Gigantone
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Junho de 2019) |
Gigantone é um boneco de figura humana com 3,5 a 4 metros de altura, típico das festas populares portuguesas, romarias e cortejos de carnaval. O boneco tem uma estrutura que permite ser “vestido” e manuseado por uma pessoa no seu interior. A cabeça de grandes dimensões, feita de pasta de papel, e o resto da estrutura podem atingir trinta quilos, peso suportado pelos ombros do manuseador e que faz com que a amplitude de movimentos do boneco seja limitada.
Os gigantones não aparecem sozinhos, mas em par ou grupos de casais, envergando trajes de cerimónia ou populares, e desfilando ao ritmo de música tocada por zés-pereiras. Podem ser acompanhados por cabeçudos, bonecos mais pequenos (tamanho de uma pessoa) com uma cabeça enorme e desproporcional relativamente ao corpo. A cabeça, também feita em pasta de papel, é usada como uma espécie de capacete, e as roupas são mais informais e coloridas que as dos gigantones, podendo mesmo personificar monstros ou demónios. Com maior liberdade de movimentos que os gigantones, os cabeçudos dançam e movimentam-se alegremente como um rancho de filhos ou uma corte animada ao seu redor. No Minho também são conhecidos por almajonas ou armazonas.
História
[editar | editar código-fonte]O registo, em território nacional,mais antigo onde é referido um gigante processional tem a haver com a procissão do Corpo de Deus de Évora de 1265, simbolizando, juntamente com a serpente, o demónio e o dragão, os vícios que Cristo Sacramentado tinha vencido. De resto são abundantes as referências, ao longo dos séculos, que registam a sua grande popularidade no nosso país. De notar que, erroneamente no Norte do país, se tem associado a introdução do gigantone em Portugal vindo da Galiza nos fins do séc. XIX, princípios do séc. XX.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Fontes
[editar | editar código-fonte]- OLIVEIRA, Ernesto Veiga de. «Festividades cíclicas em Portugal». Lisboa: Publicações D. Quixote,1984.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Como se faz um gigantone - Câmara Municipal de Viana do Castelo (último acesso 20.03.07)
- Página sobre gigantones, eventos, encontros internacionais, etc (último acesso 20.03.07)