Ordenação de mulheres
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A ordenação de mulheres, ou ordenação feminina, é a nomeação de mulheres como padres e bispos dentro das igrejas e comunidades cristãs. Ocorre em certas Igrejas Protestantes, mas não é aceita na Igreja Católica nem na Igreja Ortodoxa.[2][3][4]
Grande parte da alegação de que apenas homens poderiam deter posições na Igreja provém das restrições afirmadas à mulher no versículo 1 Timóteo 2:12, o qual muitos estudiosos e líderes eclesiásticos interpretam que proíbe que elas tenham autoridade e ensinem na instituição. A opinião varia sobre quanto a quais funções estariam proibidas a elas.[5]
Igrejas cristãs protestantes luteranas
[editar | editar código-fonte]A Igreja da Suécia (protestante luterana) aceita a ordenação feminina desde 1958, e consequentemente há inúmeras mulheres-madres, algumas episcopisas, e desde 2013 uma arcebispa — Antje Jackelén.[6]
A Igreja da Dinamarca (protestante luterana) teve a sua primeira mulher-madre em 1948.[6][7]
Desde 1974 que a Igreja da Islândia (protestante luterana) tem mulheres-madres. Estas constituem atualmente 40% dos sacerdotes do país. Desde 2012, Agnes M. Sigurðardóttir é a arcebispa da Igreja da Islândia.[8]
Cristianismo evangélico
[editar | editar código-fonte]Certas denominações evangélicas autorizam oficialmente a ordenação de mulheres nas igrejas.[9] A primeira mulher batista que foi pastor consagrado é a americana Clarissa Danforth na denominação Batista de Livre Arbítrio em 1815.[10] Posteriormente, outras ordenações de pastoras também aconteceram em várias denominações. Em 1882, nas Igrejas Batistas Americanas EUA.[11] Em 1922, na União Batista da Grã-Bretanha.[12] Nas Assembléias de Deus dos Estados Unidos, em 1927.[13] Em 1965, na Convenção Batista Nacional, EUA.[14] Em 1969, na Convenção Batista Nacional Progressista.[12] Em 1975, na Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular.[15] Em 1978, nos Ministérios Batistas Australianos.[16] Em 1980, na Convenção das Igrejas Batistas Filipinas.[16]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Ordenação de mulheres na Comunhão Anglicana
- Ordenação (sacramento)
- Feminismo cristão
- Igreja Evangélica Luterana da Finlândia
- Igreja Presbiteriana Evangélica (EUA)
- Igreja Nacional da Dinamarca
- Igreja Episcopal Anglicana do Brasil
- Igreja da Suécia
Referências
- ↑ «US Episcopal Church installs first female presiding bishop». Australia: Journeyonline.com.au. 7 de novembro de 2006. Consultado em 19 de novembro de 2010. Arquivado do original em 6 de julho de 2011
- ↑ «Igreja de Inglaterra aprova a ordenação de mulheres como bispos». Público. Consultado em 23 de julho de 2015
- ↑ Filipe d'Avillez. «O que diz a Igreja Católica sobre a ordenação de mulheres?». Renascença. Consultado em 22 de julho de 2015
- ↑ Anselmo Borges. «Sobre a ordenação de mulheres». Diário de Notícias. Consultado em 22 de julho de 2015
- ↑ Westfall 2016, pp. 206; 208-209; 260.
- ↑ a b Sören Wibeck. «Kvinnliga präster 1958 – ett omstritt beslut» (em sueco). Populär historia, 2/2008. Consultado em 21 de fevereiro de 2016
- ↑ «Præsten» (em dinamarquês). Folkekirken. Consultado em 21 de fevereiro de 2016
- ↑ «Agnes M. Sigurðardóttir: Biskopen som städar kyrkan» (em sueco). Arbeidsliv i Norden. Consultado em 31 de outubro de 2016
- ↑ Brian Stiller, Evangelicals Around the World: A Global Handbook for the 21st Century, Thomas Nelson, USA, 2015, p. 117
- ↑ Rosemary Skinner Keller, Rosemary Radford Ruether, Marie Cantlon, Encyclopedia of Women and Religion in North America, Volume 1, Indiana University Press, USA, 2006, p. 294
- ↑ Erich Geldbach, Baptists Worldwide: Origins, Expansions, Emerging Realities, Wipf and Stock Publishers, USA, 2022, p. 110
- ↑ a b Erich Geldbach, Baptists Worldwide: Origins, Expansions, Emerging Realities, Wipf and Stock Publishers, USA, 2022, p. 111
- ↑ Lisa Stephenson, Dismantling the Dualisms for American Pentecostal Women in Ministry, BRILL, Leiden, 2011, p. 46
- ↑ Larry G. Murphy, J. Gordon Melton, Gary L. Ward, Encyclopedia of African American Religions, Routledge, Abingdon-on-Thames, 2013, p. LXXIV
- ↑ Lisa Stephenson, Dismantling the Dualisms for American Pentecostal Women in Ministry, BRILL, Leiden, 2011, p. 55
- ↑ a b Erich Geldbach, Baptists Worldwide: Origins, Expansions, Emerging Realities, Wipf and Stock Publishers, USA, 2022, p. 112
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Westfall, Cynthia Long (15 de novembro de 2016). Paul and Gender: Reclaiming the Apostle's Vision for Men and Women in Christ (em inglês). [S.l.]: Baker Academic