Marco Petreio
Marco Petreio (em latim: Marcus Petreius; 110 a.C.–abril de 46 a.C. (64 anos)) foi um político e general da República Romana. É famoso principalmente por ter cercado e assassinado o notório rebelde Catilina em Pistória. Participou da Segunda Guerra Civil da República Romana no partido dos pompeianos.
Carreira
[editar | editar código-fonte]Os primeiros anos da carreira de Petreio são incertos. É possível que seu pai tenha sido o primipilo Cneu Petreio Atinas que, em 102 a.C., salvou uma legião romana da destruição pelos cimbros e, por isso, foi agraciado com uma coroa gramínea[1]. É certo que ele foi o primeiro de sua família a entrar no Senado Romano. Salústio o descreve como um militar que já tinha trinta anos de carreira no exército como tribuno militar, prefeito e legado em 62 a.C.[2]. No máximo em 64 a.C., Petreio serviu como pretor, mas não se sabe o ano exato.
Petreio serviu como legado do cônsul Caio Antônio Híbrida em 63-62 a.C.. Ele liderou as forças senatoriais na vitória contra o revolucionário Lúcio Sérgio Catilina na Batalha de Pistória no início de 62 a.C. enquanto Híbrida se manteve no acampamento com uma dor no pé[3]. Durante o consulado de Júlio César, em 59 a.C., Petreio se alinhou ao partido de seu maior adversário, Catão, o Jovem[4].
A partir de 55 a.C., Petreio e Lúcio Afrânio assumiram o comando das províncias da Hispânia como legados enquanto o governador, Pompeu, permaneceu em Roma[5]. Depois da irrupção da guerra civil, em 49 a.C., Petreio e Afrânio marcharam contra César, que, por sua vez, desejava assegurar o controle da Hispânia antes de seguir Pompeu até a Grécia[6]. Os dois foram derrotados depois de alguns sucessos iniciais e foram forçados a se render e a debandar seus exércitos em 2 de agosto depois da Batalha de Ilerda. César permitiu que Petreio e Afrânio permanecessem livres e os dois seguiram para a Grécia para se juntarem a Pompeu. Depois da derrota dos pompeianos na Batalha de Farsalos, Petreio e Catão fugiram do Peloponeso para o norte da África, onde o primeiro continuou servindo como legado na resistência contra os cesarianos[7]. Juntamente com Tito Labieno, Petreio novamente conseguiu algumas vitórias contra César[8], mas, depois da derrota dos pompeianos na Batalha de Tapso, Petreio fugiu com o rei da Numídia, Juba I[9]. Sem opções, Petreio e Juba resolveram se matar numa propriedade perto de Zama Minor. Os dois decidiram duelar e Petreio matou Juba. Em seguida, ele próprio se matou com a ajuda de um escravo[10][11]. No relato de César, o papel de Juba e Petreio estão invertidos[12].
Referências
- ↑ Plínio, o Velho, História Natural 22, 11.
- ↑ Salústio, Bellum Catilinae 59, 6
- ↑ Salústio, Bellum Catilinae 59, 4–61.
- ↑ Dião Cássio, História Romana 38, 3, 2.
- ↑ Veleio Patérculo 2, 48, 1.
- ↑ Júlio César, De Bello Civili 1, 38–87.
- ↑ Dião Cássio, História Romana 43, 13, 3.
- ↑ Apiano, Guerras Civis 2,95.
- ↑ Pseudo-César, De Bello Africo 91, 1.
- ↑ Apiano, Guerras Civis 2, 100
- ↑ Sêneca, o Jovem, De providentia 2, 10
- ↑ Pseudo-César, De Bello Africo 94