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Itaim Bibi (bairro)

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Itaim Bibi
Bairro de São Paulo
Dia Oficial 4 de outubro
Fundação 4 de outubro de 1954 (70 anos)
Estilo arquitetônico inicial Brutalista
Estilo arquitetônico predominante Pós-contemporâneo
Imigração predominante  Itália
Zona de valor do CRECI Zona A
Distrito Itaim Bibi
Subprefeitura Pinheiros
Região Administrativa Oeste
Mapa

Itaim Bibi é um bairro nobre[1] situado na Zona Oeste do município de São Paulo no distrito de mesmo nome.

Popularmente e em algumas reportagens[2][3] a região é erroneamente considerada como pertencente à Zona Sul, porém é administrada pela Subprefeitura de Pinheiros, sendo oficialmente integrada à Zona Oeste. A mudança de região geográfica ocorreu em 2002, na gestão Marta Suplicy, até então fazia parte da Zona Centro-Sul (Zona Sul), sendo administrado pela Subprefeitura de Santo Amaro.[4][5][6]

Compreende a área formada pelas avenidas Juscelino Kubitschek, São Gabriel, 9 de Julho e Brigadeiro Faria Lima, apesar de ser comum incluir o bairro Chácara Itaim e chamá-lo também de Itaim Bibi.[7] Limita-se com os bairros de Vila Nova Conceição, Vila Olímpia, Jardim Europa, Ibirapuera e Jardim Paulistano.

A Avenida Brigadeiro Faria Lima cruza o bairro do Itaim Bibi, trazendo muito movimento para o mesmo.

Bibi (bebê) era como as escravas chamavam o filho do médico Leopoldo Couto Magalhães, dono da Chácara Itaí, que cresceu e virou o "Seu Bibi". A palavra Bibi viria a acompanhar o nome do bairro, antes chamado Rio das Pedras. A Rua Renato Paes de Barros se chamava Rua Bibi, em sua homenagem.

Sua história começou em 1896, quando o general José Vieira Couto de Magalhães adquiriu uma extensão de 120 alqueires, que era propriedade de Bento Ribeiro dos Santos Camargo. Essas terras não tinham muito valor, pois eram inundáveis; sua função era meramente recreativa, para caça e pesca, e abrigava árvores frutíferas (principalmente jabuticabeiras). Embora não tenha se casado, o general teve um filho, José Couto de Magalhães, com uma índia do Pará. Em 1898, com a morte do general, seu filho herdou o local, conhecido como Chácara do Itahy ("pedra pequena", em tupi). Em 1907, Leopoldo Couto de Magalhães, irmão do general, comprou as terras por 30 contos de réis, fixando residência no lugar.

Vista aérea do bairro em 2006.

A rua João Cachoeira leva o nome de um agregado da família que vivia cantando e contando causos por ali. A sede da chácara propriamente dita, hoje conhecida como Casa Bandeirista do Itaim, está localizada no início da atual rua Iguatemi. Tombada pelo Patrimônio Histórico, foi, porém, destruída pelos seus atuais proprietários. Antigamente era, durante vários anos, foi um sanatório (Casa de Saúde Bela Vista), fundado em 1927 pelo médico Brasílio Marcondes Machado, onde doentes mentais ou dependentes químicos de famílias abastadas se tratavam.

Com o falecimento de Leopoldo, o local foi dividido entre seus herdeiros. Leopoldo Couto Magalhães Júnior, também 'Bibi', que era conhecido por possuir um dos primeiros automóveis da região e pelo hábito de usar boné de bico, continuou residindo na casa até a segunda metade da década de 1920.

O filho de Bibi, Arnaldo Couto de Magalhães foi responsável pelo loteamento da chácara. Na década de 1920, surgiram pequenos sítios de um hectare, vendidos a italianos vindos da Bela Vista/Bixiga, um bairro central. Eles produziam verduras e legumes para o abastecimento local e dos bairros vizinhos.

As terras foram vendidas e revendidas entre a década de 1920 e a década de 1950 e, com a ocupação da várzea próxima ao Rio Pinheiros, propiciou atividade a barqueiros, olarias e portos de areia, que forneciam tijolos e telhas para construções. Para diferenciá-lo do Itaim Paulista um subúrbio de São Paulo,[8] depois da Penha de França, os moradores da região passaram a referir o local como os “terrenos do Bibi”. Hoje em dia, a antiga Rua do Porto é denominada de Rua Leopoldo Couto de Magalhães Júnior.

Avenida Juscelino Kubitschek.

Até a década de 1930, a ocupação populacional do Itaim Bibi se restringiu ao quadrilátero formado entre o Rio Pinheiros e as atuais avenidas Nove de Julho, São Gabriel que era estreita e chamava-se Rua Ana Neri e a Juscelino Kubitschek. Após os anos 1950, o bairro passou a enfrentar um grande crescimento, causando o desaparecimento de chácaras e sítios.

Nos dias de hoje, possui vizinhos abastados, como o distrito do Morumbi e a região dos Jardins. Hoje em dia o Itaim Bibi é considerado um bairro nobre, sendo classificado pelo CRECI como "Zona de Valor A", assim como outras áreas privilegiadas da cidade.[9][10] Apresenta sedes de empresas, tais como: Morgan Stanley, Google, Facebook, entre outras.

Mas no seu início e até os anos 1960–1970, era um bairro das empregadas, dos motoristas, verdureiros e pequenos comerciantes em geral. O núcleo inicial do bairro se modificou progressivamente. O comércio ampliou-se e deixou de servir somente os bairros vizinhos, passando a atender também outras áreas, fazendo com que o bairro perdesse sua característica popular, tornando-se uma região abastada e desenvolvida.[11][12]

Em 2024 em um ranking feito pelo jornal O Estado de São Paulo o bairro apresentava uma rua entre os 10 maiores metros quadrados do país: Rua Jorge Coelho (R$ 46.193) - 4° lugar, além de uma via para aluguel de imóveis: Rua Jucurici (R$ 160,00) - 7° lugar.[13]

Pontos de Interesse

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O bairro Itaim Bibi possui alguns pontos de interesse:

Referências

  1. NAZÁRIO, JOSÉ CARLOS. «Elite Paulistana». Consultado em 30 de abril de 2017 
  2. Moradores do Itaim Bibi fazem protesto na Zona Sul de SP
  3. Pesquisa Site Isto É: Itaim Bibi zona sul[ligação inativa]
  4. Mapa oficial das subprefeituras da cidade de São Paulo: http://ww2.prefeitura.sp.gov.br//arquivos/guia/mapas/0001/mapa_subprefeituras.jpeg Arquivado em 18 de fevereiro de 2007, no Wayback Machine. small>
  5. «Prefeito participa da votação para o Conselho Municipal de Habitação». 4 de outubro de 2009. Consultado em 31 de janeiro de 2011 [ligação inativa]
  6. «Subprefeitura de Pinheiros multa e embarga obra irregular nos Jardins». 9 de novembro de 2006. Consultado em 31 de janeiro de 2011 [ligação inativa]
  7. Mello Martins, Heloisa Helena (26 de outubro de 1987). «Renovação urbana: o caso do Itaim Bibi». FGV SB. Consultado em 30 de abril de 2017 
  8. C. Nobre, Dr. Eduardo A. «fau.usp.br» (PDF). Consultado em 30 de abril de 2017 
  9. Fernandes, Patricia Barbosa (2016). «Reprodução da metrópole e a luta pelo uso do espaço: o movimento pela preservação do quarteirão do Itaim Bibi». biblioteca digital da usp. Consultado em 30 de abril de 2017 
  10. «Pesquisa CRECI» (PDF). 11 de julho de 2009. Consultado em 2 de agosto de 2009. Arquivado do original (PDF) em 6 de julho de 2011 
  11. Tinoco, Agata (2003). «Um olhar pedestre sobre o mobiliário urbano paulistano: Itaim Bibi de 1995 a 2001». biblioteca digital da usp. Consultado em 30 de abril de 2017 
  12. L. Moreira, Antônio Cláudio M (2015). «Comércio em São Paulo-Itaim Bibi» (PDF). Consultado em 30 de abril de 2017 
  13. São Paulo tem a rua mais cara do Brasil. Confira o top 10
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