Luis García Sanz
García em 2014 | ||
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Luis Javier García Sanz | |
Data de nascimento | 24 de junho de 1978 (46 anos) | |
Local de nascimento | Badalona, Espanha | |
Nacionalidade | espanhol | |
Altura | 1,76 m | |
Pé | canhoto | |
Informações profissionais | ||
Clube atual | aposentado | |
Posição | ponta-direita ou meio-campista | |
Clubes de juventude | ||
1994–1997 | Barcelona | |
Clubes profissionais2 | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1997–1999 1999–2002 2000 2000–2001 2002–2003 2003–2004 2004–2007 2007–2009 2010 2011 2011–2012 2012–2014 2014 2016 |
Barcelona B → Valladolid (emp.) → Toledo (emp.) → Tenerife (emp.) Atlético de Madrid Barcelona Liverpool Atlético de Madrid Racing Santander Panathinaikos Puebla Pumas Atlético de Kolkata Central Coast Mariners |
35 (10) 17 (4) 42 (16) 32 (9) 38 (8) 121 (30) 75 (7) 14 (0) 24 (2) 33 (14) 47 (8) 26 (4) 10 (2) | 78 (29)
Seleção nacional3 | ||
2005–2008 2001-2008 |
Espanha Catalunha |
5 (3) | 18 (4)
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Luis Javier García Sanz (Badalona, 24 de junho de 1978) é um ex-futebolista espanhol que atuava como ponta-direita ou meio-campista. Tinha o hábito de comemorar seus gols chupando o dedo, como homenagem ao filho Joel.
Carreira
[editar | editar código-fonte]Início e passagem por clubes espanhóis
[editar | editar código-fonte]O catalão Luis Javier García Sanz começou a carreira nas categorias de base do Barcelona, destacando-se como jovem talento e sendo comprado pelo Valladolid. Passou dois anos lá, mas nunca se firmou na equipe, sendo emprestado por duas vezes, para o Toledo e para o Tenerife, onde destacou-se na temporada 2001–02.
O fato chamou a atenção do Atlético de Madrid, que voltava à primeira divisão. García recebeu o número 10 e foi titular num ataque que ainda contava com Fernando Torres, Fernando Correa e Jorge Larena. Apesar de uma campanha mediana dos colchoneros, García fez boa temporada, cujo ponto alto foi uma atuação destacada contra o seu Barcelona de origem, na qual fez um belo gol, deu uma assistência e ainda cavou a expulsão do volante Thiago Motta.
Foi, assim, recontratado pelo Barcelona na temporada seguinte. Apesar de ser um reserva de Marc Overmars e Ronaldinho, atuou bastante, pois ambos tiveram problemas com contusões. Não conseguiu evitar a derrota por 2 a 1 para o rival Real Madrid em pleno Camp Nou depois de muitos anos de tabu em casa contra os merengues. Ironicamente, não esteve na revanche — o Barcelona devolveu o 2 a 1 no Santiago Bernabéu, mas Ronaldinho pôde jogar e García assistiu a tudo do banco.
Liverpool
[editar | editar código-fonte]Enquanto Luis García via Ronaldinho assumir sua posição, seu antigo treinador no Tenerife, Rafa Benítez, tinha um problema como treinador do Liverpool: substituir Michael Owen, vendido ao Real Madrid. García e o francês Djibril Cissé, que quebrou a perna no meio da temporada, foram as apostas, e o espanhol recebeu a camisa 10 de Owen, e sua difícil missão começava.
Sua primeira temporada em Anfield foi bastante irregular: o Liverpool tinha altos e baixos na Premier League e estava bastante desacreditado na Liga dos Campeões da UEFA.
Luis García começou a deixar sua marca nos corações dos torcedores nos oitavas de final, contra o Bayer Leverkusen. Teve uma boa atuação nos 3 a 1 em casa, marcando um gol, e atuou ainda melhor na segunda partida, um 3 a 1 fora de casa, no qual foi responsável por dois gols. Na fase seguinte, fez um grande gol: contra a Juventus, deu um sem-pulo de perna esquerda que encobriu Gianluigi Buffon. O Liverpool venceu por 2 a 1 e segurou o 0 a 0 em Turim. Ele foi eleito o melhor em campo por quatro vezes seguidas, e o seria de novo, após marcar o gol que classificou a equipe à final, eliminando o Chelsea. García aproveitou um levantamento na área chutado por Milan Baros, a bola foi tirada por Ricardo Carvalho, García aproveitou o ressalto e chutou. O francês William Gallas tirou a bola, mas o juiz entendeu que ela havia entrado toda antes do corte. O que é curioso sobre o objetivo é que nenhuma câmara conseguiu um bom ângulo para ter uma prova, se foi ou se não foi gol. O então técnico do Chelsea, José Mourinho, bastante enfurecido após a partida, descreveu o lance como um "gol fantasma". Na final da Champions, no dia 25 de maio, García foi campeão na histórica vitória do Liverpool sobre o Milan, nos pênaltis, depois de saírem perdendo por 3 a 0 no primeiro tempo, na partida que ficou conhecida como "Milagre de Istambul".
Após o brilhante primeiro semestre de 2005, Luis García caiu nas graças da torcida. Apesar de nova campanha pífia no campeonato nacional, a equipe conquistou a Copa da Inglaterra. Na semifinal, o Liverpool eliminou o rival Chelsea com um belo gol do jogador espanhol, após falha de John Terry. Ele não participou da final pois estava suspenso — havia sido expulso pelo Campeonato Inglês e a Federação Inglesa decidiu puni-lo na Taça. O Liverpool bateu o West Ham nos pênaltis.[1] García também foi o protagonista de um lance capital no Mundial de Clubes da FIFA, na decisão contra o São Paulo: marcou um gol que empataria o jogo, mas que foi anulado por impedimento.
Após um bom começo de temporada pós-Copa em 2006, Luis García rompeu os ligamentos do joelho na vexatória derrota por 6 a 3 para o Arsenal no Estádio Anfield, encerrando aí sua temporada. Este acabou sendo o último jogo do espanhol pelo Liverpool. Sua saída de Anfield foi amigável, tendo escrito uma carta de agradecimento aos fãs dos Reds que foi publicada no site do clube inglês.[2] Os torcedores do Liverpool tinham uma música para ele, no ritmo de "You Are My Sunshine":
"Luis García, yeah/He drinks sangria, yeah/He came from Barça/To bring us joy/He's five-foot-seven/He's football heaven/So please don't take our Luis away"
Que significa:
"Luis García, yeah/Ele bebe sangria, yeah/Ele veio do Barça (Barcelona)/Para nos trazer alegria/Ele tem 1,70/Ele é o céu do futebol/Então não leve nosso Luis embora".
Atlético de Madrid
[editar | editar código-fonte]Após três vitoriosos anos na Inglaterra, Luis García desejou voltar para a Espanha. Quando o Atlético negociou Fernando Torres com o Liverpool, em julho de 2007, chegou a pedir García de contrapeso. O jogador aceitou voltar ao à equipe colchonera, mas acabou sendo um negócio à parte, custando 8,25 milhões de euros.[3]
Na pré-temporada, reestreou num amistoso contra a Lazio, no qual fez um gol e lesionou a coxa. Aos poucos voltou a equipe, sempre começando do banco, enquanto os colchoneros recuperam-se de um mau começo no Campeonato Espanhol.
Puebla e Pumas
[editar | editar código-fonte]Em 2011, Luis García acertou com o Puebla, do México. Já em 2012, defendeu a equipe mexicana do Pumas.
Aposentadoria
[editar | editar código-fonte]No dia 14 de janeiro de 2014, García anunciou sua aposentadoria do futebol via seu site oficial.[4] No entanto, em junho do mesmo ano, decidiu retornar da aposentadoria e assinou com o Atlético de Kolkata, da Índia, que disputaria a temporada inaugural de sua liga local.
Seleção Espanhola
[editar | editar código-fonte]A estreia de Luis García na Seleção Espanhola não poderia ter sido mais positiva. A Espanha havia ficado em segundo lugar nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2006, perdendo para a Sérvia em Belgrado e apenas empatando fora. Foi, então, para a repescagem contra a Eslováquia. García fez sua estreia no dia 12 de novembro de 2005, na goleada por 5 a 1 contra os eslovacos em casa, marcando três gols e sofreu um pênalti convertido por Fernando Torres. O jogador chegou a cometer um erro no gol da Eslováquia ao errar um passe para trás, mas ainda assim carimbou assim seu passaporte para a Copa do Mundo, sendo convocado pelo treinador Luis Aragonés.[5] Vestindo a camisa 11, Luis García foi titular nos dois primeiros jogos da equipe, nas vitórias contra Ucrânia e Tunísia. O atacante foi preterido na terceira partida, contra a Arábia Saudita, e começou no banco de reservas no duelo mais difícil dos espanhóis, contra a França, nas oitavas de final. García foi acionado por Aragonés e entrou no segundo tempo, no lugar do capitão Raúl, mas pouco pôde fazer e não impediu a derrota por 3 a 1, que decretou a eliminação da Fúria.[6]
Após a Copa do Mundo, García continuou como titular da Espanha, marcando inclusive um gol nas Eliminatórias para a Euro 2008, mas após sua lesão pelo Liverpool,[7] não voltou a ser chamado.
Estilo de jogo
[editar | editar código-fonte]Luis García era um ponta que podia atuar aberto pela direita ou pela esquerda, podendo também jogar como meio-campista ou até mesmo no ataque, como um segundo atacante, atrás de um centroavante mais forte. Foi um jogador talentoso, mas que às vezes era criticado por prender demais a bola, e em locais impróprios. Franzino, recebia muitas faltas, mas era também conhecido por reclamar bastante — o que acabaria por lhe render advertências.
Títulos
[editar | editar código-fonte]- Liverpool
- Liga dos Campeões da UEFA: 2004–05[8]
- Supercopa da UEFA: 2005[9]
- Copa da Inglaterra: 2005–06[nota 1]
- Supercopa da Inglaterra: 2006[10]
- Atlético Kolkata
Prêmios individuais
[editar | editar código-fonte]Notas e referências
Notas
- ↑ García perdeu a final da Copa da Inglaterra de 2006 devido a suspensão. No entanto, recebeu a medalha de campeão concedida pela The Football Association.
Referências
- ↑ «Liverpool 3–3 West Ham United» (em inglês). LFC History. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ Carta de despedida do Liverpool
- ↑ «Atlético de Madrid traz Luis Garcia». Trivela. 3 de julho de 2007. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ «Maior terror de Mourinho, autor de 'gol fantasma' na Champions anuncia aposentadoria». ESPN Brasil. 14 de janeiro de 2014. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ «Marcos Senna é convocado, e Morientes fica fora da lista final». UOL. 15 de maio de 2006. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ «França mantém Espanha 'freguesa' e reedita final de 98 com Brasil». UOL. 27 de junho de 2006. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ «Liverpool perde Luis Garcia pelo restante da temporada». Trivela. 10 de janeiro de 2007. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ «AC Milan 3–3 Liverpool» (em inglês). LFC History. Consultado em 18 de agosto de 2014
- ↑ «Liverpool 3–1 CSKA Moscow» (em inglês). LFC History. Consultado em 18 de agosto de 2014
- ↑ «Liverpool 2–1 Chelsea» (em inglês). LFC History. Consultado em 18 de agosto de 2014
- ↑ «Liverpool duo named in UEFA Team of 2005» (em inglês). RTÉ. 14 de junho de 2007. Consultado em 8 de maio de 2024
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Luis García». no oGol
- «Luis García». no Transfermarkt
- «Luis García». no Soccerway
- Nascidos em 1978
- Futebolistas do ATK
- Futebolistas da Catalunha
- Futebolistas do Futbol Club Barcelona
- Futebolistas do Panathinaikos FC
- Futebolistas do Futbol Club Barcelona B
- Futebolistas do Real Valladolid Club de Fútbol
- Futebolistas do Club Deportivo Tenerife
- Futebolistas do Club Atlético de Madrid
- Futebolistas do Liverpool F.C.
- Futebolistas do Tottenham Hotspur F.C.
- Futebolistas do Real Racing Club de Santander
- Futebolistas do Club Puebla
- Futebolistas do Pumas UNAM
- Futebolistas do Central Coast Mariners Football Club
- Jogadores da Seleção Espanhola de Futebol
- Jogadores da Copa do Mundo FIFA de 2006