento da cultura em torno da língua, é interessante notar que a causa esperantista parece atingir um grupo especial de indivíduos, tendo eles em comum o desejo de democracia e igualdade entre as nações. A constante entrada desses indivíduos no meio esperantista, faz com que sua cultura se desenvolva e se torne mais universalista a cada dia. Um excelente exemplo das particularidades da cultura esperantista são as expressões idiomáticas surgidas ao longo da evolução da língua, frutos diretos da comunicação internacional entre esperantistas.

Um argumento comum dos esperantistas é que o esperanto é uma língua democrática, pois através dela uma cultura não é imposta aos novos falantes, como é o caso do inglês, então caberia perguntar se essa cultura nova, gerada ao longo da evolução esperantista pós guerras não seria imposta aos povos que a adotarem como língua auxiliar. Isso certamente pode acontecer, mas por ser altamente universalista, ela tenderia a não causar males às culturas locais, e sim absorver para si mais e mais dessas culturas locais, a cultura da língua esperantista, se adotada pelos povos, seria então uma cultura comum, gerada por todas as nações, e que poderia até mesmo servir para aproximar algumas populações. No Manifesto de Praga, a democracia cultural é tratada como algo extremamente forte no esperanto.

Os Congressos Universais de Esperanto, realizados anualmente desde 1905 (excluindo-se o período das grandes guerras), alimentam e aprimoram a cultura esperantista. Nesses congressos é visível a plena existência de uma cultura geral, independente da nacionalidade de cada participante. Os Discursos de Zamenhof mostram alguns indícios dessas características de forma clara.

Há alguns símbolos atribuídos pelo movimento esperantista a si mesmo ou à língua. Não há unanimidade no movimento esperantista a respeito da política do uso de símbolos, mas a maioria dos esperantistas reconhecem três símbolos: a estrela verde, a bandeira e o Jubilea Símbolo. Argumenta-se contra a estrela e a bandeira que elas dão um ar nacionalista ao objeto representado, podendo também ser confundido com ideários de outra natureza (o Islão e o movimento dito comunista, por exemplo).

Memorial de 1959 em Sopot, na Polônia, com a estrela verde gravada

Estrela verde

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O mais simples e antigo dos símbolos é a estrela verde de cinco pontas, usada, por exemplo, como broche ou adesivo para automóvel. Segundo a tradição, as cinco pontas representam os cinco continentes (segundo cálculo tradicional) e o verde simboliza a esperança. Zamenhof, entretanto, em 1911, já não tinha mais certeza de sua origem; a cor lhe fora proposta pelo irlandês A. Richard Henry Geoghegan, que depois lhe esclareceu que se tratava da cor nacional da Irlanda.[17] Já em 1893, Louis de Beaufront propunha o uso do verde e da estrela em tudo que se relacionasse ao movimento. A consolidação da estrela como símbolo do esperanto data dos últimos anos do século XIX; da estrela na cor verde, provavelmente apenas em 1904.[17]

Bandeira com proporções.

A bandeira é uma espécie de extensão da estrela verde, retomando a mesma cor e significados, com a adição do branco, para representar paz e neutralidade. Era originalmente a bandeira do clube de esperanto de Bolonha-sobre-o-Mar (França). Foi adotada generalizadamente nessa cidade por ocasião do primeiro Congresso Universal de Esperanto, em 1905.

Uma das versões do jubilea simbolo.

Jubilea simbolo

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O jubilea simbolo ("símbolo do jubileu") é um símbolo alternativo proposto para o esperanto, contendo a ideia interna da língua: juntar todos. As suas duas metades laterais representam a letra latina E (Esperanto) e a letra cirílica Э (Эсперанто), simbolizando a união do ocidente e do oriente. A ideia de usar as duas letras ocorreu por causa da Guerra Fria, quando as duas grandes potências estatais a se enfrentar tinham como línguas maternas o inglês (com alfabeto latino) e o russo (com alfabeto cirílico).

A sua elaboração foi promovida através de um concurso em 1983, por ocasião do centenário da língua (1987). A ideia original é do brasileiro Hilmar Ilton S. Ferreira.[17] O símbolo é usado com cores diferentes, com ou sem contornos, de acordo com a opção do usuário.

Esperanto e movimentos sociais

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Existem diversos movimentos sociais e culturais que apoiam o esperanto de alguma forma.

Os anarquistas estavam entre os primeiros à propagar o Esperanto. Em 1905, o primeiro grupo Esperantista anarquista foi formado. Muitos outros seguiram: na Bulgária, China e outros países. Os anarquistas e anarcossindicalistas, que antes da primeira guerra mundial formavam a maior seção entre os esperantistas proletários, fundaram Paco-Libereco,[18] uma liga internacional que publicava o jornal Internacia Socia Revuo (Revista da Sociedade Internacional). Paco-Libereco se fundiu com outra associação progressista, Esperantista Laboristaro (Trabalhadores Esperantistas). A nova organização se chamava Liberiga Stelo (Estrela Libertadora).[19] Publicou, até 1914, muitas peças de literatura revolucionária em esperanto, algumas relacionadas ao anarquismo. Dessa maneira se desenvolveu uma correspondência dinâmica entre anarquistas em diferentes países, por exemplo, entre anarquistas europeus e japoneses. Em 1907, a convenção anarquista internacional em Amsterdão publicou uma resolução sobre as linguagens internacionais, e durante os anos seguintes outras resoluções similares ocorreram. Esperantistas que participaram da convenção se ocupavam principalmente das relações internacionais entre anarquistas.

Centro de Mídia Independente

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O Centro de Mídia Independente (CMI) é uma rede internacional formada por produtores de informação de ordem política e social que se autodeclaram independentes de quaisquer interesses empresariais ou governamentais. O site brasileiro do CMI possui versão em esperanto.[20]

Bona Espero é uma escola e internato localizada no município de Alto Paraíso de Goiás, região norte do estado de Goiás, a 412 quilômetros de Goiânia (capital do estado) e a 280 quilômetros de Brasília (capital federal), que abriga crianças carentes da região onde a utilização e o ensino do esperanto é comum no dia a dia. A instituição vem sendo visitada por muitos esperantistas ao longo de seus mais de 50 anos de existência. Foi fundada por um grupo nordestino de esperantistas; hoje, é administrada pelo casal Gratapagglia, por Ursula (alemã) e Giuseppe (italiano), além de outros três diretores.

Esperanto e religiões

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Alguns grupos religiosos ao redor do mundo apoiam, de alguma forma, o esperanto.

Cartão-postal feito por ocasião do 4º Congresso Católico Esperantista, de 4 a 12 de setembro de 1913 em Roma.

Em 1910, foi fundada a União Internacional Católica Esperantista, cujo órgão, a revista Espero Katolika, é o periódico em esperanto mais antigo ainda em atividade.

Papas (incluindo pelo menos o João Paulo II e Bento XVI) usaram o esperanto frequentemente no urbi et orbi multilíngue. A Radio Vaticana transmite semanalmente em Esperanto.

Cristandade em geral

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A Kristana Esperantista Ligo Internacia (Liga Internacional Cristã Esperantista) foi formada logo cedo na história do esperanto e é de orientação predominantemente protestante, mas também são filiados a ela católicos romanos e ortodoxos.

Há alguns apologistas e professores cristãos que usam o esperanto como um meio de comunicação. O pastor nigeriano Bayo Afolaranmi tem um grupo no Yahoo! chamado "Spirita nutraĵo" (alimento espiritual), que hospeda mensagens semanais desde 2003.

Em 1908, o espírita Camilo Chaigneau escreveu um artigo intitulado "O Espiritismo e o Esperanto" na revista de Gabriel Delanne (depois reproduzido no periódico "La Vie d'Outre-Tombe", de Charleroi, e na revista brasileira Reformador em 1909), recomendando o uso de Esperanto em uma "revista central" para todos os espíritas no mundo.[21][22]

O esperanto, então, foi divulgado ativamente no Brasil por espíritas. Este fenómeno originou-se através de Ismael Gomes Braga e Francisco Valdomiro Lorenz, sendo o último um emigrante de origem checa que foi pioneiro de ambos os movimentos neste país.[21]

Assim, a Federação Espírita Brasileira publica livros didáticos de esperanto, traduções das obras básicas do espiritismo e encoraja os espíritas a se tornarem esperantistas.[23][24]

Por causa disso, no Brasil, muitos não esperantistas mal-informados têm a impressão de que o esperanto é "língua de espírita";[25] a contradizê-lo é de notar a discrepância entre o número relativamente elevado de espíritas entre os esperantófonos brasileiros (entre um quarto e um terço) e a insignificância do recíproco (número de espíritas brasileiros que falam esperanto, cerca de 1%). Este fenómeno não se verifica noutros países.

A Fé Bahá'í encoraja o uso de uma língua auxiliar, e, sem endossar nenhuma língua específica, vê no esperanto um grande potencial para esse papel.[26]

Lidja Zamenhof, filha do fundador do esperanto, tornou-se Bahá'i e foi uma destacada personalidade da embrionária Fé Bahá'í no início do século XX.

Zamenhof promoveu uma doutrina filosófica e religiosa chamada homaranismo, mas temeu que se confundissem as ideias da doutrina com o ideal pró-esperanto. Por esse e outros motivos, não se empenhou tanto em sua divulgação. Todavia, a maior parte dos adeptos do homaranismo hoje são esperantistas, tendo conhecido a doutrina através do esperanto.

Ayatollah Khomeini do Irã fez um chamado oficial aos islâmicos ao aprendizado do esperanto e elogiou o uso dessa língua como um meio para melhor compreensão entre povos de diferentes religiões. Após sugerir que o esperanto substituísse o inglês como uma língua franca internacional, a língua foi introduzida nos seminários de Qom. Uma tradução do Corão em esperanto foi publicada pelo estado pouco tempo depois[27][28] Khomeini e o governo iraniano passaram a fazer oposição ao esperanto em 1981 após notar que seguidores da Fé Bahá'i estavam interessados no esperanto.[27]

A religião oomoto encoraja o uso do esperanto entre seus seguidores,[13][29] e inclui Zamenhof entre seus espíritos divinos.

Pentecostalismo

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A Congregação Cristã no Brasil recebeu uma versão em Esperanto, intitulada de Kristana Kongregacio en Brazilo.

Traduções da Bíblia

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A primeira tradução da Bíblia para esperanto foi uma tradução do Tanakh (Velho Testamento), feita por Zamenhof. A tradução foi revisada e comparada com traduções para outras línguas por um grupo de clérigos britânicos, antes de sua publicação na British and Foreign Bible Society em 1910. Em 1926, ela foi publicada junto com uma tradução do Novo Testamento, numa edição geralmente chamada de Londona Biblio. Nos anos 1960, Internacia Asocio de Bibliistoj kaj Orientalistoj tentou organizar uma nova e ecumênica versão da Bíblia em esperanto.[30] Desde então, o pastor luterano Gerrit Berveling traduziu os Livros Deuterocanônicos, além de novas traduções dos Evangelhos, algumas das epístolas do Novo Testamento e alguns livros do Tanakh; estes foram publicados em várias brochuras separadas, ou em série na revista Dia Regno, mas os deuterocanônicos apareceram numa edição recente da Londona Biblio.

Łukasz Żebrowski, redator das transmissões em esperanto da Radio Polonia, em estúdio em Varsóvia

O esperanto é, frequentemente, usado para se ter acesso a uma cultura internacional, dispondo ele de um vasto leque de obras literárias, tanto traduzidas como originais. Há mais de 25 000 livros em esperanto, entre originais e traduções, além de mais de uma centena de revistas editadas regularmente. Muitos esperantófonos usam a língua para viajar livremente pelo mundo usando o Pasporta Servo, rede internacional de hospedagem solidária. Outros têm correspondentes em vários países diferentes através de serviços como o Esperanto Koresponda Servo.

Com o desenvolvimento da internet e sua maior popularização, as iniciativas de imprensa em esperanto têm se tornado mais fáceis, e pouco a pouco ela se desenvolve.

Atualmente, vários Estados subvencionam transmissões regulares em esperanto de suas estações de rádio oficiais, como República Popular da China, Polónia (diariamente), Cuba, Itália e Vaticano. Em menor escala, várias estações de rádio mantêm programas em ou sobre esperanto, como a Rádio Rio de Janeiro, que tem um departamento dedicado exclusivamente ao esperanto.

Anualmente, de 1 200 a 3 000 esperantistas encontram-se anualmente no Congresso Universal de Esperanto.

A língua mostra-se útil essencialmente para a troca de informações entre indivíduos de etnias diferentes que, doutra maneira, só seria realizada através de elementos mediadores (uma língua estranha a pelo menos um deles, um intérprete, organizações privadas, Estados etc.).

Comparado a uma língua étnica, o esperanto apresentou algumas utilidades particulares:

Mapa que indica onde há anfitriões do Pasporta Servo (2015).
  • Efeito propedêutico: existem evidências de que estudar esperanto antes de estudar qualquer outra língua acelera e melhora a aprendizagem, pois aprender outras línguas estrangeiras a seguir é mais fácil que aprender a primeira, enquanto que o esperanto reduz os obstáculos associados com a "primeira língua estrangeira", esse fenômeno é conhecido como efeito propedêutico, sendo muito acentuado no esperanto.[31]

Num estudo, um grupo de estudantes do ensino secundário estudou esperanto durante seis meses e, depois, francês durante ano e meio, obtendo um melhor conhecimento de francês do que o grupo-controle, que estudou só o francês durante dois anos.[31] É provável que outras línguas planificadas também apresentem esse efeito no mesmo grau que o esperanto, mas devido ao maior número de falantes e melhor disponibilidade de material didático, a língua esperantista parece ser a mais recomendável para obter o efeito propedêutico.[31]

  • Traduções: a enorme flexibilidade do esperanto, a possibilidade do uso de diversas nuances, e a sua simplicidade gramatical tornam a língua uma ótima candidata para uma língua intermediária nas traduções.[31] Um ótimo exemplo foi o uso do esperanto para a tradução de alguns livros da editora Federação Espírita Brasileira para a língua japonesa, nesse caso, os originais em francês foram traduzidos para o esperanto, e do esperanto para o japonês, já que se tem um bom número de falantes de esperanto no Japão.[32]

Esperantistas proeminentes

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Importantes esperantistas

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Referências

  1. «Esperanto» (em inglês). Ethnologue. Consultado em 22 de janeiro de 2011 
  2. O que é UEA?
  3. Sikosek, Ziko M. Esperanto Sen Mitoj ("Esperanto Sem Mitos"). Segunda edição. Antuérpia: Flandra Esperanto-Ligo, 2003. p.188.
  4. Constantino, Rodrigo (2009). Economia do Indivíduo: O Legado da Escola Austríaca. [S.l.: s.n.] ISBN 978-85-62816-00-0 
  5. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 703.
  6. Era, CEINE = Centro Espírita Irmãos da Nova (25 de agosto de 2008). «História». Centro Espírita Irmãos Do Nova Era. Consultado em 9 de junho de 2023 
  7. Cid, Emilio. «Esperanto: a língua internacional - esperanto». Consultado em 9 de junho de 2023 
  8. Korĵenkov, Aleksander; Korženkov, Aleksandr (2010). Zamenhof: the life, works and ideas of the author of Esperanto. New York: Mondial. ISBN 978-1-59569-167-5. LCCN 2010926187 
  9. «List of Wikipedias - 100.000+ articles» (em inglês). Meta-Wiki. Consultado em 18 de dezembro de 2013 
  10. Paraná, Redação Bem (10 de janeiro de 2016). «Gramática de Esperanto tem apenas 16 regras, o que facilita a vida». Bem Paraná. Consultado em 9 de junho de 2023 
  11. Ancxjo. «"Morskode..."» (em esperanto) 28 ed. Bubo. Consultado em 22 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 21 de março de 2012 
  12. «Oficialaj Informoj Numero 1». Akademio de Esperanto. 15 de setembro de 2006. Consultado em 22 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 24 de dezembro de 2006 
  13. a b Santiago, Izabel C. O. O que é Esperanto: a questão da língua internacional. Segunda edição. São Paulo: Brasiliense, 1992. p. 7-8.
  14. Piron, Claude (2007). «O desafio das línguas: da má gestão ao bom senso» 2 ed. Campinas. Consultado em 22 de janeiro de 2011 
  15. Sikosek, Ziko M. Esperanto Sen Mitoj ("Esperanto Sem Mitos"). Segunda edição. Antuérpia: Flandra Esperanto-Ligo, 2003.
  16. Culbert, Sidney S. «Three letters about his methodology for estimating the number of Esperanto speakers» (em inglês). Consultado em 22 de janeiro de 2011 
  17. a b c Sikosek, Ziko M. Esperanto Sen Mitoj ("Esperanto Sem Mitos"). Primeira edição. Antuérpia: Flandra Esperanto-Ligo, 1999, p.91.
  18. The Esperanto Movement (Contributions to the Sociology of Language), Peter G. Forster, ISBN 9027933995, paĝo 190
  19. Historio de S. A. T., 1921 1952,Paris, 1953, Eldoninto :SAT, 152 paĝoj
  20. «Sendependa Centro de Amas-komunikiloj - Brazilo». Consultado em 6 de julho de 2013. Arquivado do original em 15 de julho de 2013 
  21. a b «O Espiritismo e o Esperanto (Spiritism and Esperanto)». Consultado em 2 de outubro de 2009. Arquivado do original em 16 de dezembro de 2009 
  22. «Departamento de Esperanto da União das Sociedades Espíritas (USE)». Consultado em 10 de outubro de 2009. Arquivado do original em 5 de janeiro de 2009 
  23. Esperanto > Introdução Arquivado em 10 de outubro de 2010, no Wayback Machine. Federação Espírita Brasileira
  24. Pardue, David. "Uma só língua, uma só bandeira, um só pastor: Spiritism and Esperanto in Brazil" Arquivado em 23 de setembro de 2006, no Wayback Machine.. Acesso: 2006-08-26.
  25. Esperanto Arquivado em 10 de agosto de 2009, no Wayback Machine. Jornal Correio Espírita
  26. Bahaa Esperanto-Ligo. "Bahaismo kaj internacia help-lingvo" Arquivado em 17 de outubro de 2006, no Wayback Machine.. Acesso: 2006-08-26.
  27. a b Harlow, Donald J. «Esperanto - Have any governments opposed Esperanto?» (em inglês). Consultado em 26 de agosto de 2006. Arquivado do original em 2 de fevereiro de 2009 
  28. Porneniu. «Esperanto in Iran (in Persian)» (em inglês). Consultado em 26 de agosto de 2006 
  29. «The Oomoto Esperanto portal» (em inglês) 
  30. «La Sankta Biblio - 'Londona text'» (em esperanto). Consultado em 26 de agosto de 2006. Arquivado do original em 22 de dezembro de 2006 
  31. a b c d «Comunicação». Esperanto Brasil. Consultado em 18 de julho de 2016 
  32. «FEB e Oomoto preparam livro em Japonês». Federação Espírita Brasileira. 11 de dezembro de 2014. Consultado em 18 de julho de 2016 
  33. Esperanto en Perspektivo, pp. 475 and 646, 1974.
  34. Smith, Arden R. (2006). «Esperanto». In: Drout, Michael D. C. J. R. R. Tolkien Encyclopedia: Scholarship and Critical Assessment. [S.l.]: Routledge. p. 172,  and Book of the Foxrook; transcription on Tolkien i Esperanto; the text begins with "PRIVATA KODO SKAŬTA" (Private Scout Code)
  35. Johano Paŭlo la 2a kaj Esperanto
  36. Who Supports Esperanto? Arquivado em 2008-02-04 no Wayback Machine
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