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Íbis

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Íbis (desambiguação).
Como ler uma infocaixa de taxonomiaThreskiornithinae

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Pelecaniformes
Família: Threskiornithidae
Subfamília: Threskiornithinae
Géneros
Ver texto

Os íbis são um grupo de aves pelecaniformes da família Threskiornithidae que formam a subfamília Threskiornithinae e que habitam pântanos, florestas e planícies,[1] sendo geralmente encontradas nas margens de lagos ou rios de regiões quentes.[2] As aves pertencentes a esta subfamília também são conhecidas como curicacas, tresquiórnis e entre outros nomes, sendo que as espécies brasileiras têm nomes locais muito variados.

São aves pernaltas, com pescoços longos e bicos compridos e encurvados para baixo. São na maioria dos casos animais gregários, que vivem e se alimentam em grupo. Vivem em zonas costeiras ou perto de água, sondando a lama em busca de alimentos, geralmente crustáceos e moluscos. Alguns íbis mudaram para uma existência predominantemente terrestre longe da água, fazendo ninhos em penhascos em vez de em árvores e arbustos em ilhas protegidas.[3] O grupo está distribuído pelas regiões quentes de todos os continentes. São monogâmicos e altamente territoriais durante a nidificação e alimentação. Todas as espécies existentes são capazes de voar.[1]

Vocalização de reagrupamento da íbis ao anoitecer

Espécies em ordem taxonômica

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Existem 28 espécies existentes e 6 espécies extintas de íbis.

Imagem Gênero Espécies
Threskiornis G.R. Gray, 1842
Pseudibis Hodgson, 1844
Thaumatibis
Geronticus Wagler, 1832
Nipponia Reichenbach, 1850
Bostrychia G.R. Gray, 1847
Theristicus Wagler, 1832
Cercibis Wagler, 1832
Mesembrinibis J.L. Peters, 1930
Phimosus Wagler, 1832
Eudocimus Wagler, 1832
Plegadis Kaup, 1829
Lophotibis L. Reichenbach, 1853
Apteribis Olson & Wetmore, 1976

De acordo com a tradição popular em alguns países, o íbis é a última ave a desaparecer antes de um furacão e a primeira a surgir depois da tempestade passar.[carece de fontes?]

No Antigo Egito, o íbis era objeto de veneração religiosa e associado ao deus Tote. Ele é responsável pela escrita, matemática, medição e tempo, bem como a lua e magia. Em obras de arte do período tardio do Antigo Egito, Tote é popularmente representado como um homem com cabeça de íbis durante o ato de escrever.[4]

Na cidade de Hermópolis, íbis foram criados especificamente para fins de sacrifício e no serapeum em Saqqara, os arqueólogos encontraram múmias de um milhão e meio de íbis e centenas de milhares de falcões.[5]

De acordo com a lenda local na área de Birecik na Turquia, o íbis-eremita foi um dos primeiros pássaros que Noé libertou da Arca como um símbolo de fertilidade.[6]

Na Bíblia, nos livros de Levítico e Deuteronômio, o íbis é mencionado como um animal imundo, não adequado para alimentação. O íbis foi citado na Bíblia Católica e na Nova Tradução na Linguagem de Hoje no Livro de Jó como sendo uma ave que anuncia as enchentes do Rio Nilo (Jó 38:36).

Wikispecies
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Referências

  1. a b Longrich, Nicholas R.; Olson, Storrs L. (2011). «The bizarre wing of the Jamaican flightless ibis Xenicibis xympithecus: a unique vertebrate adaptation». Proc Biol Sci. 278 (1716): 2333–2337. PMC 3119002Acessível livremente. PMID 21208965. doi:10.1098/rspb.2010.2117 
  2. Dicionário infopédia da Língua Portuguesa (2003–2020). «Íbis». Porto Editora. Consultado em 23 de novembro de 2020 
  3. Winkler, D. W.; Billerman, S. M.; Lovette, I.J. (2020). «Ibises and Spoonbills (Threskiornithidae)». Birds of the World. Ithaca, NY: Cornell Lab of Ornithology 
  4. Birmingham Museum of Art. «Ibis». Consultado em 23 de novembro de 2020 
  5. Fleming, Furgus; Lothian, Alan (1997). The Way to Eternity: Egyptian Myth. Amsterdam: Time-Life Books. pp. 66–67 
  6. Shuker, Karl (2003). The Beasts That Hide from Man: Seeking the World's Last Undiscovered Animals. [S.l.]: Cosimo. pp. 166–168. ISBN 1-931044-64-3