Saltar para o conteúdo

Lista de dígrafos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Ai (dígrafo))

Segue a lista de dígrafos do alfabeto latino.

⟨Ai⟩

⟨Ay⟩

⟨Ch⟩

⟨Cu⟩

⟨Ei⟩

⟨Gu⟩

⟨IJ⟩

⟨Lh⟩

⟨Ng⟩, representa uma velar nasal ou sonoro dorsal /ŋ/ nas línguas europeias (p. ex. alemão, danês, sueco, inglês, galês),[1][2] austro-asiáticas (p. ex. vietnamita),[3] sino-tibetanas (p. ex. chinês)[4] e austronésias.[5] No inglês, particularmente, pode ser tanto /ŋg/ (finger, dedo) como /g/ (sing, cantar).[1] No francês, o /m/, quando precedido de vogal e seguido por qualquer consoante diferente de /m/, marca a vogal como nasal e representa o mesmo som deste dígrafo.[6] Nalgumas línguas africanas (p. ex. niaquiusa, uolofe) pode representar uma velar pré-nasal /ⁿɡ/.[7][8]

⟨Nh⟩, representa uma nasal alveolar surda /n̥ʰ/ ou /nʰ/ em algumas línguas africanas (p. ex. doe e gogô[9]) e galês (aqui melhor classificada como nasal aspirada).[10] Nas línguas austronésias (p. ex. gandi), é uma dental laminal //,[11] o que já parece ser assim desde o hipotético proto-austronésio.[12] No português, que o tem por empréstimo do occitano[13] ou provençal desde o século XIII,[14] representa uma palatal nasal /ɲ/.[15][16] No galego, representa uma velar /ŋ/.[17]

⟨Oe⟩

⟨Ou⟩

⟨Qu⟩

⟨Rr⟩, representa /ɹ/ ou /rr/


⟨Sc⟩, é uma fricativa surda, pré-dorso-dental ou ápico-alveolar /ʃs/ e /ʃ/ em português europeu[18][19] e /s/ em português brasileiro,[20] inglês,[21] espanhol, galego,[22] occitano, catalão. [23] No inglês antigo, sempre representou /ʃ/, ao contrário do francês normando cujo som era de /sk/.[24] No francês moderno, pode ser tanto /ʃ/ (fasciste)[25] como /s/ (reminiscence)[26] No italiano, é sempre lido /ʃ/ antes de /e/ e /i/,[27] enquanto no latim e grego se lê /sts/.[28]

⟨Sç⟩, representa /s/ no português brasileiro[29] e francês[30] ou fricativa surda, pré-dorso-dental ou ápico-alveolar /ʃs/ e /ʃ/ no português europeu.[18]

⟨Sh⟩, comumente abreviado como š, representa a fricativa surda /ʃ/ no albanês (no qual é a letra shë),[31] inglês,[32] judeu-espanhol,[33] córnico,[34] occitiano,[35] somali[36] e línguas turcomanas [37] (p. ex. uigur,[38] usbeque[39]). No chinês, é uma fricativa retroflexa surda /ʂ/,[40] no bretão é um /s/[41] e no irlandês um /h/.[42] Internacionalmente, a letra xime (, , ש ,ش ,ܫ) das línguas semitas é comumente transliterada como š, mas no português equivale a xis.[43]

⟨Ss⟩, representa o sibilante /z/ no chinês[44] e /s/ no catalão,[45] francês,[46] occitano,[47] italiano,[48][49] português[50] e iupique[51] No córnico pode ser /s/ e /sː/.[52] No coreano, marca um forte /s'/.[53]

⟨Xc⟩

⟨Xs⟩

⟨Zz⟩


Referências

  1. a b Bithell 2019, p. 189.
  2. Gussmann 2000, p. 507.
  3. Liêm 1970, p. 69.
  4. Baxter 1992, p. 117.
  5. Himmelmann 2005, p. 353.
  6. Worcester 1860, p. 377.
  7. Persohn 2017, p. 36.
  8. Torrence 2013, p. 10.
  9. Nurse 1993, p. 159.
  10. Hannahs 2013, p. 18.
  11. Grant 2019, p. 78.
  12. Foley 1986, p. 272.
  13. Juge 2001, p. 25.
  14. Maia 1986, p. 486; 945.
  15. González 1985, p. 235.
  16. Gamba 2015, p. 74.
  17. Cuesta 1980, p. 100.
  18. a b Brissos 2011, p. 125.
  19. Rocha 2008.
  20. Cabral 2003, p. 156.
  21. Teschner 2004, p. 109.
  22. Calvo-Benzies 2019, p. 26.
  23. Fontaine 2013, p. 48.
  24. Fulk 2012, p. 25.
  25. Gardner-Bonneau 1999, p. 103.
  26. Valdman 1976, p. 136.
  27. Bithell 2019, p. 208, nota 2.
  28. Bithell 2019, p. 469.
  29. Cabral 2003, p. 215.
  30. Joseph 1987, p. 145.
  31. Ademi 2016, p. 391.
  32. Hogg 1996, p. 413.
  33. Bunis 2018, p. 210.
  34. Bock 2008, p. 25.
  35. Finbow 2016, p. 686.
  36. Green 2019, p. 121.
  37. Johanson 1998, p. xix.
  38. Boeschoten 1998, p. 381.
  39. Boeschoten 1998, p. 357.
  40. Wang 2015, p. 560.
  41. Conroy 1997, p. 13.
  42. Buachalla 1985, p. 18.
  43. Alves 2014, p. 41.
  44. Zhou 2003, p. 287.
  45. Wheeler 2005, p. 7.
  46. Einhorn 1974, p. 4.
  47. Romieu 1995, p. 18.
  48. Deferrari 1954, p. 217.
  49. Tanaka 2017, p. 324.
  50. Abreu 1973, p. 194.
  51. Miyaoka 2012, p. 74.
  52. Bock 2008, p. 26.
  53. Silva 1983, p. 165.
  • Abreu, Maria Isabel; Rameh, Cléa (1973). O'Brien, Richard J., ed. Português contemporâneo 2. Washington: Escola Universitária de Línguas e Linguística de Georgetown 
  • Ademi, Valbon; Cabukovski, Vanco; Ademi, Lindita (2016). «A New User-Interface Model for Albanian-Speaking Blind and Visually Impaired Science Students». Conference Proceeding. New Perspectives in Scienze Education. Pádua: Libreriauniversitaria.it edizioni 
  • Alves, Adalberto (2014). Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa. Lisboa: Leya. ISBN 9722721798 
  • Baxter, William H. (1992). A Handbook of Old Chinese Phonology. Berlim e Nova Iorque: Walter de Gruyter 
  • Bithell, Jethro (2019) [1952]. «Sounds ans Symbols». German Pronunciation and Phonology. Londres e Nova Iorque: Routledge 
  • Bock, Albert; Bruch, Benjamin (2008). An Outline of the Standard Written Form of Cornish. Truro: Conselho do Condado da Cornualha 
  • Boeschoten, Hendrik (1998). «22. Uzbek». In: Johanson, Lars; Csató, Éva Á. The Turkish Languages. Londres e Nova Iorque: Routledge 
  • Buachalla, Breandán Ó (1985). The F-future in Modern Irish: A Reassessment. Dublim: Real Academia Irlandesa 
  • Brissos, Fernando Jorge Costa (2011). Linguagem do Sueste da Beira no Tempo e no Espaço. Lisboa: Universidade de Lisboa 
  • Bunis, David M. (2018). «Judezmo (Ladino/Judeo-Spanish): A Historical and Sociolinguistic Portrait». In: Hary, Benjamin; Benor, Sarah Bunin. Languages in Jewish Communities, Past and Present. local=Berlim e Boston: Walter de Gruyter 
  • Cabral, Leonor Scliar (2003). Princípios do sistema alfabético do português do Brasil. São Paulo: Editora Contexto 
  • Calvo-Benzies, Yolanda Joy (2019). «/ðə ˈmusɪk ɪnˈdustrɪ jas esˈtarted teikin leˈgal akˈʃɒn/*. A Preliminary Study on the Nature and Impact of Phonological and Orthographic Transfer in the English Speech of Bilingual Speakers of Spanish and Galician». Cross-Linguistic Influence: From Empirical Evidence to Classroom Practice. Cham: Springer 
  • Conroy, Joseph F. (1997). Breton-English, English-Breton Dictionary and Phrasebook. Nova Iorque: Hippocrene Books 
  • Cuesta, Pilar Vázquez; Luz, Maria Albertina Mendes da (1980). Gramática da língua portuguesa. Lisboa: Edições 70 
  • Deferrari, Harry Austin (1954). The Phonology of Italian, Spanish, and French. Ann, Arbor: Edward Brothers 
  • Einhorn, E. (1974). Old French: A Concise Handbook. Cambrígia: Imprensa da Universidade de Cambrígia 
  • Finbow, Thomas (2016). Ledgeway, Adam; Maiden, Martin, ed. The Oxford Guide to the Romance Languages. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia 
  • Foley, William A. (1986). The Papuan Languages of New Guinea. Cambrígia, Londres, Nova Iorque, Melbourne, Sidnei e Nova Rochelle: Imprensa da Universidade de Cambrígia 
  • Fontaine, Resianne; Freudenthal, Gad (2013). Latin-into-Hebrew: Texts and Studies: Volume One: Studies. Leida e Nova Iorque: Brill 
  • Fulk, R. D. (2012). An Introduction to Middle English: Grammar and Texts. Peterborough, Ontário: Imprensa Broadview 
  • Gamba, Pedro Augusto (2015). As Soantes Palatais no Português: Uma Caracterização Fonético-Fonológica. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina 
  • Gardner-Bonneau, Daryle (1999). Human Factors and Voice Interactive Systems. Nova Iorque: Springer 
  • González, J. R. Fernández (1985). Gramática histórica provenzal. Oviedo: Universidade de Oviedo 
  • Grant, Anthony P.; Klein, Thomas B.; Ng, E-Ching (2019). Grant, Anthony P., ed. The Oxford Handbook of Language Contact. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia 
  • Green, Christopher R.; Jones, Evan (2019). «Notes on the morphology of Marka (Af-Ashraaf)». Theory and description in African Linguistics: Selected papers from the 47th Annual Conference on African Linguistics. Berlim: Imprensa de Ciência da Língua 
  • Gussmann, Edmund (2000). «Underlying forms». In: Burkardt, Armin; Steger, Hugo; Wiegand, Herbert Ernst. Morphologie: Ein Internationales Handbuch Zur Flexion und Wortbildung, Volume 1. Berlim e Nova Iorque: Walter de Gruyter 
  • Hahn, Reinhard F. (1998). «23. Uyghur». In: Johanson, Lars; Csató, Éva Á. The Turkish Languages. Londres e Nova Iorque: Routledge 
  • Hannahs, S. J. (2013). The Phonology of Welsh. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia 
  • Himmelmann, Nikolaus P. (2005). «Tagalog». In: Adelaar, K. Alexander; Himelmann, Nikolaus. The Austronesian Languages of Asia and Madagascar. Londres e Nova Iorque: Routledge 
  • Hogg, Richard; Denison, David (1996). The Cambridge History of the English Language, Volume I: The Beginnings to 1066. Cambrígia: Imprensa da Universidade de Cambrígia 
  • Johanson, Lars; Csató, Éva Á. (1998). «Notes on Transcription and Symbols». In: Johanson, Lars; Csató, Éva Á. The Turkish Languages. Londres e Nova Iorque: Routledge 
  • Joseph, John Earl (1987). Eloquence and Power: The Rise of Language Standards and Standard Languages. Londres: F. Pinter 
  • Juge, Jean-Pierre (2001). Petit précis - Chronologie occitane - Histoire & civilisation. Paris: Loubatières 
  • Liêm, Nguyẽ̂n Đăng (1970). Vietnamese Pronunciation. Honolulu: Imprensa da Universidade do Havaí 
  • Maia, Clarinda de Azevedo (1986). História do galego-português: estado linguístico da Galiza e do noroeste de Portugal desde o século XIII ao século XVI: com referência à situação do galego moderno. Lisboa: Instituto Nacional de Investigação Científica 
  • Miyaoka, Osahito (2012). A Grammar of Central Alaskan Yupik (CAY). Berlim e Boston: Walter de Gruyter 
  • Nurse, Derek; Hinnebusch, Thomas J. (1993). Swahili and Sabaki: A Linguistic History. Berkeley, Los Angeles e Londres: Imprensa da Universidade da Califórnia 
  • Persohn, Bastian (2017). The verb in Nyakyusa: A focus on tense, aspect and modality. Berlim: Imprensa de Ciência Linguística 
  • Romieu, Maurice; Bianchi, André (1995). Gramatica de l'occitan gascon contemporanèu. Bordéus: Imprensa da Universidade de Bordéus 
  • Silva, David James (1983). «A Phonetically Based Analysis of [Voice] and [Fortis] in Korean». In: Clancy, Patricia M. Japanese/Korean Linguistics: Volume 2. Stanford: Associação de Linguística de Stanford 
  • Tanaka, Shin'ichi (2017). «The relation between L2 perception and L1 phonology in Japanese loanwords: An analysis of geminates in loanwords from Italian». In: Kubozono, Haruo. he Phonetics and Phonology of Geminate Consonants. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia 
  • Teschner, Richard V.; Whitley, Melvin Stanley (2004). Pronouncing English: A Stress-based Approach. Washington: Imprensa da Universidade de Georgetown 
  • Torrence, Harold (2013). The Clause Structure of Wolof: Insights Into the Left Periphery. Amesterdã e Filadélfia: Companhia de Impressão John Berjamins 
  • Valdman, Albert (1976). Introduction to French Phonology and Morphology. Rowley, Massachusetts: Newbury House 
  • Wang, Feng; Tsai, Yaching (2015). «Chinese Writing and Literacy». The Oxford Handbook of Chinese Linguistics. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia 
  • Wheeler, Marx W. (2005). The Phonology of Catalan. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia 
  • Worcester, Joseph E. (1860). An Elementary Dictionary of the English Language. Boston: Swan, Brewer and Tileston 
  • Zhou, Minglang (2003). Multilingualism in China: The Politics of Writing Reforms for Minority Languages, 1949-2002. Berlim e Nova Iorque: Walter de Gruyter