Hipertensão intracraniana idiopática
Hipertensão intracraniana idiopática | |
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Para a HII ser diagnosticada, escaneamentos de cérebro (como a ressonância magnética) devem ser realizados para garantir de que não há nenhuma causa subjacente para a pressão intracraniana aumentada | |
Especialidade | neurologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | G93.2 |
CID-9 | 348.2 |
OMIM | 243200 |
DiseasesDB | 1331 |
MedlinePlus | 000351 |
eMedicine | neuro/329 oph/190 neuro/537 |
MeSH | D011559 |
Leia o aviso médico |
A hipertensão intracraniana idiopática (HII), também conhecida como hipertensão intracraniana benigna ou pseudotumor cerebral, é um transtorno neurológico que é caracterizado por um aumento da pressão intracraniana na ausência de um tumor ou outras doenças. A doença ocorre mais comumente em mulheres jovens, especialmente nas obesas.
Sinais e sintomas
[editar | editar código-fonte]O sintoma mais comum da HII é a dor de cabeça, que ocorre em quase (92-94%) todos os casos. Ela é caracteristicamente pior na manhã. Muitos pacientes apresentam também zumbido pulsátil em uma ou ambas as orelhas (64-87%). Também podem estar presentes náuseas, vômitos, paralisia dos nervos cranianos e papiledema.
Causas
[editar | editar código-fonte]A pressão intracraniana pode estar aumentada devido a medicamentos como derivados da vitamina A em altas doses (para tratamento da acne), antibióticos tetraciclinas e contraceptivos orais.
Diagnóstico
[editar | editar código-fonte]Para o diagnóstico é utilizado exames de imagem como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e Perimetria do Movimento para excluir a presença de tumores. Também é realizada punção lombar para manometria e exame do líquido cefalorraquidiano (LCR).
Tratamento
[editar | editar código-fonte]O objetivo principal do tratamento é a prevenção da perda visual e da cegueira, assim como o controle dos sintomas. A HII é tratada principalmente através da redução da pressão do LCR e, quando possível, através da perda de peso.
Medicamentos
[editar | editar código-fonte]O tratamento medicamentoso mais bem estudo é a acetazolamida, que atua inibindo a enzima anidrase carbônica e reduz a produção do LCR em 6-57%. Também podem ser utilizados analgésicos para o controle da dor de cabeça. O uso de esteróides para reduzir a pressão intracraniana é controverso.
Cirurgia
[editar | editar código-fonte]Existem dois procedimentos cirúrgicos principais no tratamento da HII: descompressão da bainha do nervo óptico e shunting. No shunting, realizado por neurocirurgião, é criado um conduto no qual o LCR é drenado para outra cavidade corporal, como a cavidade peritoneal ou átrio direito do coração. Em casos de obesidade grave, a cirurgia do bypass gástrico tem se mostrado como uma melhoria nos sintomas.
Prognóstico
[editar | editar código-fonte]A HII geralmente não afeta a expectativa de vida. As principais complicações da HII surgem do papiledema resistente ao tratamento ou não tratado. Em diversos estudos de casos, o risco a longo prazo da visão de uma pessoa ser significantemente afetada pelo HII é relatada ser entre 10 e 25%.
Epidemiologia
[editar | editar código-fonte]A incidência da HII é fortemente determinada pelo sexo e peso corporal. O sexo feminino e a obesidade aumenta em muitas vezes o risco de uma pessoa desenvolver a HII.
História
[editar | editar código-fonte]A doença foi renomeada em 1955 para "hipertensão intracraniana benigna" para diferenciá-la da hipertensão intracraniana devido a causas malignas (como o câncer). Hoje este termo não é mais utilizado pois foi considerado que a doença não pode ser considerada benigna, já que esta pode causar a cegueira do paciente.