Pimenta dioica
pimenta-da-jamaica Pimenta dioica | |||||||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||||
Pimenta dioica (L.) Merr. | |||||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||||
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Pimenta dioica[1], comummente conhecida como pimenta-da-jamaica[2] ou pimenta-de-coroa[3], é uma espécie de árvore da família das mirtáceas, que chega a medir 10 metros. Os seus frutos secos são utilizados como condimento, combinando facilmente com outras especiarias e conferido um odor semelhante a um misto de canela, pimenta negra e noz moscada.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]No que toca ao nome científico:
- O nome genérico, Pimenta, provém do castelhano "pimienta", por alusão às semelhanças que as plantas deste género têm com as do género Piper, onde se inclui a pimenta-preta.[1]
- o epíteto específico, dioica, resulta da aglutinação dos étimos gregos antigos di (dois) e oikos (casas)[1][4] e serve para assinalar que esta espécie é dióica[5], isto é, tem as flores masculinas e femininas separadas, em pés diferentes.
Descrição
[editar | editar código-fonte]Tal espécie de árvore possui casca lisa e acinzentada, folhas coriáceas, flores em cimeiras axilares e frutos bacáceos. Nativa da América Central e Caribe, sua madeira é própria para o fabrico de bengalas, e a casca, os frutos e as sementes são estimulantes, carminativos, aromáticos e sucedâneos da pimenta-do-reino. Também é conhecida, no Brasil, pelos nomes de murta-pimenta[6] e pimenta.
As folhas desta árvore têm aplicações medicinais (ex.: em males ginecológicos ou como analgésico) e no fabrico de cosméticos e perfumes. A madeira utiliza-se para construção de móveis e de edifícios rurais. As flores são úteis para a produção de mel e as árvores para o ensombramento de cafezais, como cercas vivas ou como ornamentais. É nativa dos neotrópicos aos quais se restringe a sua distribuição actual (México, Belize, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Cuba e Jamaica).
Culinária
[editar | editar código-fonte]O seu sabor é bastante apreciado e lembra a combinação de canela, noz-moscada e cravo-da-índia. O interior dos frutos contém duas sementes que depois de beneficiadas dão um sabor especial às conservas, e servem para condimentação de carnes e mariscos. A pimenta-da-jamaica branca é ideal para carnes brancas, maioneses e molhos brancos, por ser mais suave. A preta é indicada para carnes vermelhas. A pimenta moída serve para aromatizar bolos, biscoitos, pudins, carnes, sopas e molhos. A Jamaica é o maior produtor com cerca de 70% da produção mundial.
Uso como medicamento tradicional
[editar | editar código-fonte]A Pimenta Dioica é utilizada principalmente na América Latina como fitoterápica. Na Jamaica, chás com ela são comuns para remediação de resfriados, cólicas e dores estomacais. Já na Costa Rica, utiliza-se como medida para dores na região abdominal e diabetes. Na Guatemala, utilizam tal planta em contusões, dores articulares e dores musculares. Em Cuba, costumam usar a Pimenta Dioica associada a outras ervas, comumente na bebida típica denominada “Pru”, para alívio da indigestão.[7]
Referências
- ↑ a b c «Pimenta dioica - Plant Finder». www.missouribotanicalgarden.org. Consultado em 17 de fevereiro de 2022
- ↑ Infopédia. «pimenta-da-jamaica | Definição ou significado de pimenta-da-jamaica no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 17 de março de 2021
- ↑ S.A, Priberam Informática. «pimenta-de-coroa». Dicionário Priberam. Consultado em 17 de março de 2021
- ↑ «Dioecious plant - Digital Flowers». www.life.illinois.edu. Consultado em 17 de fevereiro de 2022
- ↑ «Definition of DIOECIOUS». www.merriam-webster.com (em inglês). Consultado em 17 de fevereiro de 2022
- ↑ «Murta-pimenta». Michaelis On-Line. Consultado em 17 de março de 2021
- ↑ Paula, J.A.M; Reis, J.B.; Ferreira, L.H.M.; Menezes, A.C.S.; Paula, J.R. (setembro de 2010). «Gênero Pimenta: aspectos botânicos, composição química e potencial farmacológico». Revista Brasileira de Plantas Medicinais (3): 363–379. ISSN 1516-0572. doi:10.1590/S1516-05722010000300015. Consultado em 19 de julho de 2022