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Paço Episcopal do Porto

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Paço Episcopal do Porto
Paço Episcopal do Porto
Fachada principal
Informações gerais
Tipo Paço episcopal
Estilo dominante Barroco
Arquiteto(a) Nicolau Nasoni
Início da construção século XVIII (edifício atual)
Função inicial Residência bispal
Função atual Museu
Diocese Diocese do Porto
Património de Portugal
Classificação  Monumento Nacional
Ano 1910
DGPC 70404
SIPA 5452
Geografia
País Portugal
Cidade Porto
Coordenadas 41° 08′ 31,37″ N, 8° 36′ 41,34″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico


O Paço Episcopal do Porto é a antiga residência dos bispos do Porto. Situa-se adjacente à Sé do Porto e, pela sua posição elevada, domina a paisagem do centro histórico do Porto.[1]

O Paço Episcopal do Porto está classificado como Monumento Nacional desde 1910.[2]

Atribui-se com frequência a iniciativa da construção do Paço Episcopal do Porto ao bispo D. Fr. João Rafael de Mendonça, que implicou a demolição total do antigo Paço e a encomenda deste novo projecto. No entanto, a construção da obra ir-se-ia prolongar durante vários anos e o bispo não chegaria a vê-la completa. Ainda assim, muitos trechos do traçado original foram alterados e outros terminados à pressa em prejuízo do conjunto global, estrutura, clareza e unidade arquitectónica.

Porém, é consensual a influência de Nicolau Nasoni no alçado da frontaria, projectando-se em duas fachadas facilmente reconhecidas, a de ocidente e a de sul. Deste bloco, de digna imponência, majestosa e elegante mas não pesada, rasgam-se dezenas de janelas barrocas. Perto da Sé Catedral, sobre penhascos colossais, a fachada principal ficou a mais baixa.

Forem feitas várias obras de reconstrução do paço, tendo sido uma das mais importantes aquela efectuada pelo bispo D. Luís Pires, ao qual se deve o mérito de aumentar e organizar a importante biblioteca. A mais profunda remodelação seria durante a idade barroca, da iniciativa do Cabido da Sé.

Entre 1916 e 1956, sediou a Câmara Municipal do Porto, enquanto a remodelação da Praça da Liberdade e construção dos novos Paços do Concelho ocorreram.

Actualmente este paço pertence ao Estado e foi recentemente recuperado.

No eixo da composição ergue-se o conjunto portão-janela de honra. O brasão de armas, em pedra, sobrepõe-se ligeiramente ao friso do entablamente que decora a frontaria e acima do beirado eleva-se um frontão curvo e ornamentando, como coroamento do monumental eixo. O brasão é flanqueado de larga decoração. Sobre as lojas, para as quais se abrem cinco portas almofadadas e sete janelas baixas e gradeadas, avistam-se as 24 janelas do andar nobre, 12 de cada lado, unidas verticalmente duas a duas, alternando-se os ornamentos: uns festivos e outros menos ornamentados; cada uma destas janelas abre para varandins guarnecidos de ferro forjado e desenho delicado.

O interior é composto por amplos salões, alguns exuberando excelentes peças de mobiliário, muitas salas, muitos quartos característicos da época anterior à sofrida expropriação. No fundo do vestíbulo desenvolve-se a escadaria nobre, com decoração mural bem posterior à do início do projecto, embora surpreendentemente concordantes no seu conjunto, tectos, lanternim, patamares, corrimões, a entrada do andar nobre, um verdadeiro portal palaciano.

Referências

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