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Antônio Hohlfeldt

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Antônio Hohlfeldt
Vice-governador do Rio Grande do Sul
Período 1 de janeiro de 2003
até 1 de janeiro de 2007
Governador Germano Rigotto
Antecessor(a) Miguel Rossetto
Sucessor(a) Paulo Feijó
Dados pessoais
Nascimento 22 de dezembro de 1948 (75 anos)
Porto Alegre
Partido PT (1980-1993)
PSDB (1993-2005)
MDB (2005-presente)
Profissão Jornalista, professor e escritor

Antônio Carlos Hohlfeldt (Porto Alegre, 22 de dezembro de 1948) é um jornalista, escritor, professor universitário e político brasileiro filiado ao PMDB.[1]

Foi vereador na capital gaúcha por quase vinte anos e vice-governador do Rio Grande do Sul durante o mandato de Germano Rigotto. Atualmente é professor na Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.[2]

Carreiras acadêmica, cultural e jornalística

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Descendente de alemães,[3] Antônio Hohlfeldt é formado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com mestrado e doutorado em Literatura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).[4] Autor de treze livros de ficção infanto-juvenil, escreveu também quinze obras de ensaio e é ativo no mundo acadêmico.[5] Foi professor nas universidades gaúchas Universidade do Vale do Rio dos Sinos e Universidade Luterana do Brasil, e atualmente encontra-se vinculado a PUCRS. Docente no curso básico e no mestrado em Comunicação Social, foi também coordenador do programa de Pós-Graduação em Comunicação Social na Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS de 1999 até 2002.[4]

Durante dezessete anos foi jornalista do Correio do Povo, e integrou a equipe do Diário do Sul, sempre na área de jornalismo cultural.[6] Atualmente, é o único crítico teatral em atividade na capital gaúcha, mantendo sua coluna semanal no Jornal do Comércio, às sextas-feiras.[7][8]

Ainda na área cultural foi assessor da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre (1972), assessor da Secretaria de Estado da Cultura, Desporto e Turismo do Rio Grande do Sul (1978-1981) - tendo trabalhado na Secção da Rádio Canadá Internacional (1974) -, assessor de imprensa da Fundação Sinfônica de Porto Alegre e do Instituto Goethe (1976).

Em 2007, foi eleito patrono da 53ª Feira do Livro de Porto Alegre.[9]

Carreira política

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Em 1982 foi o primeiro membro do Partido dos Trabalhadores a se eleger para cargo público no Rio Grande do Sul.[10] Tomou posse como vereador em 8 de abril de 1983. Seria reconduzido à Câmara dos Vereadores de Porto Alegre por cinco vezes, apenas abandonando o cargo ao ser eleito vice-governador, no final de 2002.[10]

No início dos anos 1990, deixou o PT por discordar da política da administração petista na capital gaúcha e filiou-se ao PSDB.[11][12] Neste partido, exerceu a presidência estadual entre 1998 e 1999 e, em 2000, foi presidente no estado do Instituto Teotônio Vilela. Em 2002 foi indicado pelo partido para compor a chapa à eleição estadual juntamente com Germano Rigotto.[13]

A chapa PMDB/PSDB apresentava números discretos nas primeiras pesquisas de intenção de voto, mas ao longo do primeiro turno conseguiu arregimentar apoios de diversos partidos e tornou-se a candidatura antipetista por excelência.[13][14] O PT, então no governo do estado com Olívio Dutra, havia indicado Tarso Genro e, até então, seu principal oponente era Antônio Britto, ex-governador pelo PMDB e então no PPS. A dobradinha Rigotto/Hohlfeldt atraiu boa parte das intenções de voto em Britto, que tinha uma grande rejeição, e foi para o segundo turno com Tarso. Angariando o apoio formal de partidos de centro-direita e mesmo de esquerda, como o PDT, Rigotto e Hohlfeldt foram eleitos no segundo turno e empossados no dia 1º de janeiro de 2003.[13]

Prevendo a possibilidade de Rigotto se lançar candidato à presidente, o vice-governador, em setembro de 2005, filiou-se ao PMDB, irritando seu antigo partido, o PSDB, e abalando a coligação que governava o estado.[14] Quando Rigotto se licenciou para concorrer a vaga de candidato do PMDB à presidente, Hohlfeldt assumiu o cargo até que Rigotto, derrotado por Anthony Garotinho nas prévias informais do partido, reassumisse.[15]

Em março de 2018, tornou-se presidente da Fundação Theatro São Pedro.[16]

Referências

  1. «Antônio Hohlfeldt assumirá presidência da Fundação Theatro São Pedro». MDB. Consultado em 13 de maio de 2020 
  2. «Antonio Carlos Hohlfeldt - Pesquisadores PUCRS». PUCRS. 15 de dezembro de 2018. Consultado em 13 de maio de 2020 
  3. «Ata da Trigésima Quarta Sessão Solene da Terceira Sessão Legislativa Ordinária da Décima Legislatura, em 03.10.1991.». 3 de outubro de 1991. Consultado em 29 de setembro de 2022 
  4. a b «Antonio Carlos Hohlfeldt». CNPq. Consultado em 13 de maio de 2020 
  5. Hohlfeldt, Antonio (1996). O cavaleiro da rosa no supermercado. São Paulo: FTD. p. 103 
  6. «Antonio Carlos Hohlfeldt: O mestre da crítica». Coletiva.net. 17 de novembro de 2006. Consultado em 13 de maio de 2020 
  7. «Teatro». Jornal do Comércio. Consultado em 13 de maio de 2020 
  8. «O dramaturgo Cervantes». Jornal do Comércio. 8 de maio de 2020. Consultado em 13 de maio de 2020 
  9. «Conversa com o Patrono da 53ª Feira do Livro: Antonio Hohlfeldt , acontece nesta quinta-feira (14), às 17h». O Sul. 14 de novembro de 2019. Consultado em 13 de maio de 2020 
  10. a b «Antonio Hohlfeldt». Câmara Municipal de Porto Alegre. Consultado em 13 de maio de 2020 
  11. «Transporte não tem sido prioridade na Capital, avalia Hohlfeldt». Jornal do Commércio. 15 de abril de 2013. Consultado em 13 de maio de 2020 
  12. «Hohlfeldt: A política tem de se preocupar com o bem comum». Câmara Municipal de Porto Alegre. 13 de agosto de 2011. Consultado em 13 de maio de 2020 
  13. a b c «Campanha VIPOLU: Rigotto 2002 governador RS». Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2013. Consultado em 13 de maio de 2020 
  14. a b «Vereador tucano Antônio Hohlfeldt será o vice de Germano Rigotto». RBS. Consultado em 13 de maio de 2020 
  15. «ANTONIO HOHLFELDT». Universidade Metodista. Consultado em 13 de maio de 2020 
  16. «Professor Antônio Hohlfeldt assume presidência da Fundação Theatro São Pedro». G1. 14 de março de 2018. Consultado em 13 de maio de 2020 

Precedido por
Miguel Rossetto
Vice-governador do Rio Grande do Sul
2002 - 2006
Sucedido por
Paulo Feijó