Saltar para o conteúdo

McDonnell Douglas A-4 Skyhawk

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


A-4 (A4D) Skyhawk
Caça
McDonnell Douglas A-4 Skyhawk
Descrição
Tipo / Missão Aeronave de ataque
Caça-bombardeiro
Caça multifunção
Com motor turbojato, monomotor monoplano
País de origem  Estados Unidos
Fabricante Douglas Aircraft Company
McDonnell Douglas
Período de produção 1954-1979
Quantidade produzida 2960
Custo unitário US$ 860 000 (anos 50)
Primeiro voo em 22 de junho de 1954 (70 anos)
Introduzido em outubro de 1956
Tripulação 1 (ou 2 na versão de treinamento)
Especificações (Modelo: A-4F Skyhawk)
Dimensões
Comprimento 12,2 m (40,0 ft)
Envergadura 8,4 m (27,6 ft)
Altura 4,6 m (15,1 ft)
Área das asas 24,15  (260 ft²)
Alongamento 2.9
Peso(s)
Peso vazio 4 750 kg (10 500 lb)
Peso carregado 8 318 kg (18 300 lb)
Peso máx. de decolagem 11 136 kg (24 600 lb)
Propulsão
Motor(es) 1 x turbojato Pratt & Whitney J52-P8A
Força de empuxo (por motor) 4 218 kgf (41 400 N)
Performance
Velocidade máxima 1 083 km/h (585 kn)
Alcance bélico 1 158 km (720 mi)
Alcance (MTOW) 3 220 km (2 000 mi)
Teto máximo 12 880 m (42 300 ft)
Razão de subida 43 m/s
Armamentos
Metralhadoras / Canhões 2× 20 mm Colt Mk 12 cannon, 100 tiros por arma
Mísseis AIM-9 Sidewinder
Bombas 4 490 kg em bombas

O McDonnell Douglas A-4 Skyhawk é um avião de ataque naval especialmente desenvolvido para operar a partir de porta-aviões. Desenvolvido nos anos 1950 para a Marinha dos Estados Unidos, o pequeno, econômico, mas versátil Skyhawk continua em uso em diversas forças aéreas do mundo.[1][2]

Em janeiro de 1952, a equipe de Edward Henry Heinemann (mais conhecido como Ed Heinemann) projetista-chefe da Douglas Aircraft Company (mais tarde McDonnell Douglas) apresentou um projeto para a Marinha dos Estados Unidos em resposta a uma requisição daquela força, que necessitava de uma aeronave de ataque com capacidade nuclear, baseada em porta-aviões, com raio de ação de 555 km, capaz de transportar 908 kg de armamento e atingir velocidades de 805 km/h, pesando até 13 600 kg e que não deveria custar mais de US$ 1 000 000,00 (um milhão de dólares) por unidade. Para cumprir essas difíceis exigências, o que Heinemann fez foi: peguei o melhor motor a jato, coloquei asas e esqueci o resto (sic). De fato, a "simplicidade" do projeto de Heinemann agradou à Marinha Americana que autorizou a fabricação de 2 protótipos, designados inicialmente como XA4D-1, mas que passaram logo depois para XA-4A devido a uma mudança na nomenclatura de aeronaves.

O modelo inicial foi apresentado duas semanas após a primeira avaliação e tinha comprimento de 12,01 m, peso de 5 440 kg, velocidade superior à 950 km/h, carga de armas de 2 250 kg (incluindo artefatos nucleares) e uma envergadura de apenas 8,38 m, o que dispensava a necessidade de asas dobráveis para armazenamento em porta-aviões. O primeiro voo da nova aeronave aconteceu em 22 de junho de 1954. As dezoito aeronaves de pré-série, conhecidas como YA4D-1 (A-4A), foram seguidas pelo modelo de produção, chamado de A4D-1 (A-4A), que voou em 14 de agosto de 1954. Em 15 de outubro de 1955, apenas dois meses após o seu primeiro voo, o A4D-1 ou (A-4A) bateu o recorde de velocidade em circuito fechado de 500 km, atingindo 1 118 km/h.

As primeiras unidades começaram a ser entregas para a Marinha Americana em meados de 1956 e entraram em serviço ativo em outubro do mesmo ano. A produção foi mantida até fevereiro de 1979, totalizando 2 960 exemplares construídos em pelo menos 20 versões diferentes. A última versão produzida nova para os norte-americanos foi a A-4M, uma aeronave bastante sofisticada, usada principalmente pelos esquadrões do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos e o último modelo a sair da linha de montagem foi o A-4KU, uma série especial de 30 aeronaves (mais 6 bipostos TA-4KU) fornecidos para o Kuwait mas que atualmente servem à Marinha do Brasil.

A-4Fs em 1993.
A-4K Sykhawk (s/n NZ6201)

No decorrer de sua carreira, o Skyhawk perdeu a função de ataque nuclear mas ganhou a capacidade para operar em qualquer tempo, sendo que a principal modificação visível foi uma espécie de "corcunda" ou "corcova", introduzida, a partir do modelo A-4F, na parte superior da fuselagem, para receber aviônicos. Os aviões assim fabricados (e os modelos mais antigos que também ganharam a "corcova") ficaram conhecidos como camel (camelo). Mas o A-4 possuía outros apelidos, como bantam (o equivalente em inglês ao peso galo do boxe) e scooter (patinete) uma alusão à grande altura do trem de pouso. Devido ao apelido bantam, alguns pilotos se referiam (referem) ao Skyhawk como galinho-de-briga ou bombardeiro peso galo. Interessante lembrar que o nome Skyhawk significa gavião do céu.

A serviço dos EUA, os Skyhawks continuaram voando na função Agressor para o fuzileiros e para a marinha até o final do século XX. Esta última também operou o aparelho na equipe acrobática Blue Angels e o modelo TA-4J operou nos esquadrões de treinamento avançado até 1999, quando foram substituídos por T-45A Goshawk.

A grande versatilidade do Skyhawk fez dele uma ótima opção para diversas forças aéreas ao redor do mundo, razão pela qual o avião ainda continua em plena atividade no início do século XXI. 2 960 aeronaves foram produzidas.

Pela Força Aérea e Marinha Argentinas, o A-4 teve destacado papel na Guerra das Malvinas. Aeronaves A-4P e A-4Q (A-4B) e A-4C conduziram diversas missões de ataque durante o conflito do Atlântico Sul, geralmente carregando bombas e realizando ataques anti-navio. As aeronaves da Força Aérea Argentina receberam faixas amarelas e posteriormente azul turquesa como forma de identificá-las como "amigas" perante as baterias de artilharia anti-aérea argentina estacionadas nas ilhas Malvinas durante o conflito.

A Argentina, junto com Israel, foi um dos maiores operadores do Skyhawk. Desde 1998, uma versão modernizada conhecida como A-4AR Fightinghawk está operando pela Força Aérea Argentina. Esta versão está equipada com o radar ARG-1, uma versão do AN/APG-66 do F-16. 36 unidades estão operacionais.

Entre os operadores do A-4 Skyhawk nas suas diversas variantes incluem-se os seguintes países e as seguintes forças armadas:

Marinha do Brasil

[editar | editar código-fonte]

A Marinha do Brasil possui 6 Skyhawks A-4KU, a última versão produzida. Desses, 4 são monopostos (versão A-4KU) e 2 bipostos de treinamento (TA-4KU).

O modelo monoposto foi designado AF-1 e o biposto AF-1A.[carece de fontes?]

Um caça Skyhawk no porta-aviões NAe São Paulo (A-12).

Os AF-1 e AF-1A foram comprados no final dos anos 90 do Kuwait e são aeronaves veteranas de guerra, tendo participado de missões de combate da Operação Tempestade no Deserto no início de 1991. Durante o conflito de 1991, voaram com uma camuflagem em areia, marrom e cinza, além de levarem escrito na lateral da fuselagem as palavras "Free Kuwait".[3]

Os Skyhawk brasileiros ficam sediados na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA), são operados pelo 1º Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (Esquadrão VF-1)[4] e operavam embarcados no NAe São Paulo.

Em 15 de abril de 2009, a Embraer e a Marinha do Brasil assinaram um contrato de $ 106 milhões para modernização de nove AF-1 e três AF-1A. Até 2019, cinco aeronaves haviam sido modernizadas.[carece de fontes?] O último caça modernizado, um AF-1B, foi entregue à Marinha em 20 de abril de 2022, na unidade industrial Embraer Defesa e Segurança, em Gavião Peixoto.[5]

Em 21 de outubro de 2019, um caça AF-1 monoposto da Marinha do Brasil sofreu um acidente na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro.[6]


Referências

  1. "Skyhawk". Air Victory Museum. Acessado em 22 de outuro de 2013.
  2. "Douglas A-4F Skyhawk II". Museum of Flight. Acessado em 22 de outuro de 2013.
  3. Perfis de Aviões .
  4. «EsqdVF-1». Foraer. Marinha. Consultado em 14 de julho de 2016 
  5. Embraer entrega último caça AF1B modernizado à Marinha do Brasil
  6. Caça AF-1 da Marinha sofre acidente no Rio de Janeiro/

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Commons Imagens e media no Commons