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Conscientização

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 Nota: Para o conceito social, veja Consciência crítica.

Na filosofia e na psicologia, conscientização (em inglês: Awareness) é uma percepção ou conhecimento de algo.[1] O conceito é muitas vezes sinônimo de consciência.[2] No entanto, pode-se estar ciente de algo sem estar explicitamente consciente disso, como no caso da visão cega.[1]

Os estados de consciência também estão associados aos estados de experiência, de modo que a estrutura representada na conscientização se reflete na estrutura da experiência.[3]

Conscientização é um conceito relativo. Pode referir-se a um estado interno, como uma sensação visceral, ou a eventos externos por meio da percepção sensorial.[2] É análogo a sentir algo, um processo distinto de observar e perceber (que envolve um processo básico de familiarização com os itens que percebemos).[4] A conscientização pode ser descrita como algo que ocorre quando o cérebro é ativado de certas maneiras, como quando a cor vermelha é vista quando a retina é estimulada por ondas de luz.[4] Essa conceituação é postulada devido à dificuldade em desenvolver uma definição analítica de consciência ou consciência sensorial.[4]

A conscientização também está associada à consciência no sentido de que denota uma experiência fundamental, como um sentimento ou intuição que acompanha a experiência dos fenômenos.[5] Mocenni C. e Bizzarri F. escreveram:[6] "A literatura sobre conscientização pode ser organizada em torno de três conceitos centrais: consciência cognitiva, [7] que corresponde à compreensão precisa e profunda do indivíduo sobre sua percepção e pensamento.(sic) A segundo perspectiva argumenta que a consciência é multinível[8] considerando tanto o consciente quanto o inconsciente, com um estágio final de consciência... A terceira considera a consciência relativa ao reconhecimento dos sentimentos dos outros."[9]

Referências

  1. a b «awareness». APA Dictionary of Psychology. American Psychological Association. Consultado em 17 de maio de 2024 
  2. a b Hussain, Amir; Aleksander, Igor; Smith, Leslie; Barros, Allan; Chrisley, Ron; Cutsuridis (2009). Brain Inspired Cognitive Systems 2008. New York: Springer Science+Business Media. pp. 298. ISBN 9780387790992 
  3. Chalmers, David (1997). The Conscious Mind: In Search of a Fundamental Theory. Oxford: Oxford University Press. pp. 225. ISBN 978-0195105537 
  4. a b c Locke, Don (2002). Perception: And Our Knowledge of the External World, Volume 3. London: Psychology Press. 27 páginas. ISBN 978-0415295628 
  5. Kokoszka, Andrzej (2007). States of Consciousness: Models for Psychology and Psychotherapy. New York: Springer Science+Business Media. 4 páginas. ISBN 9780387327570 
  6. Mocenni Chiara, Federico Bizzarri, Awareness. https://doi.org/10.20935/AL4688
  7. Papleontiou-Louca E., 2003, The concept and instruction of metacognition, Teacher development, Vol. 7, N.1, pp. 9-30.
  8. Fromm E., 1965, Awareness versus consciousness, Psychological reports Vol. 16, N. 3, pp. 711-712.
  9. Beck A. T, Baruch E., Balter J. M., Steer R. A., Warman D. M., 2004, A new instrument for measuring insight: the Beck Cognitive Insight Scale. Schizophrenia research, Vol. 68, N. 2-3, pp. 319-329.