Grimualdo I de Benevento
Grimualdo I | |
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Duque de Benevento | |
Representação imaginária do Rei Grimualdo I, século XIX | |
Rei dos lombardos | |
Reinado | 662 a 671 |
Antecessor(a) | Godeberto |
Sucessor(a) | Garibaldo |
Nascimento | ? |
Morte | 671 |
Grimualdo I (610 — 671) foi duque de Benevento (651-662) e rei dos lombardos (662-671).[1]
Genealogia
[editar | editar código-fonte]Nascido provavelmente antes de 610, filho de Gisulfo II, duque do Friul e da Baviera e da princesa Ramilda, filha do duque Garibaldo I da Baviera. Ele sucedeu seu irmão Radoaldo (646-651) como duque de Benevento mas, antes disso, ele foi, juntamente com Radoaldo, regente de seu irmão adotivo mentalmente incapaz Ariolfo I de 642 à sucessão de Radoaldo (651). Ele se casou com a princesa Teodota, filha do rei lombardo Ariberto I. Deste casamento nasceram os seguintes filhos [1] :
- Romualdo I - (662-684) - Duque e depois co-duque de Benevento (684-687).
- Grimualdo II - (684-687) co-duque e depois Duque de Benevento (687-689).
- Gisulfo I - (689-706) - Duque de Benevento
- Garibaldo - Rei dos lombardos (671)[1]
Reinado e guerras
[editar | editar código-fonte]Em 662, depois de ser chamado para ajudar o rei Godeberto em uma guerra com seu irmão, o rei Bertário, Grimualdo deu a seu filho mais velho Romualdo I (662-677) o ducado de Benevento e, removeu, com a ajuda de Garibaldo, duque de Turim, os obstáculos à sua realeza fraterna, assassinando Godeberto e forçando Bertário a fugir. Ele enviou Bertário, esposa e o filho Cuniberto para Benevento e assumiu o reino dos lombardos. Seguidamente a isso ele casou-se com Teodata, irmã de ambos (Godeberto e Bertário). Com isto ele provocou a um relacionamento direto com a dinastia Bávara que reinava sobre o Reino Lombardo desde os tempos de Teodolinda.[1]
Suas proezas militares e sua habilidade no campo de batalha garantiram muitas vitórias nas guerras fronteiriças. Ele levou seus exércitos à vitória pessoal contra os bizantinos sob o imperador Constante II no cerco de Benevento, onde haviam sitiado o jovem Romualdo que estava noivo de Gisa, irmã do imperador. Romualdo, após a morte de Constante II, confundiu os bizantinos e durante a rebelião de Mezecius na Sicília, tomou então Taranto e Brindisi, limitando muito a influência bizantina na região. Grimualdo tomou Forlì, no norte da península Itálica e arrasou Oderzo, onde seus irmãos haviam sido assassinados anos antes (mas não a tomou). A captura que ele fez de Forlì foi vergonhosa, massacrando os fiéis durante as festividades da Páscoa. [1]
Enquanto combatia os bizantinos no Mezzogiorno, ele deixou Lupo, duque do Friul (663–666) como regente, no norte. Lupo, entretanto, usurpou toda a autoridade e se rebelou, mas foi esmagado por Grimualdo com a ajuda dos ávaros; seu ducado foi despojado e devastado. Grimualdo perseguiu Arnefrito (666), filho de Lupo e os eslavos seus aliados e os derrotou em Nimis. Arnefrito morreu durante a batalha. Grimualdo colocou Vectário (666–678), um inimigo dos eslavos, no ducado do Friul.[1]
Grimualdo derrotou os francos que haviam invadido o território lombardo durante a infância de Clotário III, e aliou-se a Bertário, Asti e os ávaros, de quem ele tinha sido um refém na juventude. Salvou o nordeste da Itália ao derrotar as tribos eslavas e manteve a ordem interna do reino, mediante a supressão das revoltas que pretendiam a autonomia dos ducados de Friul e de Espoleto, onde ele instalou Transamundo I (665-703).[1]
Religião
[editar | editar código-fonte]A sua religião permaneceu ariana, apesar de seu casamento com uma católica. Com isto ele afastou-se do Papado. No entanto, ele permitiu o culto a São Miguel - cuja devoção se espalhava fortemente no Monte Gargano - como o guerreiro protetor da nação lombarda. [1]
Morte e sucessão
[editar | editar código-fonte]Morreu em 671, depois de concluir um tratado com os francos e foi sucedido por Bertário, a quem tinha exilado. Foi um governante popular, conhecido pelas virtudes, pela generosidade e misericórdia e por sua ferocidade e crueldade na guerra. Seu filho, Romualdo foi afastado da autoridade central e enviado para Benevento, e seu outro filho Garibaldo não foi eleito para sucedê-lo em virtude de sua juventude, permaneceu no poder durante três meses apenas e foi deposto pelos partidários de Bertário.[1]
Referências
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Gwatkin, H. M., Whitney, J. P. (ed) The Cambridge Medieval History: Volume II—The Rise of the Saracens and the Foundations of the Western Empire. Cambridge University Press, 1926.
- Oman, Charles. The Dark Ages 476-918. London, 1914.
- Diccionario universal de historia y geografía, Tomo Sexto, Madrid, 1848, editor Francisco de Paula Mellado
- Christie, N..-The lombards: the ancient longobards, Oxford, 1995
Precedido por Godeberto |
Rei dos lombardos 662 — 671 |
Sucedido por Garibaldo |
Precedido por Rodoaldo |
Duque de Benevento 651 — 662 |
Sucedido por Godeberto |