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Caio Rubélio Blando

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Caio Rubélio Blando
Cônsul do Império Romano
Consulado 18 d.C.

Caio Rubélio Blando (em latim: Gaius Rubellius Blandus) foi um senador romano nomeado cônsul sufecto em 18 com Marco Vipstano Galo.[1] Era neto de Rubélio Blando, de Tibur, um equestre famoso por ter sido o primeiro romano a ensinar retórica, e irmão de Lúcio Rubélio Gêmino, cônsul em 29. Blando se casou em 33 com Júlia Lívia, filha de Druso, o Jovem, e neta de Tibério.

Como primeiro membro de sua família a ser admitido no Senado Romano, Blando era considerado um homem novo, o que repetidas vezes atrapalhou sua carreira. Seu cursus honorum está documentado em diversas inscrições encontradas no norte da África.[2] Através delas, sabemos que ele começou sua carreira como questor a serviço do imperador Augusto e depois foi tribuno da plebe e pretor. Dois anos depois, Blando serviu como cônsul sufecto. Durante seu mandato, se envolveu no julgamento de Emília Lépida, propondo a moção para torná-la uma fora-da-lei, que foi aprovada.[3]

As fontes primárias se contradizem sobre quando Blando foi admitido no prestigioso colégio dos pontífices, se antes ou depois de seu consulado; uma inscrição lista o feito antes e outras duas, depois. Sobre o tema, Hoffman afirma que Blando "provavelmente recebeu o pontificado tarde por causa de seu nascimento simples".[4] Apesar de sua história familiar, Blando conquistou o que era considerado o pináculo de uma carreira senatorial, o cargo de procônsul da África entre 35 e 36. Ao retornar a Roma, Blando foi selecionado como um dos quatro membros de uma comissão formada para avaliar os danos provocados por um incêndio no começo daquele mesmo ano.[5]

Casamentos e família

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Em 33, Blando se casou com Júlia Lívia, uma das princesas da casa imperial júlio-claudiana. Apesar de ele ter sido cônsul sufecto em 18, o casamento foi considerado um desastre social e Tácito chegou a incluir o casamento numa lista das "muitas tristezas que se abateram sobre Roma", composta principalmente por mortes de várias pessoas consideradas importantes por ele;[6] Ronald Syme identifica a reação do historiador como o "tom e os sentimentos de um homem escravizado pelos padrões de classe e status".[7] Ela era filha de Lívila e Druso, o Jovem, e neta do imperador Tibério.

O casal teve pelo menos dois filhos, Caio Rubélio Plauto, que foi considerado um rival do futuro imperador Nero, e Rubélia Bassa. Dois outros filhos são de paternidade incerta: uma única inscrição cita um Rubélio Druso, morto antes de seu terceiro aniversário,[8] e Juvenal sugere um outro, também chamado Caio Rubélio Blando.[9]

Cônsul do Império Romano
Precedido por:
Lúcio Pompônio Flaco

com Caio Célio Rufo
com Caio Víbio Marso (suf.)
com Lúcio Voluseio Próculo (suf.)

Tibério III
18

com Germânico II
com Lúcio Seio Tuberão (suf.)
com Lúcio Livineio Régulo (suf.)
com Caio Rubélio Blando (suf.)
com Marco Vipstano Galo (suf.)

Sucedido por:
Marco Júnio Silano Torquato

com Lúcio Norbano Balbo
com Públio Petrônio (suf.)


Referências

  1. Victor Ehrenberg and A.H.M. Jones, Documents Illustrating the Reigns of Augustus and Tiberius, second edition (Oxford: Clarendon Press, 1955), p. 41
  2. IRT 269, 330, IRT 331
  3. Tácito, Anais III.23
  4. Martha W. Hoffman Lewis, The Official Priests of Rome under the Julio-Claudians (Rome: American Academy, 1955), p. 33
  5. Tácito, Anais VI.45
  6. Tácito, Anais VI.27
  7. Syme, Ronald (1958). Tacitus (em inglês). Oxford: Clarendon Press. p. 562 
  8. CIL VI, 16057
  9. Juvenal, Sátira VIII.39