Ataques aéreos dos Estados Unidos no Paquistão
Ataques aéreos dos Estados Unidos no Paquistão | |||
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Guerra no Noroeste do Paquistão e Guerra ao Terror | |||
Data | 18 de Junho de 2004 – presente[1][2][3][4][5] | ||
Local | Território Federal das Áreas Tribais, Paquistão | ||
Situação | |||
Beligerantes | |||
Forças | |||
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Baixas | |||
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Mortes civis: 158-965 Long War Journal: |
Ataques aéreos dos Estados Unidos no Paquistão ocorrem desde 2004, com o governo dos Estados Unidos bombardeando o noroeste do Paquistão usando veículos aéreos não tripulados (drones) operados pela Força Aérea dos Estados Unidos sob o controle operacional da Special Activities Division da Agência Central de Inteligência.[12][13] A maioria destes ataques são contra alvos no Território Federal das Áreas Tribais ao longo da fronteira com o Afeganistão, ao noroeste do Paquistão.
Esses ataques aéreos começaram durante a administração do presidente George W. Bush e aumentaram substancialmente sob o seu sucessor, Barack Obama.[14] Alguns na mídia se referiram aos ataques como uma "guerra dos drones".[15][16] O governo de George W. Bush negou oficialmente a extensão de sua política; em maio de 2013, o governo Obama reconheceu pela primeira vez que quatro cidadãos norte-americanos foram mortos nos ataques aéreos.[17] Pesquisas mostraram que esses ataques aéreos são profundamente impopulares no Paquistão, onde contribuíram para uma percepção negativa dos Estados Unidos.[18]
Documentos militares vazados revelam que a grande maioria das pessoas mortas não foram os alvos pretendidos, com aproximadamente 13% das mortes sendo os alvos pretendidos, 81% sendo outros "militantes" e 6% sendo civis.[19][20] De acordo com um jornalista do The Intercept, a fonte que vazou os documentos afirmou que 94% das mortes de militantes incluíam alguns "homens em idade militar" onde apenas atribuíram o rótulo de militante porque estavam em uma instalação de militantes na época e não foram especificamente comprovados como inocentes, embora a fonte não oferecesse nenhuma evidência real disso e nenhuma dessas afirmações foi confirmada nos próprios documentos.[20] As estimativas para mortes de civis variam de 158 a 965.[6][10] A Anistia Internacional constatou que várias das vítimas estavam desarmadas e que alguns ataques aéreos poderiam constituir crimes de guerra.[21]
O primeiro-ministro do Paquistão Nawaz Sharif repetidamente exigiu o fim dos ataques aéreos, afirmando: "O uso de drones não é apenas uma violação contínua da nossa integridade territorial, mas também prejudicial à nossa determinação e esforços para eliminar o terrorismo em nosso país".[22] A Suprema Corte de Peshawar determinou que os ataques eram ilegais, desumanos, violam a Declaração Universal dos Direitos Humanos e constituem um crime de guerra.[23] O governo Obama discordou, alegando que os ataques aéreos não violavam o direito internacional e que o método dos ataques eram precisos e eficazes.[22][24]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Relações entre Estados Unidos e Paquistão
- Crise diplomática entre Estados Unidos e Paquistão
- Operações similares em outros países:
Referências
- ↑ «Drone strike in North Waziristan kills at least eight». Zahir Shah Sherazi. Dawn. 24 de setembro de 2014
- ↑ Zahir Shah Sherazi. «Drone strike kills five in South Waziristan». DAWN
- ↑ «Drone strike kills eight, wounds six in North Waziristan». Zahir Shah Sherazi. Dawn. 6 de outubro de 2014
- ↑ «Second drone attack of the day kills three suspected militants in NWA». Zahir Shah Sherazi. Dawn. 7 de outubro de 2014
- ↑ «Drone strike kills four suspected militants in North Waziristan». Zahir Shah Sherazi. Dawn. 30 de outubro de 2014
- ↑ a b c «The Bureau's complete data sets on drone strikes in Pakistan, Yemen and Somalia». Bureau of Investigative Journalism. 6 de Junho de 2015
- ↑ "Pakistan Leaders Killed". New America Foundation. January 9, 2016.
- ↑ «CIA drone strikes in Pakistan, 2004 to present». Bureau of Investigative Journalism. 8 de Maio de 2016
- ↑ Miller, Greg; Tate, Julie (1 de setembro de 2011). «CIA shifts focus to killing targets». Washington Post
- ↑ a b «Drone Wars Pakistan: Analysis». New America Foundation
- ↑ Long War Journal, "Charting the data for US airstrikes in Pakistan, 2004 – 2016".
- ↑ Ghosh, Bobby; Thompson, Mark (1 de Junho de 2009). «The CIA's Silent War in Pakistan». TIME
- ↑ Miller, Greg; Tate, Julie (1 de setembro de 2011). «CIA shifts focus to killing targets» – via www.WashingtonPost.com
- ↑ Miller, Greg (27 de dezembro de 2011). «Under Obama, an emerging global apparatus for drone killing». Washington Post
- ↑ De Luce, Dan (20 de Julho de 2009). «No let-up in US drone war in Pakistan». Agence France-Presse. Arquivado do original em 15 de dezembro de 2011
- ↑ Bergen, Peter; Tiedemann, Katherine (3 de Junho de 2009). «The Drone War». New America Foundation. Arquivado do original em 6 de dezembro de 2011
- ↑ Isikoff, Michael (23 de Maio de 2013). «In first public acknowledgement, Holder says 4 Americans died in US drone strikes». NBC News
- ↑ «On Eve of Elections, Dismal Mood in Pakistan». Pew Research. 7 de Maio de 2013
- ↑ «Operation Haymaker». The Intercept. 15 de outubro de 2015
- ↑ a b «Strikes often kill many more than the intended target». The Intercept. 15 de outubro de 2015
- ↑ «US drone strike killings in Pakistan and Yemen 'unlawful'». BBC News. 22 de outubro de 2013
- ↑ a b Ayaz Gul, 22 October 2013, "Pakistani PM Urges US to Stop Drone Strikes", Voice of America.
- ↑ Andrew Buncombe, 9 May 2013, "Pakistani court declares US drone strikes in the country's tribal belt illegal", The Independent.
- ↑ Seth G. Jones and C. Christine Fair, Counterinsurgency in Pakistan (Santa Monica, CA: Rand, 2010), xi, https://www.questia.com/read/122625825.
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Drone strikes in Pakistan».