Lista de praças de Salvador
Esta é uma lista de praças de Salvador, município capital do estado brasileiro da Bahia. No passado, notadamente até a instalação de chafarizes para abastecimento público de água na década de 1850, as praças de Salvador eram espaços de festividades e procissões religiosas católicas, manifestações do poder local ou imperial como punições no pelourinho, execuções penais na forca e proclamas de novas leis, como também comércio de alimentos e serviços pela população negra.[1]
Em tempos mais recentes, as praças são espaços abertos de lazer, encontro e convivência da população soteropolitana e, conforme o mobiliário urbano de que dispõem, são notadas como centros culturais importantes em Salvador.[2] Nesse sentido, até início de 2010, a Fundação Gregório de Mattos (FGM), fundação governamental municipal responsável pela cultura de Salvador, chegou a manter uma lista de praças existentes em Salvador[3] elaborada no contexto de um mapeamento cultural que incluiu associações de bairro, bibliotecas, entidades carnavalescas, grupos de capoeira, parques, teatros, dentre outros.[4] Nesse mapeamento é possível contar 357 praças.[3] Já de acordo com informações de 2018, são mais 600 praças espalhadas pelos bairros da cidade.[2]
O mobiliário urbano das praças soteropolitanas é produzido em fábrica da Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (DESAL), autarquia municipal.[2][5] E, no período 2013-2018, 245 praças receberam novos mobiliários a partir da execução de obras públicas nesses espaços.[2] Além de atividades culturais já mencionadas, há praças com mobiliários que possibilitam atividades físicas, tal quais as quadras esportivas, aparelhos de ginástica, pistas de caminhada, ciclovias e espaços para ioga, patinação, skate e rodas de capoeira.[2][6] Há ainda aquelas com brinquedos dos parques infantis e mesas para jogos.[6][5] Nesse quesito, segundo informações da DESAL de 2017, a Praça ACM, no bairro de São Caetano, atraiu 700 crianças, em média, em horários de pico e nos fins de semana, conferindo a posição de "praça mais frequentada da capital baiana".[5]
A história de Salvador, uma vez entendida a partir da fundação da cidade em 1549, começou com o estabelecimento de uma praça.[2] Trata-se da Praça Tomé de Souza ou Praça Municipal, já chamada também de Praça da Parada e Praça do Palácio.[2] Inicialmente seu entorno foi formado por edifícios da administração colonial portuguesa até a transferência da sede do Governo-Geral do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763.[2] No período mais recente, em seu entorno estão o edifício da Câmara Municipal de Salvador, o Palácio Tomé de Sousa (sede da Prefeitura Municipal de Salvador), o nível superior do Elevador Lacerda e o Palácio Rio Branco (que já foi sede do governo estadual baiano e da primeira biblioteca pública brasileira).[2] De forma semelhante, a parte mais famosa de Salvador é o Pelourinho, justamente o Largo do Pelourinho e seus arredores que conformam uma parte do Centro Histórico de Salvador,[7] núcleo urbano inicial amuralhado.
Ainda em termos de história, destacam-se a Praça da Piedade (onde foram enforcados parte da liderança da Revolta dos Búzios),[1] o Largo da Vitória ou Praça Rodrigues Lima (onde está a segunda igreja mais antiga do Brasil, a Igreja de Nossa Senhora da Vitória),[8] a Praça Castro Alves (antigo Largo da Quitanda e depois Largo São João, em função do Teatro São João, o primeiro teatro público brasileiro,[2] e local dos encontros de trios elétricos do Carnaval de Salvador[9]). Em termos de área, a maior praça de Salvador está situada nos Barris e tem 37 mil metros quadrados.[5][6] É a Praça Doutor João Mangabeira.(ou Largo dos Barris), para onde confluem as avenidas Vale do Tororó, Vale dos Barris, Presidente Costa e Silva, Vasco da Gama e Centenário. Por vezes também referida como a maior praça de Salvador,[10] o Largo do Campo Grande tem 36 200 metros quadrados de extensão, já se chamou Campo de São Pedro e seu outro nome, Praça Dois de Julho, deve-se à importância do local no processo da Independência da Bahia e ao Monumento ao Dois de Julho, que está lá instalado desde 1895.[2] No século XIX, o Terreiro de Jesus era a maior praça.[11]
Lista
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∑ 59 items.
Ver também
editarReferências
- ↑ a b Marocci, Gina (2 de abril de 2021). «Para que serviam as praças de Salvador na época da Colônia». leiamaisba.com.br. Consultado em 1 de setembro de 2021
- ↑ a b c d e f g h i j k Estúdio Correio (29 de março de 2018). «A praça é do povo: são mais de 600 espalhadas por Salvador». Jornal Correio. Consultado em 1 de setembro de 2021
- ↑ a b «PRAÇAS DE SALVADOR». Fundação Gregório de Matos. Arquivado do original em 29 de janeiro de 2010
- ↑ Fundação Gregório de Mattos. «Mapeamento cultural». Consultado em 1 de setembro de 2021. Arquivado do original em 4 de janeiro de 2010
- ↑ a b c d SECOM - SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO (9 de outubro de 2017). «Mais de 230 praças municipais são opções de lazer para a criançada em Salvador». Consultado em 1 de setembro de 2021
- ↑ a b c Da Redação (28 de setembro de 2020). «Praças de Salvador são reabertas após seis meses fechadas». Jornal Correio. Consultado em 1 de setembro de 2021
- ↑ «Pelourinho, a parte mais famosa de Salvador». Abrace o Mundo. 10 de novembro de 2018. Consultado em 1 de setembro de 2021
- ↑ Do G1 BA (15 de julho de 2014). «2ª mais antiga do país, Igreja de N. Sra da Vitória é tombada pelo Iphan na BA». G1. Consultado em 1 de setembro de 2021
- ↑ Conexão Bahia (17 de fevereiro de 2020). «Cacau Caribé conta como começou o encontro de trios da Praça Castro Alves». Gshow. Consultado em 1 de setembro de 2021
- ↑ Lyrio, Alexandre (27 de outubro de 2013). «Bairros de classe média em Salvador ficam desertos a partir das 20 horas». iBahia. Consultado em 2 de setembro de 2021
- ↑ Oliveira, Mateus Costa de (agosto de 2019). CORTEJO DO DOIS DE JULHO: ENTRE ACTANTES E REDES (PDF). XV Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (ENECULT). Salvador. p. 2. Consultado em 1 de setembro de 2021
Bibliografia
editar- Góes, Gabriel Salles; Oliveira, Maria Zélia Alencar de (1 de junho de 2011). «ARBORIZAÇÃO DE RUAS E PRAÇAS EM SALVADOR, BAHIA». Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (2): 22–43. ISSN 1980-7694. doi:10.5380/revsbau.v6i2.66393. Consultado em 1 de setembro de 2021
- Solange Souza Araújo (2006), Tipomorfologia das praças e largos de Salvador: intervenções em espaços, Wikidata Q108145492
Ligações externas
editar- Monumentos, largos e praças no portal governamental Pelourinho Dia e Noite
- SALVADOR, Decreto nº 15629, de 2005. Cria o “Programa Nossa Praça” e dá outras providências.
- «Praça Cairu, em Salvador, tem nome alterado e vira Praça Maria Felipa; entenda como são feitas as mudanças». G1. 14 de março de 2024. Consultado em 26 de março de 2024
- «20 de Novembro: conheça ruas, praças, escolas e monumentos em Salvador que homenageiam personalidades negras». G1. 20 de novembro de 2023. Consultado em 26 de março de 2024
- «Conheça nomes curiosos de ruas e bairros de Salvador». R7.com. 13 de outubro de 2013. Consultado em 26 de março de 2024