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Ataque à embaixada da Arábia Saudita em Cartum

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Ataque à embaixada da Arábia Saudita em Cartum
Local Cartum, Sudão
Coordenadas 15° 30′ 02″ N, 32° 33′ 36″ L
Data 1 de março de 1973
Tipo de ataque Tomada de reféns
Alvo(s) Embaixada saudita
Mortes Dois diplomatas americanos
Um diplomata belga
Responsável(is) A Organização Setembro Negro assumiu a responsabilidade
Participante(s) Oito militantes palestinos
Ataque à embaixada da Arábia Saudita em Cartum está localizado em: Sudão
Ataque à embaixada da Arábia Saudita em Cartum
A localização de Cartum, Sudão
Coordenadas 15° 30' 2" N 32° 33' 36" E

O ataque à embaixada da Arábia Saudita em Cartum foi uma operação terrorista realizada na capital do Sudão por membros da Organização Setembro Negro, em 1973, que mantiveram dez pessoas como reféns. Após a declaração do presidente dos Estados Unidos Richard Nixon de que se recusaria a negociar com terroristas e que "nenhuma concessão" seria feita, três destes reféns foram assassinados.[1]

Em 1 de março de 1973, a embaixada saudita em Cartum estava oferecendo uma recepção formal, e George Curtis Moore, encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos, era o convidado de honra, já que estava prestes a ser transferido de seu cargo.[2] Militantes palestinos armados invadiram o local e tomaram Curtis e outras pessoas como reféns.[2]

Os oito homens, vestindo máscaras, pertenciam à Organização Setembro Negro, e entraram no prédio disparando tiros no ar. Os reféns eram:

Exigências e negociações

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Na manhã seguinte à invasão, os militantes exigiram a libertação de diversos palestinos presos em Israel, bem como membros do Grupo Baader-Meinhof. Estas exigências, no entanto, foram revisadas posteriormente, limitando-se a 90 militantes árabes presos pelo governo da Jordânia, que deveriam ser libertos em 24 horas.

Numa conferência de imprensa realizada em 2 de março, o presidente americano Richard Nixon afirmou que o seu país "não seria extorquido". Os negociadores americanos pareciam confusos acerca de como responder às exigências feitas pelos sequestradores, e Nixon parecia acreditar que os militantes se renderiam, em troca de um salvo-conduto, como havia acontecido um ano antes com os militantes que invadiram a embaixada israelense em Bangkok.[2]

Depois de doze horas, os sequestradores anunciaram que haviam matado Noel, Moore e Eid, os três diplomatas ocidentais que estavam sob sua custódia. Exigiam um avião para levá-los, juntamente com os reféns, para os Estados Unidos — o que foi rejeitado pelos governos do Sudão e dos EUA.

O governo sudanês deu sequência às negociações com os militantes, e após três dias os reféns restantes foram liberados, e os sequestradores se renderam às autoridades.

Julgamentos e condenações

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Em outubro de 1973, as acusações contra dois dos militantes foram rejeitadas por falta de provas. Um tribunal começou então a julgar os seis restantes, em junho do ano seguinte, e condenou-os à prisão perpétua — uma sentença que posteriormente foi reduzida para sete anos. O governo dos Estados Unidos tentou, sem sucesso, intervir junto ao governo sudanês para obter a pena de morte.

O presidente do Sudão, Gaafar Nimeiry, estava numa viagem oficial durante o incidente, e o condenou duramente ao retornar, declarando que os seus culpados deram como recompensa ao Sudão, que vinha sendo um refúgio pacífico para os palestinos, o distúrbio de sua paz interna. Nimeiry decidiu delegar a punição dos sequestradores aos seus compatriotas, e entregou os seis à custódia da Organização de Libertação da Palestina; no dia seguinte, a OLP enviou os seis para o Egito, onde cumpririam suas sentenças. Em protesto contra a ação do governo sudanês no caso, os Estados Unidos retiraram seu embaixador do país e paralisaram toda a assistência econômica ao país, em junho. O embaixador só retornou em novembro do mesmo ano, e a ajuda só voltou a ser fornecida em 1976.

Três dos militantes do Setembro Negro desapareceram do cativeiro no Egito, e nunca foram recapturados. Os três restantes serviram sua sentença até o fim.[carece de fontes?]

Os Estados Unidos também tentaram processar Yasser Arafat em território americano por seu papel no evento;[3] John R. Bolton, no entanto, então Assistente do Protomor-Geral do Departamento de Justiça, em 1986, concluiu que o país não tinha jurisdição legal para julgá-lo, já que as leis estatutórias apropriadas ainda não estavam em vigor em 1973.[4]

Referências

  1. Smith, G. Davidson. "Combating Terrorism", 1990. pp. 57
  2. a b c Jureidini, Paul A. Middle East Quarterly, Review of Assassination in Khartoum, Junho de 1994
  3. Farah, Joseph. Ex-NSA op asks Congress to probe Arafat murders, WorldNetDaily.com, 17 de abril de 2001.
  4. «Prosecution Of Arafat Rejected». The Washington Post. 22 de abril de 1986 

Ligações externas

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