Rede multicanal
Rede multicanal[1] (do inglês "Multi-channel network", abreviado como "MCN"), também conhecida como network,[2] é a designação dada a empresas que prestam serviços de auxílio, tanto na produção, como também nos meios jurídicos e na rentabilidade dos canais de usuários criadores do site YouTube, além de também controlar canais do mesmo e websites na internet, a fim de gerar lucros para a empresa.[3]
O termo surgiu em meados de 2010, quando quase não existia monetização de vídeos no YouTube. Uma das primeiras networks a surgir foi a Machinima, Inc.,[4] que fundou no Brasil a Machinima Brasil adquirida pela Warner Bros anos mais tarde.[ligação inativa]
Tudo é formalizado em um contrato com o responsável que pode variar de 6 meses até 1 ano, e que pode ser rescindido em troca de uma multa aplicada.[5]
A ideia da empresa consiste em prestar ferramentas e benefícios aos canais em troca de uma porcentagem de lucros do mesmo, Dentre seus benefícios, uma Biblioteca Virtual de Áudios totalmente livre de Direitos Autorais para o criador exibir seu vídeo sem nenhuma reivindicação de terceiros.[6] Também presta auxílio jurídico quando ocorre alguma divergência com o YouTube, como por exemplo um vídeo removido.[7]
Basicamente, a mesma fica encarregada de receber diretamente todos os ganhos mensais advindos da receita, onde são descontados todos os valores dos serviços. Isso acaba gerando diversas controvérsias e conflitos com vários criadores que acabam acusando a empresa de roubo.[8]
Outras Denominações
[editar | editar código-fonte]Nos Estados Unidos, existem diferentes nomenclaturas para este tipo de empresa, como por exemplo, Rede Multi Canais, Online Video Studio (OVS), e Internet Television Company (ITC). A Disney Digital Network e a Machinima,Inc foram as primeiras a adotar a nomenclatura "Network" padronizando as demais empresas.[carece de fontes]
Declínio
[editar | editar código-fonte]Ao passar dos anos o YouTube aderiu a prática de monetizar vídeos, possibilitando qualquer usuário a gerar receita sem necessidade de intermédio de uma network e de seus serviços.[9] Alguns anos mais tarde, o Youtube decidiu alterar as suas políticas e regras sobre o assunto, prejudicando ainda mais as empresas que ainda existiam na plataforma.[carece de fontes]
Atualmente poucas empresas ainda restam no YouTube.[10]
Plataforma Privada
[editar | editar código-fonte]Após o declínio, a solução encontrada para as networks privadas foi encerrar os contratos que mantinham com terceiros, e exercer atividade apenas para administrar e prestar serviços á sua própria rede de multimídia. Que incluem canais no YouTube, e Websites. Um dos maiores exemplos é a Paramaker[11], empresa brasileira fundada pelo Youtuber e Empresário, Felipe Neto que vendeu o controle da empresa em 2015 para a francesa multinacional Webedia. Atualmente a empresa ainda está em funcionamento e administra vários canais de apenas sua propriedade, como o humorístico Parafernalha.[carece de fontes]
A Disney Digital Network controlada pela The Walt Disney Company também é uma Network Privada, surgiu em 2017 após a compra da Maker Studios.[carece de fontes]
Referências
- ↑ «Visão geral da Rede multicanal (RM) para criadores de conteúdo do YouTube - Ajuda do YouTube». support.google.com. Consultado em 6 de julho de 2023
- ↑ «Networks de YouTube ganham espaço no Brasil - Link». Estadão. Consultado em 26 de maio de 2019
- ↑ «O que são as Networks para Youtube». Administradores.com. Consultado em 26 de maio de 2019
- ↑ «Warner Bros adquire a Machinima, network de produtores de conteúdo de games». adrenaline.com.br. 18 de novembro de 2016. Consultado em 26 de maio de 2019
- ↑ «Entenda o que é Networks e porque estão mudando o Youtube». Limon Tec. Consultado em 26 de maio de 2019
- ↑ Assis, Marco. «Assessoria para Youtubers: o que é e como fazemos | Warp Media - Marketing e Publicidade no Youtube!». Consultado em 26 de maio de 2019
- ↑ Newsfeed (19 de março de 2013). «Networks do Youtube: o que são e pra que servem?». Jornal do Empreendedor. Consultado em 26 de maio de 2019
- ↑ «Network do YouTube: entenda o conceito e se vale a pena ingressar». Vidmonsters. 21 de maio de 2018. Consultado em 26 de maio de 2019
- ↑ «Como entrar em uma boa network | 100% brasileira – Infinity Network – TECNODIA». Consultado em 26 de maio de 2019
- ↑ «YouTube muda regras e dificulta a monetização de canais pequenos». TecMundo - Descubra e aprenda tudo sobre tecnologia. 17 de janeiro de 2018. Consultado em 26 de maio de 2019
- ↑ «Felipe Neto vende controle da Paramaker para multinacional francesa e retoma carreira artística». O Globo. 15 de setembro de 2015. Consultado em 26 de maio de 2019