Apeadeiro de Alhos Vedros
Alhos Vedros
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Identificação: | 95075 AVS (Alhos Vedros)[1] | ||||||||||
Denominação: | Apeadeiro de Alhos Vedros | ||||||||||
Administração: | Infraestruturas de Portugal (sul)[2] | ||||||||||
Classificação: | A (apeadeiro)[1] | ||||||||||
Tipologia: | C [2] | ||||||||||
Linha(s): | Linha do Alentejo (PK 5+352) | ||||||||||
Altitude: | 7 m (a.n.m) | ||||||||||
Coordenadas: | 38°39′7.2″N × 9°1′37.98″W (=+38.652;−9.02722) | ||||||||||
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Município: | Moita | ||||||||||
Serviços: | |||||||||||
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Coroa: | Coroa 1 Navegante | ||||||||||
Conexões: | |||||||||||
Equipamentos: | |||||||||||
Endereço: | Rua do Ferroviário, 2 PT-2860-073 Alhos Vedros MTA ou (entrada sul): | ||||||||||
Inauguração: | [quando?] | ||||||||||
Website: |
O Apeadeiro de Alhos Vedros é uma interface da Linha do Alentejo, que serve a localidade de Alhos Vedros, no município da Moita, Distrito de Setúbal, em Portugal.
Descrição
[editar | editar código-fonte]Localização e acessos
[editar | editar código-fonte]Esta interface situa-se no no limite norte do Bairro Gouveia da freguesia de Alhos Vedros, no concelho da Moita, junto à Rua do Ferroviário,[3] distando menos de um quilómetro do centro da localidade.[4]
Esta estação é servida por 8 carreiras de autocarro: 4 da Carris Metropolitana e 4 dos T.C.B., ligando esta estação a outros destinos na Península de Setúbal.[5][6]
Infraestrutura
[editar | editar código-fonte]Como apeadeiro numa linha de via dupla, esta interface apresenta-se nas duas vias de circulação (I e II) cada uma acessível por plataforma — uma de 173 m de comprimento e a outra com 175 m, e ambas com 90 cm de altura.[2]
Serviços
[editar | editar código-fonte]Esta estação é utilizada por serviços urbanos da Linha do Sado, assegurados pela operadora Comboios de Portugal.[7]
História
[editar | editar código-fonte]Inauguração
[editar | editar código-fonte]Insere-se no troço entre o Barreiro e Bombel da Linha do Alentejo, que foi aberto à exploração a 15 de Junho de 1857, pela Companhia Nacional dos Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo.[8]
Transição para C.P.
[editar | editar código-fonte]Em 1927, a Administração dos Caminhos de Ferro do Estado, que explorava a Linha do Alentejo, foi integrada na Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[9] Esta empresa iniciou um programa de remodelação e desenvolvimento das estações e apeadeiros nas antigas linhas estatais, incluindo a gare de Alhos Vedros, que foi alvo de extensas obras em 1933[9] e em 1934.[10] Em 1939, foi construído um abrigo em cimento armado.[11]
Num edital publicado no Diário do Governo n.º 31, III Série, de 7 de Fevereiro de 1955, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses informou que tinha pedido autorização para criar uma carreira de autocarros entre a cidade de Évora e a estação do Barreiro, servindo várias localidades ao longo do percurso, incluindo Alhos Vedros.[12]
Em 1988 este interface tinha ainda classificação de estação,[13] tendo sido despromovido a apeadeiro mais tarde,[quando?] antes de 2005.[14]
Modernização
[editar | editar código-fonte]Em 2007, a operadora Rede Ferroviária Nacional iniciou um programa de modernização dos lanços das Linhas do Alentejo e do Sul que faziam parte dos serviço suburbano Linha do Sado, tendo sido electrificada a via férrea e profundamente modificadas as interfaces, com introdução de equipamentos de segurança e a instalação de máquinas automáticas para bilhetes.[15] O apeadeiro de Alhos Vedros também foi abrangido por este processo, com a construção de um novo edifício, tendo as antigas instalações sido demolidas em 16 de Junho de 2008.[16] O edifício de passageiros demolido situava-se do lado norte da via (lado esquerdo do sentido ascendente, a Funcheira).[17][13]
A decisão de demolir o antigo apeadeiro foi recebida com protestos por parte da população e da Câmara Municipal da Moita,[18][19] tendo este órgão enviado uma carta aberta ao Secretário de Estado dos Transportes em Maio de 2010, onde classificou as demolições de Alhos Vedros e Moita como «comportamentos pouco democráticos e de cariz autoritário, não respondendo à disponibilidade da Câmara Municipal para participar num diálogo construtivo, com vista a encontrar soluções que permitissem conservar aqueles dois edifícios e dar-lhes uma nova e adequada utilização ao serviço da comunidade.».[20]
Em 14 de Abril de 2012, uma mulher ficou gravemente ferida após ter sido colhida por um comboio, no interior deste apeadeiro.[21]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Comboios de Portugal
- Infraestruturas de Portugal
- Transporte ferroviário em Portugal
- História do transporte ferroviário em Portugal
Referências
- ↑ a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ a b Diretório da Rede 2024. I.P.: 2022.12.09
- ↑ «Estação de Alhos Vedros». Comboios de Portugal. Consultado em 13 de Novembro de 2014
- ↑ «Cálculo de distância pedonal (38,65198; −9,02670 → 38,65775; −9,02744)». OpenStreetMaps / GraphHopper. Consultado em 14 de outubro de 2023: 708 m: desnível acumulado de +4−3 m
- ↑ «Homepage». Carris Metropolitana. Consultado em 13 de novembro de 2022
- ↑ carreiras : percursos : espinhas. T.C.B.: Barreiro, 2021.12. 32 p. (SGQ-22-P4-COM-AP-V2)
- ↑ «Comboios Urbanos > Lisboa - Praias do Sado A / Barreiro» (PDF). Comboios de Portugal. 11 de Setembro de 2016. Consultado em 20 de Agosto de 2017
- ↑ SANTOS, 1995:108
- ↑ a b «Rêde do Sul e Sueste» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1127). 1 de Dezembro de 1934. p. 593-594. Consultado em 15 de Janeiro de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «O que se fez nos Caminhos de Ferro Portugueses, durante o ano de 1934» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1130). 16 de Janeiro de 1935. p. 50-51. Consultado em 15 de Janeiro de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «O que se fez em Caminhos de Ferro em 1938-39» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1266). 16 de Setembro de 1940. p. 638-639. Consultado em 10 de Março de 2021 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Parte Oficial» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 67 (1612). 16 de Fevereiro de 1955. p. 461-462. Consultado em 22 de Outubro de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ a b Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
- ↑ Instrução de Exploração Técnica N.º 50. INTF («Entrada em vigor 11 de Dezembro de 2005»)
- ↑ «Verdes Denunciam Falta de Segurança e de Funcionários na Linha do Sado». Distrito. 21 de Maio de 2018. Consultado em 10 de Março de 2021
- ↑ «REFER de costas viradas para população e autarquias do concelho da Moita: Avançou a demolição da estação de Alhos Vedros». O Rio. 16 de Junho de 2008. Consultado em 17 de Julho de 2010. Cópia arquivada em 16 de agosto de 2010
- ↑ (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
- ↑ «Autarquia contra demolição das estações de comboio de Alhos Vedros e Moita». Público. 24 de Maio de 2008. Consultado em 17 de Julho de 2010[ligação inativa]
- ↑ «Alhos Vedros: manifestação contra a demolição de estação ferroviária». TVI24. 29 de Maio de 2008. Consultado em 17 de Julho de 2010 [ligação inativa]
- ↑ «Câmara Municipal da Moita: Carta aberta ao Secretário de Estado dos Transportes. Superação dos problemas decorrentes das obras da linha férrea Barreiro - Praias do Sado». Rostos On-Line. 7 de Maio de 2010. Consultado em 10 de Março de 2021
- ↑ «Mulher colhida na estação da CP de Alhos Vedros». Correio da Manhã. 14 de Abril de 2012. Consultado em 10 de Março de 2021. Arquivado do original em 28 de Maio de 2013
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- SANTOS, Luís Filipe Rosa (1995). Os Acessos a Faro e aos Concelhos Limítrofes na Segunda Metade do Séc. XIX. Faro: Câmara Municipal de Faro. 213 páginas