Transportes do Paraguai
Os transportes no Paraguai começaram com a rede fluvial, que determinou historicamente as comunicações internas e externas do país, mas na segunda metade do século XX os transportes terrestres e aéreo experimentaram enorme desenvolvimento. Quatro grandes rodovias se entroncam em Assunção. Uma delas atravessa o Chaco até a fronteira boliviana, outra atravessa o rio Paraguai até a margem argentina, onde se liga à estrada para Buenos Aires. Uma terceira vai até Encarnación, no sul, e a última une a capital ao leste, e cruza o rio Paraná na ponte da Amizade, para em seguida juntar-se à estrada que atravessa o território brasileiro até o porto de Paranaguá (PR), por onde é escoada grande quantidade das exportações paraguaias.
História
[editar | editar código-fonte]Desde o início da colonização espanhola no Paraguai, o transporte fluvial desempenhou o desenvolvimento e a comunicação externa e interna do país, já que o Paraguai era um país bastante isolado devido a distância até o mar e os biomas da Mata Atlântica, pântanos, Cerrado e o Chaco ocupando grande parte do território, contribuindo ainda mais para o isolamento com o exterior.[1] Os rios mais importantes tinha e até hoje são o Rio Paraguai e o Rio Paraná. Durante a Guerra do Paraguai por exemplo, a invasão do Brasil, Argentina e Uruguai em território paraguaio só foi possível graças a existência destes rios, possibilitando a travessia de barcos de pequeno a grande porte.[2]
A partir do início do século XX, o país começou a se desenvolver, com a construção das primeiras estradas e ferrovias. Com a chegada do governo ditatorial de Alfredo Stroessner em 1954, o Paraguai começou a experimentar um grande desenvolvimento e crescimento econômico, pois o regime incentivou a expansão do setor rodoviário e aéreo do país. Em 1959, foi construída a Ruta 2, que foi a primeira estrada a conectar o Paraguai com o Brasil, na BR-277, sendo concluída com o asfaltamento em 1962 e a inauguração da Ponte da Amizade em 1965, ligando os dois países.[3] O objetivo desta rodovia, é exportar produtos paraguaios para o Oceano Atlântico através do Porto de Paranaguá no Brasil, ao invés de acessar pela Bacia do rio da Prata na Argentina como anteriormente.[3] Pouco tempo depois, foi construída a Ruta 9, mais conhecida como Transchaco, que atravessa o bioma do Chaco e termina na fronteira com a Bolívia. A construção da rodovia teve ajuda financeira dos Estados Unidos. O objetivo da rodovia é exportar produtos paraguaios para o Oceano Pacífico através da Bolívia e o Peru.
Na aviação, foi construído o Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, que serve a capital Assunção, que possibilitou conectar o Paraguai pelo ar até em continentes distantes, como a América do Norte e Europa com a companhia aérea estatal Líneas Aéreas Paraguayas. Pelo interior do país, foram construídos pequenos aeroportos para acessar cidades isoladas e contribuir com a agricultura, prestado por aeronaves do Transporte Aéreo Militar, já que a LAP servia apenas destinos internacionais. Em 1988, foram iniciadas as obras no Aeroporto Internacional Guaraní em Ciudad del Este, na época Puerto Presidente Stroessner, sendo inaugurado em 1993.[4] Este aeroporto se destaca pelo grande movimento de cargas, sendo o segundo mais movimentado do país, depois de Assunção. Atualmente, a rede de transporte do Paraguai ainda está se expandindo.
Referências
- ↑ «Geography of Paraguay, Landforms - World Atlas». www.worldatlas.com. Consultado em 20 de junho de 2020
- ↑ «Batalha Naval do Riachuelo». Brasil Escola. Consultado em 20 de junho de 2020
- ↑ a b «50 AÑOS DE HISTORIA». ultimahora.com (em espanhol). 5 de dezembro de 2007. Consultado em 20 de junho de 2020
- ↑ «Google Timelapse». earthengine.google.com. Consultado em 20 de junho de 2020