Língua pancararu

língua extinta do leste do Brasil

O pankararú foi uma língua indígena brasileira falada pelos índios pankararus. É uma língua ainda não classificada.[1]

Pankararú
Falado(a) em: Pernambuco
Total de falantes:
Família: Língua isolada
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
ISO 639-3: paz

Vocabulário

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Vocabulário do dialeto de Brejo dos Padres coletado por Carlos Estêvam (em Pompeu 1958):[2]

Português Brejo dos Padres
fogo obaí
água jinikací; jatateruá; jai, já
brejo ibiji, arôto
lagoa joo
terra jobají
pedra tóitú; ipá
sal tuká
cachimbo kuna kuní
cachimbo cerimonial matrinadô; matrigó
maracá káma, kabá eyá
pinheiro burúti
menino jorã, óibo
parente gôyáji
irmã e prima dakatái
onça preta tupé
Maracajá Gwariatã
porco tarací
mocó kewí
tatu-peba kuriépe
boi kanarí
vaca
ovelha pusharé; sumui íra
passarinho iushií
pena tik
ovo aji
papagaio umaiatá
periquito glyglilin
peixe kamijo
abelha axxaó
madeira, pau dáka
flor barkíra
milho ta, mõni
tabaco, fumo põi; ajó
bonito limin

Vocabulário do Pankarú (Pankararú) de Brejo dos Padres coletado do informante João Moreno por Wilbur Pickering em 1961:[1]

Português Pankarú (Pankararú)
amarelo ˈžúbʌ̀
pedra amarela itapurʌŋga
boca ūːřú kàˈtiŋ̄
minha boca sε̄ ūˈřú
bom kátù
ele é bom ayε katu
o olho é bom sảːkàtú kyả̀
vocês são bons pε̄ñékātù / pε̃ñékátù
branco ˈtíŋgʌ́
buraco kwàřà
cabeça uukà
a cabeça é redonda muukὶ(ː)
cabelo uŋkyò
o cabelo é preto uŋkyò àlóːkià
cachorro ítōˈlókyà
caminho
carne sóːō
casa ókhà
céu tšιakι / aʌ̨nsε
cobra fítš̭ˈàká / fítš̭iākà
coração (úpíˈá) ūpia kàtú asu
corda ˈmúsúřʌ̨̀nʌ̨̀
dedo grande kų̀ʌ̨́ kàtέ gàsú
dente (tʌ̨̄ˈíŋkàtī)
dia ˈářà
ele / ela àyέ
eles, elas āìˈtá
este, esta kwa
eu šεʔ
faca kisε
fogo ˈpo
fumo (tabaco) pɔi
pedra furada ítákwàřà
ele furou a orelha oː màlί ásò
homem aba
homem velho ábá ùmʌ̨̀
joelho àˈlų́
o joelho está mau sātkālί ˈʔų́ː
língua (mε̄āŋˈgā)
lua ˈžasì
lua cheia kaiřε
lua nova katiti
mãe sέʔžàʔ
mandioca mʌ̨̀nˈdī
mão pɔ̄pitέkàí
mar pəřəˈnà
mau pùší
menina mítákų̄įˈʌ̨̀ / íādε̄doŋ̄kīˈà
menino íādε̄dùˈà
milho ávātì
moça kų̀įʌ̨̀ mùkú
moça velha kų̀įʌ̨̀ fìlìwà
mulher kų̀įʌ̨̄
não ų́hų̄
nariz tákwí
meu nariz séˈtį̀
nossos narizes (meu e seu) iānέʔtį̀
seu nariz (de você) šέˈtį́
seu nariz (dele) sέˈtį́ àyὲ
noite pīˈtų̀
nós, nosso ìànέʔ
olho (pavεořukya) / sả̀ː
onça žáˈgwà
orelha mōːkìhkyà
pai (meu pai) sέʔpāià
pedra ítà
pedra branca itatiŋga
pedra preta ítáʔų̀na
perna kóškì
preto ʔų́nʌ̨̄
redondo púʌ̨̄
sol kwářásí
velho ùmʌ̨̄
homem velho ábá úmʌ̨̀
moça velha kų̀iʌ̨̀ fìlìwà
vós (vocês) pὲˈñε̄
açúcar dódəsākà
cabra kářkíá
camaleão fìˈkíˈá
canela (kālε̄ˈʔί̨ʌ) kia
coxo kóš
dedo kų̄nˈkàtέ
farinha kítshià
feijão nátsākā
garganta gāε̄òˈŋkyà
grosso sábóó
lagarto šōá
macaxeira aipį́
moreno pìˈtùnà
queixo tʔíŋkwˈí
sim ʌ̨̅hʌ̨́
? (pʌ̨̅ŋkārὲː)

Ver também

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Referências

  1. a b Meader, Robert E. (1978). Indios do Nordeste: Levantamento sobre os remanescentes tribais do nordeste brasileiro. Brasilia: SIL International 
  2. Pompeu Sobrinho, Thomaz. 1958. Línguas Tapuias desconhecidas do Nordeste: Alguns vocabulários inéditos. Boletim de Antropologia (Fortaleza-Ceará) 2: 3-19.

Ligações externas

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