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Frota Naval Militar da União Soviética

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(Redirecionado de Marinha Soviética)
Frota Naval Militar da União Soviética

Estandarte naval da União Soviética (1950–1991).
País  RSFS da Rússia
 União Soviética
 Comunidade dos Estados Independentes
Subordinação Partido Comunista da União Soviética (até 1990)
Presidente da União Soviética (1990–1991)
CEI (1991–1992)
Sigla ВМФ (VMF)
Criação 1918
Extinção 14 de fevereiro de 1992
História
Guerras/batalhas Revolução Russa
Guerra Civil Russa
Guerra Polaco-Soviética
Guerra de Inverno
Segunda Guerra Mundial
Guerra do Vietnã
Guerra Fria
Logística
Efetivo 467 mil homens (1984)
1 057 navios (1990)
1 172 aeronaves (1990)
Insígnias
Estandarte naval (1923–1935)
Estandarte naval (1935–1950)
Jaque
Bandeira naval da Guarda Vermelha
Comando
Comandantes
notáveis
Ievgeni Berens
Alexandr Nemits
Vasili Altfater
Ivan Iumashev
Nikolai Kuznetsov
Sergei Gorshkov
Marinhas da Rússia

Imperial Russa

Marinha Imperial (1696–1917)

União Soviética

Frota Naval Militar (1917–1991)

Federação Russa

Marinha Russa (1991 – Atualmente)

A Frota Naval Militar da União Soviética (em russo: Военно-морской флот СССР, transl. Voyenno-morskoy flot SSSR), era parte integrante das Forças Armadas da URSS responsável pela guerra naval. Muitas vezes referida como Frota Vermelha (em russo: Красный флот, transl. Krasnyi flot), a Marinha Soviética representou grande parte do planejamento estratégico da União Soviética no caso de um conflito com a superpotência adversária, os Estados Unidos, durante a Guerra Fria (1945-1991).[1] A Marinha Soviética desempenhou um grande papel durante a Guerra Fria, quer confrontando a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Europa Ocidental, quer projetando poder para manter a sua esfera de influência na Europa Oriental.[2]

A Marinha Soviética estava dividida em quatro frotas principais: Frotas do Norte, do Pacifico, do Mar Negro e do Mar Báltico. Adicionalmente tinha um comando autónomo, a Base Naval de Leningrado, e a Flotilha do Mar Cáspio, que era semi-independente. Esta foi seguida por uma frota maior, o 5º Esquadrão, no Mar Mediterrâneo. Adicionalmente tinha outros componentes que incluíam a Aviação Naval, Infantaria Naval e a Artilharia de Costa; a qual incorporavam baterias de misseis.[3]

A Marinha Soviética foi formada a partir dos remanescentes da Marinha Imperial Russa durante a Guerra Civil Russa. Após a dissolução da União Soviética em 1991, a Federação Russa herdou a maior parte da Marinha Soviética e reformou-a na Marinha Russa, com partes menores tornando-se a base para as marinhas dos novos Estados pós-soviéticos independentes.[4]

A Frota Naval Militar foi formada em 1917 com base no que restava da Marinha Imperial Russa. Num primeiro momento, entre os danos sofridos durante a Revolução de 1917, a Guerra Civil Russa e a revolta de Kronstadt, em que um grande número de marinheiros desertaram (seja para lutar nos Exército Vermelho ou Branco ou simplesmente para sair), a par com as primeiras purgas sobre os oficiais, quase levaram ao desaparecimento efectivo da Marinha, e a uma incompleta inoperância.[5]

Por decreto do Soviete de 1918, a Marinha soviética tomou o nome de "Marinha Vermelha dos Operários e Camponeses" (em russo: Рабоче-Крестьянский Красный флот, transl. Raboche-Krest'yansky Krasny Flot, ou RKKF), numa clara analogia com o que se sucedia em terra com o Exército. Finda a Guerra Civil, o estado dos navios sobreviventes era tão degrado que a URSS optou por os vender como sucata à Alemanha. Apesar da Frota do Báltico ter ficado reduzida a 3 couraçados praticamente inoperacionais, 2 cruzadores, cerca de dez contratorpedeiros e alguns submarinos, continuava a ser no entanto uma força naval significante, que a par da Frota do Mar Negro providenciaram as bases para um expansão, ao que se juntavam cerca de 30 pequenas flotilhas fluviais. Com as atenções viradas para o interior das suas fronteiras, e o fortalecimento do poder do PCUS, a Marinha continuou negligenciada e fora dos planos de rearmamento ou investimento. Um sinal de como a URSS não se via nessa data com aspirações marítimas foi a sua ausência no Tratado Naval de Washington.[5]

Com a industrialização da União Soviética, da década de 1930, a marinha foi pela primeira vez alvo de investimentos maciços, que iram fazer dela no futuro uma das marinhas mais poderosas do mundo.[5]

Referências

  1. Polmar, Norman C.; Brooks, Thomas A. (2019). Admiral Gorshkov: The Man Who Challenged the U.S. Navy (em inglês). Anápolis, Maryland: Naval Institute Press. p. i–iii. ISBN 978-1682473320. OCLC 1052903396 
  2. Gottfried, Kurt; Bracken, Paul (2019). Reforging European Security: From Confrontation To Cooperation (em inglês). Londres: Routledge. p. 109. ISBN 978-1000309348. OCLC 1105945921 
  3. Sokolov, Aleksei Nikolaevich; Mawdlsey, Evan (2011). «"Our Ambitious Plans" Soviet Shipbuilding Programs of the Post-war Decades: Part Two: 1966-1975 and 1971-1980». Warship International (em inglês). 48 (2): 171–188. ISSN 0043-0374. Consultado em 10 de maio de 2024 
  4. LeSueur, Stephen C. (1991). «Long-term effects seen as dramatic: Soviet Navy faces prospect of decline due to economic, political upheaval». Inside the Pentagon. 7 (40): 1–14. ISSN 2164-814X. Consultado em 10 de maio de 2024 
  5. a b c Richard T. Ackley (1972). THE SOVIET NAVY'S ROLE IN FOREIGN POLICY (em inglês). [S.l.]: Naval War College Review. pp. 48–65 
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