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Quem são os atletas que representam o RS nos Jogos Paralímpicos de Paris

Dezesseis paratletas nascidos ou vinculados ao Rio Grande do Sul estarão na capital francesa a partir dessa quarta-feira

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Wallison Fortes: medalha de ouro na prova dos 200m T64 no Mundial de Atletismo Paralímpico 2024
Wallison Fortes: medalha de ouro na prova dos 200m T64 no Mundial de Atletismo Paralímpico 2024 - Foto: Divulgação SEL
Por Mariana Xavier

Na semana que marca o começo dos Jogos Paralímpicos de Paris, a Secretaria do Esporte e Lazer (SEL) saúda todos os atletas representantes do Rio Grande do Sul. O evento ocorre entre 28 de agosto e 8 de setembro de 2024. O Brasil é uma das potências paralímpicas e deve terminar nas primeiras posições do quadro de medalhas. O país terá 279 atletas na França, sendo 16 deles nascidos ou vinculados ao Rio Grande do Sul.  

Confira a lista dos atletas por modalidade, com cidade e ano de nascimento, clube e data das primeiras disputas (horário de Brasília): 

Atletismo 

Aser Mateus Almeida Ramos (1991, Porto Alegre - RS) 

  • Classe e provas: T36/ 100m e salto em distância 

  • Clube: SESI/SP  

  • Primeira prova: 2 de setembro, 14h 

 Vítima de uma icterícia neonatal, Aser sofre de paralisia cerebral. Foi ouro no salto em distância e prata nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.  

Wallison Andre Fortes (1996, São Luiz Gonzaga - RS) 

  •  Classe e provas: T64 / - 100m e 200m 
  • Primeira Prova: 1º de setembro, 14h 

 Treina no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete) e é recipiente da Bolsa-Atleta RS. Membro do RS Paradesporto, foi medalha de ouro nos 200m no Mundial de Kobe em 2024. 

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Esgrima em cadeiras de roda 

Jovane Silva Guissone (1983, Barros Cassal - RS) 

  • Classe: B /Clube: Club Athletico Paulistano 

  • Primeira prova: 6 de setembro, 4h 

 Jovane sofreu uma lesão na medula aos 22 anos após ser atingido por um disparo durante um assalto. Três anos depois, começou a praticar esgrima. É um dos paratletas mais vitoriosos do Brasil, medalha de prata em Tóquio (2021). 

Kevin Gabriel de Souza Damasceno (2004, Esteio - RS) 

  • Classe: A / Clube: Grêmio Náutico União 

  • Primeira prova: 4 de setembro, 4h 

 Kevin nasceu com meningomielocele. Teve seu pai, Fábio Luiz, que disputou Jogos Paralímpicos do Rio 2016, como maior incentivador. No ano passado, o atleta foi campeão mundial sub-23. O programa paralímpico do União é financiado pelo Pró-Esporte RS.  

Monica da Silva Santos (1983, Santo Antônio da Patrulha - RS) 

  • Classe: A / Clube: Grêmio Náutico União 

  • Primeira prova: 3 de setembro, 8h 

 Um angioma medular tirou seus movimentos de pernas em 2002 durante uma gravidez. A esgrimista ficou paraplégica e ingressou no basquete em cadeira de rodas. Sem companheiras para praticar o esporte, trocou pela esgrima, uma modalidade individual. 

Vanderson Luis da Silva Chaves (1994, Porto Alegre - RS) 

  • Classe: B/ Clube: Grêmio Náutico União 

  • Primeira prova: 4 de setembro, 4h 

 Perdeu o movimento das duas pernas após sofrer um acidente com arma de fogo, em 2008. Vanderson vai para sua terceira Paralimpíada e foi medalha de bronze no Campeonato das Américas de 2016. O atleta teve sua casa totalmente alagada nas enchentes de maio, perdendo seu equipamento esportivo. 

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Futebol de cegos 

Jonatan Felipe Borges da Silva (1998, Canoas - RS) 

  • Classe: B1/ Clube: Associação Paraibana de Cegos 

  • Primeira partida: de setembro, 13h30, contra a Turquia 

 Perdeu a visão após sofrer um deslocamento de retina seguido de catarata. Começou a competir aos 16 anos e chegou à seleção de base em 2015. Foi campeão parapan-americano em 2023. 

Ricardo Steinmetz Alves - Ricardinho (1988, Osório - RS) 

  • Classe: B1/ Clube: Associação Gaúcha de Futsal para Cegos (AGAFUC) 

  • Primeira partida: 1° de setembro, 13h30, contra a Turquia 

 Multicampeão, Ricardinho teve a visão comprometida aos seis anos, quando sofreu deslocamento de retina. Já foi eleito três vezes o melhor jogador do mundo e é tetracampeão dos Jogos Paralímpicos (Tóquio 2020, Rio 2016, Londres 2012 e Pequim 2008). 

Raimundo Nonato Alves Mendes (1987, Orocó - PE) 

  • Classe: B1/ Clube: Associação Gaúcha de Futsal para Cegos 

  • Primeira partida: 1° de setembro, 13h30, contra a Turquia 

 Nasceu praticamente sem visão devido a uma retinose. Começou no futebol de cegos aos 23 anos. É atleta da AGAFUC. 

Luan de Lacerda Gonçalves (1993, João Pessoa - PB) 

  • Posição: Goleiro / Clube: Associação Gaúcha de Futsal para Cegos 

  • Primeira partida: 1° de setembro, 13h30, contra a Turquia 

 Outro atleta da AGAFUC. É bicampeão paralímpico (Tóquio 2021 e Rio 2016) e bicampeão mundial (Madri 2018 e Tóquio 2014),   

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Halterofilismo 

Ana Paula Gonçalves Marques (1982, Porto Alegre - RS) 

  • Categoria: Até 61kg / Clube: CETEFE 

  • Primeira prova: 6 de setembro, 8h35 

Uma tentativa de feminicídio a transformou em pessoa com deficiência quando tinha 20 anos. Se destacou na vela paralímpica, tendo sido campeã mundial em 2018. No halterofilismo já conquistou o bronze no Mundial de 2023.   

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Judô 

Marcelo Adriano de Azevedo Casanova (2003, Caxias do Sul - RS) 

  • Classe: J2 / Clube: Recreio da Juventude 

  • Primeira luta: 5 de setembro, 5 

 É deficiente visual em decorrência do albinismo. Chegou a fazer parte da seleção brasileira sub-18 e foi medalha de ouro no Parapan do ano passado. Faz parte do programa Recreio Paralímpico - preparação Paris 2024 do clube Recreio da Juventude, projeto financiado pelo Pró-Esporte RS. 

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Natação 

Roberto Alcalde Rodriguez (1992, Bagé - RS) 

  • Classe: S6/ Clube: Associação Atlética Ferroviária de Botucatu 

  • Primeira prova: de setembro, 4h30 

 Nascido com má-formação na coluna vertebral (mielomeningocele), Roberto nada desde os oito meses de idade. Em 2013, foi campeão mundial nos 100m peito SB5, conquistou quatro ouros e um bronze nos Jogos Parapan-Americanos e disputou as finais nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e Tóquio 2020. 

Maria Carolina Gomes Santiago (1985, Recife - PE)  

  • Classe: S12/ Clube: Grêmio Náutico União 

  • Primeira prova: 29 de agosto, 4h30  

Carol Santiago é multimedalhista olímpica e nasceu com uma alteração na retina chamada de síndrome de Morning Glory. É recordista mundial dos 50m livre. A atleta participa do projeto GNU Modalidades Paralímpicas 2023/2024, que é financiado pelo Programa Pró-Esporte-RS da SEL. 

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Taekwondo 

Maria Eduarda Machado Stumpf (2004, Itaqui - RS)  

  • Classe: K44/ Clube: Associação Caxiense de Taekwondo 

  • Primeira luta: 29 de agosto, 4h30  

 Descobriu o taekwondo em 2016, após se aventurar em várias modalidades. Foi ouro no Parapan de Santiago. Participa do projeto Compete ACTKD - Ano 2, financiado pelo Programa Pró-Esporte-RS. 

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Tiro com arco 

Reinaldo Vagner Charão Ferreira (1977, São Gabriel - RS) 

  • Classe: W2 (arco composto) / Clube: RS Paradesporto 

  • Primeira disputa: 29 de agosto, 12h 

 A vaga para os Jogos Paralímpicos veio em 2023, quando foi vice-campeão mundial por equipes mistas, ao lado de Jane Karla. Foi bicampeão brasileiro (2021 e 2022) e ouro no Parapan-Americano em 2024. 

 

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